sábado, 20 de abril de 2013

3. TEMA 1 – “ÉTICA E PERFEIÇÃO”.


Caros alunos,

Após ler o texto: Texto: “Ética e Excelência” de L. A. Peluso, disponível em:
e examinar o material disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=e20vW-WDQMg

http://www.youtube.com/watch?v=fDW25nrnQpk

http://youtu.be/vPcnGrie__M

http://www.wat.tv/video/fernando-pessoa-poema-em-linha-191yd_2h40j_.html

http://www.youtube.com/watch?v=FM-7z_2iwFA

http://www.youtube.com/watch?v=AJrJFk7UrYQ

http://www.youtube.com/watch?v=RM2Aio9mvNE

elabore um comentário com suas reflexões sobre o tema e envie, até 24hs do dia 19 de MARÇO de 2014, para postagem.

390 comentários:

  1. No texto, a ética é comparada a perfeição. Nos é apresentado duas ideias. A de que é impossível definir o que é perfeito, assim como é impossível definir o que é bem e mal. E a de que a perfeição está associada a ação e o debate desse tema nos aproxima mais desse significado.
    No video do texto de Fernando Pessoa é falado que as pessoas são perfeitas para si mesmas. Não admitem que cometem erros, equivocos. Visão que se aproxima da primeira hipótese do texto do prof. Peluso. Sendo cada um perfeito para si mesmo a perfeição é uma para cada um, se tornando subjetiva e impossível de defini-la. Assim como a ética seria indescritivel por palavras.
    Já nos videos da orquestra, de Paul Gilbert, do ballet e do John Lennon da Silva a aproximação é da segunda hipótese do texto. Em que as ações, tocar, dançar, traduzem a palavra perfeição. Mesmo para alguém que não goste do estilo da arte. Os movimentos, a sincronia traduzem a palavra perfeição e são inegaveis. Assim a ética seria traduzida e representada por ações.

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  2. É o meu primeiro contato com uma discussão séria sobre ética. Sempre ao ouvir esta palavra a associava, instantaneamente, àqueles políticos de "caras lavadas" discutindo calorosamente sobre o tema seja em debates em épocas de eleições ou programas de domingo à noite.
    Enfim, sempre associei o tema a alguma forma de desviar de uma discussão mais objetiva que tentasse chegar a algum ponto que realmente auxiliasse a resolver algum problema social. A ética era sempre acompanhada, mesmo que de forma não consciente, da qualidade "política" e a junção "ética política" retornava em minhas idéias de forma a criar certo distanciamento do tema ética.
    Há uns cinco anos atrás, uma oportunidade de discussão, talvez a única anteriormente que pretendeu ser séria (não alcançou o objetivo), em que um amigo afirmava ser "ético" e eu disse ser isso uma contradição, pois uma pessoa ética teria que também ser modesta.
    Este usou do recurso do "pai dos burros" para conclamar a definição de ética. O dicionário, não me lembro com que conteúdo, apoiava o argumento do amigo de que a perfeição de atitudes (que incluiria a modéstia) não era uma necessidade da pessoa ética. O que me deixou irritado, pois acreditava que não seria o dicionário a melhor forma de se encerrar uma discussão filosófica, mas não tive outros argumentos que conduzissem a uma discussão razoável, a não ser àqueles que afirmavam que ética era coisa de "político burguês" e que não fazia questão nenhuma de ser ético, pois não era algo importante...
    O tempo voou e como afirmei no início não tive contato com o tema, salvo breves conversas sobre ética científica, profissional etc.
    Após a leitura do texto e visualização dos vídeos, vejo que minha observação empírica possui alguma fundamentação teórica dos que defendem ser ética a perfeição da realização humana, seja ela o dançar, o tocar ou as atitudes cotidianas.
    Por outro lado, há aqueles que afirmam ser a ética algo não traduzível para nosso entendimento, que não conseguiremos chegar a uma definição do que é excelente ou perfeito. Aqui o amigo que se declarava ético, talvez, não ferisse sua conduta com a quebra de modéstia se esta, naquele breve instante de sua fala, não fosse considerada como suficiente para lograr um defeito na sua suposta perfeição de atitudes.

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  3. Em todos os vídeos é possível se ver uma harmonia entre os ritmos ou as danças em relação a musica. Acredito que seja essa harmonia, na escrita, algo necessário para atingir a excelência da ética.
    As várias possibilidades de interpretação dos significados das regras deixam uma margem grande à interpretação por interesse, em que se perderia o significado mais puro da regra. Tanto na música, quanto na dança, eles tentam ser os mais fiéis à harmonia. Ainda que nos vídeos da morte do cisne, os dançarinos interpretam de modos diferentes, a essência da harmonia não é distorcida e eles passam a mesma mensagem ao público. Acredito que para uma regra ser ética, ela tem que ser válida para diferentes situações, se posicionando da uma só forma.

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  4. Bruno Mendes Cavalcante



    Realmente o cuidado é necessário quando tratamos de discussões sobre Ética. É um campo da Filosofia, em que as análises e conhecimentos estão avançando mas não chegam a grandes descobertas nem certezas.
    O texto inicia-se com a seguinte frase: “ Todos os seres humanos se consideram indivíduos que agem de forma correta.”. A partir daí já temos um primeiro grande problema, pois as definições sobre Ética estão na base de ações, fazer o bem e o que deve ser feito. Mas quem é que tem a condição de avaliar essas ações, de dizer o que deve ser feito e pior, dizer o que é o bem?
    Portanto cada ser humano se julga na condição de dizer o que é Ético, analisar suas ações e portanto se considerar Ético, pois na verdade não conseguem identificar a complexidade destas questões.

    Estas definições sobre Ética, ações certas e bem feitas nos levam ao conceito de perfeição de excelência. Podemos concordar que a excelência está diretamente relacionada, pois ser excelente é agir de forma perfeita e sem erros, portanto de forma Ética.

    Nestas condições existem diversas frentes de discussões que defendem seus pontos sobre forma como vemos a Ética hoje em dia. Há até aqueles que defendem a hipótese de que devemos formular questões que deixem evidente que o debate sobre a Ética possui soluções impossíveis de serem encontradas. Que particularmente é o meu ponto de vista, pois se tratam de questões muito subjetivas e abstratas, que não conseguimos nem mesmo traduzir para a linguagem natural e portanto acabamos associando à Ética.

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  5. A Ética como busca da excelência reflete os vídeos expostos. A Ética se contextualiza com o próprio individuo. A perfeição do Concerto se difere da perfeição da Dança,e mesmo dentro da Dança temos a perfeição do Balé e a da dança de rua. A Ética de um médico se difere da de um advogado, a Ética de um cientista se difere da de um jornalista, a Ética de um artista se difere da de um empresário.

    Mesmo num mesmo individuo a Ética se dispersa entre diversas "pequenas Éticas": uma dentro da família, uma dentro da profissão, e até algumas Éticas "maiores" como a da própria sociedade.

    Creio que esse seja o assunto mais delicado que já conheci e, provavelmente, o que mais influenciara no meu cotidiano.

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  6. Após a leitura e visualização do conteúdo sobre o tema, também por curiosidade não deixei de olhar as postagens colocadas pelos colegas de turma. Em minha opinião bem resumida discutir sobre ética é necessário para aprender a discutir sobre ela.

    No texto Ética e Excelência acredito que o significado de perfeição alude ao excelente que de acordo com o dicionário Michaelis (excelente 1 Ótimo, excepcional. 2 Primoroso, bem acabado, perfeito. 3 Notável, sublime.). No vídeo sobre a morte do cisne mostra-se a tentativa de se chegar a excelência na dança, seja pela execução dos movimentos da maneira como estava programada para ser pela bailarina russa aludindo a execução sem erros, perfeita. Mostra também no outro vídeo a tentativa de um dançarino querendo surpreender com algo notável e sublime o que não deixa de ser uma forma de chegar a excelência.

    Sobre o Poema em linha reta de Fernando Pessoa, para o autor as pessoas não são perfeitas para si mesmas, mas elas não demonstram seus defeitos e falhas humilhantes publicamente, no trecho "Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!" mostra-se que as pessoas admitem um erro mas não um erro que os coloque realmente numa posição de fraqueza e humilhação, em minha opinião o autor aludi a hipocrisia das pessoas.

    Sobre a música acredito que como na dança da bailarina russa a tentativa de se chegar a excelência, só que pela música, mas não somente no que se ouve, mas na maneira como se faz na musica clássica apenas com a mão esquerda tocando o piano.

    Caio Duran Lopes

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  7. É um pouco quanto cômodo pensar na ética como a semelhança da perfeição, uma vez em que é impossível (humanamente falando) em definir o sentido da palavra perfeição.

    Pensar a ética comparando com a arte 'perfeita' do pianista ou do artista que representa o mundo detalhadamente perfeito, como se fosse surreal também considero errôneo, uma vez que a arte é subjetiva e mutável, Picasso não representava as coisas como elas eram e nem por isso era um artista 'imperfeito'. uma banda punk também não executa as notas como as da música clássica e nem por isso deixa de ser perfeito (isto é, se for possível algo nesse nível: perfeito).

    Creio que a ética é assim como dito antes sobre a arte, é SUBJETIVA E MUTÁVEL. Impossível assim de se detectar qualquer tipo de padrão fixo e universal sobre a ética.

    Raphael Vitorino

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  8. Não são todos os seres humanos que se consideram indivíduos que agem de forma correta, apenas realizam atitudes que os satisfaçam, sabem que estas atitudes mesmo prejudicando um grupo ou apenas uma pessoa é maior do que praticar o bem. Todos nós afirmamos que somos seres éticos, porém sem ter o conhecimento básico sobre está palavra. Concordando com o texto de LUIS ALBERTO PELUSO que a Ética tem a ver com a realização da “excelência”, como nos vídeos indicados, onde os artistas apresentam performances musicais e de dança com plena excelência, apenas de maneira diferente, pode ser que o “agir de forma correta” tenha um único propósito, mas que poderá ser expressa de diferentes maneiras e dependendo muito do “feeling” da pessoa para entender o seu significado, como no vídeo de Paul Gilbert que demonstra uma técnica apurada na guitarra com bands, tapping conhecendo-o e sabendo que o mesmo possui uma teoria musical (modos gregos, escalas pentatônicas variadas etc.) comparável a qualquer outro grande pianista e o dançarino que impressionou os jurados no desempenho da dança do cisne.
    O significado das palavras perfeição e excelência em ética seria como o ser humano consegue se expressar e agir. É fato que todos nós temos consciência dos sentimentos e ações humanas que nos fazem bem e o mal é quase como axiomas matemáticos, que não tem explicação, para ter uma intuição mais apurada sobre estes sentimentos é preciso o desenvolvimento do intelecto cultural, educacional e principalmente emocional.
    A ética tem como princípio reunir em ações à expressão dos sentimentos bons levando o ser humano a perfeição até quando estes sentimentos são ações racionais ou quando são deturpados, como o suposto amor de Hitler sobre a raça ariana ou a código de ética dos kamikazes em se suicidar em nome da nação japonesa, cabe ao ser humano entender sobre o que leva os princípios éticos e investiga – lá.

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  9. Após ler o texto algumas vezes e assistir aos vídeos,pude me dar conta do quão problemático é o debate sobre ética e perfeição. Embora haja um consenso entre os indivíduos a respeito do que é ético ou perfeito,sabe-se que ambos conceitos são extremamente subjetivos .
    Por exemplo, apesar de muitos entenderem a dança da bailarina ou o concerto de Lugansky como algo perfeito - principalmente fãs de ballet e música clássica -, muitos podem encarar a performance desses artistas como boa,interessante, nada mais que isso.Para estes,a perfeição é visualizada de outras formas: uma poesia, uma letra de rap, um malabarismo no circo,um truque de mágica,uma pintura,etc.De modo análogo, a ética – entendida aqui como um conjunto de regras de conduta - se apresenta de diversas formas para cada pessoa.Em outras palavras, cada um cria suas próprias regras do que pode e do que não pode,da mesma forma que cria seu próprio conceito de perfeição e imperfeição.
    No entanto, tenho que concordar que ética e conduta perfeita são quase sinônimos para praticamente todos os indivíduos. Pelo menos para mim, ser verdadeiramente ético é agir de forma impecável, muito próximo da perfeição.

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  10. Os comentários realizados até aqui tentam explorar um pouco a relação entre ética e perfeição, irei fazer uma contribuição ao debate.

    No texto proposto para a discussão, se tenta mostrar que quando pensamos sobre ética, estamos em busca de saber qual ação deve ser praticada em cada caso. Fazer o que deve ser feito é alcançar a perfeição. Os vídeos apresentam diversos agentes em diferentes situações de ações, todos têm em comum o fato de realizaram suas ações com perfeição.

    O tema e o material proposto podem revelar que há uma relação entre os campos da ética e da estética. Certas condutas que extrapolam o normal humano, ações que são tão bem efetuadas quanto uma ação possa ser feita, são perfeitas, essas ações causam um sentimento de admiração ao agente que a praticou.

    O estudo da ética busca construir sistemas para interpretação de conceitos, como o bondade, maldade, para chegarmos aos conteúdos informativos que nos convenção de a ação foi perfeita.


    Monitor de C&E.

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  11. Discutir sobre ética não é simples, principalmente quando usamos do senso comum pré-estabelecido que temos e fazemos uso das palavras ética, moral, bem e mal sem entender realmente o seu significado ou a sua aplicação.

    Analisando o material, achei interessante a perspectiva de que ética se relaciona com a perfeição e com a excelência, onde o fato de decidir e agir em busca da perfeição, ou seja, desprovido de erros e interferências é por si só uma representação da atitude ética.

    A bailarina, o pianista ou um cantor de funk são perfeitos à sua maneira, eles satisfazem seus anseios e as expectativas dos outros. Porém, o que uma bailarina julga como perfeito - e portanto o busca - em muito difere do que um rapper ou grafiteiro, por exemplo, consideram como perfeição.

    Quando nos deparamos com algum exemplo de boa ação, como uma pessoa em defesa dos animais ou com alguém que abdica de tudo para se dedicar a crianças doentes, vemos nisso um ato onde o ser humano alcança de alguma forma a perfeição da sua existência, mas somente consideramos atos como estes perfeitos, porque é intrínseco à nossa concepção – ou socialização – a promoção de atos “bons” e o repúdio a atos “ruins”.

    Portanto, absorvi pelos materiais disponibilizados que a ética se relaciona a perfeição e a excelência de ação do ser humano, que age em determinada situação de forma desprovida de interferência e busca realizar o melhor, sendo a ética não a perfeição em si, mas os fatores que levaram a tal perfeição.

    ivanjoaojr@hotmail.com

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  12. O texto relaciona Ética com a perfeição e isso gera vários debates, pois definir o que é perfeito dentro do comportamento humano é impossível já que todos se acham Éticos dentro de suas razões, assim como mostra o Poema em Linha Reta de Fernando Pessoa. Por outro lado podemos ver a tradução da Ética através de ações que dentro de um contexto proposto são perfeitas, como podemos ver no vídeo A morte do Cisne interpretada de forma diferente por dançarinos que alcançam a perfeição dentro da sua proposta.
    A Ética é a tradução da ação perfeita executada pelo ser humano em qualquer área (música, dança, literatura, trabalho entre outros) através de novos debates e formulação de novas perguntas e respostas o conceito de perfeição evolui porém sua relação com a Ética é imutável.

    cgfirmino@aluno.ufabc.edu.br

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  13. Lendo o texto “Ética e Excelência” do Prof. Dr. Peluso, percebi que minha noção, até então do, significado da palavra ética estava incompleta. Minha concepção de ética baseava-se no comportamento de indivíduos em respeito aos dogmas de um determinado grupo. Haveria uma ética para cada grupo como: a médica, jurídica, religiosa e até mesmo a ética dos bandidos e criminosos.
    Entretanto, o texto revela de forma mais abrangente que a ética é a perfeição do agir, a excelência, o reto agir. Fazendo uma analogia, a ética que eu conhecia assemelhava-se ao conjunto dos números Naturais na matemática; e a ética que o texto apresenta equivale ao conjunto dos números Complexos que engloba todos os subconjuntos dos números reais, naturais, etc.
    Além do texto, nos é apresentado alguns vídeos com interpretações perfeitas de artistas virtuoses. A dançarina Natalia Makarova, com uma apresentação perfeita da morte do cisne ( The Dying Swan ), é comparada com John Lennon da Silva que quebra tabus e leva os jurados a perder a compostura, pois dança de forma extraordinária a mesma peça originalmente composta para mulheres. O que eticamente poderia ser considerado incorreto para alguns, torna-se algo maior, acima das regras de conduta e senso comum.
    Enfim, Ética é muito mais do que regras e perfeição dos atos, é a excelência do ser concreto e abstrato.
    Edson Rodrigues

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  14. Com base no texto Ética e Excelência, fica claro que há duas vias de discussão e pensamentos sobre a Ética. Penso que a relação entre e Ética e Perfeição é válida, visto que o ser humano ao mesmo tempo em que busca a excelência em suas atitudes constrói seus atos da forma mais correta possível. No meu ponto de vista, a abordagem que pode ser passível de discussão - pensando no âmbito social – seria a definição de perfeição e se há realmente um juízo moral comum a todas as sociedades.

    Além de ser uma noção subjetiva e complexa, a Ética se entrelaça com discussões ainda mais complicadas sobre os princípios humanos, razões e emoções do indivíduo. Ainda me falta conhecimento que me faça fugir daquele velho senso comum de Ética como apenas um conjunto de regras morais definidas pela sociedade.

    Ao ver os vídeos pude compreender um pouco sobre a essência do texto, posto que a bailarina, o pianista ou o guitarrista agiriam de forma ética pois buscam a excelência em suas artes.

    William Brandão

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  15. A ética se confunde com a perfeição. Já que quando pensamos em ser éticos queremos agir corretamente, sem erros, muitas vezes enganando a nós mesmos como no Poema em linha reta mostra, não admitindo nossas falhas.
    Entretanto também acredito que não seja possível definir o que é perfeito, porque essa ideia é flexível, ela se molda de acordo com o indivíduo e situação. Como exemplo temos a "Morte do cisne", onde alguns vão preferir a versão em street dance e outros a interpretação em ballet clássico.
    Discutir sobre ética é relevante para tentar chegar a uma perspectiva comum, ou pelo menos tornar mais claro seu conceito e com isso acabar com alguns paradigmas.

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  16. O debate ético, quando entendido da perspectiva de estabelecer parâmetros para a discussão do que é ética nos conduz à temática proposta no sentido de universalizá-la. Conceito de perfeito, excelência, é passível de tudo que possa existir, vez que pode ser ou não sê-lo excelente. Nesse caso, o conceituar "perfeito", assim como o conceituar "ético" precede convergir sobre padrões que a sociedade por alguma razão aprova, ou rejeita, ou oculta. O ético, pois sim não o é. Vez que se a perfeição é relativa à padrões não absolutos, e se ser ético é ser perfeito, ela é convencionada. E toda convenção sobrepujou um viés, uma lógica. Henrique Soares - henrique-hps@hotmail.com

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  17. Concordo que, realmente, cada ser humano busca agir de forma correta e fazer, de acordo com suas próprias razões, o que deve ser feito. Se a ética está relacionada à “perfeição do agir humano”, neste ponto, o texto nos apresenta a primeira questão, de ordem semântica: é possível definir conceitos abstratos como agir, fazer o bem, ser ético, perfeito?
    Acredito que cada indivíduo deva ter sua definição particular destes conceitos. A importância da Ética está justamente no processo reflexivo que busca universalizar, expressar, comunicar os significados construindo um sistema de interpretação. Mas, a expressão do que é perfeito, do que deve ser feito, do ato excelente, passa pela razão e é possível decodificar em nossa linguagem natural ou está mais perto da arte, da dança, da intuição. Eu fico com a segunda, por enquanto.

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  18. Associar a Ética à perfeição é uma das abordagens possíveis acerca do estudo da Ética. Nesse sentido, a ética se torna um conceito subjetivo, pois cada indivíduo tem um conceito diferente sobre o que é perfeito. O que uma pessoa pode pensar como algo perfeito pode não ser perfeito para outra pessoa. Essa variação pode depender de vários fatores, como a cultura, gostos, experiências vividas, etc.
    Acredito que em alguns casos, é possível que todos cheguem a um consenso sobre uma coisa perfeita. Por exemplo, quando dizem que a natureza é perfeita e o homem a destrói cada vez mais. Porém, isto se torna um problema quando nos referimos ao agir humano. Como definir a maneira mais perfeita de agir? Tomando esta sociedade complexa em que vivemos, e sabendo que há diversas perspectivas a se considerar, isto é, a do indivíduo por si só, do indivíduo dentro de um grupo, e de distintos grupos com interesses conflitantes, fica difícil dizer qual é a forma mais ética/perfeita de se agir.
    O que tomamos como um comportamento correto sofre influências da maioria dos outros comportamentos tomados em um ambiente.
    Acredito que o comportamento mais ético, correto ou perfeito, é aquele que respeita os demais indivíduos, além de si próprio, e o ambiente em que vivemos.

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  19. O texto ética e perfeição aborda que quando se fala em ética, parece que estamos falado em perfeição, mas porque isso ocorre? Porque para a maioria das pessoas ser ético, é ser perfeito, fazer o bem, fazer o correto, mas o que é correto?
    O vídeo A morte do cisne executada pela bailarina de uma forma clássica e por um bailarino de forma moderna, tem igual perfeição cada um a sua maneira.
    Já o vídeo Lugansky plays Ravel - Piano Concerto for Left Hand, mostra que existe perfeição, não importa se tocada por quem tem um só braço, ou os dois, pois para tocar com ética e perfeição só precisa de um braço.
    Então os vídeos mostram bem o que o texto diz, pois é possível fazer a mesma coisa com perfeição e ética de maneiras diferentes e executa-las da mesma forma artística, com intensidade e emoção.
    cintiaapa107@yahoo.com.br

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  20. A primeira frase do texto: "Todos os seres humanos se consideram indivíduos que agem de forma correta" se contrapoe como o Poema em linha reta, que já conhecia e gostava por que é atemporal, denuncia as fraquezas humanas, o eu lirico descreve a si como alguem que erra, que é "vil" e se pergunta se só ele assim é. Acredito que qualquer um que preste atenção ao poema se ve nele, e admite que é falho, errado e nem sempre perfeito, ou quase nunca perfeito.
    O que se exemplifica nos videos da morte do cisne, da orquestra e da guitarra sao praticas perfeitas, se assim pode se chamar, alcançadas com base em pratica, estudo, melhoras feitas com base no rigor da repetição. Talvez, entao, o que se diz sobre a ética ser a ação perfeita, é relacionado a repetição e estudo da ação. Como o texto aponta, é preciso entender as definições de termos muito usados como "certo", "bem, "perfeição" e dado certo contexto, aplica-los. Uma conclusão que chego e admito que possa ser errada e precipitada é que se a ética é a perfeição entao ela é relativa as cirunstancias e há ações que trancendem, como o que foi apresentado em aula, que todas socidades (ou a maioriia) repudia pedofilia.
    Mesmo que a perfeição não possa ser alcançada vejo necessário a busca de tal, mas com equilíbrio, o que é mais difícil. Espero que ao fim do curso eu consiga ter uma visão diferente ou organizar melhor as ideias atuais.
    mayara_magalhaes92@hotmail.com

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  21. Acho que todos os seres humanos ou uma boa parte deles até podem dizer que agem de maneira correta, se questionados, mas na realidade não existe esse tipo de pessoa. Quando por dificuldade financeira, inveja, vingança ou qualquer outro motivo, somos sim desonestos.
    Pelo texto fica nítido que há uma enorme dificuldade em saber o que é certo ou errado. Para mim boa parte de nossas ações foram definidas como certas ou erradas a partir de convenções feitas pelos nossos antepassados, que através dos séculos nos moldadram de acordo com as leis e regras que seguimos muitas vezes sem questioná-las.
    Os vídeos tentam mostrar, ao meu entender, que a perfeição só pode ser alcançada se há uma complexidade nos movimentos da bailarina ou na rapidez dos dedos do guitarrista, por exemplo, mas na verdade a perfeição, se é que ela existe, pode ser vista em coisas mais simples onde um operário encaixa uma peça em outra numa linha de produção. Aliás os outros vídeos mostram também que uma determinada tarefa pode ser executada de forma brilhante, porém de um jeito diferente.

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  22. Uma pessoa ética é aquela que "calcula" suas ações sempre visando o bem. Mas que critério usar para classificar algo como bom, ou perfeito? Para uma ação ser considerada boa deve-se analisar seus resultados ou suas intenções? O significado de perfeição pode variar muito de acordo com cada pessoa. Podemos ver isso assistindo aos vídeos, para muitos a perfeição da música se encontra em um concerto clássico, para outros no rock, na dança a perfeição pode estar no ballet clássico ou na dança de rua. É muito difícil chegar a um consenso do que é o bem, o perfeito, o ético, trata-se de um debate que não tem fim mas que deve continuar a ser debatido sempre.

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    1. Interessante o debate sobre como a ética deve refletir o ser humano. Discutismo o seu significado através da abordagem do que o copmplementa, sendo esse complemento a perfeição, a exibição do caráter perfeito. Logo, acredito eu que a ética nos será sempre relativizada com o meio em que a utlizamos, ao publico ao qual estamos nos direcionando. Os correspondentes de certo e errado,bem e mal, serão diferentes dependendo da abordagem,do ponto de vista, do indíviduo. Me pergunto então por que a ética deve definir o perfeito, e não simlpesmente definir a atitude correta moralmente tomada por determinado individuo em determinado meio.A própria palavra perfeição nos trás a sensação de homogeniedade sobre opniões, coisa que não vemos a medida em que colocamos a ética na bancada e a analizamos com mais atenção.

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  23. Como o nosso Professor nos disse na primeira aula e vem repetindo durante o curso, acredito particularmente ser a discussão sobre o tema Ética válida, porém insolúvel. Comportamentos, por mais racionais e ponderados que sejam, serão sempre de alguma forma conflitantes com interesses de terceiros, e sobrepor qualquer um desses interesses invalida a ação como perfeita. Esse conceito de excelência e perfeição barra qualquer criatividade e pluralidade característica do ser humano.
    Não sei até que ponto minha falta de rigor técnico, cultura ou educação me prejudique ou me ajude neste tópico, mas a dança realizada por John Lennon me emocionou muito mais que a exibição da bailarina, uma vez que o contexto do dançarino de rua me revelou uma situação muito mais interessante do que a "arte" quadrada, perfeccionista da outra. De maneira nenhuma, querendo tirar o brilhantismo do espetáculo de Ballet, mas a palavra "extraordinário" me veio a cabeça ao assistir um programa deveras "Pitoresco", de um canal popular em um país com cultura média formal abaixo de outras civilizações. Isso que é fantástico!
    Com relação ao comportamento das pessoas tenho convicção ser impensável e impossível de se realizar. Mesmo separando a ética e a moralidade, há em todo ser humano instintos e mesmo pensamentos incontroláveis que sozinhos e dentro de nossas cabeças nunca seriam éticos. A definição de David Hume, pelo menos neste momento e para mim, deve ser utilizada.
    rsennas@hotmail.com

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  24. Entendo a ligação de ética com perfeição, porém não acho que esse argumento é suficiente, principalmente no momento que se discute o significado destes conceitos. Associei essa discussão com a presente no capítulo 9 do livro do professor Peluso “Ética para Principiantes” (Ludwig Wittgenstein - Somos seres morais e nada pode ser falado) que mostra a visão do filosofo austríaco Ludwig Wittgenstein, que se assemelha ao que penso sobre a ligação ética/ perfeição.

    Wittgenstein aponta que nosso vocabulário não consegue suprir nossas necessidades quando está em questão a ética, e que podemos descrever fatos mas não podemos descrever coisas não-factuais - sendo que ele considera que a ética não é um fato. Um trecho de um texto apresentado pelo filosofo em uma conferência sobre ética explica isso: “O que agora desejo sustentar é que, apesar de que possa me mostrar que todos juízos de valor relativo são meros enunciado de fatos, nenhum enunciado de fatos pode ser nem implicar um juízo de valor absoluto”.

    Eu partilho parte das idéias do autor, principalmente na discussão entre ética e perfeição, pois acredito que o termo “perfeição” é muito variável.

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  25. Se considerar a ética relacionado à perfeição da música erudita, os movimentos perfeitos do ballet, é possível falar que a ética busca ser a verdade, já que estuda o comportamento das pessoas, o conceito de bom ou mau, a forma que devemos interagir com os outros e etc. A pessoa que quisesse ser ética seria um robô com todo tipo de comportamento previsto já, por isso eu acho que não é possível comparar a ética com a perfeição da música, do ballet a ética é um assunto muito complexo para se equiparar com a perfeição, já que muitos escolhem não fazer algo ou acreditar em uma coisa, há diferentes tipos de éticas dentro da própria ética como citada anterior por outro aluno.

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  26. Considero que a idéia de aproximar ética e perfeição ajuda na construção de um conceito válido de ética. A ética ao distinguir o bem e o mal, coloca como éticamente aceitável aquilo que é bom e, portanto, considerando que a perfeição é o acúmulo máximo do que é bom, a excelência, justifica-se a aproximação.

    Os vídeos nos fazem refletir sobre o que é a perfeição, como ela se constrói e o que pode ser considerado como perfeito. A partir dessa reflexão e do texto, acredito que debatemos a éica como a busca por essa perfeição.

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  27. Os videos sobre música e ballet procura mostrar a perfeição em cada uma das áreas. Nesse caso, os artistas esforçarem-se para atingir a excelência.
    O texto faz uma aproximação entre ética e perfeição, numa analogia que tudo que é perfeito é estremamente bom e tudo que é bom é ético. Levando em conta a separação entre o bom e mau, para distinguir o é ético ou não. Pelo texto, todo ser humano tem pretensão de agir de maneira boa, ou seja, agir de maneira ética.
    É uma versão simplista do assunto, afinal para não é fácil distinguir o que bom ou ruim, e nem sempre o ser humano tem pretensões consideradas boas.
    Em relação a perfeição, pode-se dizer que há vários tipos diferentes da mesma. Não há um padrão, já que existe uma pluralidade humana.

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  28. A ética está intimamente ligada à ideia de perfeição. Assim, quando estudamos e discutimos Ética, podemos dizer que estamos estudando a perfeição da ação humana, tentando identificar como ela poderia ser alcançada. E quando, na vida cotidiana, procuramos agir de forma ética, buscamos agir de forma mais fiel possível à moral em que acreditamos, ou seja, da forma mais perfeita possível de acordo com nossa concepções do que é certo e bom.

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  29. AQUI TERMINAM OS COMENTÁRIOS DA TURMA DE 2012 E COMEÇAM OS COMENTÁRIOS DA TURMA DE 2013.

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  30. João Lucas Moreira Pires24 de abril de 2013 às 21:33

    Tendo lido e assistido o material proposto para essa atividade, compreendo a ética de forma diferente, na minha visão a ética da forma que foi colocada encontrasse fundamentada em conceito prontos , em uma visão filosófica aristotélica e decorrente de toda uma corrente filosófica posterior, que interpretou de forma talvez erronia a questão da metafísica que dentro da discussão da ética é essencial.
    A ética assim não deve ter nenhum conceito pronto, deve ser autônoma , fazendo parte do ente , mas estando Indubitavelmente livre para poder abitar o é, o dasein.

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  32. Após ler o texto e ver os vídeos pude observar que a "Ética" esta diretamente ligada á perfeição e á excelência como sugere o título do texto,porém encontrei um detalhe curioso,se a "ética" esta ligada á perfeição,pode-se dizer que alguém que não desenvolve certa atividade com excelência esta sendo "anti-ético"? Também posso dizer que todos seremos éticos quando desenvolvermos algumas atividades com excelência?
    E como a facilidade para certas atividades,o que chamamos de "talento" interfere na ética ?
    Digamos que um certo indivíduo tem uma pré disposição á uma vida criminosa por diversos fatores,e depois de alguns atos criminosos ele vê ai um certo talento,ele estaria sendo ético ao seguir uma atividade que ele desempenha com excelência?
    Bom,se o papel dessa matéria é provocar questionamentos acredito estar no caminho certo.
    Att.Beatriz Cotogno

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  33. De acordo com o texto e os vídeos vistos, pude perceber que a ética é o fato de se preocupar em agir com boa conduta e tendo em vista a razão humana que está relacionada com a perfeição que se busca nas atividades que o ser humano pratica no dia-a-dia, seja na execução de seu trabalho ou qualquer outra atividade extra-curricular. nos vídeos temos como um dos exemplos a perfeição da música no piano tocado apenas com a mão esquerda e categorizamos isso como perfeito, até que outro(a) consiga ultrapassar esse feito.
    Att.Pedro Eduardo

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  34. A perfeição é um objetivo humano. Nunca veremos o caso de um animal irracional tendo ações que visem a perfeição. Esse objetivo não é pura e simplesmente uma ocorrência injustificada do homem. Buscamos a perfeição por sua relação com a ideia de ter a melhor conduta possível, a mais ética. Dificilmente um ser perfeito não será ético. Dos vídeos sugestionados o que mais me chama a atenção é o do dançarino John Lennon e a morte do cisne. Sem utilizar o vestuário comum do balé lago dos cisnes, ele faz uma performance comovente, com movimentos precisos e repletos de horas e horas de empenho. A meu ver, como dança contemporânea, é uma apresentação muito próxima da perfeição, tal qual Lugansky tocando o concerto para mão esquerda, com precisão e fidelidade ao que foi pensado por Ravel quando a escreveu.
    A ligação da Ética com o Perfeito, é notória quando nos deparamos com seres excepcionais e seus feitos. Não seria possível vídeos como os sugeridos se os atores deles não tivessem uma conduta ética. Se o dançarino John Lennon não objetiva-se fazer a melhor interpretação de a Morte do cisne, tomasse decisões e tivesse condutas não éticas, com dificuldade ele impactaria as pessoas, da maneira que o fez.

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  35. Chega a ser frustrante não poder contemplar a perfeição, tendo em vista que está se situaria no mundo das formas, como diria Platão, pois isto nos impede de sermos absolutos, incontestáveis e nos remete a ter que viver através de representações.Principalmente no que se refere a Ética, a falta de perfeição nos faz vagar em tentativas que muito provavelmente nunca se forjarão convictas em como deve ser a conduta moral humana, porém, apesar de vivermos conflitantes com tantos pensamentos a respeito da mesma questão filosófica, este debate é válido, porque apesar de ninguém ter respondido tais questões com a perfeição intrínseca da ética, nos vivemos com questões morais todos os dias, e temos que nos posicionar perante a elas, senão, seria negligenciar a nossa própria vida, como diria J. S. Mill: "É melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco satisfeito"

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  36. Os questionamentos sobre as características da ética se dão sobre uma visão otimista e até ingênua sobre o que ela seria.
    Conforme o ser humano foi se desenvolvendo, houve a necessidade de se criar condutas para melhorar o convívio dentro de uma sociedade. Quanto mais se desenvolvia a moral dos indivíduos de um grupo, mais esse mesmo grupo evoluía e se destacava sobre a espécie.
    A ética não é uma entidade superior que existirá independente do ser humano, ela é um manual de conduta para os seres de um grupo viverem em harmonia, o que garante o seu desenvolvimento do modo mais saudável possível.
    Seria lógico imaginar que a ética pertence ao ser humano, mas como já foi dito, ela é um código de conduta que os seres desenvolvem, e quanto mais “perfeito” for esse código, evolutivamente ele estará à frente de outros seres. Desse modo, o ser humano, além de não ser perfeito, não é estático, suas atividades se alteram ao longo do tempo, e constantemente há a necessidade de se montar novos códigos de ética para as novas situações que surgem no cotidiano humano.
    Ou melhor, sempre que se diz que a ética é a busca pela perfeição, deve-se supor que quando se alcançar algo perfeito, os critérios de perfeição irão se alterar, levando o homem a acreditar que o que ele imaginava ser perfeito antes já não o é mais. Ou as vezes ainda é, pois a ética é externa ao indivíduo mas interna a sociedade, portanto algo pode ser perfeito a um ser mas imperfeito a sociedade, o que acarretará numa busca muito difícil para se definir o que é ética.
    Uma mostra dessa dificuldade é uma comparação da ética com a linguagem. Todos os seres desenvolvem meios de se comunicar com os outros, e quanto melhor for essa comunicação, melhor será o convívio entre eles. E cada ser possui um modo de se comunicar, alguns usam a fala, alguns usam o canto, outros as penas de seu corpo, e até a química. E para cada um desses seres a sua comunicação é perfeita. Dentro das línguas indígenas não há palavras para definir a internet, o capitalismo, nem o Big Brother, mas mesmo assim sua língua é perfeita para esses povos (ou melhor, ela é perfeita para sociedade, mas pode não ser perfeita ao indivíduo), todavia seria um pouco difícil utilizá-la no cotidiano da sociedade moderna.
    Dentro dos vídeos postados junto ao texto do Professor, é possível ver uma mostra da comunicação de cada autor dentro da sociedade que ele fazia parte. Esta arte pode não ser perfeita hoje para alguns, mas no momento que foi concebida, era a máxima expressão que o intérprete podia realizar.

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  38. A partir do texto “Ética e excelência” e da abordagem feita em aula pelo professor Peluso, aprendemos que a Ética está ligada a perfeição. Quando buscamos agir de forma perfeita, buscamos agir de forma ética. Mas o que é a perfeição? Como chegamos aos julgamentos que devem ser feitos para analisar a excelência de determinada ação, objeto, ou qualquer coisa que se queira avaliar?
    Estamos inseridos em sistemas de crenças. Esses sistemas irão gerar afirmações sobre o que é certo ou não fazer. Quando analisados a variação da morte do cisne realizada pela bailarina Natalia Makarova, podemos afirmar que tal bailarina realiza seus movimentos de acordo com os preceitos do ballet clássico. Todo bailarino clássico sabe que buscar a perfeição é buscar o melhor en dehors, a melhor linha de pernas, o melhor colo de pé e etc, e Natalia Makarova buscou tal perfeição em sua performance. O “sistema de crenças” do ballet clássico diz que a perfeição está baseada em determinadas características e em determinados movimentos. No entanto, a perfeição idealizada por ele (Ballet Clássico) não é a mesma da idealizada por outros estilos de dança. A dança contemporânea, por exemplo, busca outros tipos de movimentos, chegando até a “abolir” o em dehors de suas coreografias.
    Quando analisamos a morte do cisne realizada por John Lennon da Silva, entendemos o que está sendo exposto. John Lennon abordou o mesmo tema que Natalia Makarova em sua coreografia e também buscou a perfeição, no entanto, expressou a morte de uma forma diferente da bailarina clássica. O que faz as duas coreografias serem distintas – e não só a coreografia, mas o figurino também - é justamente a diferença de afirmações sobre a perfeição.
    O que é perfeito para mim pode não ser perfeito para você. O que é a perfeição para o estilo Y de dança pode não ser a perfeição para o estilo X, mas os bailarinos de ambos buscarão ir de encontro ao que julgam como correto e perfeito.
    Trazendo os vídeos de música para análise, podemos fazer as mesmas observações que fizemos para os vídeos de dança. O que é perfeito para o rock pode não ser a perfeição para a música clássica. E mais, a ideia perfeição dentro desses estilos também pode variar.
    Nós buscamos a perfeição, mas ela não é uma só. Como dizer que o rock é mais perfeito do que a música clássica? Como dizer que a música clássica é mais perfeita do que o rock? Como dizer que a abordagem do ballet clássico sobre a morte do cisne é mais correta e perfeita do que a abordagem realizada por outros estilos de dança e vice versa? As razões pelas quais me oriento em relação ao que é perfeito ou não difere das razões de meus colegas, quando utilizamos tratamentos diferentes aos assuntos. Portanto, explicar o que é “o mais perfeito” é algo impossível.





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  39. Para mim, atitudes e atividades "éticas" sempre foram daquele tipo que nós sabemos identificar quando ocorrem, porém não sabemos ao certo definir com palavras o que nos leva a fazer esta distinção e diferencia-las das outras ações "antiéticas" com plena certeza.
    Neste sentido, Ética sempre me pareceu representar atitudes politica e moralmente corretas, porém nunca sequer pensei em relacionar ética a perfeição, e agora com este direcionamento, fiquei muito impressionada com a relação entre essas duas coisas, e acredito que pude compreender um pouco melhor acerca do que é ética e o que de fato pode ser considerado como "ético".
    As pessoas, de uma maneira geral, tendem a valorizar mais, a atribuir maior perfeição aos trabalhos daqueles que tocam música clássica, que dançam ballet clássico, aos grandes poetas como Fernando Pessoa, e etc. Porém, quando tomamos conhecimento do verdadeiro sentido da Ética, percebemos que neste aspecto, tanto Paul Gilbert quanto Lugansky podem ser considerados éticos em suas interpretações, visto que ambos executam seus trabalhos com primor.
    Quanto aos vídeos sobre A Morte do Cisne, se observarmos logo no começo do vídeo do dançarino John Lennon, percebemos a incredulidade dos próprios jurados na possibilidade de que o dançarino de street dance pudesse fazer uma interpretação tão perfeita da peça quanto os dançarinos de ballet clássico, expectativa que no final acabou se convertendo em um espanto geral e na demonstração da extrema capacidade do dançarino, confirmando a sua perfeição, o que permitiu que sua apresentação fosse considerada ética.


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  40. Após o estudo do material de aula, não me causa estranheza o fato da Ética estar intimamente ligada a um conceito abstrato como a perfeição e a conduta humana em diferentes situações. Se o comportamento ético está assimilado ao modo de agir com perfeição, a maior dúvida se faz presente na tentativa de normatizar a abstração dos termos. Claramente existem 'respostas'para margear e quiçá aprofundar a temática das ações perfeitas, mas há dificuldades; a exemplo, em algum dos vídeos apresentados, a dança da morte do cisne é realizado por uma bailarina vestida branca que a executa perfeitamente segundo a rigidez da dança do Ballet clássico, entretanto a dança apresentada por John Lennon - vestido de preto, contraste do vídeo anterior- também parece ser executada perfeitamente, segundo um outra modalidade como a dança de rua. Ambas determinam perfeição, mas para quem? O que, para mim, dá margem que a ideia da perfeição pode estar ligada a diferentes grupos, o que traz heterogeneidade ao termo. A linha tênue está presente aí. Se partimos dos pressupostos triunfalistas, de que o conhecimento científico é sempre benéfico e gera maior bem-estar social e assim o considerarmos como a perfeição, não poderíamos questionar o uso de determinadas tecnologias provenientes da ciência, que geram desconforto social a longo prazo, como o aquecimento global, o uso de células troncos. Talvez o uso indiscriminado da ciência como "propriedade" não cause sempre uma conduta ética. É de difícil a conceituação de termos abstratos, porém o uso destes, sem definição racional, seja mais eficaz, do que termos estáticos.

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  41. Ética e perfeição
    A maioria da pessoas definem ética como simples fato de seguir determinada regras que são impostas tanto pelo estado como sociedade em modo geral. Mas o texto e os matérias apresentados pelo professor nos mostram que ética vai muito além do simples fato de cumprir as regras de ser “politicamente correto” e ter somente praticas consideradas boas, o tema é muito mais complexo, como ilustrado no texto, a ética está diretamente relacionada com a perfeição do ser humano, assim como nos vídeos onde podemos ver tanto no concerto ou nos dançarinos que ao nossos olhos parecem perfeitos, executando movimentos em harmonia e de forma síncrona. Mas será que são realmente perfeitos, será que temos bem defino o conceito de perfeito? Podemos considerar que certa atitude é perfeita, ou que determinada ações de uma pessoa é perfeita até surgir uma ação melhor, tornando esta nova ação como perfeita.

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  42. O texto revela que está intimamente ligado ao estudo da ética a relação entre excelência e seu significado. Segundo o dicionário Michaelis excelência é: “1 Que é superior ou muito bom no seu gênero. 2 Primoroso. 3 Bem-acabado, perfeito. 4 Exímio. 5 Distinto. 6 Magnífico.” Disto, tem-se que é necessário discutir, como também abordou o texto Ética e excelência, questões como bondade e perfeição.

    Sendo assim, percebe-se através do texto do Professor Peluso, Ética e excelência, que o objeto de estudo da Ética é justamente a distinção entre os conteúdos que afirmam que tal ação humana foi perfeita. Sendo perfeição: “1 Em que não há defeito; que só tem qualidades boas. 2Cabal, completo, rematado, total. 3 Que resume muitas qualidades boas. 4Magistral, notável. 5 Destro, exercitado. 6 Belo, formoso de corpo; elegante.” (Dicionário Michaellis). No entanto, percebe-se que é importante discutir a diferença filosófica entre os termos: excelente e perfeito – podendo as ações humanas ser de ambas as naturezas. Assim, creio que essas serão as próximas discussões sobre Ética e Conhecimento.

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    1. obs.dos Vídeos

      Já os vídeos revelam que aqueles atos, tanto o do Pianis, quanto da balairina, do Autor de Poesia, e daquele garoto que revolucionou a morte do cisne com sua própria interpretação - que antes só havia sido realizada através do ballet, em todos os casos houve um reconhecimento de que aqueles atos são bons, primorosos, que são superiores ou muito bom, distintos, ou seja, excelentes. Porém, não consigo ainda admitir que são perfeitos, pois ainda não compreendo direito o real significado de perfeição.

      pollyyhelena@gmail.com

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  43. Daniele Tadeu de Oliveira26 de abril de 2013 às 14:52

    Pela primeira vez discuto Ética no âmbito acadêmico.
    Pelo que pude extrair do texto, ética é aquela área em que se diz, como deveria ser, e a busca da excelência do comportamento humano.Mas surge uma dúvida: Como definir em palavras, o que parece não ter definição? Definir o bem e mal, ou atribuir as pessoas essas qualidades (que surge em quantidades diferentes, em cada pessoa, ao que me parece)?
    A Ética, sempre me pareceu um norte, a ser seguido, mas as falhas são inevitaveis, por isso, considero muito oportuna o uso do "Poema em linha Reta" (que na minha opinião, é de excepcional delicadeza, e de incrível demonstração das fragilidades humanas). O poeta nos mostra, o que a ética nos "esfrega na cara" todos os dias, que ela só pode ter sido criada por semideuses.
    Os vídeos demonstram que a perfeição também, tem suas várias faces, e interpretações.

    Daniele Tadeu de Oliveira.

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  44. A meu ver, a comparação entre ética e perfeição não é tão evidente. Enxergo a ética muito mais ligada a um conjunto de praticas que melhor se enquadram em certos parâmetros sociais, ou seja, ela é criada e moldada pelas pessoas de acordo com o que lhes parece mais apropriado em X ou Y situação, mesmo não seja necessariamente, dessa forma, ética não é universal, varia de momento para momento; pessoa para pessoa. Logo, o que é melhor para um não é necessariamente o melhor para todos, mas nem por isso ambas deixam de serem éticas. Se o que é tido como ético aceitar erros, talvez o ético não seja perfeito. Perfeição talvez seja apenas uma noção temporária daquilo que deve ser superado, porem, mesmo assim muito relativo. Superado em que sentido? A partir de quais critérios?

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  45. O texto busca mostrar a ética como a excelência, ou a busca dela.
    O que devo ser? Como devo agir? Independentemente da ação que se faz, deve-se buscar espelhar-se nos modelos melhores sucedidos em determinada área.
    Quando se busca a perfeição, é possível alcança-la. Apesar de ser um conceito temporário, pode se tornar perfeito para o conceito em voga no período, afinal, a perfeição é relativa à cada um - um conceito, talvez, até mesmo, pessoal -, e limitada por diversos fatores, muitas vezes, exteriores ao indivíduo..
    Todos os exemplos apresentados mostram pessoas que alcançaram um grande prestígio em sua área, devido sua distinção e sobreposição aos colegas de carreira. Mesmo com os fatores externos - história de vida, oportunidades, habilidade, fisiologia, etc. -, eles chegaram ao que se esperava de - e ao que, até mesmo, não se imaginava - na ciência que dominavam.
    Um exemplo que demonstra a ideia perfeitamente é o de Michael Phelps, dado em sala de aula:
    Ele, como nadador, alcançou a excelência no nado, uma vez que a perfeição, no caso, seria a rapidez.
    Assim como o japonês Tsuyoshi Yamanaka foi considerado o nadador mais rápido na década de 1960, por quebrar com os recordes já estabelecidos, ou o alemão Michael Gross, na década de 1980, o padrão de perfeição mudou, e continuará a mudar. Poderia ser colocado em questão qual seria a melhor técnica, e não a velocidade. Neste caso, poderíamos obter outros modelos de excelência.
    E quanto à todos os outros que não alcançaram esse padrão? Seriam eles 'anti-éticos'?
    Bem, como podemos observar, a perfeição é algo alcançado por uma minoria gritante, mesmo que esta seja momentânea, ou subjetiva. Mas a excelência só pode ser alcançada, se buscada. Portanto, se é ético a partir do momento em que o indivíduo se espelha no melhor exemplo possível, buscando chegar à ele e, quem sabe, modifica-lo para melhor ainda, se for possível.

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  46. Após a leitura do texto e a visualização dos vídeos ainda me encontro om dificuldades de aceitar que a ética esta relacionada com a perfeição, talvez por causa de um pré-conceito formado de que a ética é aquilo que se encaixa nos padrões e práticas aceitos pela sociedade ou por um grupo, ou talvez também pela dificuldade de enxergar uma definição para aquilo que chamamos de perfeição.
    Ao ver os vídeos disponíveis fica evidente um nível de excelência ou até de perfeição nas apresentações, mas relacionar essa excelência com a ética ainda me traz estranheza. Espero que com o decorrer do curso eu possa ter uma melhor compreensão do tema e chegue à uma conclusão mais precisa

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  47. Após leitura do texto “Ética e Excelência”, dos vídeos, bem como da aula que teve como tema o assunto abordado na postagem, têm-se a visão da ideia, como nos leva o título do texto, de ética relacionada à perfeição (para alguns, sinônimo de excelência).
    Eu, em ambientes de discussões a nível ensino médio, nunca havia tido contato com a visão de ética nesse aspecto e até mesmos sendo, se é que posso dizer, exemplificada, através de vídeos demonstrando habilidades que se ligam ao “físico e psicológico” das pessoas nessa abordagem. A partir de então comecei a me questionar se alguém que não tivesse o dom ou a vontade de se voltar a tal atividade para então exercê-la com excelência seria uma pessoa “anti-ética”. Muitas vezes atribuímos a “perfeição” a algo que temos como perfeito no momento, mas então alguém faz, desenvolve algo de maneira melhor e logo é atribuído esse “título” ao outro. Ao meu ver o “perfeito” se dá em torno de grande subjetividade, da crença que cada um possui, entre outros aspectos, mas é certo que mesmo assim as pessoas possuem, em determinado nível, um olhar em comum a diversos “assuntos”. Há também o fato de se tratar de pessoas, sendo assim, não tem como atribuir algo estático, não passível de mudanças.
    Difícil é desatrelar a noção de ética em códigos de conduta, conceitos de "bem e mal" e então ter uma visão, pelo visto, mais abrangente do assunto, até então, levemente "limitado".

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  49. A Morte do Cisne, é um clássico do ballet, a bailarina interpreta um cisne se debatendo até a morte com extrema perfeição segundo os padrões do ballet. No programa "Se ela dança eu danço", um jovem com roupas do cotidiano se propõem a fazer um releitura da peça. Os jurados ficam desacreditados dele, devido aos trajes e a proposta ousada de utilizar o estilo Street dance para interpretar o cisne. Porém, quando ele dança a similaridade e a perfeição é tamanha que todos se emocionam. O jovem dançou impecavelmente sem deixar sua proposta e seu estilo de lado.
    O texto relaciona a ética com o conceito de perfeição do agir humano, do mesmo modo no caso relatado acima a perfeição pode ter diversos contextos e definições, mas a ética deve abranger todas as situações. Por isso, como exposto no texto a ética pretende nos mostrar os padrões que nos convencem que a ação foi perfeita.

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  50. Partindo-se do pressuposto que considera a Ética uma forma de buscar a ''perfeição'' em diversas ações humanas , pode-se inferir que o ''perfeito'' ou ''excelente'' é algo inato ao ''ser ético'' . Entretanto , definir o que vem a ser a ''perfeição'' é uma tarefa difícil e , portanto , leva à formulação de diferentes teorias a fim de conceituar esse termo.
    Utilizando-se como base o material apresentado , observa-se que em sua conjuntura , esse está voltado à arte como produto da ação humana ( objeto de estudo da Ética ) , sendo assim , é possível notar , utilizando o pressuposto citado anteriormente , que essa arte busca a '' excelência '' , a nível de ser o '' perfeito '' naquilo à que se propõe , seja na música , na dança ou na literatura.
    É fato que a '' genialidade humana '' , como no caso de Lugansky e Paul Gilbert , torna esses '' primores '' naquilo a que se dedicam , o que não implica necessariamente no fato de que outros artistas que executam o mesmo tipo de atividade daqueles também não sejam considerados ''perfeitos '' ; o contraponto estaria no fato de reconhecer qual o mais perfeito , em vista disso , diversas teorias foram formuladas a fim de resolver essa questão .
    Já no caso das duas apresentações dadas à peça '' A morte do cisne '' é possível depreender que embora a bailarina profissional execute seus movimentos de forma '' perfeita '' , graças ao seu talento nato e ao esforço despendido por essa , isso não anula a performance do rapaz que dá à essa expressão artística outra visão , a qual também pode ser considerada '' perfeita '' , tanto que emocionou àqueles que estavam ali para julgar a apresentação do jovem ; infere-se , com isso , que a bailarina e o dançarino têm algo em comum : a busca pela '' excelência '' , o que torna possível considerá-los '' seres éticos '' .
    Vale lembrar também da '' perfeição '' ligada à literatura , lembrada pelo poema de Fernando Pessoa , o qual desenvolveu suas habilidades literárias ao longo da vida com o intuito de alcançar o '' ideal '' , e por isso , é considerado um dos ícones da Literatura Portuguesa ,

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    1. É importante ressaltar que no poema em questão de Fernando Pessoa , ele se classifica implicitamente como um '' ser antiético '' , uma vez que , cita suas ações como algo que não segue ao sistema normativo instituído e ao mesmo tempo questiona àqueles que são considerados pela sociedade como '' perfeitos '' , aos quais ele chama de '' deuses '' . Nota-se , portanto , um questionamento do poeta acerca da inerência da '' perfeição '' ao ser humano .

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  51. Ana Paula de Castro Costa27 de abril de 2013 às 14:03

    A perfeição pode ser colocada como o máximo que algo ou alguém pode ser e/ou fazer. Porém, acredito que a única pessoa capaz de definir o que é ser perfeito, é aquela que pratica a ação. Por assim dizer, nós aprendemos todos os dias, que cada um é único e por isso não poderiam ter conceitos iguais sobre palavras ou sentimentos iguais. Porém, acredito que existe sempre um meio termo que pode ser balanceado quando estamos tentando relacionar a perfeição à algo. Baseada nos vídeos, acredito que as pessoas que estão no meio da dança, do canto, etc, são regradas e essas regras são baseadas naquilo que cada arte tem como “perfeito”; Por isso, em programas onde existe uma competição e um julgado é “capaz” de dizer quem é bom e quem não é, ele se baseia nessas regras, nas quais os participantes também deveriam se basear.
    Minha visão de ética é o ponto central de atitudes e fazeres que se mostram “neutros”, ou melhor, “o ponto aceitável”, de tudo que fazemos e dizemos. E a ética é formada quando todos concordam numa mesma solução de um problema que foi posto na sociedade, e nisso acredito que a “ética” nunca é a mesma para diferentes regiões e sociedades. Tudo depende da cultura e da forma como tal região foi construída.
    A perfeição está ligada a ética no conceito geral, já que se tem por dito que toda ação ética é perfeita, por assumir a imagem de ser equilibrada; A ética que nós temos mais contato é aquela que nos é apresentada no dia-a-dia, quando temos uma situação de conflito entre duas ou mais idéias. Nisso, vejo a situação em que uma pessoa é assassinada. Partindo do princípio ético, ninguém tem o direito de matar outra pessoa por qualquer que seja o motivo. Porém, temos exceções, como por exemplo matar uma pessoa em legítima defesa, na qual você não fez por querer matar, mas sim para proteger sua própria vida. Nesse caso, isso não faz parte da ética, pois nessa situação você não teve escolha e, na minha opinião, a ética é feita de regras e você só pode considerar algo não-ético quando a pessoa tinha escolhas e escolheu a “errada”.

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  52. Analisando o texto, os vídeos e a aula, podemos ver a ética sendo relacionada a praticar o que é bom.Quando dizemos que a pessoa é ética estamos querendo dizer que ela fez algo que é considerado bom.
    Fazer tudo perfeito é saber o que tem que ser feito em cada momento, não cometendo erros.Contudo, na ética encontramos a discussão do que realmente é considerado perfeito.
    A perfeição, no meu ponto de vista, não tem só uma definição.Nos vídeos que mostram a “A morte do cisne”, aparecem dois dançarinos que são considerados bons, mas cada um tem uma maneira de dançar a mesma música, possuindo estilos diferentes. Assim, não é porque eles são diferentes que um vai ser melhor que o outro, eles só possuem seu próprio modo de dançar. As coisas mudam, não temos só uma maneira de praticar o bom, depende do que estamos procurando.
    Nem sempre acertamos em tudo que fazemos, muitas vezes erramos para depois acertar. Como diz Fernando Pessoa em seu poema: “quem nunca errou? Não somos semi-Deuses”.Cometemos erros que na prática vão se aperfeiçoando

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  53. Após a leitura do texto e ver os vídeos, a primeira conclusão que se pode tirar é a de que não existe um conceito universal, assim como todos os outros conceitos, do que é a perfeição.
    Afinal, todos nós estamos inseridos em diversos sistemas de crenças, possuímos diversas vivencias e opiniões acerca dos mais diferentes temas que acabam condicionando nossos conceitos. Ou seja, diferentes sociedades, diferentes grupos, diferentes pessoas podem ter visões distintas acerca do que é ético ou não é ético, pois como qualquer outro conceito, sua definição vem para satisfazer determinados tipos de julgamentos e contextos impostos, como claramente notado ao analisarmos os vídeos relacionados à dança da “A Morte do Cisne”, onde cada dança explora a seu máximo a visão do que as ações deveriam ser nos diferentes estilos, nos diferentes contextos que a arte permite, e também nos vídeos da performance do “Concerto para a Mão Esquerda” e o de Paul Gilbert exibindo que a perfeição talvez possa ser alcançada em diferentes tipos de análises, gostos e etc. Digo após tudo isto que a ética é relativa aos referenciais utilizados no exercício de análise das ações e conhecimentos que “são” e que “deveriam ser”.
    Nisto a racionalidade humana entra, pois a capacidade de analisar criticamente diversas ações e seus motivos e consequências nos leva justamente a ter as ideias sobre o que as coisas deveriam ser, sobre como agir levando em conta estes aspectos que alteram e guiam a aceitação desta por um grupo e também por si mesmo. Provavelmente devido a este fato é de que nenhuma pessoa se considera desonesta ou antiética, como discutido em classe e também sendo tema do poema de Fernando Pessoa, pois suas ações se orientam pela bondade, se orientam em busca de sua perfeição determinada. Porém tão pouco podem se considerarem completamente honestas e éticas, acredito que a perfeição vem somente para orientar os rumos das pessoas dentro de uma sociedade, e não ser plenamente alcançada. Até mesmo a sentido, o conceito da perfeição a meu ver não é perfeito, pois se fosse não existiriam tantas formas, tantas distorções de como se defini-la, e neste fato tudo que tomarmos por perfeito pode ser contestado em outra visão acerca do que é perfeito.
    E em busca da perfeição nos lançamos a uma crescente superação de limitações, em um abismo imaginável porém não real até a ação ser finalmente concluída, e em nossa imperfeição é que a perfeição sempre se fará infinita.

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  54. Após refletir sobre o texto, os demais comentários e os vídeos minha opinião é de que tanto a perfeição quanto a ética são intangíveis.
    Desconsiderando toda a subjetividade do julgamento, digamos que Lugansky, Gilbert, Makarova, John Lennon, Fernando Pessoa e quaisquer outros exemplos cabíveis aqui tenham sido perfeitos em suas respectivas ações. Isto é, vamos admitir que seja impossível realizar essas tarefas de maneira melhor. Será que realmente não existe alguém capaz de superá-los? Porque se existe, estes, por consequência já não são mais perfeitos. E como é que algo pode deixar de ser perfeito? O que é a perfeição senão a impossibilidade de melhorias? Se não é perfeito agora, tampouco foi por um instante sequer.
    Perfeição é como o amanhã que nunca chega, é o ponto sempre a frente do nosso melhor. E ética é perfeição, é, indiscutivelmente, a melhor forma de agir. Assim sendo, um exemplo concreto de ambos os termos é inexistente.
    É importante aceitar que a diferença entre o que 'é' e o que 'deveria ser' é inevitável. Ética e perfeição devem ser um norte para nossas ações. Entender esses conceitos não é necessariamente conhecer o ponto exato em que se quer chegar, mas saber a direção certa a rumar.

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  55. O que é ética? A partir do texto lido, conclui-se que ética consiste na interpretação do significado das palavras perfeição e excelência. Assim, não há ato ético que não seja perfeito ou que pelo menos não busque a perfeição.
    Há certo conflito a respeito. Alguns estudiosos da ética não acreditam em sua existência. Para eles, é impossível falar de algo perfeito, uma vez que pode existir um segundo elemento mais perfeito, que ainda seja desconhecido. A outra parcela dos estudiosos acredita que ao agirmos, buscamos sempre que nossos atos sejam os mais perfeitos e excelentes possíveis, uma vez que a perfeição é algo que se impõe a nós. Assim, a ação estaria ligada à perfeição. Como meios de expressão dessa ação perfeccionista, encaixam-se a música, a literatura e a dança. Os vídeos assistidos são exemplificam pessoas que conseguiram atingir alto grau de perfeição ao executarem alguma tarefa. Nos dois primeiros vídeos, Nikolai Lugansky toca piano apenas com a mão esquerda e nos deixa maravilhados ao ouvirmos a excelente música que ele produz juntamente a uma orquestra.
    O poema de Fernando Pessoa, por sua vez, relata a vida de uma pessoa (o eu - lírico) que se vê em desencontro com o resto da sociedade. Enquanto todos se consideram perfeitos e “campeões”, o eu - lírico afirma ser uma pessoa cheia de problemas e defeitos. Assim, ele critica a visão de semideuses que criamos para nós mesmos.
    A perfeição é expressa de maneiras diferentes, de acordo com a visão e o gosto de quem exerce a ação. Tal ideia fica clara ao compararmos o rock com a música clássica e o ballet com a dança realizada por John Lennon da Silva. Não há o mais perfeito ou o mais excelente. Cada pessoa tem sua opinião e suas preferências.

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  56. Se ao procurar uma definição para a palavra ética pudessemos
    denominá-la como algo que contempla a contraposição entre o ser
    e o vir-a-ser, se pode-se caracterizá-la por ser a busca da perfeição,
    onde ela é o peso e a medida que seria necessária no caminho constante da
    evolução, o que então é, a perfeição?
    Tomando do princípio que exista uma conexão entre as palavras ética e
    perfeição, onde elas talvez representem o meio e o fim respectivamente,
    é necessario se atentar à subjetividade linguística que podemos nos
    deparar ao usar tais palavras. Ambos termos representam abstrações em
    suas definições que um olhar cotidiano pode não perceber.
    Prova disso seria a difuldade que se encontraria ao tentar circundar e
    solidificar as definições de forma que se pudesse tornar seu uso prático
    simples o suficiente para que não demandasse um grandioso debate filosófico.
    Se pode ainda, encontrar barreiras na conceitualização dos termos visto que a
    linguagem humana abre a possibilidade de intrepretação e leva em consideração
    uma diversidade de variáveis, como o contexto, o sujeito e outros fatores
    que apenas dificultam a tarefa.
    Portanto, se há um objetivo de concretizar a ética como algo mais do que
    uma idealização, fica claro que o caminho a ser percorrido é longo e árduo pois
    os esforços necessários para se delimitar como a palavra "ética" cabe e deve
    ser aplicada na humanidade, ainda mais difícil é torná-la acessível à toda
    situação onde se acredita que ela deve ser aplicada.

    Leonardo Toledo

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  57. Com o dado em sala de aula, o texto e os vídeos, o conceito de Ética parece ter ficado um pouco mais claro e definido, mudando o que eu achava que fosse(buscar fazer o que é bom, correto, mas sem nenhuma ligação com a perfeição), mas ainda é problemático no que diz respeito ao que é buscado através desse conceito.

    Se agir de forma ética, é agir de forma excelente, sem erros, logo, perfeita, precisa-se definir para cada caso o que é atingir a perfeição e isso parece ser um problema gigantesco e que demandaria muito tempo. Então eu entro em concordância com aqueles debatedores que dizem ser impossível realizar essa tarefa no âmbito semântico.

    Nos vídeos de Lugansky, Paul Gilbert e os relacionados à morte do Cisne, as impressões que tive foram ótimas, realmente fiquei impressionado, mas não sei se posso dizer se elas foram perfeitas, pois para falar isso, eu precisaria de boas definições de como é ser perfeito tocando piano, guitarra ou dançando balé. Talvez fosse necessário, para cada caso, elaborar um corpo técnico que fosse capaz de julgar isso, montar um sistema perfeito o suficiente para assim poder fazer uma avaliação, porém, como dito, isso é algo que demanda muito esforço, sendo que ainda existe a possibilidade dos parâmetros mudarem com o passar do tempo, o que levaria a uma situação na qual a perfeição jamais fosse atingida. Fora o fato de que muitas das coisas são simplesmente opiniões, não traduzem necessariamente a realidade, a verdade. A parte do texto que diz "Talvez seja possível expressar esse conhecimento de alguma forma. Entretanto, não é através da linguagem natural" resume bem essa linha de raciocínio.

    O poema de Fernando Pessoa trata a perfeição como algo no âmbito das aparências, algo que distoa da realidade, servindo apenas como uma espécie de máscara. É como se ele soubesse que mesmo as pessoas sempre exaltando os seus atos, dando uma aparência perfeccionistaa, elas poderiam "descer do pedestral" e falarem de seus fracassos, o que, consequentemente, já eliminaria a perfeição. A Ética e, especificamente, a perfeição, parece mais um modelo, padrão, só que inalcançável.

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  58. Daniele Rodrigues de Faria28 de abril de 2013 às 00:06

    Acredito que os vídeos foram sugeridos com a intenção de exemplificar e tornar mais clara a ideia de perfeição/excelência, de modo que esta não precisou ser conceituada na linguagem escrita, mas sim 'vivenciada' por cada um, evidenciando a universalidade do conceito de perfeição, apesar da singularidade presente na mensuração da aproximação de determinada ação com a excelência/perfeição. Portanto, após introduzir a ideia de perfeição de maneira lúdica, foi possível relacioná-la mais facilmente com a Ética, pois esta está intrinsecamente ligada à excelência do agir humano, nas ações e atitudes corretas em todas as situações. Além disso, a Ética está por trás do modo como compreendemos o próprio 'agir corretamente', ou seja, da maneira como damos significado aos conceitos ligados ao 'agir com perfeição', 'fazer o bem', etc.

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  59. Vendo pela ótica maniqueísta de mundo - a que sempre definiu nossos padrões morais de comportamento - a ética se encaixaria como o principal pilar de referência inalcançável, a qual deveríamos sempre mirar ao decidir e definir ações. O planejamento de vida comum sempre foi apoiado nesses padrões e aplicamos isso a todas as vertentes de existência. Definimos o que é certo ou errado a se fazer, pois simplesmente necessitamos da segurança de que não seremos mal interpretados e de alguma forma coagidos pelo grupo ou sociedade.

    Pensamos na aplicação que existe da ética nas artes: vemos uma tentativa de supremacia para alcançar um espaço entre os que mais são aceitos pela maioria. Você se destaca por conta de seu talento e assim adquire reconhecimento. Essa perfeição alcançada é passageira mas, aos olhos de seus contemporâneos, você atinge certa relevância por apenas existir e agir dessa forma digna de magnitude. Você se torna um exemplar humano a ser seguido por todos aqueles que veem perfeição na sua maneira de existir, podendo até se tornar atemporal - um assento no bonde da eternidade.

    Em todo o caso, podemos exaltar essa ligação da maneira de "fazer" ética com a maneira de definir ética. A complexidade metalinguística também existe, pois é percebida ao refletir um pouco que quaisquer definições linguísticas ligadas ao tema não se justificam em si. Palavras como "perfeição" ou "excelência" são facilmente quebradas ao se pensar que podemos superar o que já foi feito, falado ou pensado. Mas é pra isso que, ao meu ver, podemos ser tão presos a ética. Ela nos organiza, nos qualifica e nos prepara para que prossigamos a caminho de uma melhor convivência e elaboração do "ser ser humano".

    É o mesmo dilema que sempre tivemos, da nossa relação tempestuosa, com a chamada utopia.

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  60. A partir do texto percebe-se que o agir éticamente é, naquilo
    que se compromete, realizar a sua função de modo perfeito, ainda que
    definir o que é perfeito possa ser impossivel, nós tomamos como referencial
    o melhor que já foi feito naquela area. Assim, o sujeito não ético é aquele
    que ao tomar uma decisão não busca atingir o perfeito, decidir o que é certo ou
    errado muitas vezes é difícil pois partimos de pressupostos já discutidos e debatidos. Os vídeos ajudam a perceber o impeto humano de se tentar tomar atitudes e agir de modo perfeito.

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  61. A ética é vista como a perfeição nas ações e comportamento humano. A bondade e a maldade são colocadas em confronto, ou sua ação é boa ou ruim, então não haveria como ser ético praticando maldades.
    Porém alguém seria capaz de admitir que suas próprias ações não são dignas ou consideradas boas? Alguém admitiria ser uma pessoa má? Questões estas levantas através do poema de Fernando Pessoa, no qual ele próprio admite ser vil, tomar decisões e ações consideradas erradas, pois a perfeição segue um modelo, o qual todos acreditam ser o correto/ verdadeiro.
    Então imagino que poderia-se perguntar: há algum meio de ser perfeito?
    Pois através dos vídeos pudemos ver inúmeras pessoas praticando atos (tocando piano, guitarra e dançando) de maneira perfeita, com uma execução impecável e com total maestria de seus atos; porém somente porque executam performances consideradas perfeitas, elas são éticas ou até mesmo perfeitas?
    A ética é algo difícil de ser discutida ou pelo menos chegar a uma resposta correta/ certeira, pois sempre há um dilema que nos cerca: quais ações são corretas, todas precisam ser praticadas?! Descumprir algo desse modelo convencionado já o desclassifica de ser ético?
    Todas as atitudes tomadas em sociedade sempre visão um bem maior, um melhor convívio, e até mesmo um melhor funcionamento dessa. Todas as pessoas estão em busca de um ideal, mas será que todas conseguem seguir esse modelo, conseguem ser perfeitas?

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  62. A partir da leitura do texto e da observação do material que aqui foi exposto tento agora dar minha reflexão sobre os mesmo. A discussão visa tratar sobre ética, tendo a como assunto, e como o tema tem a relação da ética com a perfeição.
    Primeiramente nos são colocados para exemplificar a proposta vídeos que apresentam diversas pessoas executando diferentes atividades no intuito de tentaram ser perfeitos naquilo que fazem, ou seja, executar tal ação dentro da melhor forma possivel da mesma ser executada. É compreendido por nós (ao menos por mim) que tais execuções são feitas com exelencia, quase perfeitas ou até mesmo perfeitas, cumprindo com aquilo que se é proposto e sendo digna de admiração por aqueles que as assistem. A pergunta que norteia toda a discusão dentre desse assunto é, o que é ser ético? O que é agir de forma ética? Então nos é dado a primeira proposição de que pretende responder tal questão que é, "ético é aquilo que é perfeito, excelente, ação que cumpre com aquilo que se é proposto a ser feito, de maneira perfeita, melhor possivel". Bom, é possivel de se entender essa proposição, mas agora vamos pensa-la dentro da discusão daquilo do que é ética.
    Usualmente ao discutirmos ética levamos nossos argumentos a se discutir aquilo que é o bom, o melhor, sendo aquilo que é o que deve ser feito e aquilo que é o ruim, o pior, ou aquilo que não deve ser feito. Ao entrar-mos em tal merito nos vemos discutindo o mundo de forma maquineista, separando, definindo e enquadrando nos conceitos de bem, mal, certo e errado. Ai que encontramos nosso primeiro dilema, na dificuldade em se definir aquilo que se colocaria como o bom, o certo e naquilo que se colocaria como o certo o errado, onde se tentarmos relacionar com a proposição da perfeição temos aquilo que é o certo, o com é colocado como o melhor ou a maneira mais excelente de se realizar tal ação, ou seja, o perfeito ou o mais proximo daquilo que pretendemos considerar como perfeito e aquilo que é o mau, o ruim é o mais longe daquilo que é perfeito, é o errado. Então na tentativa de enquadrar e julgar as atitudes e ações diante das situações como éticas e não éticas, nos encontramos com um problema que é, como definir esses conceitos que iram nortear nossos julgos de ética, assim como também servem de base para formulação da ideia do conceito da própria ética. Se o conceito de ética é fundamentado no conceito de perfeição, como então, definimos o conceito de perfeição, como então compreendemos aquilo que é perfeito? Se apenas colocamos como perfeito aquilo que foi executado da melhor maneira possivel, como então definimos aquilo que deveria ser a melhor maneira possivel? Nos vemos então sujeitando o conceito de bom a um conjunto de crenças, ou seja, acreditamos que tais coisas são as boas ou as melhores por tais e tais motivos, então além de sujeitarmos o conceito de perfeito a um conjunto ou sistemade crenças, sujeitamos também o conceito de Ético. Logo executar tal ação de forma ética é executar a mesma da maneira que acreditamos estar voltada para aquilo que acreditamos que é o certo, o perfeito, aquilo que deve ser e essa visão então relativisa o conceito de ética.
    Isso torna difícil quando tentamos tornar concreto e universalisar o conceito de ético, como então poderiamos debater sobre a ética? Se a ética é sujeitada a crença do maquineismo daquilo que é o bom e oque é o mau, basta então que acreditemos estar executando tal ação de maneira mais perfeita o possivel (dentro de nossas crenças). Então seria impossivel discutir atitudes éticas e não éticas. Tudo bem, mas se tentarmos padronizar tais sistemas de crenças para cada área das ações?

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  63. (segunda parte... só pode ter no maximo 4.900 caracteres, esse é o resto do texto)

    Se então tentarmos colocar a visão de que aquilo que é o melhor, é aquilo que é o melhor para todos? Bom, primeiro fujamos da tentativa de colocar como iremos definir aquilo que é o melhor para todos e vamos pensar que aquilo que é o melhor para todos é aquilo que é melhor para a sobrevivencia de uma sociedade. Então temos um conjunto de crenças que define aquilo que é o certo, o melhor, o excelente e então assim traça um "caminho" ou uma conduta que deva ser seguido e então todos voltariam suas ações para tal na tentativa de realizar tal ato de forma excelente, ou da melhor maneira possivel. Sendo assim um daqueles que tentou agir dentro da conduta que considera certas ações como corretas certas ações como erradas, vai conseguir executar tal ação de forma mais proximo do perfeito, ou seja, melhor do que os outros, e então vai ser considerado o mais ético, e aqueles que falharam na tentativa de realizar tal ação com tamanha perfeição irão ser considerados não-éticos, ou menos éticos se considerarmos uma ética semelhante a ética kantiana, na qual coloca-se que o ato de ser ético estar na intenção de ser ético. Outro problema que encontramos é que se a definição daquilo que é perfeito, cada um para sua área, esta dentro de um próprio objeto ou um ato realizado, que é tido como perfeito, o melhor que é possivel de ser feito para dada situação, então esse conceito esta submetido a inconstancia, pois tudo aquilo que é tido como perfeito pode ser um dia superado (sendo então não-perfeito, pois o fato de supera-lo o descaracteriza como perfeito, que por constituição é aquilo que não se supera, não se é possivel de ser ou fazer melhor) e que algo melhor surja. Então aquilo que era tido como melhor já não é mais e então torna-se algo não ético ou menos ético e se muda-se o conceito daquilo que é o certo ou correta, tende-se a ocorrer a mesma coisa.
    Esses são as perguntas que me surgem ao discutir-se ética. A ética é universal, relativa ou particular? É atemporal ou ao tentarmos discurtir ética cairemos no erro de sermos anacronicos? A ética é sujeita a um sistemas de crenças ou pode ser relativizada? A ética é a intenção de se realizar um ato da melhor maneira possivel, daquilo que se acredita ser o melhor ou a ética é reconhecida e concedida por seus semelhantes? Se atem ao ato ou trancende?
    Francisco Vasconcelos Cintra Júnior
    franciscovcintra@hotmail.com

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    1. Apenas uma correção, na frase "A ética é sujeita a um sistemas de crenças ou pode ser relativizada". A palavra correta é Normativizada e não relativizada.

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  64. Se levarmos em conta que a ética é a busca pela perfeição do agir, e que esta nós não conseguimos realmente definir, podemos dizer que a ética é, inicialmente, um conceito individual. O que nós consideramos ético e portanto perfeito, cabe, primeiramente, a nós definir. Uma vez que cada indivíduo possuí sua própria concepção de o que é ético, podendo ou não ser uma opinião igual ao de um outro, trazer um consenso de forma mais ampla para aplicar tal conceito a uma sociedade, torna-se um trabalho um tanto quanto inalcançável. Um indivíduo pode não acreditar na perfeição do outro, e até mesmo não enxergá-la onde um tem certeza que existe. Podemos achar a perfeição onde menos esperamos, sem ao menos esperar por ela, tudo dependerá de nossas emoções e visões quanto a tal ação/conceito. Mas será que essa busca incansável pela definição de perfeito, é realmente necessária? Será que deixar cada um com seus próprios conceitos, não seria algo mais correto e de certa forma democrático? Talvez a perfeição não exista, ela seja apenas a manifestação de sentimentos diferenciados que temos ao presenciarmos coisas que nos fazem bem. Mas talvez ela exista, e seja necessária para que uma sociedade possa ser completamente, perfeita. Alcançar a ética para toda uma sociedade pode ser visto como um objetivo a ser conquistado, mas para isto teríamos que acabar com conceitos de uns, para que prevaleçam o de outros, o que nos leva a uma questão muito importante: qual ética, é realmente a correta? Se é que existe uma?
    Bom, talvez nunca cheguemos a um consenso do que é a ética, talvez nem precisemos disto, mas uma coisa acho de extrema importância, a ética nunca deve ultrapassar os limites morais, os limites que impeçam uma vida em sociedade. Sempre devemos respeitar o ponto de vista de um outro alguém, mas ao mesmo tempo, possuir a moralidade necessária para julgar se aquele ideal pode ou não, ser considerado ético para toda uma sociedade.

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  65. Se considerarmos as ações de um ser como éticas quando as mesmas forem realizadas como perfeitas, seria impossível aos seres mortais atingirem a ética, afinal, a perfeição seria restrita aos seres e entidades divinas. Sendo impossível para os não-divinos atingirem esse conceito de execução máxima, de perfeição, e isso acontece por, na teoria, uma ação melhor que a atual sempre poder ser praticada, por mais tempo que demore. Um exemplo disso pode ser citado no futebol, o máximo de prêmios de melhor jogador do mundo FIFA conseguidos por um atleta na carreira futebolística era de três premiações, entretanto o argentino Lionel Messi quebrou essa premiação no início do ano ao receber o quarto troféu, apenas demonstrando que o máximo é inatingível, assim como esse recorde pode também vir a ser quebrado.
    Já se considerarmos um ser como ético ao realizar as ações de modo excelente, podemos crer que, como visto nos vídeos e exemplos acima, é possível termos pessoas éticas. É o caso do pianista russo Nikolai Lugansky, que possui desempenho espetacular e inúmeros prêmios como pianista, sem dúvidas ele atinge a excelência no piano, mas seria errôneo dizer que atinge a perfeição. Assim como seria errôneo dizer que o guitarrista Paul Gilbert, a bailarina Natalia Makarova, o poeta Fernando Pessoa, e até mesmo do jovem dançarino John Lennon da Silva atingiram a perfeição, apesar de, sem dúvidas, buscarem a excelência em suas ações.
    Portanto, temos um caso de conceituação, de critérios, se considerarmos ético as ações perfeitas, estas se limitarão aos seres divinos, mas se considerarmos ético as ações excelentes, teremos sim pessoas capazes de atingir esse patamar e serem consideradas como éticas.

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  66. Jessica Mayumi Tomigawa28 de abril de 2013 às 19:17

    Conceituar “ética” pode ser complicado. Assim como, conceituar “perfeição”. Sabe-se que ambas estão relacionadas, agir de maneira perfeita é agir com ética. Porém como podemos atribuir um valor à perfeição?
    Com isso, levanta-se uma série de questionamentos sobre o ideal de fazer todas as coisas de maneira perfeita: a bailarina, o pianista, o guitarrista, todos executaram suas tarefas de maneira impecável, mas é suficiente para considerarmos perfeito? Se considerarmos, não haverá possibilidade de outro indivíduo realizar a mesma tarefa de maneira melhor. É por isso que alguns autores afirmam que não se pode falar de Ética, pois a perfeição é um conceito absoluto.
    O ideal do ser humano é atingir seu máximo, sua perfeição. Como visto em sala de aula, alguns autores escrevem que abdicar da perfeição, é abdicar da racionalidade. Não há como se entender como alguém que pensa e alguém que não quer ser perfeito. Nisso, relaciona-se o poema de Fernando Pessoa, em que ele diz: “Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.”; “Toda a gente que eu conheço e que fala comigo. Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida...”. O eu-lírico, diferentemente, de todos os homens considera-se imperfeito, “Vil no sentido mesquinho e infame da vileza”. Como existe a constante busca do homem pela perfeição, ninguém confessa que é imperfeito. Daí a ironia do poema de Fernando Pessoa.
    Fato é que a busca pelo perfeito, ideal e ético continua. E a divergência de visões sobre esses conceitos também.

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  67. Baseados tanto no texto escrito pelo prof. Peluso quanto pelo conteúdo debatido em aula, enxergamos a relação existente entre ética e perfeição. É dito que ser ético, ou agir eticamente, é agir de maneira perfeita. No entanto, é possível alcançar a perfeição? A minha ideia de perfeição é a mesma que a sua? O material disponível é um meio de reflexão para essas questões.
    Primeiramente, ao analisarmos os videos musicais (música e clássica e rock), vemos que ambos foram realizados de forma a atingir a perfeição, porém, para um crítico parcial, baseado meramente em seu gosto musical, a música clássica pode ter sido realizada de forma mais perfeita do que o rock tocado por Paul Gilbert.
    O mesmo raciocínio pode ser aplicado quanto à dança do Cisne, uma realizada no ballet clássico e a outra adaptada para outro estilo. As duas danças apresentavam movimentos perfeitos, contudo pode ser que os movimentos realizados por John Lennon da Silva estivessem longes de serem considerados perfeitos aos olhos de um bailarino clássico, este que analisaria sob uma perspectiva diferente.
    Apresentado isso, nos perguntamos: seria a perfeição algo definidamente conceituado? Ao meu ver, a resposta é não. A perfeição, assim como a ética, vai variar de acordo com a pessoa (e no caso da ética, pode ser que varie também de acordo com a sociedade em que a pessoa está inserida, não só sua consciencia pessoal).
    Dessa forma, entendo que tanto a perfeição quanto a ética vão variar, e que, em relação à perfeição, esta é impossível de ser alcançada por ser algo incerto e, como discutido em aula, pode ser que nunca seja alcançado, uma vez que alguém pode realizar posteriormente algo ainda mais perfeito, eliminando o conceito de perfeição anterior.
    Em relação ao poema de Fernando Pessoa, vemos que poucas são as pessoas que assumem seus erros ou não se consideram éticas. Não porque não o são, mas porque, na sua consciencia, foi realizado o correto e cada um tem uma visão diferente do que é certo ou errado em determinadas situações. O que pra mim pode ser considerado maldade, para voce pode não ser, dando um aspecto ainda mais impreciso para o sentido da palavra "ética".

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  68. Sobre Ética e Excelência

    Perfeição é um termo que me remete a coisas concretas e que eu possa mensurar. Ao analisar o que é um círculo perfeito pode-se partir de algumas premissas que a geometria já tenha estabelecido. Porém mesmo quando tratam-se de coisas concretas e mensuráveis, a perfeição é abstração, pertence ao campo das idéias,como já é de conhecimento comum.
    Ao refletir sobre ética e o agir perfeito surgem questões sobre como esse agir perfeito, essa excelência é estabelecida. O “Poema em linha reta” de Fernando Pessoa nos faz refletir se essa ação perfeita é tangível. E se é real.
    A ação perfeita está relacionada ao agir dentro do esperado dentro de convenções já estabelecidas. A ação deve ser executada com excelência e da forma já convencionada como perfeita. Mas se essa execução se der de forma inegavelmente excelente e fora das convenções ocorre uma quebra de paradigmas que leva a crer que o conceito do que é perfeito está em constante mutação. Como foi exibido no último vídeo da lista (A morte do Cisne -street) essa quebra gera reações e a necessidade de adoção de uma postura ética.
    A ética trata de questões relacionadas a conceitos como liberdade, responsabilidade, valores, consciência, sociabilidade... E traz pra si o arbítrio de estabelecer o que é apropriado para que se atinja uma ação perfeita, com a finalidade de evitar que as ações extrapolem as fronteiras dos direitos de outros indivíduos.

    Rose de Paula
    RA:21069412

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    1. P.S.: A intenção no final do primeiro parágrafo não foi argumentar ad populum e sim não mencionar como se fosse minha a conhecida teoria de Platão.

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  69. A ética está intensamente ligada a perfeição. Ao ser humano cabe ser ético e 'perfeito'.
    Sendo que a ética pode ser considerada como a ciência da obrigação (obrigatoriedade) que rege a conduta humana. Sendo assim, o homem está sempre se cobrando a ser perfeito. A não ser somente um mortal mas ser o melhor em tudo.
    Como podemos ver no poema de Fernando Pessoa em ser perfeito (ético) era basicamente não assumir que cometiam atos errôneos e de algum jeito ia cometer equívocos. Tudo isso por que o objetivo do ser humano é ser perfeito. Vivemos em busca de ser ético, de ser perfeito em tudo que possamos fazer.
    Já nos vídeos, podemos ver que as pessoas apresentam a sua arte de maneira perfeita. Mas, isso não que alguém não possa realizá-lo com a mesma perfeição e maestria. Concluindo, é possível ver que não há um conceito universal sobre a perfeição. A perfeição em si mesma não é perfeita por estar enquadra em um leque gigantesco de definições, conceitos e concepções sobre ela.

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  70. Há variados modos de agir. Há variadas percepções de diversas pessoas. Como definir algo fixamente, sendo ele volúvel às diferentes concepções humanas? Se considerada a Ética como a excelência das ações humanas, a perfeição seria a bússola da manifestação do homem. Entretanto, a perfeição pode ser também encarada com diferentes olhos; como nos vídeos das danças da morte do cisne, em que um mesmo tema foi retratado de formas distintas através da arte, o balé clássico e street embora tão diferentes em suas essências, alcançam o que seria a excelência de diferentes maneiras. Baseada no texto “Ética e Excelência” evidencia-se claramente que o tema é de difícil definição conceitual, talvez até incompleta. Eu tenderia àqueles que acreditam não ser possível criar esse detalhamento sobre Ética, a resposta pode estar fragmentada nos diferentes modos do saber e, que talvez, a junção de todas estas sejam e/ou formem a resposta que procuramos. Toda limitação sobre esse discurso, que busca entender nosso modo de agir afim da pratica do bem ou daquilo que deve ser feito, traz a esperança de que algum dia poder-se-ia dar sentido completo à essa palavra.

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  71. Lendo o texto e tendo a aula como base podemos ter duas ideias 1) ética como a perfeição e 2) ética como excelência. Caso tenhamos a primeira como unica imaginamos então que ninguém no mundo é ético pois ninguém conseguiria ser perfeito em todos os aspectos ele pode ser o homem mais rápido do mundo atualmente porem daqui a 3 anos ele pode não ser então ele não seria mais ético pois não alcançou a perfeição impossibilitando alguém ser ético verdadeiramente e sendo impossível alcançar a perfeição e ética as pessoas não procurariam mais essa tal perfeição; Tendo a segunda ideia de ética como excelência podemos dizer nesse momento que sim todas as pessoas no mundo poderiam ser éticas pois ao tentar alcançar a perfeição eles teriam que tem a excelência em tudo que faziam mesmo não alcançando a perfeição teriam a excelência então alcançando a mesma e mesmo que sendo uma ética temporária e especifica ele seria uma pessoa ética.

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  72. O texto afirma que todos nós concordamos que agir com Ética é agir com excelência, mas acredito que essa exelência, mesmo sendo algo perfeito, não representa algo completamente bom. Cada um possui uma maneira de avaliar as ações e julgar se elas são corretas ou não. De uma certa forma, desde pequenos sabemos o que é considerado certo ou errado na nossa sociedade e de acordo com nossos costumes, mas acredito que há atos que mesmo sendo realizados para o bem possam de algum forma, por menor que seja, interferir em alguma outra coisa de uma maneira ruim. Mesmo assim não acho que isso faça uma pessoa ser anti-ética.
    Nos vídeos vemos a relação da arte com a excelência, mas também considero isso uma questão relativa e isso pode ser comprovado em programas que contam com a participação de jurados, pois geralmente eles possuem um grande conhecimento na área, mas nem sempre concordam com o talento dos participantes.
    Se a Ética realmente é baseada na excelência, não temos como defini-la tão bem, pois a perfeição nos atos é algo que muda de acordo com cada pessoa. Não existe algo que afirme o que são atitudes certas ou erradas, pois isso muda de acordo com as situações.

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  73. O ser humano, que “criou” a ética a partir do momento em que passou a viver em sociedade, o fez pois precisava criar um código de conduta que pudesse abranger à todos com a finalidade de que todos vivessem de forma harmônica e perfeita. Entretanto, para atingir a perfeição, é necessário que se saiba qual é o seu significado, porém esta é uma resposta que vem sendo buscada há tempos, e a única coisa concreta que sabemos sobre a perfeição, é que a mesma, não é concreta, e sim, abstrata.
    Nós, seres humanos, temos como objetivo atingir a perfeição naquilo que fazemos, mas, por mais que sejamos aplicados e esforçados, jamais seremos perfeitos.
    Podemos colocar a perfeição de duas maneiras, a primeira é que se for possível ser assumida por todos de que algum ato ou realização é perfeita, se este ato for modificado de forma a trazer um novo conceito de perfeição, aquela consideração feita anteriormente, era falsa, ou melhor dizendo, uma verdade temporária. Um exemplo que pode ser citado é o da corrida de 100m rasos, onde a perfeição em que se quer atingir é o de ser o mais rápido corredor. De tempos em tempos, o recorde vinha sendo quebrado, até que este estagnou e ninguém mais era visto como capaz de conseguir ultrapassar essa marca, ou seja, aquele tempo era considerado a perfeição nas corridas. Mas, um atleta conseguiu diminuir o tempo, e este passou a ser considerado perfeito, e, novamente duvida-se de que essa marca pode ser diminuída, mas, sempre haverá alguém disposto a se sobressair. Entretanto, quanto mais próximos estamos de atingir a perfeição, para todo e qualquer passo que dermos, assim como estaremos diminuindo a distância entre nós e a perfeição, as mudanças serão cada vez mais ínfimas e portanto mais difícil de se alcançar o objetivo final.
    Já a perfeição analisada de outra maneira, é de modo que pessoas, grupos, sociedades, tem seus próprios gostos e analisam do seu jeito aquilo que bem entendem. Como pôde ser visto nos vídeos relacionados pelo professor. Uma interpretação de ballet foi realizada de maneira diferente, e chocou a quem estava assistindo, onde tinha-se como perfeição a apresentação da bailarina, e, posteriormente um homem resolve dançar de maneira completamente diferente, onde, se ele não conseguiu atingir a perfeição, chegou muito próximo à ela. Dois modos diferentes de interpretar uma mesma música podem trazer dois pontos de vista e duas análises ou mais de perfeição, dependendo apenas de quem está assistindo, e, indiretamente analisando.
    Esta visualização e análise é acometida por todas as pessoas, seja ela na arte, na literatura, ou na ética. O que se põe em questão é, o que pode ser considerado o melhor? É possível alcançar a perfeição? O que precisamos para conviver e harmônica e perfeitamente?

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  74. A ética, um conceito abstrato, é tão difícil de se definir quanto é complicada dizer o que é perfeito em determinada área. Os dois conceitos são semelhantes pela necessidade de humildade, em ambos, para que se possa alcançá-los. Na ética, é preciso constante debate, estudo e acúmulo de conhecimento. Isso para que se possa compreender as mais diversas visões e opiniões sobre determinado assunto, tornando suas ações mais sensatas. Para a perfeição, necessita-se de constante treino, prática e estudo. A famosa frase, normalmente atribuída a Thomas Edison, diz que genialidade é 1% inspiração e 99% transpiração, o que soa muito sensato. Temos de entender que a nossa visão nunca será a única, e que muitas vezes a opinião de poucos pode vir a se tornar a opinião da maioria, o que exige, novamente, humildade. A música que para mim soa perfeita, para você pode não ser nem digna de se notar.
    A grande importância não é realmente ser perfeito ou totalmente ético, e sim a busca por eles (desde que sensata), o caminho que cada ser toma para atingí-los.

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  75. Boa tarde, professor. Tendo analisado o material proposto, seguem minhas percepções acerca das noções de Ética e perfeição.

    Uma das ideias presentes no texto “Ética e Excelência” - talvez a principal delas - é a de que “aquilo que chamamos de Ética está de alguma forma associado àquilo que, na linguagem natural – falada e escrita – pode ser considerado como a perfeição, ou excelência do agir humano nas diferentes situações onde é possível agir”. Assim, perfeição seria o pleno desenvolvimento das potencialidades humanas. Estabelece-se de tal maneira um estreito vínculo entre Ética e perfeição do agir.
    Seguindo esta linha de raciocínio, podemos ilustrar claramente a busca pela perfeição do agir através de exemplos artísticos ou mesmo nos esportes (como presentes nos vídeos sugeridos neste blog para análise e também naqueles discutidos em sala de aula). Atletas e artistas direcionam (orientam) seu “treinamento” a fim de atingir modelos de perfeição. Uma performance pode sempre ser superada, mas há parâmetros de excelência – ainda que transitórios – estabelecidos. Podemos nos lembrar do perspicaz exemplo usado em sala de aula, o do nadador Michael Phelps. Na natação, ele é um modelo de excelência. Mas poderíamos discutir questões mais complicadas, como a do ciclista Lance Armstrong. Vencedor do Tour de France sete vezes em sete anos, Armstrong era considerado um modelo de excelência no ciclismo. Suas performances foram impecáveis, perfeitas, mas, recentemente, o atleta confessou o uso de dopagem bioquímica. Sei que esta discussão não cabe aqui, mas é um ponto a se refletir.
    A ideia de “Ética como perfeição”, então, não me satisfaz plenamente. Ao meu ver, a Ética, como a Arte (dança, música, etc) e a Literatura (poesia, etc), está associada não apenas ao resultado excelente que se obtém ao realizar uma ação, mas também à maneira como se a realiza, e ao modo como esta ação é interpretada ou enxergada. Assim, temos uma noção de Perfeito, mas a perfeição de cada ação não é uma noção universal: está sujeita a nossa interpretação. Pode parecer contraditório, mas não o é:
    Isso fica claro, por exemplo, nos vídeos que trazem duas interpretações distintas da “Morte do Cisne”. Um dos vídeos traz a variação de repertório de Ballet Clássico e o outro, uma interpretação de Street Dance desta coreografia. Apesar de estilos de dança diferenciados (em vários aspectos, entre eles o técnico), ambos os bailarinos atingiram em suas performances níveis de excelência. Mas, mais importante ainda, percebe-se em suas ações a mesma intenção de atingir a perfeição, ainda que de duas maneiras distintas. Este é um pensamento que me agrada muito mais: “buscar a perfeição em suas ações” é, necessariamente, ser Ético.

    Giovana Cavaggioni Bigliazzi

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  76. Após a leitura do texto, assistir os videos e a aula acerca do assunto. Compreendi que o ser humano, em sua maioria, está sempre em busca de ser o mais correto possível, ele busca agir de forma ética. Mas o que seria a ética e a o que ela está ligada? Ao meu ver a ética está intimamente ligada a perfeição ou excelência, ser ético seria agir perfeitamente.
    Mas o que é perfeito ou excelente? A maioria dos pesquisadores do assunto tendem a não saber definir esses termos, porque são termos por demais complicados, assim como é difícil definir o que é o bem ou o mal. Porém, podemos ter uma ideia do que esses termos podem significar. Quando observamos os videos, vemos músicos e dançarinos atingindo aquilo que podemos chamar de perfeição, eles fazem o melhor naquilo que propõe fazer e isso é perfeito ou excelente. Mas a definição sempre pode mudar, porque sempre pode aparecer outra pessoa que execute a tarefa com maior maestria do que o anterior, ou seja, a definição de perfeição está em constante mudança.
    Compreendi também que ser ético é tentar ser perfeito, fazendo o bem. Não existe nada melhor do que o bem e/ou fazer bem, ou seja, com excelência a tarefa que se propõe a realizar. É sempre importante a busca pela ética.

    e-mail: elisa.garciaa@hotmail.com

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  77. Boa tarde a todos!
    Fiquei surpresa ao ver que ética está ligada ao termo perfeição, excelência! Não pensei nesse aspecto antes. Para mim ética era fazer o correto, mesmo quando eu não fosse "obrigada" a fazê-lo, seja por força de punições caso não o fizesse(leis/normas), seja por força de ser vista por alguém em situação incorreta. Pensava em ética como algo que me motiva a praticar o bem porque acredito ser este o melhor caminho a seguir.
    Observando a atuação da orquestra e do pianista Lugansky no vídeo sugerido, percebemos a importância de que todos busquem fazer o seu melhor, para que o resultado das ações de um grupo seja o melhor.
    Reconhecer nossas deficiências é o ponto de partida para a busca do melhor. O famoso "conhece-te a ti mesmo" de Sócrates, como início para o caminho que nos leva à perfeição.
    O poema de Fernando Pessoa é inspirador a buscarmos esse auto-conhecimento. Somos realmente aquilo que pensamos ser?
    Silvia Aparecida Rodrigues
    silviaaprodrigues@gmail.com

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  78. Thaís Alves Villalobos29 de abril de 2013 às 15:14

    Da leitura do texto "Ética e Excelência" e depois de assistir aos vídeos sugeridos, nota-se que os conceitos tanto de ética quanto de perfeição são extremamente subjetivos, contextuais. O que pode ser considerado por muitos como exemplo de perfeição, pode ser considerado por outros (e com certeza o é) de outra forma.
    Além disso, abstrai-se que a ética não se restringe a ser apenas um guia nas relações interpessoais, mas também no executar das ações. Assim, as diversas formas de arte são regidas pela ideia da perfeição, que está amplamente relacionada à ética.
    Após ler o texto em questão e assistir aos vídeos em questão, é especialmente inevitável não comparar as diversas manifestações da arte de acordo com valores pessoais. Dessa forma, é possível que o que é considerado por um como exemplo de perfeição (a música clássica ou o ballet ou a literatura, por exemplo), pode não ser assim visto por uma outra pessoa que vê a perfeição apresentada em outras formas (rock ou hip hop, por exemplo).
    Do material apresentado, tira-se ainda que a perfeição vem do melhor dos indivíduos, portanto está em constante mudança, já que uma outra pessoa pode superar o melhor anterior, estabelecendo um novo padrão.

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  79. Após analisar os matérias disponibilizados no post e relembrar o assunto introduzido em sala de aula, é possível dizer que a perfeição não é algo universal e imutável. Ao contrário, perfeito parece ser aquilo que é excelente em um determinado momento, em um determinado contexto, segundo um determinado grupo de regras. Do mesmo modo parece ser a ação ética. Ou seja, agir eticamente é agir de acordo com o que é considerado excelente segundo um conjunto de normas vigentes no momento da ação. O agir eticamente compreende, então, respeitar e seguir as regras fixadas em um dado momento por uma dada sociedade.
    Entretanto, se a perfeição não é universal e imutável, e se Perfeição e Ética estão intimamente ligadas, então a Ética tampouco pode ser geral e invariável.
    E aí se configura um grande problema. O conceito de perfeição vária de individuo a individuo. Eu, por exemplo, poderia discordar de alguma regra fixada pela sociedade e se eu agisse de modo contrário a essa regra aqueles que concordam com ela certamente diriam que eu não estaria sendo ética. Entretanto, uma vez que eu tivesse outra crença e agisse em conformidade com ela, eu acreditaria estar agindo perfeitamente, eticamente, porque então o não-ético seria para mim aquilo no que não acredito. Existiriam, pois, uma Ética pessoal e uma Ética “social” não universal - voltada para o bom convívio dos indivíduos de cada sociedade -, que nem sempre se poderiam conciliar. Mas me pergunto se de fato pode existir uma Ética pessoal ou se Ética só pode existir dentro de um grupo? Ainda que não me pareça que um individuo que, por exemplo, não vivesse em sociedade, que não conhecesse o que é a/uma sociedade, estaria livre da ética, da ação segundo a ética. Talvez ele a nomeasse de outra maneira, ou nem pensasse nela – porque, pela óbvia falta de necessidade, não haveria comunicação (no sentido de dialogo) e, tão logo, não haveria linguagem suficiente para dar nomes e conceitos -, mas ainda assim esse individuo agiria da forma que acreditasse ser bom para si, quer seja por fruto de algum tipo possível de reflexão, quer seja por fruto de uma experiência sensível.
    Julgando, então, que exista essa Ética pessoal, quando se passa a viver em sociedade essa ética pessoal é subordinada à ética social, porque aí, em tese, se passa a não mais agir segundo o que é “bom para mim”, mas segundo o que é “bom para nós”, para o grupo, para a sociedade. Todavia, é certo que uma sociedade não se reúne por completo para decidir quais atos são bons e quais atos são maus para o bom convívio geral, quais atos são excelentes e quais não o são, quais atos são éticos e quais são não-éticos; o que significa que há uma grande chance de uma minoria conceituar esses termos e classificar os mais diversos atos segundo eles e de o que for fixado se estender por gerações, fazendo com que boa parte dos valores de uma geração tenham origem muito antes dela.

    E, então, se a Perfeição é relativa, mutável e não universal, se a Ética é temporal e contextual, se os valores de um individuo são subordinados aos valores de uma sociedade (fazendo com o que o agir seja guiado pelo o que é “bom para nós”, para além de ser ou não “bom para mim” ), se um incontável número de preceitos de uma geração não são frutos dela própria,e se “bom”, “bem”, “mau” e “mal” também não podem ser universal e permanentemente conceituados, isso me desencadeia ainda um outro questionamento: a ética é mesmo perfeita? A ética, enquanto doutrinadora do agir, é, de fato, ética?

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  80. A cerca da leitura dos materiais disponíveis é possível realizar uma análise sobre a relação entre ética e perfeição. O texto demonstrava de um lado a relação que se tem entre os conceitos de ética e de perfeição, a medida em que o que é considerado ético precisa ser perfeito, precisa estar no ultimo nível de excelência, porem de outro lado demonstrava a dificuldade de associar ética com bondade e maldade, que são conceitos mutáveis e relativos, não são cristalizados, dependem dos pressupostos de cada um, de um dado contexto e uma conjuntura de fatos.
    As mídias disponibilizadas ilustram essa relação de ética e de perfeição, nos vídeos de Lugansky tocando o concerto da mão esquerda e de Paul Dilbert tocando sua guitarra, demonstram a excelência da técnica de execução, atingindo a perfeição, de acordo com aqueles parâmetros, e assim sendo um comportamento ético, pois é o exemplo de como se deve ser executada aquele concerto. O poema de Fernando Pessoa traz uma outra perspectiva sobre a ética e o comportamento perfeito, demonstra que ser perfeito, e assim eticamente correto, o tempo todo e em tudo é impossível, e apesar das pessoas demonstrarem que são perfeitas e excelentes em todas suas ações esse grau de perfeição é impossível de ser atingido em tudo que se propõe a fazer. Ambos os vídeos a cerca da performance d' "A morte do cisne" trazem outra questão a ser avaliada nessa temática da ética e perfeição, que é a questão da interpretação excelente de maneira diferente de uma mesma ação, ja que ambas as performances da bailarina e do dançarino de street dance, cumpriram com seu propósito de execução perfeita, porém de maneiras diferentes, e mesmo assim, emocionam e podem ser considerados comportamentos éticos, já que foram perfeitos e atingiram seus objetivos últimos: uma apresentação de dança perfeita tecnicamente e que emociona seus espectadores.
    Dada essa gama de perspectivas diante da relação entre ética e perfeição, vejo que, sim, a ética se relaciona com a execução perfeita de uma ação ou atividade, nos exemplos acima temos expressões artísticas perfeitas, mesmo que de maneira diferente, foram perfeitas, o que evidencia que há a possibilidade de se pensar e conceituar a ética como perfeição, porém há de se considerar o caráter relativo do que se é considerado perfeito.
    Essa consideração é importante, pois caracteriza um problema relevante que é a tentativa de universalizar o que é o comportamento ético e perfeito. Vejo que há sim a possibilidade de ações éticas e perfeitas, porém elas não são universais, visto que a qualificação de como se agir perfeitamente é relativa.

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  81. Boa tarde Professor!

    Após avaliar os conteúdos passados pelo senhor, juntamente com os conceitos e a discussão realizada em sala de aula, chego a conclusão de que a ética diz respeito à análise de escolhas e atitudes. Diariamente usamos o termo ética, sem realizarmos necessariamente uma reflexão suficiente para se compreender de fato o que ele sugere. Ao dizer que uma atitude é ética, estamos nos referindo a uma ação desenvolvida da forma que esperávamos que ocorresse ou até mesmo mais do que isso, estamos julgando se a atitude foi ou não perfeita. Ou seja, a ética acaba se tornando um critério de julgamento de perfeição, sendo assim, toda e qualquer ação humana está sujeita a essa análise.
    Dessa forma, se é possível compreender que o ser humano busca a perfeição de modo que suas atitudes, expressões artísticas ou pensamentos possam ser julgados como éticos nas avaliações criteriosas de terceiros. Um exemplo disso é o poema de Fernando Pessoa que nos demonstra a auto-crítica que ele faz sobre todos seus "defeitos", e também nos mostra ter realizado uma avaliação sobre as atitudes de seus conhecidos, já que logo no início, pontua que todos os demais seres humanos com os quais já teve contato agem de forma vitoriosa, em suas palavras: "(...) todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo."
    Entretanto, uma observação se faz necessária, pois o conceito de perfeição consiste em clara relatividade e impermanência. Já que o julgamento do ser ou não ser perfeito diz respeito a cada indivíduo, seus gostos, sua formação, sua bagagem teórica e suas experiências de vida. Já a questão da impermanência, diz respeito ao alcançar a perfeição, já que ela não é estável e está em constante desenvolvimento e evolução. O vídeo que demonstra a perfeição da bailarina russa Natalia Makarova interpretando "A Morte do Cisne" não interfere na avaliação da segunda interpretação colocada pelo senhor no vídeo em que o brasileiro John Lennon da Silva também consegue atingir de maneira gloriosa o objetivo do espetáculo centenário "A Morte do Cisne".
    Desse modo, entendemos que estando a ética relacionada a perfeição, ela passa a ser um conceito relativo, entretanto a mesma é uma exigência da racionalidade humana, não se é ser humano se não se faz uso de sua própria razão.

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  82. Ao pensarmos em ética, a primeira coisa que nos vem a cabeça são as condutas corretas de uma pessoa, só que com o texto e a aula do professor Peluso, podemos assemelhar ética como a busca por uma excelência no modo de agir do individuo, ou seja, perfeição.
    Todos seres nascem com a concepção de perfeito, mas defini-lo é o mais complicado, que é onde entra a similaridade entre ética e perfeição, ou seja a ética está relacionada ao esforço de ser perfeito (ação) e perfeição está relacionada a excelência no desenvolvimento de algo pelo individuo.
    Agora podemos ilustrar essa concepção de ética relacionada com perfeição principalmente no exemplo do vídeo da "morte do Cisne" de Natalia Makarova e John Lennon.
    No primeiro vídeo apresentado, aparece a bailarina executando a coreografia com uma perfeição de movimentos, ou seja à cada passo a bailarina busca da sua maneira executar os movimentos da melhor forma possível.Já no vídeo de John Lennon, encontramos o mesmo contexto, porém a dança é abordada de uma maneira diferente e com um estilo de dança distinto do primeiro vídeo.
    Outro exemplo que podemos mostrar a similaridade de ética e perfeição é no vídeo de Lugansky, onde ele mostra o esforço ( de tocar com a mão esquerda e uma orquestra inteira o acompanhar) em busca de um som perfeito, ou seja um som executado da melhor maneira.
    Mas essa discussão de perfeição não termina nesse conceito de excelência no desenvolvimento de atividades, pois a perfeição é distinta, cada um tem um conceito e uma visão diferente do PERFEITO.
    Um exemplo disto é um rockeiro achar que a música que define perfeição é um rock e uma outra pessoa achar que uma música clássica é o que define a perfeição.
    Assim, após percebermos os diversos pontos de vista sobre ética, consigo chegar a uma única conclusão que a ética que todos adotamos como postura nada mais é que a busca por uma conduta perfeita, ou seja um melhor desenvolvimento de suas ações.


    e-mail: girossini1994@hotmail.com

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  83. Nunca entrei em um contexto crítico quanto ao termo ética, já cursei uma disciplina em um técnico que se chamava Ética e Cidadania Organizacional, onde o foco na aula era sobre a ética no trabalho, mas antes de separar em áreas, o que de fato é ética e com que base a julgamos e determinamos em nossas vidas?
    No texto Ética e Excelência é discutido o significado das palavras bondade, maldade e perfeição, relacionando com a palavra ética, é dito que todos os seres humanos consideram que agem de forma correta, concordo com o texto e também com Fernando Pessoa em seu poema que diz que dentre todas as pessoas que conhecemos, todas essas se julgam campeães em tudo, tratam-se como corretas e éticas em relação as suas ações, entretanto a ética está relacionada a excelência e a perfeição dessas ações, onde essa é fundamentada no conhecimento que é descrito no texto, o que não tem relações com nossos esforços para sermos racionais, porém cada um atribui suas próprias definições a esses termos em suas vidas e por mais que haja um debate com o objetivo de defini-los, por mais claros que fiquem para algumas pessoas, jamais serão precisos.
    Quanto aos outros vídeos, mostra-se a perfeição na arte através do ballet e da música, indiscutivelmente essas pessoas agem de forma excelente, retratando a ética nesse sentido, de agir corretamente, concluo com base na aula, nos vídeos e no texto que a ética está sim presente em tudo o que produzimos, entretanto não somos perfeitos nisso tudo, então isso nos torna inevitavelmente errados se algum dia já nos julgamos éticos integralmente, pois diante de uma discussão como essa da definição de ética, jamais poderíamos nos definir como tal, afinal somos "indiscutivelmente sujos" de vez em quando, como Fernando Pessoa diz.

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  84. A ética está intimamente relacionada com a busca da perfeição. A definição de perfeição se torna complicada devido a dificuldade em "categorizar" uma performance, ou seja um conjunto de condutas.
    Mas, embora seja um problema, categorizar a perfeição, ninguém vai discordar que o pianista Lugansky é perfeito em sua ação de tocar o concerto da mão esquerda. Todos tem a noção do perfeito e isso esta relacionado com aquilo que deve ser feito.
    Claro que como o exemplo do nadador que teve na sala de aula, o que é tido como perfeito é momentâneo, pois está sujeito a mudanças como de que aqueles 19 segundos (se eu não me engano) sejam superados a qualquer momento.
    Como dito no texto, como chegar a conclusão de que aquilo foi perfeito é o que a ética pretende mostrar.

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  85. Luis Alfredo da Silva29 de abril de 2013 às 17:36

    Com a análise dos vídeos disponibilizados, a leitura do conteúdo e a posterior explicação dada em aula eu tive a percepção de que a ética em seu sentido principal se origina muito mais da percepção mutua de uma sociedade ou individuo sobre o que é o modelo ideal à ser seguido pelos demais no sentido de encontrar uma forma de agir que atinja de forma mais próxima a perfeição. Avaliados estes pontos, se mostra de forma clara o quão difícil é para uma pessoa agir eticamente em todas as áreas que a cercam, de modo que o ser ético em minha opinião seria algo inatingível em sua totalidade é, possivelmente, algo alem das capacidades humanas.

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  86. No material aqui postado e durante as aulas é proposto o entendimento da relação que existe entre ética e perfeição. O homem ético seria aquele que segue corretamente os valores de sua cultura, aquele que tenha consciência de estar fazendo todas as coisas certas. É chegado ao ponto em que essa pessoa tenha o objetivo de realizar tudo ou algo em especial da forma mais correta possível, eis que surge a busca pela perfeição. Nos vídeos da bailarina, do pianista e guitarrista se percebe o quanto foi preciso treinar para ambos realizarem suas atividades com perfeição. E talvez não tenha sido tão perfeito assim, outra pessoa pode fazer igual ou até melhor, se esta tiver disciplina e obstinação de ser melhor que o antecessor. Em seu poema Fernando Pessoa nos mostra que as pessoas são sempre corretas e\ou perfeitas “todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”, nunca admitindo seus erros e\ou imperfeições. A busca pela perfeição não tem somente o intuito de ser superior ao outro, mas também buscar aprimorar algo que goste, de tanto fazer aquilo que se sente prazer você acaba se melhorando e chegando perto de algo perfeito.

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  87. Creio que, após a leitura do texto, da visualização dos vídeos e da discussão em sala de aula, a ideia de que a Ética esta, de alguma forma, fortemente ligada a perfeição, a excelência das ações humanas me parece um tanto quanto plausível, dado que esta ideia se dá mediante ao fato de que mesmo partindo de perspectivas diferentes, a noção de que algo é excelente ou perfeito pode ser encontrada de em um comum entender das ações entre os indivíduos. Isto se dá, uma vez que, frente as diferentes formas, ações e situações que possa se encontrar, exaltar-se-á o homem que escolher ou executar a melhor forma frente ao que lhe foi exposto. Exemplo disto pode ser visto nos vídeos que se referem a execução da coreografia da "Morte do Cisne" onde, apesar de serem apresentada de diferentes perspectivas, ambas são executadas na excelência de seus estilos, causando comoção entre diferentes indivíduos que possam vir a entender a perfeição/excelência de formas distintas.
    Frente a isso, coloco que a Ética, mesmo frente a uma sociedade fluida, onde a antigos valores tem sido a cada dia substituídos por novas formas de pensar e de agir, creio que a excelência da ação frente tais mudanças ainda serão fundamentais para o relacionamento entre os indivíduos de uma sociedade. O saber agir, o entender e o tratar da melhor forma frente as diferenças ainda é algo de extrema importância em nossa sociedade e que trará consigo os “louros” àqueles que se dedicarem sempre à excelência do agir.

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  88. A cerca do material apresentado, minha conclusão é de que a ética de fato está ligada a perfeição,ou melhor, com a forma correta de se praticar alguma atividade,afinal o perfeito é muito genérico e sempre pode ter alguém que vá fazer algo melhor.
    Porém ser ético,na minha visão, está em se dedicar o máximo ao seu melhor, se eu não posso ser perfeito,eu posso dar o melhor de mim para tentar ser.
    Esse também é o modo no qual observo os exemplos mostrados nos vídeos,não discordo que Lugansky ou a bailarina Natalia Makarova executem suas atividades com maestria,mas não ao patamar de perfeição.

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  89. O texto "Ética e Excelência" mostra um lado que eu nunca tinha pensado, eu nunca associei ética à perfeição. Mas a perfeição, no sentido humano em que empregamos a palavra, não existe. Perfeição não é a ausência de erros, pelo contrário, perfeição é funcionar apesar dos erros. Nesse sentido, tudo no mundo é perfeito, tudo exerce uma função, agora bem ou mal é outra questão.
    Quanto a ética, ela não diferencia bem ou mal, é sobre o que é certo e o que é errado, mas nada é tão preto no branco. Por exemplo, mentir é "mal", mas se um amigo compra uma roupa nova e te pergunta animado se ficou bonito com ela e você mente dizendo que sim para não ferir os seus sentimentos, isso não é ético?
    Vendo os vídeos de pessoas que atingiram um grau de perfeição pude notar que tudo isso é muito questionável, é muito relativo com a análise pessoal, é uma questão de opinião, ser perfeito em algo perante a sociedade, perante algum parâmetro. O vídeo do Lugansky tocando com a mão esquerda, por exemplo, o "cidadão comum" pode não julgar perfeito, por falta de conhecimentos prévios sobre música erudita.
    Mas o que mais me agradou foi o vídeo do poema em linha reta do Fernando Pessoa, pois ele atingiu a excelência pelo caminho contrário, desnudando a sua alma, se mostrando vulnerável, humano. Os vídeos da dança da morte do cisne foram interessantes, pois mostram esse contraste, do dançarino fazendo uma mistura inusita de uma dança de ballet clássico com algo simples como a dança de rua, uma mistura que deu certo.
    Voltando a questão principal, da ética e a perfeição, temos de buscar a excelência, para sermos pessoas melhores, para nos relacionarmos melhor, mas até que ponto é saudável buscar a perfeição?

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  90. De acordo “Ética e Excelência” de Luis A. Peluso, buscamos relacionar nossos atos com a ideia deles serem éticos ou não. Ao longo de nossas vidas temos a necessidade atingir metas e, em busca de respostas e referências para nossas atitudes, precisamos utilizar determinados parâmetros para as mais diversas ações – seja no campo artítisco, como na música ou nas artes visuais; ou no campo científico, com metodologias e raciocínios considerados plausíveis.
    Quando atingimos nossas metas, consideramos que agimos com perfeição – ou até mesmo de forma ética. A perfeição serve como o melhor parâmetro a ser seguido, pois nela julgamos haver a qualidade de ser impecável e incontestável.
    Mas ao analisarmos a Ética como a busca da perfeição, encontramos um problema de definição: O que é Perfeição? Ela possui uma qualidade absoluta?
    Ações consideradas perfeitas ou éticas podem mudar de acordo com a linha de pensamento que um indivíduo segue e mesmo se buscássemos um valor absoluto encontraríamos dificuldades para conceitua-la, pois nosso conhecimento ainda não nos possibilita tal ação.
    Na prática, vemos a perfeição em suas representações, como um caminho a se seguir para atingir uma meta e não a meta em si; vemos a perfeição na trilha e não na linha de chegada. Ao analisarmos nossas atitudes, procuramos saber se as fizemos de acordo com nossos princípios e o resultado final se mostra inerente a esse caminho trilhado em busca de nossos desejos.
    Nos vídeos estudados, há pessoas que realizaram façanhas dentro do mundo da arte. Ações essas consideradas perfeitas pelos críticos, mas a perfeição nesse sentido é normativa. Houve regras a serem cumpridas em suas apresentações e essas foram realizadas com sucesso. Isso pode ilustrar a perfeição não como o fim, mas como o meio. Provavelmente há ou haverá outro pianista considerado melhor que Lugansky, ou outro guitarrista melhor do que Paul Gilbert, mas mesmo assim, isso não os tornará menos éticos no que fazem.
    Logo, a perfeição é enxergada de diversas formas, pois os caminhos a serem trilhados são também diversos.

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  91. Segundo o texto “Ética e Excelência” do professor Luis Alberto Peluso, todos os seres humanos agem conforme acham que estão certos, que fazem o bem, que tomam ações e decisões sobre o que fazer em relação ao que deve ser feito, porém tem-se dificuldade em compreender a acepção de tais palavras, e além disso apresenta-se a questão de saber se entendemos de fato quando dizemos que somos seres éticos.
    No entanto, podemos dizer que a Ética está relacionada com a execução da excelência, de uma perfeição, da ação humana nas diferentes circunstâncias das quais podem se tomar ações, portanto ser ético é agir de forma perfeita. Logo, é possível vincular a Ética às artes, literatura e no âmbito esportivo como desempenho de algo que é perfeito, não há maneiras de entender a Ética sem conhecer primeiramente a noção de excelência.
    Todavia, a definição de perfeição é complexa, pois esta varia para cada pessoa, não há como dizer que a noção de perfeição é a mesma para todos, portanto cabe a cada um interpretar o que é perfeição. O que é perfeito não é restritamente ligado pelos resultados da ação, entretanto também pode ser vista pela ótica de como é feita e vista.
    Podemos compreender melhor a partir dos vídeos postados no blog, um dos exemplos é o vídeo do músico Lugansky ao interpretar um concerto de piano de Maurice Ravel, e a música “Eudaimonia Overture” de Paul Gilbert. Apesar dos estilos de música serem diferente, um deles ser clássico e o outro pertencer ao rock, ambos conseguem tocar música em alto nível de excelência, o mesmo pode ser visto no vídeo de dança da bailarina Natalia Makarova e do dançarino John Lennon que embora a temática seja a mesma, cada um realiza a performance de modos diferentes, mas o fazem de forma perfeita.
    Como a noção de perfeição é diferente para cada pessoa, a ética também será, é difícil compreender que o perfeito é algo que seja talvez inatingível, pois se em um dado momento algo for considerado perfeito e alguém elaborar uma ação que vá além do que era considerado perfeito, a antiga idéia do que era perfeito se torna ultrapassado.

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  92. Antes de começar o comentário em si, sugiro o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=vS_foc_NxI0 da pianista Valentina Lisitsa, tocando uma peça extremamente rápida e díficil de Chopin.

    O texto apresenta a Ética como a perfeição que, em diferentes pontos de vista, pode ser conquistada ou inalcançável. O fato é que, indiferente a pontos de vista diversos, a perfeição é colocada invariavelmente como algo difícil de ser conquistado, uma qualidade que apenas poucos podem ter ou até mesmo chegar perto. Portanto, ainda que se defina o que é perfeição ou uma comparação ideal à Ética, podemos deduzir que, ainda assim, tais conceitos pertenceriam a poucos.
    Os atores dos vídeos são considerados, em suas respectivas categorias de atuação, perfeitos , para mim, são exemplos de harmonia, harmonia do músico com o ambiente, da bailarina e da música, do poeta e das palavras. Dessa forma, penso que quando comparada à perfeição, pode ser tida como a harmonia do homem como indivíduo e do grupo social a que ele pertence, um equilíbrio entre aquilo que se deseja fazer e aquilo que é "certo", perante a lei ou a cultura.
    A problemática dessa comparação é que o conceito de perfeição pode ser interpretado de inúmeras maneiras, de tal forma que as diferenças nesse conceito inicial podem influir em diferentes conceitos de Ética, retornando ao impasse inicial, dessa forma creio que seria extremamente improvável criar uma definição única e aplicável a todos os grupos sócio-culturais baseada em tal comparação.

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  93. Todos acreditamos saber o que é melhor, o que devemos fazer.Estamos sempre procurando, avaliando e criticando condutas, de forma a tornar comparável com o nosso ideal de perfeição e excelência.
    Na procura por essa perfeição, podemos cometer erros e acertos, justamente por causa da diversidade humana e por fatores que estão a marge da nossa individualidade.Nem todos temos a flexibilidade da bailarina e a criatividade do dançarino de Hip-hop, lógicos que temos a escolha de querer ou não treinar e estudar para adquirir tais habilidades, mas o fato de não fazer não torna uma pessoas imperfeita.
    Sim, buscamos à excelência, se conseguimos?, depende da avaliação de outras pessoas, Nikolai Lugansky e Paul Gilbert, são excelentes aos meus ouvidos, mesmo sendo culturas músicas diferentes, um transmite refinamento e leveza, o outro, força e agilidade.
    Encontramos dificuldades com as definição dos conceitos, que nós coloca em um círculo vicioso: ao dizer que uma ação é ética, temos que colocar em grupos de bem ou mal.Como categorizar bondade e maldade das ações humanas, teríamos que ter uma padrão único de perfeição.O que acredito ser impossível.

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  94. O texto, majoritariamente, exprime a ideia de que a ética, de algum modo, está associada à excelência/perfeição, “Ser ético significa agir de forma "excelente", isto é sem erros, de forma perfeita.”. Considerando-se que a ação humana é embasada na racionalidade, e que nos movemos de acordo com valores, julgamentos e realidade social, conclui-se que o conceito de perfeição é relativo, ou seja, é um produto espontâneo e natural da vida em grupo. Logo, o grupo varia, o mesmo também. Só que ao se associar ética e perfeição, temos dois conflitos. O primeiro é a questão de que a perfeição é dada, desde a Antiguidade, como uma característica das divindades – exatamente o que salientava a diferença entre seres humanos e deuses. Se for assim, nos resta agir de modo a buscá-la, mesmo conscientes da impossibilidade de alcança-la, o que nos leva a ansiar por sermos excelentes. O segundo problema engloba o âmbito variável da perfeição, se esta tem este caráter, a ética carregaria a mesma característica? Seria a ética algo imutável? Ou simplesmente, não existe ética pessoal, apenas coletiva?
    Inevitavelmente, a busca por superação de recordes, conquista de títulos, melhorias diversas, cria um ciclo de renovação de ideias e auges. Logo, a “perfeição” é renovada, outros são aclamados, e seres “mais éticos” surgem.

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  95. Fernando Santiago Moraes da Rocha29 de abril de 2013 às 20:25

    No texto de Luis A. Peluso é colocado que o ser humano sempre se considera ético, e ser ético é agir de maneira perfeita, sem erros. Porém, a concepção de perfeito é diferente de uma pessoa para outra.
    Nos vídeos mostrados se vê uma orquestra com uma peça de piano extremamente difícil, mesmo para quem não toca piano ou não tem noção alguma de música pode afirmar isso ao ver Lugansky tocando. O mesmo serve para os outros vídeos. Mesmo alguém que não saiba dançar, que não saiba tocar guitarra e que não saiba o quão grande é Fernando Pessoa para a literatura, pode afirmar que todas essas formas de arte são de um nível de dificuldade muito avançado, e, dessa forma, se aproximam da perfeição, mesmo sem saber o que é a perfeição. Qualquer pessoa pode dizer que gosta mais de outros guitarristas, outros pianistas, outros dançarinos e etc, mas seria um engano dizer que esses artistas são "ruins". Há quem diga que é chato, afinal gosto musical cada um tem o seu, mas ruim, tecnicamente falando, não se pode dizer. O fato é que há "níveis" diferentes de perfeição, mesmo coisas tão criticadas como o famoso quadradinho de 8 é o sinônimo de perfeição na dança ou na música para alguém. Isso é muito observado em conversas de músicos de diferentes estilos, pois cada um defende o seu estilo musical dizendo que é o melhor e que os músicos que sabem tocar isso são os melhores.
    Enfim, cada ser humano busca sua perfeição, independente de qual ela seja. Se a perfeição de um é uma peça de piano tocada apenas com uma mão, ou um solo de guitarra extremamente rápido, ou mesmo uma habilidade taxada de tosca, como fazer malabarismo com limões, essa perfeição será buscada. Se alguém um dia alcançou ou alcançará sua perfeição, isso é um mistério, mas que ela sempre será buscada, isso é um fato.

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  96. Ana Jacqueline O. R. Nunes29 de abril de 2013 às 20:33

    Após análise do material aqui publicado e da aula, diversas percepções podem ser tomadas. Todos os dias, os seres humanos são motivados por suas crenças e concepções do mundo sobre como agir ou pensar em determinada situação, tentando, mesmo que inconscientemente, atingir a "perfeição", o êxito em tudo o que realiza (como as bailarinas que estudam e praticam por anos para desempenhar uma apresentação que seja considerada perfeita - até que alguém a faça melhor). Para isso, o tentar agir corretamente, foi dado o nome de "ética" e para o que buscamos de "ideal ético", gerando uma discussão insubstancial: o que seria correto? O que seria errado? As duas percepções tem os mesmos valores para todos?

    O grande problema - ou seria solução? - em tudo isso é que a perfeição dos seres não é uma verdade absoluta. Nenhum dos envolvidos nesta equação é capaz de se dizer completamente ético, honesto, pessoa que só realiza atos de bem. Sempre somos julgados - e na verdade, somos - falhos. Sempre estaremos sujeitos à que algo ou alguém realize determinada atividade de um modo mais impressionante ou impactante, como há nos inúmeros exemplos citados pelos meus colegas acima, que nos tirará do topo do patamar "perfeito". Assim, o ideal ético, a perfeição, é em si própria inexistente, ela não pode ser alcançada. Pois se há algo melhor que este, o mesmo não é perfeito, pode estar talhado em falhas que serão repostas por seu próximo. Porém, para concluir, acredito que, embora não tenhamos como jamais atingir a perfeição, sua busca nos torna seres melhores - e é justamente por isso que não considero impossibilidade da perfeição absoluta como um problema -, pois buscaremos sempre cultivar os valores que julgamos éticos e de boa conduta ao decorrer de nossa "procura".

    Ana Jacqueline O. R. Nunes - 21067912

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  97. Ética e perfeição estão diretamente relacionados, apesar de se apresentarem como conceitos muito abrangentes, são, de certa forma, universais. Admito que nunca tinha pensado em Ética e Perfeição de forma que fossem correlacionadas. Chamamos de "ético" e "excelente" aquilo que é perfeito diante das nossas orientações, que são mutáveis. Faço uso do exemplo apresentado em aula, o nadador César Cielo, recordista mundial dos 50m livre com o tempo de 20s91. Sua técnica é vista como perfeita, até que haja outro indivíduo que consiga diminuir o tempo, consequentemente, sua técnica será vista como perfeita, apresentada de forma mais eficiente que a do antigo recordista. O homem busca (ou deveria buscar) fazer o bem, agir com excelência. Os vídeos indicados apresentam exemplos de pessoas que buscam a perfeição, seja na arte, na música, na dança ou no esporte. Vejo como um indivíduo ético, aquele que busca a excelência em sua forma de agir.

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  98. Pela análise dos vídeos, se percebe uma certa naturalidade no agir. A bailarina, o pianista, o dançarino de break, todos agem com naturalidade. O que se percebe é que essa técnica do piano, da dança é melhorada com a prática.

    Acredito que na arte você possa atingir a perfeição. Quando não colocamos metas, apenas admiramos algo que foi feito, acredito que se atinga a perfeição. E no caminho, na nossa prática em aperfeiçoar nosso método, nossa obra passamos por dilemas.

    Estes dilemas, que identifico como escolhas para atingir o objetivo, ou uma máxima, vão nos levar a uma série de dilemas éticos. Sacrificarmos relações, o próprio corpo, comprometermos a saúde, as relações pessoais para sermos o melhor ou mesmo para atingir a máxima de uma arte são cruciais. Digo que são cruciais pois escreverão nosso caminho até chegar a realizar um ato como tocar o piano apenas com a mão esquerda.

    E cabe somente a nós decidirmos a melhor forma, ou a forma que mais nos agrada para atingir o nosso objetivo.

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  99. Antes das primeiras aula da matéria, nunca havia parado para pensar (ou tentar correlacionar) que a ética tem relações com a perfeição. Após a análise do texto e dos materiais, posso concordar que há sim a relação entre elas.

    É inerente ao ser humano seguir um código ético para todas as suas ações, visando sempre respeitá-lo, mesmo que seja desagradável em certos momentos (exceto quando a pessoa tome por ético para ela não sair em desvantagem, de qualquer tipo, em nenhum momento). Embora várias ações humanas que não podem ser categorizadas como boas ou más sem que um contexto ético esteja em questão, outras ações podem sim terem definições universais de "boa" ou "má", com suas exceções. Dadas essas condições, o ser humano chega em seu dilema: é possível ser eticamente perfeito? Embora a maioria tenha um sincero esforço em querer ser ético, costuma-se chegar a uma conclusão negativa. E isso que acaba sendo a mais bela contradição da vida: embora saibamos que seja impossível sermos perfeitos, não cessamos em buscar esse objetivo.

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  100. O texto apresenta a Ética como sendo a "perfeição" e os vídeos que são apresentados dão sustentação a essa afirmação. Porém o ideal que nós temos de perfeição é um ideal que foi criado há muito tempo atrás pela sociedade e através dela ele vem se sustentando. Não existe um ser que seja totalmente ético, ou seja, que não importe o que ele faça, ele fará com perfeição, o que tem que ser julgado são os valores das questões em si, se elas são éticas ou não, e não temos que julgar a perfeição com que tal ação foi executada.

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  101. Após ler o texto, assistir os vídeos e avaliar o que foi dito em sala de aula, posso chegar a esse comentário.
    'Ser ético significa agir de forma "excelente", isto é sem erros, de forma perfeita.' Torna-se muito difícil definir ética a partir deste conceito, sendo que cada indivíduo possui o seu ponto de vista de determinado assunto ou ação.
    Se tomarmos ética como um modo perfeito de agir para cada ocasião, como explicaremos o ocorrido nesses vídeos? A mesma dança interpretada de maneiras diferentes pode ser vista como uma execução excelente. Podemos observar também que apesar de estilos musicais muito distintos, as duas músicas apresentadas nos vídeos, podem ser consideradas excelentes. Por exemplo, no caso das danças, uma pessoa amante do ballet tenderia a dizer que a apresentação da bailarina é a forma perfeita de interpretação desta peça. Porém isso não impede que uma pessoa ligada à dança de rua também diga que a apresentação do dançarino tenha sido perfeita.
    Não acredito que exista apenas um modo perfeito de seguir a sua vida, de realizar suas ações. Cada indivíduo tem o seu modo de agir e de avaliar. Muito desse modo é influenciado pela a sociedade em que esse indivíduo está inserido. Diferentes indivíduos enxergam de diferentes maneiras o mesmo fato, por isso acho que não existe uma ética universal, a perfeição na minha compreensão não é unanime. A perfeição depende da excelência na execução do ato e do que o expectador entende como excelência na execução deste ato.

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  102. Talvez não pareça, mas a Ética tem sido um dos temas mais discutidos – e produzidos – em toda a História da Humanidade, depois (ou juntamente) da produção de tecnologia e de conhecimento científico. Isso porquê sabe-se que para a constituição das primeiras sociedades/grupos/tribos fez-se de início necessário que regras fossem sendo criadas e instituídas para que houvesse um convívio aproveitável – e possível. Não entrarei no mérito da discussão filosófica acerca das verdadeiras e intrínsecas intenções humanas, no entanto fato é que para que as atividades e tarefas pudessem tornar-se reais e assim a sobrevivência em comunidade também, as regras sobre a divisão do trabalho e posteriormente todo o sistema de crenças – inerente à cada sociedade – foram sendo criados e aperfeiçoados na continuidade do tempo. Seja através de uma divisão de gênero ou, mais complexamente, de posse de bens, sistemas de poder foram paralelamente surgindo e se solidificando ao passo que certos grupos conseguiam demonstrar sua maior capacidade – e “imprescindibilidade” dentro das sociedades – e sendo assim aquilo que era considerado “correto” ou “necessário” para o funcionamento de devida sociedade reuniu-se através do que conhecemos por Ética. Ela, naturalmente, além de ter sido desenvolvida através de grupos de poder e caracteristicamente em cada sociedade (e também através de crenças populares), obteve influências dos conhecimentos religiosos e míticos que desenvolveram-se paralelamente através dos milênios; enquanto inúmeros filósofos, políticos, religiosos e cientistas debatiam acerca de seu conteúdo, fazendo surgir tantas teorias quanto sociedades existem e já existiram nos cinco continentes.
    Fato é que, independente da cultura e da época em que foi desenvolvido conhecimento acerca da Ética – e da “maior veracidade” de cada um deles -, tudo o que sabemos certamente é que ela reúne um conjunto de padrões comportamentais e de crenças que foram – não sem embasamento – denominados de “valores”, os quais são considerados padrões de conduta corretos, perfeitos, excelentes; os quais “possivelmente” seriam capazes de gerar harmonia entre os indivíduos, e assim “controlando” – segundo alguns autores – seus instintos animais ruins e hostis, produzindo justiça e felicidade (ou apenas controlando-os a seu bel prazer, segundo outros autores).
    Dessa forma, devido à extensa lista de pensamentos e teorias e postulados, a tarefa difícil talvez seja saber descrever – e descobrir – qual seria o melhor conteúdo que definiria Ética (e se sequer é possível fazê-lo); quais seriam os melhores – e mais “justos” – valores a se seguir, e até que ponto tais valores realmente beneficiariam à “todos”; realmente promoveriam o “bem comum”. Isso fica claro através da análise dos vídeos e do texto aqui presentes, quando é colocado em debate – em “conflito” – quais formas seriam ou deveriam ser consideradas como “corretas”, “perfeitas”, e assim “éticas”: o pianista que toca perfeitamente com somente sua mão esquerda, versus o guitarrista solo tocando seu rock (tantas vezes criticado como diabólico pela Igreja Católica); a dança sem erros da bailarina clássica profissional, versus a dança contemporânea – mas não menos perfeita – do mesmo trecho do espetáculo, interpretada por um mero sujeito comum. Fernando Pessoa, em seu “poema em linha reta”, também deixa claro a sua angústia quanto à necessidade de seguir-se padrões “perfeitos” de comportamento frente à sua tão inevitável “tendência” de comportar-se de maneira vil e infame: “Estou farto de semi-deuses, onde é que há gente no mundo?!”.
    Resta-nos então a difícil tarefa de descobrir quão longe a hipocrisia é capaz de impor-nos modelos heroicos de comportamento, quando muito possivelmente o que mais verdadeiramente acontece é que desde sempre temos vivido em “cortiços” à lá Aluísio Azevedo.


    kamila.star.p@hotmail.com

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  103. O texto "ÉTICA E EXCELÊNCIA" aponta para uma íntima relação entre ética e a realização da perfeição. Infere que todos os seres humanos se consideram seres que agem de forma correta e procuram fazer o bem, mas questiona: “Entretanto, o que queremos dizer com tudo isso?”. Afinal, o que se quer dizer com fazer o bem, agir de forma correta ou fazer o que deve ser feito? Mas, segundo o texto, quando se trata da “ética”, existe um consenso ao associá-la com a realização da “excelência” (perfeição) do humano através de suas ações, ou seja, ser uma pessoa ética significa agir de forma excelente, sem erros, perfeita. Grande parte da daquilo que se considera “ética” está no debate existente entre a necessidade ou não da criação de sistemas interpretativos para termos como “perfeição”, “bondade” e “maldade”.

    A meu ver, a ideia principal do texto de relacionar a ética à realização da excelência/perfeição é equivocada. Ao assumir que não existe uma definição única e clara para perfeição, você não pode classificar algo como ético pelo fato dele ter alcançado a perfeição. Afinal, não se sabe o que é perfeição, mas sabe-se quando ela ocorre? Muitos contra argumentariam dizendo que não existe uma definição universal para perfeição, mas que ela pode ser facilmente descrita em situações isoladas, inseridas num contexto próprio de autoridades, condições e regras definidas, como a música.

    Não se sabe o que é perfeição, mas considera-se que Lugansky toca com perfeição. A música tem suas próprias regras, e, dentro de seu universo, quem as executa em determinada sequencia, tempo, ritmo sem cometer erros toca com excelência (?). Não! Afinal, em diversas áreas como as da literatura e artes, muitas pessoas conseguem seguir padrões e técnicas existentes e necessárias para o universo em que estão inseridas, mas isso não faz com que todos eles alcancem a perfeição; existem muitos pianistas que tocam corretamente e maravilhosamente, mas porque Lugansky toca com perfeição?

    Ainda em cima disso, muitos diriam que Lugansky é perfeito porque, embora muitos consigam tocar piano corretamente (segundo o que o universo da música propõe), ele é quem toca melhor; além de não errar, faz tudo de forma impecável e inigualável. Concordo, ele é o melhor. Mas quem disse que isso é ser perfeito? Eu não sei o que é ser perfeito, mas eu sei que Lugansky não é perfeito, pois para ser perfeito, você tem de ser insuperável, e Lugansky é superável, assim como o melhor pianista do mundo antes dele também foi, por isso afirmo: não existe perfeição, e ética, por consequência, não deve ser a realização da perfeição; o que existe é a capacidade do ser humano e ela pode sim ser comparada entre os homens, mas pode também sempre ser superada (mesmo quando se fala do melhor). Ser melhor não é ser perfeito. Se perfeição pode ser superada e redefinida, então nem em contextos isolados consegue-se saber claramente o que é perfeição, por isso é impossível saber quando ela ocorre, e muito menos o que ela é.

    Perfeição é, no fim, algo que está acima do debate e da capacidade humana, visto que é completamente utópico e indefinível. Diria até inimaginável, visto que não há como saber se o melhor que existe (tanto no mundo real como e nossas mentes) é superável ou não.

    Sendo assim, eu acredito que a ética deve ser definida como a BUSCA pela perfeição, e não sua realização, até porque, se assumirmos erroneamente que a perfeição existe e que só quem a alcança está sendo ético, então grande parte das pessoas seriam antiéticas.

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  104. Jessica Raissa Oliveira Laureano29 de abril de 2013 às 22:04

    Após a visualização dos materias apresentados, pude chegar a conclusão de que ética e perfeição caminham juntas. Para ser perfeito, o individuo necessita ser ético em tudo que se propõe a fazer, como nos vídeos são exemplificados, onde todas as historias contadas visam ser executadas com perfeição. Mas a perfeição, a excelencia é algo relativo e mutável, como exemplo cito o que foi dito em sala de aula, onde atualmente Usain Bolt é a maxima da perfeição de um velocista, porém pode ser que em algum momento da história, alguém bata seu recorde e assim se torne a excelencia.
    Acredito que todos buscam a perfeição e excelencia naquilo que faz para conseguir alcançar seus objetivos, mas nem todos agem eticamente nessa busca. Cabe a nós a escolha do melhor caminho a ser seguido e, por mais que saibamos que nunca seremos perfeitos, devemos sempre chegar o mais perto possível da perfeição.

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  105. No começo do texto "Ética e Excelência", o autor começa falando que ética tem a ver com a realização da excelência, do perfeito, mas o que seria o perfeito ? arte? literatura? matemática? esportes?
    Um a situação ética, ou perfeita podem ser vistos de muitas formas diferentes, apenas um exemplo, o que seria perfeito /ético para uma mulher de 30 anos no Brasil, pode ser completamente diferente de como uma mulher de 3o anos na Argentina enxerga como perfeito. Eu falo isso pois o que é perfeito para uma pessoa pode não ser para outra, acho que não existe apenas uma coisa perfeita, mas sim muitas coisas perfeitas, pequenas ou grandes, todas a sua maneira, desde o Lugansky até o John Lennon da Silva.
    Umas das coisas que eu acabei como considerar perfeito, ou algo muito próximo disso, foi o que o skatista Bob Burnquist fez, acertou a manobra 720° Rodeo Flip, descendo de uma das mais altas rampas de skate do mundo. O que ele fez para mim, se não for perfeito, chegou bem perto disso mesmo, segue o link do video:

    http://www.youtube.com/watch?v=w7SuzTIDCjs

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  106. Confesso que me impressionei com a profundidade e complexidade que a palavra “ética” consegue ter. Meu conceito sobre ética sempre se fundou em algo que seria o modo certo de agir, algo visto com bons olhos pela sociedade. Quando li o artigo e assisti a aula, creio que meu olhar sobre a palavra “ética” de certo modo mudou, milhares de questionamentos se formaram em minha cabeça e um deles eu exponho agora: Se ética é a perfeição, pessoas, as quais não são excelentes em nada específico, são pessoas éticas? Por outro lado, percebi que muitos pesquisadores alegam que não há como discutir sobre este assunto e isso de certa forma, me conforta um pouco, afinal como conseguiríamos expor esse conhecimento em uma linguagem natural? Seguindo os passos, assisti aos vídeos e realmente, me impressionei com tamanha perfeição em várias técnicas, como a harmonia do som e a agilidade de Lugansky, a perfeição dos passos da bailarina russa Natalia Makarova e as palavras sabiamente escolhidas no poema de Fernando Pessoa. E mesmo com tanta perfeição, sempre há possibilidades de algo conseguir ser melhor, de alguém conseguir superar e ser mais excelente que estes dos vídeos mostrados. Desta forma, pergunto eu, seria a ética algo mutável? Ou algo baseado somente no ato de tentar alcançar a perfeição? Talvez, ela esteja no meio termo, ela seja a motivação das pessoas quererem superar seus limites e assim, agirem de modo certo, mudarem para conseguir o excelente e se basearem na ética para isso.

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  107. Caroline den Hartog Batagini29 de abril de 2013 às 22:20

    Quando pensamos em ética, logo a relacionamos como algo determinante do “bom agir”. Em outras palavras, temos que a ética é aquela que estabelece a consciência moral, isto é, o modo com que avaliamos a conduta e ação de terceiros e de nós mesmos, diferenciando o que é bom do que é mau. Dessa forma, agir eticamente significa executar com perfeição toda a ação humana, inclusive a de pensar.
    Contudo, encontram-se discordâncias quando empregamos o termo “perfeição” no que tange ao modo de agir ético. Afinal, o mundo que se apresenta aos nossos olhos é híbrido e as relações interpessoais estabelecidas são únicas entre si; assim, para uma mesma ação, temos diversos contextos que podem definir se a mesma é boa ou má, cabendo ao “tribunal da ética” julgar o que deve ou deveria ser praticado em determinada circunstância.
    No entanto, como julgar uma ação como sendo mais perfeita que outra? Como dizer que um comportamento é perfeito se o mesmo é passível de superação? Ou então, como dizer que determinadas sociedades agem de forma mais ética que outras, sendo que elas possuem tradições e culturas diferentes? A essas e tantas outras questões, considerar a ética como algo não dado a priori à humanidade, bem como não sendo um fato metafísico acidental, parece enunciar uma possível compreensão das mesmas.
    Dessa forma, podemos dizer que a ética não se estabelece sem uma conexão com o processo vital da sociedade, de modo que está sujeita às mesmas variáveis de mudança dessa última: ao observarmos o estabelecimento da conduta ética no interior de instituições e organizações, tais como a religião, a profissão do médico e até mesmo a normas e legislação específica de cada país, percebemos que a ética não é imutável, de modo que a boa forma de conduta ou aquilo que é considerado como perfeito depende das particularidades de cada uma.
    Ora, mas como compreender o que é ética quando ela se baseia na perfeição que, por sua vez, é diferente para cada pessoa, organização ou sociedade?!
    Aqui, parece que a ética admite representações sensíveis do que é perfeito para que a busca do melhor, do bom e daquilo que deve ser não fique restrita à abstração. É por isso que tais representações podem se modificar na medida em que são superadas.
    No entanto, é plausível compreender a perfeição a qual a ética se relaciona na gnose de sua essência, ou seja, como a constante busca da melhoria para a chegada a níveis cada vez mais próximos do que é plenamente bom. Essa busca não seria mutável do ponto de vista ético, mas as representações táteis geradas do devir desse percurso em busca do agir perfeitamente cada vez mais elevado, sim.

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  108. Debater sobre ética pode ser algo possivelmente interminável, mesmo que se possa chegar a um senso comum dentro daquele grupo que discute, pois para se encontrar a ética é necessário entender o que o ser humano define como perfeição e essa última é restritamente particular (o que uma pessoa define como perfeito pode não ser o mesmo padrão de perfeição para outra).
    No entanto, encaro a ética e a auto - realização como algo que, mesmo particular, possam ser alcançadas de diferentes formas, se você consegue alcançar aquilo que considera perfeito ou ideal para você. Assim, se aquilo te torna alguém melhor e o direito de outra pessoa não é ofendido, você pode considerar - se ético, não somente em suas realizações, mas principalmente em suas atitudes em sociedade e nos frutos que essas atitudes gerarão.

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  109. O texto relaciona ética e perfeição, e nós leva para um debate com difícil desfecho. Dizer o que é perfeito, o que é excelente é uma missão difícil, já que o que é perfeito para uma pessoa, não é necessariamente para outra. Nos vídeos podemos ver alguns exemplos de pessoas que dentro da sua modalidade são consideradas perfeitas por um grande público (Músicos, bailarinos e guitarrista).
    Após ler o texto do professor, cheguei a conclusão que ética é a perfeição ao agir, mas que não há como dizer ao exato o que é perfeito/excelente. Todo ser humano busca essa perfeição, mas não podemos dizer ao certo o que é ela.

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  110. Bárbara da Silva Miranda29 de abril de 2013 às 23:08

    Logo de início, não é fácil entender essa forte relação de ética e perfeição/excelência que nos é colocada. Ler o texto apenas uma vez é impossível e ao assistir cada vídeo colocado, as pequenas peças do quebra-cabeça tentavam se encaixar. Minhas conclusões à respeito do assunto não se basearam somente nisso e acabei por me lembrar do tema ao assistir uma reportagem.
    A reportagem citada, falava de um jovem com síndrome de Down, Thiago Borges, que é campeão Mundial de Natação para Portadores de Síndrome de Down por duas vezes. Além dele, o medalhista Olímpico, Thiago Pereira também foi citado por ser seu ídolo. Saindo da parte narrativa e entrando em uma análise, a ética como excelência se aplica aqui e não somente em um caso, mas em ambos. Ambos são nadadores, medalhistas, estão em “categorias” diferentes, porém não deixam de apresentar excelência no que fazem.
    Ao pensar em como classificamos algo como perfeito, percebi a dificuldade que existe para classificar algumas coisas dentro deste aspecto. Para esportes, isso parece ser um pouco mais fácil pelo fato do melhor estar no primeiro lugar e seu nível de excelência ser baseado no fato de que este foi o primeiro a chegar ou fez o melhor tempo. Mas e quando entramos em um nível mais elevado, o dos recordes que às vezes levam anos para serem ultrapassados? Contrapondo a aparente facilidade, entra o fato de que o primeiro lugar pode ser cada vez de um nadador ou pessoa diferente e de que os recordes são batidos por outras pessoas, e aqueles que eram os excelentes e pareciam perfeitos perdem seu posto em um alto grau de rotatividade.
    Analisando agora os vídeos de Ballet que foram colocados no blog, devo citar que sinto a grande diferença de classificação do perfeito. Em um vídeo a bailarina Natalia Makarova representa a Morte do Cisne, enquanto no outro um participante de um programa de talentos representa também a Morte do Cisne, porém em uma versão de street dance. Este último, logo ao se apresentar recebe certa desaprovação por suas roupas e pelo fato de fazer algo tão diferente do original. Não sei, sinceramente, se a apresentação desta bailarina é tida como perfeita no universo do ballet clássico, mas a forma como o rapaz interpreta a Morte do Cisne, pode ser considerada como perfeita neste estilo específico. Um ponto que me chamou atenção e que faço questão de colocar é o momento em que um dos jurados chega a se emocionar; talvez seus conteúdos informativos, que o faziam acreditar que “tal” representação era perfeita, foram mudados.
    Após analisar os fatos aqui apontados, coloco mais uma vez a dificuldade na visão de perfeição e excelência que representam e direcionam para a Ética, e que Arte e Literatura também estão associadas à perfeição. Como dizer que Paul Gilbert é perfeito e, por tanto, melhor guitarrista? E como não afirmá-lo? Um pequeno detalhe entra no assunto, é o gosto/preferência que me faz acreditar que determinada coisa é perfeita, mas existem várias perfeições no mundo exatamente pelo gosto.

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  111. Toda pessoa, enquanto ser humano, busca agir da forma mais correta possível, segundo o texto base “Ética e Excelência” de Luis A. Peluso, tendo em vista aproximar-se o máximo possível da perfeição, já que esta só é conhecida e existe por meio de representações. O que pode ser visto através dos vídeos é uma tentativa de mostrar a "perfeição", sendo ela em uma dança, em uma melodia ou coisa outra qualquer, desde que seja considerada e realizada de maneira bela para o todo. Também enquanto seres humanos existem comportamentos e atitudes das pessoas que são julgados como bons ou ruins por elas mesmas, onde as atitudes boas às levam a perfeição e as ruins as desviam dela. Aquele que realiza ações boas passa a ser um indivíduo ético, a partir do momento em que está no caminho da perfeição. Porém, não existe uma ética universal ou natural que pode dar a medida de como a humanidade deve se comportar. Cada momento histórico e contexto social determina os limites daquilo que se entende por Ética. Assim é também com a Perfeição.

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  112. É dito no texto que a Ética se relaciona a ideia de perfeição. Perfeição num sentido moral, num sentido de agir da melhor forma possível. Mas a ideia de perfeição pode ser vista de várias maneiras e a que se costuma adotar não pode ser de fato alcançada. Um ser perfeito seria aquele que age sempre bem, que faz sempre o melhor. Mas em nossa sociedade é difícil encontrar alguém que assim o faça. E mesmo que pudéssemos supor uma máquina que faz qualquer coisa num nível de excelência, não a admiraríamos de fato, pois a perfeição não é a simples execução de algo bem. Ser perfeito, ser excelente, não é apenas executar uma música, escrever um poema ou dançar - mesmo que estas coisas possam ser feitas com muita habilidade e com um grau altíssimo de excelência.

    Depois de assistir os vídeos se pode pensar que aquilo é a perfeição - e o é, com certeza, para qualquer um que não o saiba fazer. E a minha crítica se estabelece nesse ponto. A tal "perfeição" que vemos nos vídeos, na orquestra ou no ballet, não é de fato perfeita. Um especialista poderia identificar falhas e a própria bailarina ou os músicos da orquestra sabem que poderiam fazê-lo ainda melhor. Todo aquele que age sabe que pode fazê-lo melhor de alguma forma. E é por este referencial que nos guiamos e progredimos. É pelo referencial e pela consciência de que as coisas podem ser feitas sempre melhores que sabemos (de alguma forma) que a perfeição não é alcançável. O perfeito é aquilo que está completo; a palavra vem do latim, PERFECTUS, particípio passado de PERFICERE (União de PER: completamente, sem faltar nada; e FACERE: fazer). Poderíamos concluir que a perfeição se encontra no que já alcançou o grau máximo de excelência.

    A dificuldade aqui encontrada é a de se pensar num limite, pois sempre que o concebemos, imaginamos que algo possa estar acima disso. São conceitos vagos e de difícil assimilação. E se o é para as ações como a dança e a música, deve ser ainda mais difícil encontrá-la no que se refere às ações humanas. A ação humana moral, a ação Ética, pode parecer dessa forma difícil de ser alcançada. Mas assim como temos um referencial para as ações artísticas, devemos ter também um referencial moral. Alguns dirão que é Deus, mas no dia a dia, temos sempre como nos comparar aos outros. Não como se estivéssemos numa competição, mas percebemos as ações que parecem boas, e aquele que age e causa o bem parece ser o ser moral.

    Não ser excelente não significa não ser Ético, pois a excelência de fato não é alcançada. Temos como referencial algo distante e por isso alguns autores podem dizer que não é possível falar da Ética. Mas o referencial estando longe, ao mesmo tempo nos coloca na posição de crescermos cada vez mais. Ética pode ser a pessoa, então, que realiza ações que causam trazem as melhores consequências para a sociedade ou que são consideradas as mais excelentes possíveis para aquele momento.

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  113. O texto “Ética e Excelência”, do professor L. A. Peluso, nos mostra um significado para a palavra ética que eu nunca havia imaginado até então. O texto define ética como a busca pela excelência, pelo agir sem erros, pela perfeição; e que tal busca é como aquela existente na arte e na literatura. O poema de Fernando Pessoa nos mostra esta ideia de que todas as pessoas buscam a perfeição, ao mesmo tempo que questiona se esta realmente ocorre ao dar a impressão de que as pessoas sempre buscam afirmar sua excelência ao invés de suas fraquezas, ou seja afirmam sua perfeição mesmo quando esta pode não existir realmente.
    Mas como saber se uma ação é perfeita ou não? Com base no texto e na discussão realizada em classe concluímos que a percepção do que é perfeito varia de pessoa para pessoa, e por isso é importante mostrarmos as razões pelas quais se defende que algo é perfeito.
    Os vídeos disponibilizados logo após o texto mostram ações que podem ser consideradas perfeitas em seus ramos específicos. No vídeo em que Lugansky toca Ravel esta perfeição se mostra tanto no fato de que ele toca apenas com a mão esquerda (o que aumenta muito a dificuldade) quanto na sincronia de toda a orquestra ao tocar a obra. Esta mesma sincronia pode ser observada no solo de Paul Gilbert, pois se os sons do baixo ou da bateria não estivessem “combinados” com a guitarra (e com seu solo bastante complicado de ser realizado), o resultado final não possuiria o mesmo efeito.
    A realização do perfeito na dança é representado pelas performances da Morte do Cisne. Apesar de serem estilos de dança muito diferentes, tanto a bailarina Natalia Makarova quanto o dançarino John Lennon da Silva realizam seus movimentos de forma que, mesmo aqueles que não entendam nada de dança percebam uma mudança desde o início da variação, quando o cisne ainda está vivo, até o final, quando aos poucos vai enfraquecendo até sua morte.
    Qual das apresentações (seja de música ou de dança) podemos dizer que é a “mais perfeita”? A resposta irá sempre variar dependendo das características que estamos levando em consideração, mas a busca dos artistas pela perfeição em todas elas é evidente.

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  114. Sempre achei que a ética consistisse em agir de forma correta, baseada em um código de conduta ou senso comum. Após ler o texto e analisar os materiais auxiliares, minha ideia sobre o que é ética mudou. A ética consiste em agir com perfeição, com excelência.
    Mas se uma pessoa não consegue executar uma tarefa com perfeição, ela não está agindo com ética? Um pianista que não toca de forma excelente como Lugansky, por exemplo, é menos ético que ele? A meu ver, a busca pela excelência é o que determina se a pessoa está agindo com ética ou não.

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  115. Professor, após ler os textos e ver os vídeos, pensei comigo mesmo que a ética, a perfeição e o ser humano não "convivem" muito bem, por muito tempo. Isso porque o homem ainda é homem porque tem a liberdade de errar, e ainda o faz, mesmo que muito. E pelo menor erro que seja, não dá para dizer que ele é ético a todo instante. É claro que alguns representantes de nossa espécie conseguem, por um momento, atingir o ideal, e logo são transformados em modelos. Mas só que, quando alguém supera o patamar deste modelo, o que antes era considerado ideal já não é mais, ou seja, traduzindo para a ética, quem antes era ético agora já não é mais. Um outro argumento seria que ser "perfeito" é difícil, e nem todos querem abrir mão do "prazer de errar" pela "vigilância da ética", mesmo que jurem de pé juntos que são éticos sempre mas apenas são quando convém. Também acredito que se o homem quiser ser totalmente ético e perfeito, ele terá que deixar de ser homem e se "transformar" em máquina. Uma outra questão é que sermos éticos a todo instante pode gerar situações de conflito, como no exemplo no podcast da Marianne Talbot. Logo no começo, ela começa com o dilema de falarmos a verdade, mesmo que "magoe" a pessoa, ou mentir para agradar. Se mentirmos, então não podemos dizer que somos éticos ou agimos com excelência à todo momento. Somos humanos porque mentimos e agradamos. Ass. Helder Aires da Silva

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  116. Desde criança, escutamos a seguinte frase das pessoas mais velhas: "Ninguém é perfeito." Antes da aula em que o Sr. associou Ética e Perfeição, nunca tinha pensava numa possível relação entre as duas coisas. Depois da aula, encontrei um segundo sentido á essa antiga frase que sempre ouvimos durante nossa vida. O primeiro significado é aquele que todos conhecemos; ninguém é perfeito pois todos nós estamos fadados a cometer a falhas, a errar. E isso me leva a outra frase bastante comum: Errar é humano.

    Após a aula, ao pensar melhor, relacionei o tema da aula á frase, e analisei mais profundamente seu significado. Ninguém é perfeito, logo, ninguém é 100% ético em todas as decisões que toma; sempre deixamos fatores externos influenciarem nossas decisões, e ás vezes, mesmo conscientes da escolha, acabamos escolhendo a atitude 'ruim' ao invés da atitude 'boa' Ex: acordar cedo para ir a aula, ou ficar dormindo até mais tarde.

    A ética então, seria algo impossível de atingir, um modelo de comportamento e conduta que é tido como impecável e excelente em todos os seus aspectos. É o expoente máximo do ser humano que serviria de exemplo para toda a sociedade.
    Antes da aula também nunca tinha associado a questão ética ás artes. Ao meu ver, a ética tratava apenas de questões onde um comportamento ou ato era posto em julgamento como sendo certo ou errado. Por exemplo: ética em experimentos científicos.

    Me coloquei na situação de um músico profissional; é recomendável que eu treine meu instrumento para aumentar meu conhecimento sobre este, para conseguir compor canções melhores e mais elaboradas. Porém nunca imaginei este ato de treinar, buscar melhorias, como uma questão ética. É muito difícil estabelecer o que é o 'Perfeito' no caso das artes, porque, diferente dos esportes, (onde temos placares, cronometragens para definir quem é o melhor) não há um padrão fixo de qualidade. O juízo de cada um sobre o 'perfeito' difere.

    Então, o músico pode compor uma peça que ele considere o ponto máximo da sua capacidade como compositor, que ele considere perfeita; mas aos seus ouvintes pode não ter a mesma relevância. Como este mesmo músico pode no futuro, compor outra peça que na sua opinião supera esta primeira, que assim então deixaria de ser 'perfeita'.

    O perfeito é algo insuperável, que não se pode ultrapassar os limites. E a ética é a luz que ilumina essa estrada infinita, e que devemos seguir, para que nossas condutas se aproximem o máximo possível ao fim dessa estrada (mesmo sabendo que esta não tem fim). Acho que isso justifica a grande ausência nos dias de hoje de alguém que seria 'um modelo ético a se seguir', afinal, quem é que continua perseguindo algo que sabe que é impossível de alcançar? Acho que divaguei um pouco mas essa foi minha reflexão.

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  117. Tendo como pressupostos a discussão em sala de aula, os materiais propostos para esse exercício e outros conhecimentos pessoais, ficou evidente que Ética trata-se do ideal da prática humana, a excelência ao agir. Para isso, é preciso estabelecer dois pressupostos: a existência da liberdade e a capacidade do ser humano em conhecer o limite de suas potencialidades. O indivíduo só pode ser responsável pelos seus atos se ele for livre para decidi-los, e o indivíduo só conseguirá avaliá-los caso ele tenha a capacidade de conhecer o limite de suas potencialidades, do contrário, a ética será inexistente. Portanto, o agir ético não está associado à ação mais perfeita executada até hoje, mas sim, à ação mais perfeita que um indivíduo é capaz de executar dentro dos limites de suas potencialidades. Desse modo, não somos levados a pensar que o ser humano ético é aquele que age de modo quase sobrenatural - extraordinário - e, em certa medida, a ação ética se aproxima do atingível. Entretanto, mesmo que assumamos esses dois pressupostos pelo simples motivo de que é necessário e conveniente a discussão sobre a práxis humana, caímos numa segunda problemática, a do valor. Dizemos que uma ação é perfeita quando achamos que ela é absolutamente boa dentro das nossas limitações. Isto só é possível pois somos dotados de juízos de valor, ou seja, não nos limitamos a dizer como as coisas são, mas, as avaliamos a partir do que nós achamos que elas deveriam ser. Porém, os valores que atribuímos às coisas, aos costumes, aos símbolos e às práticas são dependentes de inúmeras variáveis de caráter cultural, temporal, local, e etc.. Desse modo, a Ética sendo dependente dos juízos de valor deve ser estabelecida levando em consideração o contexto em que ela está inserida, sendo assim mutável. Nesse ponto, percebe-se que a edificação de um ideal da prática humana é um empreendimento inacabável, mas de grande importância para o constante aperfeiçoamento da ação.

    Gustavo de Campos Pinheiro da Silveira
    gustavo.silveira@aluno.ufabc.edu.br

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  118. A ideia de ética como “excelência” ou “perfeição” é um debate, como expresso no texto, composto por diversos pontos de vista. Alguns atribuem significados ao conceito de “perfeição”, outros se manifestam dizendo que não é possível definir tal conceito. O que eu pude analisar e refletir sobre o material proposto foi que, cada ser humano tenta alcançar a “excelência” de acordo com aquilo que admira, ou seja, o seu referencial de “perfeição” que varia de acordo com o contexto (a história, a experiência, a educação, os dogmas de cada um). Todos os exemplos referem-se a algo relacionado algum tipo de arte (dança, música e literatura), entretanto o interessante foi poder analisar a busca por perfeição nesses tais contextos diferentes. Tanto Lugansky com seu conserto de piano, quanto Paul Gilbert e sua pegada mais eletrônica junto a seus solos de guitarra, demonstram alta qualidade musical (pelo menos no ponto de vista leigo), e apesar disso acredito que há quem diga que um ou que outro não atente aos referencias de “perfeição” para a música. Isso ocorre também no caso das interpretações de “A morte do Cisne” onde Natalia Makarova a executa da forma clássica, e John Lennon a faz de maneira mais ousada usando elementos contemporâneos, e da mesma forma que ocorre com a música, pessoas mais conservadoras tendem a julgar que, por exemplo, a interpretação de Makarova se adéqua muito mais ao conceito de “perfeição”, enquanto pessoas mais desapegadas aos costumes podem considerar que a ousadia de Lennon se encaixa no conceito de “perfeição” tanto quanto a forma clássica. Com toda a reflexão pude indagar que, o conceito de ética está relacionado a busca por “excelência” ou a “perfeição”, porém atribuir uma definição à esses conceitos é algo que, como demonstrado no texto, talvez seja uma eterna discussão.

    Beatriz Luzia de Campos Manocchi

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  119. As pessoas não pensam que agem de forma correta sempre, existe o sentimento de culpa ao transgredirmos os que nos são apresentados como boas ações ou comportamentos corretos. Porém, aparentemente essa culpa só existe em questões éticas formais, como leis e regras. Quando colocamos essa culpa dentro de uma ética mais subjetiva, ela se torna algo comparativo: não sabemos que somos lentos ao correr até conhecermos alguém mais rápido. Esse conhecimento nós torna anti-perfeitos.
    A concretização do perfeito comparado nós leva a uma especie de paradoxo. Como dito em aula, o nadador Phelps é a representação do perfeito, do ético, mas mesmo sendo perfeito não é absoluto. Em algum momento um nadador mais habilidoso pode surgir e alterar o limite do excelente na natação.
    E lembrando outra passagem da aula, nenhum aluno se manifestou como ético ou antiético. Creio que isso ocorreu porque quando as perguntas foram dadas não sabíamos quais os parâmetros deveríamos usar.

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  120. O texto estabelece como uma ação "ética" as ações humanas executadas com o seu mais alto grau de excelência, o exercício de boas ações segundo as razões que a definem como tal. A seguir, exprime uma relação interessante entre ética e estética, tendo como ponto de intersecção a busca pela perfeição - seja a perfeição das artes que agradam aos sentidos ou a perfeição das práticas e da conduta humana.

    Sob essa ótica, mais do que a simples definição da ação que obtém um irretocável grau de excelência, a ética aparece como elemento norteador das ações humanas, visto que uma ação ética constitui-se uma ação sem erros ou falhas. Cabe o estudo, contudo, do que constitui tal perfeição ou estado irretocável, destituído de erros, para melhor compreensão do elemento que torna uma ação ética ou não.

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  121. Matheus de Almeida Rodrigues30 de abril de 2013 às 00:27

    O autor define ética relacionando-a com o conceito abstrato de perfeição. Esta "perfeição variável" torna-se abstrata por variar dependendo de seu ator; não sendo única, plena e muito menos coesa em todas as situações para todos os indivíduos.
    Logo, têm-se que a ética trata-se de uma questão relativa. Tal relatividade se evidencia nos vídeos postos acima, em que possivelmente o conceito de perfeição de Natalia Marakova, de John Lennon da Silva e dos jurados, no que diz respeito à manifestação artística, se divergem.
    Sendo assim, defendo que o significado destas palavras se trata de uma tarefa impossível de ser realizada, pois tanger uma delimitação entre O autor define ética relacionando-a com o conceito abstrato de perfeição. Esta "variável perfeita" torna-se abstrata por variar dependendo de seu ator; não sendo única, plena e muito menos coesa em todas as situações para todos os indivíduos.
    Logo, têm-se que a ética trata-se de uma questão relativa. Tal relatividade se evidencia nos vídeos postos acima, em que possivelmente o conceito de perfeição de Natalia Marakova e o de John Lennon da Silva, no que diz respeito à manifestação artística, se divergem.
    Sendo assim, defendo que o determinar um significado comum à estas palavras se trata de uma tarefa impossível de ser realizada, pois tanger uma delimitação do que é e o que não é ético ou perfeito, visto que, no meu ponto de vista, estes conceitos são particularidades de cada indivíduo.
    Portanto, em suma, a Ética é uma "figura", na qual pode ser observada de diversos pontos, ângulos e faces, sob diversas formas.

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    1. Matheus de Almeida Rodrigues30 de abril de 2013 às 00:37

      Houve um problema no envio, peço-lhe para que considere o texto abaixo.

      O autor define ética relacionando-a com o conceito abstrato de perfeição. Esta "variável perfeita" torna-se abstrata por variar dependendo de seu ator; não sendo única, plena e muito menos coesa em todas as situações para todos os indivíduos.
      Logo, têm-se que a ética trata-se de uma questão relativa. Tal relatividade se evidencia nos vídeos postos acima, em que possivelmente o conceito de perfeição de Natalia Marakova e o de John Lennon da Silva, no que diz respeito à manifestação artística, se divergem.
      Sendo assim, defendo que o determinar um significado comum à estas palavras se trata de uma tarefa impossível de ser realizada, pois tanger uma delimitação do que é e o que não é ético ou perfeito, visto que, no meu ponto de vista, estes conceitos são particularidades de cada indivíduo.
      Portanto, em suma, a Ética é uma "figura", na qual pode ser observada de diversos pontos, ângulos e faces, sob diversas formas.

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  122. Carolina Carinhato Sampaio30 de abril de 2013 às 00:32

    Até hoje, eu sempre tinha visto a ética apenas como sendo algo “moralmente correto”. Sinceramente nunca tinha pensado na ética como perfeição, porém ao ler o texto do Prof. Peluso e ao analisar os vídeos e refletir sobre eles, notei que há uma grande relação entre ambos os termos. Porém, algo ainda me inquieta: Se a ética é a perfeição, o que seria esta?
    Sempre vi as pessoas como seres extremamente imperfeitos, ainda que cada um à sua maneira – porém essa é apenas a minha maneira de enxergar certas coisas. Há aqueles que ainda acreditam que a perfeição está no equilíbrio entre as coisas – como prega o Yin-yang e o seu dualismo do mundo. Ou seja, o conceito do “perfeito” ainda é meio nebuloso... Não há um consenso mundial que diga exatamente o seu significado, e o mesmo serve para a própria ética.
    No caso da bailarina Marakova e do dançarino John Lennon – ambos interpretam “A Morte do Cisne” – cada qual a sua maneira. Na primeira, me lembrei imediatamente do filme “Cisne Negro” e da busca que a personagem principal, Nina, interpretada por Natalie Portman, faz durante ele – a busca pela perfeição na sua interpretação de “O Lago dos Cisnes” –e que a leva ao extremo , e, posteriormente, à loucura. Essa busca incessante algumas vezes não leva em consideração a fragilidade da alma humana, e é esta mesma que nos faz agir, em certas situações, “antieticamente”.
    Sobre o dançarino – ele é, de uma certa maneira, um exemplo de perfeição. Não na visão “bailarinística” – e esse é ponto. Ele não queria interpretar a cena como uma bailarina, mas quis colocar a sua visão da morte do cisne – quis colocar uma parte sua naquilo que achava bonito. E, no final, a emoção que ele conseguiu transmitir para a audiência foi a mesma que a da bailarina – ambas com sua perfeição intrínseca de acordo com as suas diferenças.
    No caso de Lugansky, é quase inacreditável a habilidade que ele tem com as mãos – ou melhor, com a mão. Tocar piano com tanta maestria e usando apenas uma mão é para poucos – com certeza há aqueles que não conseguem chegar nem a um décimo dele com as duas; sem contar que isso deu um “up” para a própria orquestra. No final, o que todos os supracitados têm em comum é uma vontade de atingir a perfeição – o que poderia ser visto como uma incorporação da ética perfeita. E o que é uma prova de que para tentar buscar essa perfeição é necessário, acima de tudo, esforço e autodisciplina. Não só nas artes, mas em todas as outras áreas da vida. Se interpretada assim, podemos dizer que a ética é uma das maiores, se não a maior pretensão humana. E, dependendo de como ela for vista, ela pode ser a vitória ou a ruína da humanidade.

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  123. O debate a respeito da ética e moral é algo que pode durar horas, tanto para pessoas leigas quanto para especialistas na área. Eu, por ainda ser um tanto quanto leiga no assunto, irei expor minhas concepções a cerca do tema “Ética e perfeição” de um modo simplista, mas o qual almejo solidificar no decorrer do curso:

    Assim como salientado pelo texto do professor Peluso e também na sua aula introdutória, “Todos os seres humanos se consideram indivíduos que agem de forma correta”. Como o próprio indaga como sabemos que aquilo que fazemos é o correto? Um claro exemplo seria a dança do John Lennon da Silva, o qual realizou uma interpretação da clássica cena da morte do Cisne. Tanto ele, que dançou através do Street Dance, quanto Natalia Makarova, o qual realizou a dança em sua forma original de ballet, impressionaram e emocionaram. O que considerou a dança de John Lennon da Silva não ser considerado antiético? O seu talento e habilidades técnicas. Ele não tinha certeza se estava fazendo algo correto, mas acreditou e se desenvolveu para realizar o melhor. Mas será que a dança realizada por ambas podem ser consideradas “perfeitas” para todos?

    Aí se entra em uma abrangência maior: a relação do “ponto de vista”. As pessoas possuem diversas interpretações a cerca dos mais variados atos. Foram cridas e modificadas de acordo com o tempo e espaço inseridos. Assim como também algo que para uns podem ser considerados “perfeitos”, para outros não passam de algo “comum”. Considerando como premissa básica de que todos buscam a melhoria continua até o mais próximo da perfeição, sempre haverá alguém que poderá realizar uma técnica de forma mais natural e com melhor performance. Ou mesmo naquilo que os outros consideram que seja o “melhor”. Quantas vezes, ao olhar listas e rankings dos melhores em determinada categoria, não discordamos e apontamos falhas? Logo, discutir se algo que não é perfeito é antiético é uma questão, como já dita pelo texto, impossível de ser respondia. Assim como as concepções de bondade e maldade. Para estes dois últimos, atrevo-me a parafrasear uma passagem do livro “O Homem sem grana” de Mark Boyle (pág. 111) “não existem pessoas ‘boas’ ou ‘más’, cada um de nós é tão capaz de realizar grandes atos de gentileza e generosidade quanto de causar danos. Nosso desafio, como seres humanos em evolução, é maximizar os primeiros e minimizar os últimos.” .

    Pois então, como a ética, a primeiro momento, é uma concepção de caráter individual, para a sociedade é muito mais fácil classificar algo como antiético. Já que aquilo que é ético é o que representa a perfeição e esta por sua vez é muito difícil, considera-se ético aquilo que não apresenta ser errado. Por exemplo, grandes empresas que exploram dos recursos naturais. Elas não consideradas antiéticas por muitas pessoas, mas a partir do momento que realizam ações ambientais, acabam sendo vistas como éticas, pois não “estão compensando aquilo que estavam fazendo de errado”. Logo, vale-se uma última indagação e reflexão o qual irei pensar durante os próximos meses: a ética é algo pessoal ou ela é norteada pelos costumes, crenças regras e normas? Agimos de uma forma porque esperamos que esta seja correta. Mas o que nos leva a pensar que ela seria a correta? A sociedade que impõe? Então por que, constantemente, vem sendo criadas novas concepções do que antes era considerado antiético? Se ética é a perfeição, aqueles que mentem extremamente bem ou roubam sem deixar vestígios são considerados seres éticos? Acredito que não são perguntas inovadoras e que possivelmente não terei resposta, pois, assim como a perfeição e ética, são muito difíceis de se ter em sua totalidade.

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  124. Após a leitura do texto proposto e da reflexão feita em sala, admito ter obtido uma visão diferente da que possuía sobre ética e perfeição. O texto apresentado me trouxe um novo conceito sobre a palavra "ética", principalmente ao situar sua interligação com o conceito de "perfeição", colocando o primeiro termo como algo dependente e não-excludente da perfeição, sendo esta algo composto por crenças sobre o que é certo e o que é incorreto. Estabelecer conceitos para os dois termos torna-se então uma tarefa extremamente complicada, já que não são imutáveis, variam entre os indivíduos, e carregam
    enorme carga resultante da coerção social, criando assim diversas definições do que é ético e do que é perfeito. Após essa primeira reflexão, conclui que talvez nenhum ser humano julgue-se antiético.Outra reflexão que obtive, foi que um conceito universal para ética e perfeição é
    inatingível, já que, como proposto nos vídeos, a bailarina, o pianista, o guitarrista, buscaram a perfeição e conseguiram atingi-la, mas outra pessoa pode julga-los como imperfeitos. Ou seja, não há verdade absoluta sobre ética nem sobre perfeição, e os dois são conceitos relacionados.

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  125. Após leitura do texto e conteúdo abordado em sala, obtive conhecimento da relação entre a ética e a perfeição nas ações humanas.
    No poema e nos vídeos anexados, podemos considerar que tais realizações estão sendo praticadas com perfeição. Portanto, os indivíduos estão sendo éticos, pois condiz com a definição proposta no texto "Ser ético significa agir de forma "excelente", isto é sem erros, de forma perfeita."
    Após ler alguns comentários neste blog, notei muitos questionamentos perante o conceito de perfeição. Um ato perfeito, é aquele isento de erros, seja este expresso sobre qualquer área. Segundo o dito popular "Ninguém é perfeito", concordo parcialmente, pois acredito que não exista um indivíduo que atue sobre todas as áreas com perfeição. Porém, acredito que alguns desses indivíduos sejam capazes de realizar determinados atos com excelência, como os anexos deste post. Seguindo essa lógica, em que nenhum indivíduo é perfeito, podemos inferir então que ninguém é ético?

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  126. Denis Henrique de Miranda30 de abril de 2013 às 01:54

    A forma de arte que mais me atrai é a música. Sendo mais específico, a música (instrumental ou não) aberta para improvisos. Em alguns casos, o músico que estava assistindo e se ofereceu para tocar ou "dar uma canja" nunca tinha visto ou conversado com os outros músicos, porém eles não encontram muitas dificuldades em conversar através da música (isso falando de músicos que querem somente mostrar que estudaram e estão em dia com aspectos técnicos ou que só querem tocar com conhecidos). Isso acontece principalmente porque buscamos ir além da música em seu nível plano e contar uma história, uma fusão do que todos que estão tocando estão sentindo no momento e um caminho em comum para todos caminharem.

    A música me fascina tanto porque não há verdade ou mentira. Aquilo foi ou não foi somente. Não é possível saber qual foi a intenção daquele momento, e cada pessoa deve ter ouvido de um jeito. Não falando sobre música erudita, porque nessa cada nota era pensada para ser colocada exatamente no lugar dela, mas falando sobre a improvisação: cada músico estudou um método, com um professor diferente, em lugares diferentes, cada um comeu coisas diferentes, andou em ônibus diferentes, então a visão que cada um tem da música que está fazendo é diferente; entretanto todos buscam o correto, por mais que o correto seja desestruturar a música inteira de tal forma que até o músico que buscou a desestruturar se perca em seu andamento, o que pode soar errado para qualquer um que não esse músico. É essa variação de percepção acerca da realidade que permite debates sobre a ética: ela é sempre diferente entre as pessoas. O texto somado a algumas reflexões anteriores me levaram a mais uma conclusão interessante, que pode estar completamente certa e completamente errada: música é uma excelente prova de que a ética é algo extremamente variável, tanto na definição do que é etica quanto na definição do que é ético.

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  127. Confesso que evitei ler os comentários dos colegas para ser fiel às minhas primeiras impressões sobre o tema “Ética e Perfeição” haha. Não me lembro de alguma vez já ter associado ética à perfeição, e estranhei um pouco quando comecei a ver os vídeos que mostravam sempre pessoas muito habilidosas no que faziam- se é que não se encaixam entre as melhores de seus grupos de interesse- e claramente, pessoas que treinaram muito tempo para chegar ao nível de desempenho em que se encontram. Estranhei, até achar o padrão entre eles. Podem sim serem considerados excelentes no que fazem. Sempre pensei em ética como algo amarrado a moral, como se não fosse possível associar a mais algum outro termo e acho que isso se deve às aulas de filosofia do ensino médio, onde por repetição associei os dois termos. Interessante pensar fora do que está engessado na cabeça...Ao meu entendimento, ética é o estudo da moral, que por sua vez organiza as sociedades e estabelece normas de condutas para convivência social criadas pela própria sociedade, distinguindo bem do mal, certo do errado. E agora incluindo o termo “Perfeição”, faz muito sentido ligá-lo à ética. É necessário seguir as regras, mas igualmente importante é pensar sobre elas, pois não podemos ir fazendo o que nos é dito sem pensar nas consequências dessas ações, e pode acontecer de certas regras que serviram muito bem antigamente, hoje serem obsoletas sem algumas alterações. Visto isso, pode se ter a ética como forma de melhorar e, porque não dizer, levar a perfeição.

    Isso me remete à um ex-chefe que sempre batia na tecla de “buscar a excelência”, pois isso nos tornaria melhores profissionais, atingiríamos os objetivos designados, teríamos clientes satisfeitos e muitas consequências positivas até mesmo na vida pessoal. Afinal, já que estamos fazendo, porque não fazer o melhor que pudermos? Isso ilustra como podemos questionar nossas ações com o intuito de alcançar a excelência.

    Sobre o texto escrito pelo professor Peluso, há uma primeira linha de raciocínio onde alguns alegam que alguns conceitos são essenciais a cada um de nós, quase como instintivos, onde por natureza já sabemos como agir em todas as situações e algo não passível de definição exata por linguagem natural.

    Em contrapartida, há outros que alegam que é possível definir termos envolvidos com a ética de forma natural, como respostas prontas a certas perguntas, e que cada vez mais se torna claro os significados exatos.

    Eu particularmente me simpatizo mais com o segundo grupo, pois mesmo que seja intrínseco a nós as definições desses termos, acho possível sim definir e aperfeiçoar os significados. Por exemplo, identificamos o que mais se aproxima do perfeito, e isso eu imagino que seja senso comum, analisando a soma do conjunto observado. Se corresponde ao que se espera comparando com o que tomamos para nós como o melhor que pode ser feito em relação àquilo, automaticamente surge um “Perfeito!” na mente. Se todas as partes são harmoniosas e agradam aos sentidos, e não conseguimos imaginar nada acima daquilo, como se fosse o melhor que pudermos imaginar, pra mim isso é perfeito.

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  128. A discussão a respeito de ética e perfeição se dá no sentido de explorar qual relação há entre os dois conceitos.Opiniões defendem que ética é algo inerente ao ser humano, e há também os que acreditam que ética é algo praticamente impossível de se conceituar de modo absoluto. Se a atitude ética é relacionada a perfeição, então pode-se ter ética como conceito "flutuante" pois o -perfeito- é algo relativo, que varia de acordo com as percepções individuais.Um mesmo objeto pode ser visto e interpretado por diversas faces, tal como foi feito na interpretação corporal da dança "A Morte do Cisne", ou mesmo no poema de Fernando Pessoa - em que se tem duas percepções diferentes sob os mesmo fatos-. A partir da opinião de que o 'ético' não possui uma concepção única e que portanto não consegue se tornar um parâmetro absoluto, entra a discussão focada em conseguir traduzir, englobando as diversidades, o que vem a ser os conceitos de perfeição e ética.

    Raquel Ribeiro Rios

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  129. Perfeição, uma ideia abstrata do nível inalcançável e máximo em algum tipo de ação. Nós sempre buscando este nível em nossas atividades, o que varia e a área em que a pessoa tem mais atração seja por um ou outro tipo de musica ou mesmo dança e todas acabam por crer que um tipo de ato que se aproxime da perfeição é mais ou menos importante ou mais ou menos perfeito, quanto todos os atos acabam por ser perfeitos em maior ou menor grau (dependendo do esforço empregado, talento natural, etc). O fato é que todo ser humano tende a querer ser perfeito e mesmo não o sendo assume-se como tal pois passa a ser mais fácil dizer-se perfeito do que realmente tentar atingir um maior grau de perfeição, como o poema ilustra a dificuldade em se aceitar as próprias imperfeições.

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  130. A perfeição é o grande objetivo do ser humano, segundo as aulas e os textos e videos expostos. Mesmo inalcançável, continua sendo o objetivo de onde tiramos a ideia de moral e ética. Todos buscam a atitude perfeita, música perfeita, o quadro perfeito, a peça perfeita e, quando o ato, objeto ou composição observada não condiz com os padrões procurados, existe a repreensão e a tentativa de correção para ocorrer uma mudança que faça com que aquilo que se procura aconteça.
    A ética, ao meu ver, pode ser separada da perfeição, já que existem valores "não-perfeitos" seguidos pela sociedade ocidental. Se tomarmos como pressuposto que uma pessoa ética é uma pessoa perfeita, então não existiria muitas das funções sociais presentes no dia-a-dia, como a polícia, que defende o cidadão e por vezes precisa utilizar da força para repreender certos atos imorais. Ou seja, apesar de uma aproximação de valores, ética e perfeição não significam necessariamente a mesma coisa.

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  131. Nesse texto o autor introduz a discussão sobre ética relacionando-a a ideia de excelência do agir humano. Três questões podem ser destacadas dessa concepção: que critérios devem guiar o debate sobre o agir humano, o que entendemos por excelência e em que medida nossos juízos a esse respeito podem de fato ter influência sobre nossas ações. Se fizermos uma reflexão sobre a história humana, notamos que a preocupação com a forma correta de agir e a própria noção de certo e errado já estavam presentes nas mais antigas civilizações conhecidas, expressas nos códigos morais de suas religiões. A busca por um ideal de conduta parece refletir o desejo de se aproximar de um modelo de perfeição que nas concepções teológicas pode ser identificado com a ideia de um ser perfeito, um deus. Do pondo de vista filosófico, a ética parece estar associada à reflexão racional e sistemática do agir humano em relação aos seus semelhantes e a si mesmo, e reflete um esforço por definir um modelo ideal de conduta humana baseada em nada além da própria racionalidade. Essa discussão racional sobre ética exige que ao dizer que uma determinada ação é correta ou incorreta, sejamos capazes se sustentar nossas concepções com argumentos razoáveis, passiveis de compreensão e consentimento pelos demais seres racionais. Surgem ai certas dificuldades: é preciso definir conceitos abstratos como bondade e maldade, certo e errado. Esses conceitos poderiam ser definidos de forma universal? Para alguns pensadores, a racionalidade humana, ligada ao exercício da linguagem, é limitada e não pode dar conta de tais conceitos. Seriamos apenas capazes de “sentir” que uma ação é certa ou errada, boa ou má, e nos guiarmos por esse sentimento moral. Para outros pensadores, no entanto, ainda que nossas capacidades racionais sejam limitadas, a discussão sobre a ética é um esforço que deve ser realizado, uma vez que sentimos a constante necessidade de refletir sobre nossas ações.

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  132. Ao ver o material, especialmente após o vídeo da apresentação do bailarino John Lennon da Silva, minha reflexão imediata foi a seguinte: a perfeição não é um parâmetro indivisível com o qual se possa comparar o todo simplesmente. O parâmetro da perfeição é formado por diversos “parâmetros de perfeição”, aplicados como referencial para cada ponto do que está sendo construído. Dessa forma, o que ocorre ao intitularmos algo “perfeito” quando não encontramos falhas relevantes, não é, matematicamente e inegavelmente, a perfeição, mas sim o fato de estarmos convencidos da irrepreensibilidade da ação como um todo. Dessa forma, após algumas aulas e após essa reflexão, entendo uma ação ética como uma ação empregada com a maior eficiência e aceitação possíveis diante de certo público que é influenciado por esta mesma ação e que se pressupõe que vá julgá-la e/ou ser atingido por ela (o “público” do realizador da ação pode também ser ele mesmo, como é o caso do próprio artista nos momentos de ensaio).

    Minha reflexão foi acentuada pela apresentação do bailarino pelo fato desta me passar a sensação de que a sensibilidade e a criatividade foram priorizadas em detrimento da técnica e que assim ele foi perfeito de forma diferente. John também emprega a técnica na dança, mas de um modo diferente da bailarina clássica, do pianista e do guitarrista Paul Gilbert. A técnica, bem como a criatividade e o efeito nas emoções do público, são parâmetros de perfeição que estão contidos na perfeição “em si” da ação. Se John se apresentar da mesma forma em um recital de balé clássico, onde uma técnica distinta da utilizada por ele é exigida, não será, nem de longe, considerado perfeito diante do contexto. Da mesma forma, se uma bailarina clássica apresentar uma coreografia sem muitas inovações onde se exige inovação, ainda que for tecnicamente perfeita, não será perfeita diante do contexto.

    A segunda obra deste apanhado que mais se destacou aos meus olhos foi o “Poema em linha reta”, que trata especialmente da imagem que passamos aos outros. A pergunta que fica pra mim, diante de como idealizo uma ação ética, é: Essas pessoas “perfeitas” para a parte da sociedade que os vê, são também perfeitas diante de si próprias e da parte da sociedade que recebe o resultado de suas ações? É a pergunta que fica também para a vida.

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  133. A partir dos textos e dos vídeos propostos, pude interpretar que a ética é a aproximação com a perfeição. Sedo assim dificilmente encontraremos um indivíduo ético, pois o indivíduo perfeito de hoje não é o mesmo indivíduo perfeito de ontem.
    Quem diz se um indivíduo é perfeito ou não é a sociedade, por isso ficaria dificil encontrar um indivíduo perfeito, já que não existem pessoas que agradam a todos. Partindo disso, para que a ética exista é necessário que se considere ético um indivíduo que busca a perfeição , não o perfeito.
    Também tentei fazer a aproximação da perfeição com o sagrado, ou seja, Deus. A partir dessa ideia cheguei a conclusão de que nem Deus é perfeito, pois se perguntarmos para os seguidores das mais diversas religiões, o que eles acham de seus deuses, certamente irão dizer que ele é perfeito.
    Assim pude concluir que a grande maioria dos indivíduos de nossa sociedade são éticos, já que é inerente ao ser humano buscar a perfeição dentro de seu âmbito social. E é extremamente dificil encontrar um indivíduo perfeito, pois nossa sociedade impõe muitas barreiras, seja elas financeiras ou preconceituosas.

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  135. O conceito de perfeição por muitas vezes surge a partir de um senso comum, ou seja, por meio de um paradigma que define um conjunto de características indispensáveis para que algo seja realmente perfeito. O vídeo do dançarino John Lennon- A morte do cisne evidencia claramente este fator no momento anterior à sua apresentação, quando um dos jurados ao perguntar a ele se conhece a versão original da morte do cisne, o mesmo responde afirmando ser uma bailarina vestida de branco e que nas pontas dos pés interpreta um cisne se debatendo até a morte, demonstrando-se assim, um pouco indignado com o figurino ''desapropriado'' e com a versão Street dance que John pretendia desenvolver com uma dança de Ballet clássico. Uma outra jurada também afirma que as roupas do artista de nada tem a ver com sua apresentação. Nestes dois momentos do vídeo, pude perceber que uma certa padronização de conceitos entre os jurados do que seria o ideal para que John se saísse bem quando fosse dançar não estavam presentes em sua imagem e que por conta disso, ele obteve uma avaliação ''negativa'' antecipadamente. Apenas seria perfeito se ele dançasse nas pontas dos pés e estivesse com as roupas ideais comumente utilizadas para tal apresentação? Após apresentar-se, John conseguiu provar que também poderia ser perfeito por meio de uma nova adaptação da dança e utilizando uma roupa incomum para a ocasião. Ele realizou uma quebra de paradigma, e isto ficou claro quando os jurados ficaram extremamente surpreendidos e emocionados após sua dança.
    Dessa forma, pude concluir que a perfeição pode ser um conceito subjetivo quando um indivíduo desconhece certos pressupostos e quando isso não acontece ela é aproximada ao ''mais correto'' ao mais adequado de acordo com cada situação, à melhor forma e meios de praticar determinadas ações, ou seja, ao agir ''eticamente''.

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  136. No texto se fala na relação entre ética e a perfeição, que na minha opinião, são coisas muito distintas para serem relacionadas tão estritamente. o que me deixa um pouco confuso é que se uma prática ética é uma prática perfeita, os seres humanos que praticam o bem são perfeitos, mas é muito claro para nós humanos que não podemos ser perfeitos de nenhuma forma, sempre haverá falhas. A impressão que essa relação entre ética e perfeição me dá é a de que uma falha se quer resulta numa prática anti-ética. Então a ética não deveria ser moldada não com relação à perfeição absoluta das ações, mas sim moldada de acordo com as imperfeições humanas?

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  137. A expressão pode parecer redundante, mas a perfeição eu compreendida basicamente como o mais perfeito que algo alcance ser em si mesmo. Depois de assistir e observar cada uma das performances propostas e analisa-las a luz do que já compreendemos em aula, entendemos que existem peculiaridades no tocante ao perfeito. O misturar de temperos, a harmonização de notas musicais, tudo pode ser perfeito dentro do que se propõe a fazer. Isso foi representado de maneira clara no exemplo das interpretações da “Morte do Cisne” onde cada versão, tanto a clássica quanto a contemporânea, propunha-se a ser perfeita na manifestação dos movimentos. E a ética parece ser a expressão moral dessa busca pela perfeição do homem naquilo que faz. Nos pautamos nessa ética para tomarmos decisões e por ela também somos medidos.

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  138. Após a leitura do texto e da exposição do tema em aula, percebemos a relação entre o conceito de ética e o conceito de perfeição. Todos nós humanos tendemos a nos inclinar para a excelência, isto é, em todas as nossas ações procuramos, mesmo que inconscientemente, realizá-las da melhor maneira possível, buscando a maneira que é vista como a mais correta e a melhor. Se “a excelência é a perfeição”, então tendemos a agir de modo que possamos superar metas já alcançadas a fim de melhorá-las, seja por alguém ou por nós mesmos, que são consideradas como ideais. Então temos que a perfeição é momentânea, pois se no momento em que almejo superar uma ação que já atingiu o seu máximo praticada em dado campo e logo consigo superá-la, então a minha conquista se torna a mais perfeita.

    A performance apresentada pela bailarina clássica Natalia Marakova é vista como perfeita, pois dentro da técnica do ballet clássico ela é capaz de realizar movimentos minuciosos com destreza e de acordo com o modo que de fato devem ser realizados. A princípio, tendo em vista a execução impecável que a variação da Morte do Cisne deve ser feita, os jurados do programa no qual John Lennon da Silva se apresentou desconfiaram de seu potencial artístico. Isso se explica pelo fato de o estilo de dança e o figurino do dançarino terem fugido completamente dos parâmetros normativos esperados para tal execução.

    Posto que o conceito de perfeição vai além da racionalidade que nós humanos empregamos em nossas ações, sua interpretação aproxima-se daquilo que é considerado ético, isto é, “a excelência do agir humano nas diferentes situações onde é possível agir”. A forma com que agimos sofre influências do meio no qual estamos inseridos e dos valores e crenças nos quais acreditamos. Sendo assim, logicamente, aquilo que é perfeito para um grupo, o é visto de maneira diversa por outro; podemos assim dizer que ambos os conceitos de ética e perfeição são mutáveis, já que julgamentos sobre tais aspectos são criados a partir de diferentes perspectivas. Nesse sentido, a Ética estaria então ligada às ações consideradas perfeitas em um determinado código de condutas. Contudo, deixando de lado os significados subjetivos de ambos, o fato é que todo ser humano almeja ser perfeito, seja lá o que isso represente. Quanto à questão sobre em que momento nós somos e ou deixamos de ser éticos em nossas ações, o essencial é retratar a forma com que os julgamentos sobre essas condutas são feitos.

    Andrezza Gonçalves

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  139. Ao ler o texto e assistir os vídeos, podemos perceber que a associação da ética com a perfeição é inevitável. Em diferentes universos da ação humana há maneiras de ser ético ou perfeito e anti-ético ou imperfeito, como percebemos nos vídeos todos aqueles que executaram ações, foram perfeitos no que se propuseram a fazer. Mas talvez esse seja um julgamento falho, pois devemos levar em consideração a própria interpretação humana dos fatos e ações que nos rodeiam, que muitas vezes são erradas e tendenciosas.

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  140. São Bernardo 30/04/12
    Jonatas Silveira de Souza
    RA: 21040912
    email: jonatas.silveira@aluno.ufabc.edu.br

    Mediante a leitura do texto “ÉTICA E EXCELÊNCIA” e após assistir aos vídeos podemos tentar traçar um sentido ao termo ÉTICA. A mesma é colocada no texto como uma busca pela perfeição.

    É perceptível nos vídeos apresentados, que estamos vendo demonstrações artísticas que buscam, dentro de suas áreas, algo próximo ao que que conhecemos como perfeito.
    Para a música temos delimitações como compasso, tempo, tons, etc e no caso do vídeo vemos a aprestação da orquestra com o pianista Lugansky tocando um concerto de Ravel com apenas a mão esquerda, a apresentação de Natalia Makarova que também possui ‘regras’ ou normas do que, dentro do Ballet clássico, denotam o sentido de perfeição, movimentos esses que existem em sua perfeição no plano das ideias.
    Vemos em Platão que os objetos existem em um mundo das formas, mas a partir do momento em que são passados para o mundo físico são apresentadas as imperfeições. Portanto considero as apresentações como uma aproximação ao conceito de perfeição, mas não necessariamente a forma final. Poderão existir ou até mesmo já existem pianistas ou bailarinas melhores que os que nos foram apresentados. O que podemos inferir é que estas expressões artísticas podem ser dadas como exemplos de ética da sua área. Ou seja, levando em conta que para nós o que é ético é algo que é desejável que possamos fazer, para um aluno de piano ou mesmo de Ballet aqueles são exemplos do que os mesmos poderão fazer para alcançar a “excelência”.

    A ética possui muitas conotações além da perfeição, como o conceito de metaética, que pode ser exemplificada com o que fazemos agora, pois é um estudo da própria ética, a discussão sobre ética é fazer ética. Discutimos também que ética, é algo dado no cotidiano, como nas ações dos nossos semelhantes, esperamos deles que sejam recíprocos as nossas atitudes éticas ou boas, e caso não sejam nos sentimos ‘injustiçados’.

    O que é factível é que a ética é algo que faz parte da razão humana, pensamos e agimos segundo ela de maneira quase que imperceptível. Os conceitos de padrões éticos respeitados dentro de uma cultura, do perfeito, podem ser modificados ou alterados dentro do nosso mundo físico. Mas a ética e seus mecanismos não se alteram dentro do homem.

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  141. Após estudar o material disposto para este tema compreendi que a relação entre ética e perfeição é dada através de um processo de reflexão sobre a ação humana que foi apresentada.
    Por exemplo, quando a bailarina executa os seus movimentos de maneira correta e, em um local onde aquela demonstração artística é comum e aceita de bom grado por seu público, ela transmite uma sensação de perfeição para aquela atividade sem que nenhum questionamento moral, social ou ético seja ou precise ser feito.
    Por outro lado, quando John propõe realizar a coreografia à sua maneira, em um primeiro momento é possível perceber que os jurados duvidam da capacidade dele ao mesmo tempo em que buscam algo que justifique a coragem daquele jovem. Assim sendo, ao término da apresentação os jurados aceitam que John mesmo alterando a forma de uma dança já consagrada e admirada também consegue transmitir a sensação de perfeição.
    A mensagem que desejo transmitir é que no ponto de vista apresentado pelo texto e vídeos a ética consiste na capacidade de compreender e aceitar que uma ação bem executada pode ser sim considerada perfeita, sem preconceitos ou questionamentos que não tratem especificamente do que foi apresentado.

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  142. Após analisar o texto, os vídeos e a aula de hoje vi que de fato a ética e a perfeição estão intrinsecamente conectadas mesmo que de forma imperceptível por nós. O fato é que o comportamento ético tende ao comportamento perfeito. Quanto mais ético se procura ser, quanto mais 'ideal' se procura ser, mais à perfeição acabamos por tender.
    Vale ressaltar que, entretanto, são conceitos extremamente relativos. O texto dá a entender que é impossível atingir uma perfeição absoluta. Quando se executa qualquer ação, por melhor que você ache que a executou alguém sempre poderá fazê-la de forma melhor e/ou mais eficiente. O 'perfeito' é maleável.
    E retomando o raciocínio de que ética e perfeição caminham juntas, temos que a ética também pode ser relativizada.
    Essa situação fica fácil de se compreender quando vemos alguém julgando o que não é ético. É muito fácil. É fácil olhar e dizer que algo não é perfeito e não se encaixa nos padrões, por isso os julgamentos são tão recorrentes. Agora encaixar-se no ético e consequentemente no que tende ao perfeito, é muito difícil.

    Na apresentação do bailarino, por exemplo, onde ele resolve apresentar-se de forma mais sensibilizada ao invés de forma mais técnica houve sim o alcance à perfeição a sua maneira, apesar de ser diferente do que se esperaria como padrão.
    Enfim, percebe-se que são dois conceitos difíceis de serem julgados sob um só ponto de vista e mais difíceis ainda de serem definidos e padronizados. O que eu concluo é que todo ser que busca a excelência em seus atos acaba por consequência sendo ético. Agora definir precisamente o que é cada conceito, é muito complicado.

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  143. Após a visualização dos materiais apresentados, pude chegar a conclusãor que ética e perfeição estão diretamente relacionados.

    Cada ser humano tenta alcançar a perfeição de acordo com aquilo que admira, de acordo com suas influências vividas. É natural do homem, enquanto ser racional, buscar sua perfeição.

    Mas como identificar se aquela ação foi ética ou perfeita? Nos vídeos apresentados vemos performances sem falhas, porém podemos concluir que aquela bailarina, ou o pianista agiram perfeitamente? Em meu ponto de vista, não importa o quanto uma pessoa seja boa em uma determinada ação, ela nao pode ser considerada perfeita. Pois, conforme discutido em sala de aula, se considerarmos tal indivíduo perfeito, entendemos que nenhum outro poderá ser melhor que ele.

    Outro ponto abordado é o de que ninguém se julga imperfeito. Achamos que nossas ações são boas ou justificáveis. Por isso, Fernando Pessoa ironiza a sociedade "perfeita" em seu poema.

    Victor Pinho de Souza

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  144. Achei muito interessante a visão da ética comparada à perfeição, ideia inédita pra mim até então. Realmente, quando pensamos no que é ser bom, no que é agir corretamente, o fazemos baseados em uma certa referência. Referência essa que construímos ao longo de toda a vida, juntando pedaços de nossas vivências e experiências. Criamos uma ideia do que é ser perfeito - e vivemos tentando atingi-la.
    É importante ressaltar, porém, que alcançar a perfeição é algo utópico, uma vez que não é possível definir um limite quando se trata de perfeição. E somos seres humanos, passíveis de acertos e erros. O "Poema em Linha" de Fernando Pessoa exemplifica muito bem tal coisa. O poema ainda exprime algo essencial na discussão acerca de ética: sobre os humanos apenas valorizarem seus acertos. Sobre como não estão cientes de que fogem de sua própria idéia de perfeição o tempo todo.

    Outro ponto a ser considerado: sendo a noção do que é ser bom, perfeito, e assim, ético, algo que construímos durante nossa vida e experiências, ela tem diversas faces para diferentes pessoas. O que é considerado bom e certo em uma cultura pode não ser considerado em outras. E isso causa choques, confrontos ideológicos. Como nota-se nos vídeos linkados acima, quando John Lennon da Silva se propõe a dançar de uma forma inovadora uma peça tão consagrada e tradicional, os jurados que o assistem duvidam de sua intenção. O resultado, porém, é belo, e os jurados terminam espantados e encantados.
    É um exemplo de que o conceito de belo está em eterna mutação. E os conflitos culturais e ideológicos são perfeitos agentes nessa mutação.

    email: gyelli@uol.com.br

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  145. Os valores morais mudam conforme o passar do tempo. Isso porque a ética se baseia no que é bom ou mau, ou como afirma o texto no que é perfeito. Estas ideias são passiveis de mudança, aliás, se numa mesma sociedade já são assunto de imensa discordância, não é difícil imaginar como muda ao passar dos séculos. Para exemplificar isso podemos pensar nos diferentes aspectos que a ética levou consigo em sociedades distintas, com valores distintos. Na Grécia buscava-se o belo, o que era agradável e prazeroso. Na idade média o bom e mau estava intensamente pautado nos valores cristãos. Hoje em dia esses valores já podem ser até contraditórios, um empresário por exemplo pode tomar atitudes consideradas más, como mentir para seu concorrente, tendo um objetivo visto como bom, ser economicamente bem sucedido, isso caracteriza então um dilema ético?
    Assim a noção que ética é a perfeição se torna bastante interessante, mas como forma de agir e não necessariamente no conteúdo da ação, como dito anteriormente, este é passível, ou até certo de mudança. Entretanto essa afirmação pode trazer uma problemática, qual o sentido de discutir algo que certamente não atingirá um consenso?
    O valor da ética não esta nesse consenso, pois este é realmente impossível. O valor da ética está na forma do ser humano buscar o seu melhor, a perfeição.

    guilherme.bocalini@hotmail.com

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  146. Ética: um tema e diversas concepções. É incrível o quanto de significados já escutei acerca do que é ética. Admito também que nunca fui em busca de um aprendizado mais profundo acerca da palavra, entretanto, sempre fiz uso da visão obtida por meio do senso-comum. É incrível como em apenas duas aulas, boa parte do “conhecimento vulgar” foi deixado de lado e cedeu espaço para uma nova construção sobre o que de fato é a ética.

    É curioso pensar que a ética vai muito além de realizar uma ação considerada boa ou má. Ela busca a excelência, a perfeição conquistada por meio de toda e qualquer ação. É como se nós, seres humanos, fossemos postos a prova ao longo da nossa vida inteira. É um desejo incessante pelo nosso ideal, ou seja, pela questão perfeita do modo de agir.

    Dessa forma, quando assisti aos vídeos tive a oportunidade de realmente mesurar o que é o ser perfeito; contudo, dentre todos, o vídeo que realmente chamou a minha atenção foi o da bailarina Natalia Makarova. Para mim, devido aos conceitos construídos ao longo da minha vida, o que mais me surpreende e define a excelência ou perfeição é o dessa bailarina. A simplicidade, a performance e principalmente a leveza com que a mesma dança tornam aquele ato algo surreal. Uma apresentação incrível e aparentemente impossível de ser realizada por qualquer outro cidadão. A forma como ela sincroniza os movimentos do corpo com a música demonstram o quão complexo seria a realização dessa apresentação por qualquer outra pessoa.

    Sendo assim, após reler o texto, pude reafirmar que a perfeição pode ser atingida de diversas formas e em diversas ocasiões, ao passo que todo o tipo de ação pode ser perfeita. A exemplo disso temos o músico que toca piano de forma excelente somente com uma das mãos. Isto posto, concluo que cada ação necessita de um tipo de preparo, de diferentes tipos de atitude para que assim seja possível obter a perfeição. Por esse motivo, o dançarino John Lennon da Silva, mesmo se utilizando de uma roupa que foge do padrão para a execução da peça Morte do Cisne, chega a emocionar e impressionar os jurados quando faz a sua apresentação. Ele foi excelente naquilo se propôs a fazer, mesmo se utilizando meios distintos do comum.

    Fernanda Sue Komatsu Facundo

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  147. Analisando o texto proposto, “Ética e Perfeição”, e as discussões feitas durante as aulas, pode-se notar que o conceito de Ética está intimamente ligado ao conceito de Perfeição. Porém, como visto no texto, o conceito de perfeição não é fácil de ser definido. Todos possuem a percepção do que é perfeito, mas essas percepções podem distinguir-se entre si.
    Tal fato pode ser exemplificado com os vídeos usados pelo Professor Peluso. Em um deles a bailarina Natalia Makarova realiza seus movimentos de acordo com os preceitos do Battet Clássico. Em sua apresentação ela busca atingir a perfeição de tais movimentos e, ao meu ver (como leiga no assunto), ela alcança seu objetivo. Em outro vídeo Jonh Lennon da Silva utiliza-se do mesmo tema (a morte do Cisne) para alcançar o mesmo objetivo, a perfeição. Porém, desta vez seus movimentos são baseados em outro estilo musical, o que faz com que sua coreografia seja diferente da bailarina clássica. O que faz com que as duas apresentações sejam distintas é, justamente, o ideal de perfeição.
    Ou seja, algo que um indivíduo possa considerar como bom/correto, pode ser visto de uma maneira diferente para um outro indivíduo. Nos foi apresentado dois vídeos, um de música clássica e outro de rock. Por mais que os estilos musicais sejam diferentes, pode-se verificar em ambos a perfeição da música. Não há como dizer qual é melhor, se a música clássica ou o rock, isso dependerá da concepção de perfeição de cada um.
    Sendo assim, explicar o que é a perfeição e, portanto, o que é a Ética em nossa linguagem natural é impossível. Todos buscam a perfeição, todos buscam ser éticos, mas não existe uma única forma de alcançá-la, não existe uma única concepção do que é certo, do que é bom. A ética, a perfeição varia de acordo com a moral, com os princípios, os gostos, a cultura e etc, de cada indivíduo.

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  148. O homem procura agir da melhor forma possível, ou seja, procurando a perfeição em suas ações, este fato é muito bem exemplificado, como o professor mostrou, no mundo das artes, como podemos ver nos vídeos exemplos do que poderia ser considerado perfeito ou muito próximo dele, em cada área que aquelas pessoas se propõem
    No entanto o problema estaria no que consiste a perfeição, assim a ética se relacionaria com a mesma tentando indicar qual ação é mais perfeita, ou seja, a mais ética,a partir de uma discussão filosófica, abstrata. Então acredito eu, poderíamos dizer qual interpretação da morte do cisne seria mais perfeita, apesar de ambas poderem estar muito perto da perfeição ao estilo que se propõem, o próprio estilo poderia ser mais ou menos perfeito ao que a dança propõe.

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  149. Devo dizer que a relação entre ética e perfeição também me deixou surpreso. Não sei porque, mas nunca tinha ligado as minhas rasas noções sobre ética à ideia da perfeição. Sempre que eu pensava na palavra "ética" me vinha à cabeça definições pré-fabricadas (como, por exemplo, "a busca da conduta mais adequada, mais correta") que nunca consegui compreender com plenitude. Uma peça importante que me ajudou a entender com mais precisão este significado veio com a apresentação, pelo texto "Ética e Excelência", dos termos "Excelência" e "Perfeição". No começo, confesso que achei muito estranho e ousado ligar estes termos àquelas minhas definições (talvez pela pompa destas duas palavras). Só depois que eu fui compreender que a relação entre as definições que eu tinha e estes "novos" termos é que dava o sentido que faltava ao meu entendimento.
    Uma outra coisa que me chama a atenção é como essa busca pelo perfeito conduz o homem em todas as suas atividades. Sem ela, a vida parece não ter sentido. Nela, na perseguição da plenitude, mesmo sendo ela inalcançável, a existência tem uma justificativa. Todas as performances contidas nos vídeos recomendados são produtos dessa perseguição.

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  150. Após a leitura do texto, separar ética e perfeição se torna impossível. Num sentido geral de perfeição, ética pode ser assim definida. Porém, não podemos nos esquecer que perfeição é um aspecto que depende da opinião dos indivíduos, enquanto a ética não pode ser submetida às inconstantes opiniões do ser humano.
    Colocar a ética no rol de comportamentos variáveis traria ainda mais dificuldades conceituais, além das que já encontramos para definir o que seria e como se constrói a ética.
    O texto nos apresenta a opinião de alguns participantes do debate sobre a significação da ética. Um desses grupos acredita que a ética não pode ser discutida através de uma linguagem natural e que não se relaciona com o fato de racionalizarmos ações e coisas. Essa perspectiva apresenta limites na medida em que a não racionalização de uma atitude ou ação não a torna ética. Além disso, a impossibilidade de se discutir os termos de uma conduta ética, no sentido de ações e comportamentos excelentes, causa dificuldades teóricas e práticas no que cerne ao comportamento humano.
    Na medida em que a ética deve guiar o homem para a realização de ações perfeitas, até que ponto podemos ignorar a discussão de suas cláusulas?
    A discussão se faz importante justamente para que a ética cumpra seu desígnio, de levar o homem a atitudes excelentes, no sentido racional. Assim, a ética se une à perfeição na medida em que leva a humanidade à racionalizar atos e suas consequências, buscando não apenas a perfeição individual, mas também a perfeição coletiva.

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  151. Após a abordar os conteúdos do site e a aula exponho aqui minhas conclusões.
    A ética é a perfeição que o ser humano tenta atingir em suas atitudes e sua convivência em sociedade.
    Essa visão de perfeição pode mudar conforme o tempo, mas o fato que devemos nos ater é de que em todos os casos o objetivo do homem é atingir essa perfeição (o que fica muito claro nos vídeos, pois em cada um deles o objetivo de seu praticante é a perfeição).
    Agindo dessa maneira o homem estaria sendo ético e atingindo (ou pelo menos tentando) a perfeição que tem como objetivo.
    Guilherme N A Melo

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  152. Começo por confessar aqui uma enorme dificuldade em associar o que sempre tive em mente por Ética (sempre pensei em Ética como sendo um conjunto de regras a serem cumpridas)e perfeição, principalmente quando penso que os gênios que assistimos apresentando sua arte, após meses e muitas vezes anos de exaustiva preparação, atingem a perfeição de movimentos, de acordes, na composição de palavras ou de cores ou ainda de formas, mas, permanecendo humanos permanecem falhos em inúmeros outros aspectos de suas vidas.
    Em incontáveis exemplos, a genialidade e a busca pela perfeição , beiram a loucura e o desespero, ou seja , são extremos altamente perigosos.
    Tudo em que consigo pensar nesse momento como perfeição traz também a ideia de impossível ao ser humano, a natureza é perfeita, Deus é perfeito...no ser humano a perfeição está mais como um objetivo inatingível e a prova de que não somos deuses.

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  154. Acho complexa essa ligação entre ética e perfeição. Primeiro é a dificuldade de conceituar o que é essa perfeição: qual o comportamento que seria o designado como perfeito, qual o limite dessa perfeição. Seria deus o limite de perfeito buscado por todos na ações morais? O ser humano te essa vontade de se aproximar em ações o mais próximo de deus? O deus cristão é visto como um ser moral perfeito, mas citando como exemplo o gregos antigos, que tanto influenciaram na discussão da moralidade até os dias atuais. Os deuses gregos, apesar de serem perfeitos esteticamente, em nenhum momento eram considerados como seres moralmente perfeitos, mas mesmo assim possuíam certas características individuais que eram apreciáveis e consideradas como moralmente boas. Caberia tal influência na discussão sobre a ética a partir de sua influência na moral cristã através dos romanos, acredito. Há uma certa universalidade em delimitar qualquer tipo de comportamento e ação como tendo esse limite, afinal, quase todos os campos do conhecimento, sejam eles das ciências naturais, da economia, da artes (como mostrado nos vídeos), da sociologia, da política, enfim, não procurariam, em seu limite, a tal perfeição? Acredito que, apesar de ser um assunto muito rico e ilimitado em conteúdo dentro do campo das idéias, há outras formas de discutir a questão da ética de forma que não tenham um comportamento tão teleológico, como nesta abordagem.

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  155. Quando pensamos em "ser ético" como "ser perfeito", de maneira abstrata, isso pode soar como algo impossível se ser atingido, seja pela concepção de imperfeição do ser humano, seja pelas nossas próprias limitações físicas ou biológicas. Entretanto, analisar algo mais concreto como uma execução excelente do Concerto para Mão Esquerda, ou uma performance da Morte do Cisne, por exemplo, e associá-las ao "ser ético", "ser perfeito", pode, talvez, nos aproximar desse ideal.

    Todas as execuções nos vídeos propostos, por mais diferentes que sejam, apresentam, cada qual sua técnica, sua regra, seu "dever ser", sua forma perfeita de execução, que não é impossível de ser alcançada, mas exige dedicação, treinamento, prática. Da mesma forma podemos fazer um paralelo com as ações humanas.

    Na nossa cultura baseada na moralidade judaico-cristã também existem regras e padrões que devemos seguir para sermos considerados seres éticos, ou moralmente aceitos. Nossas ações são susceptíveis ao julgamento de bondade e maldade constantemente, nos obrigando, de certa forma, a praticar o bem, a agir de forma excelente, a fim de que não soframos qualquer espécie de coerção.

    Alcançar o ideal ético, ou seja, realizar todas as ações de maneira perfeita, portanto, pode ainda ser de uma dificuldade extrema, mas o ser humano guiado pela sua racionalidade busca aperfeiçoar o que "é" para que este seja cada vez mais próximo do que "deve ser", ou seja, busca a melhoria constante dos seus feitos, o que o torna, consequentemente, cada vez mais próximo da excelência.

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    1. Camila Almeida A. de Souza
      almeidap.camila@gmail.com; ccamila@aluno.ufabc.edu.br

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  156. Como pode-se constatar através das discussões ministradas nas aula de Conhecimento e Ética, pela leitura do artigo ‘Ética e Excelência’ e vídeos indicados, o conceito de Ética carrega em sua essência um significado extremamente complexo.
    A palavra Ética não se restringe apenas a questões de juízo moral ou em julgar a conduta humana, ela está atrelada com a concepção de um plano ideal para o qual o homem se dirige buscando atingir um certo fim em plenitude.
    O ser humano tende a buscar a perfeição em seus atos, isso se deve de certa forma aos princípios de bondade, de agir corretamente e fazer o bem, pregados e difundidos pelo cristianismo ao longo dos séculos. Vale ressaltar que os juízos morais, os valores, são mutáveis, eles variam entre as sociedades e alteram-se com o tempo, porém o desejo e os mecanismos para se alcançar a excelência permanecem intactos dentro do homem.
    A Ética pode ser considerada como a ciência do fim para o qual a conduta dos homens devem ser orientadas, ou seja, consiste em praticar as ações que devem ser praticadas e da melhor maneira possível dentro de dada circunstância para se chegar a tão almejada maestria.


    Thaís Regina Servidoni
    thais.servidoni@aluno.ufabc.edu.br

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  157. Sempre pensei a ética como elemento base para a prática do correto, independentemente do contexto no qual se encontraria o indivíduo. Sendo um ser ético em sua completude, esse indivíduo seria capaz de agir eticamente em qualquer situação - mesmo naquelas em que alguma atitude tida por antiética poderia ser considerada aceitável ou justificável pela maioria.
    Entretanto, nunca havia me passado pela cabeça a relação entre esse 'bem agir' constante e a ideia de perfeição. Após algumas repetidas leituras do texto 'Ética e Excelência' ficou para mim evidente que buscar agir sempre corretamente nada mais é que uma busca exaustiva pelo agir perfeitamente. E, daí, tornou-se impossível a dissociação entre o agir de maneira ética e o agir de maneira excelente, perfeita.
    O conceito de perfeição pode ser encarado sob diferentes óticas; porém, seja ela percebida na leveza de Natalia Makarova ou no balanço de John Lennon da Silva, mostra-se inerente ao agir humano.

    Danielle C. Bello de Carvalho
    danielle.bello@live.com

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  158. Após a leitura do texto “ética e perfeição” juntamente com os vídeos e com os assuntos abordados em sala de aula fica evidente como a Ética é intimamente ligada à perfeição, ou seja , não se consegue pensar sobre ética sem ter a noção de perfeito. A perfeição é algo que não se contesta, no entanto as percepções que cada um tem do que é perfeito pode distinguir-se entre si.
    Dessa forma cada pessoa tenta alcançar a perfeição em aquilo que gosta, admira, ou de acordo com as influências que recebe durante sua vida. No caso dos vídeos postados pelo senhor, cada um é perfeito naquilo que faz, a bailarina Natalia Makarova realiza seu movimentos suaves de ballet de acordo com os preceitos do ballet clássico, ou seja, no quesito ballet clássico a bailarina conseguiu atingir a perfeição em seus movimentos, já o dançarino de break John Lennon da Silva utilizando-se da mesma música, alcançou a perfeição em seus movimentos, mesmo utilizando passos diferentes dos da bailarina.
    Fica evidente que a perfeição pode ser alcançada por qualquer um, desde que essa pessoa queria atingir o que chamamos de perfeição. O conceito de perfeição vai além da racionalidade, sua interpretação se aproxima daquilo que consideramos ético, “ser ético significa agir de forma "excelente", isto é sem erros, de forma perfeita.” Como a perfeição varia de acordo com as percepções de cada um, poderíamos dizer que ser ético tem concepções diferentes para cada pessoa?

    Willian Habermann
    RA: 21084012

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  159. Boa noite, professor!
    Confesso que tinha uma visão diferente de ética, antes não percebia essa relação que existe com a perfeição. Afinal, para mim a perfeição sempre possuiu um valor muito subjetivo e mutável. As pessoas podem atingir a perfeição através de caminhos e atitudes diferentes, em perspectivas diferentes, pois nem sempre o que é perfeito para mim, será também para você. Pensava que a ética tinha um valor um pouco mais concreto, que seria seguir as regras estabelecidas.
    No poema de Fernando Pessoa podemos notar quando ele diz que todos os seus amigos se dizem campeões e sempre dizem coisas boas a respeito de si mesmos que isso acontece porque hoje as pessoas tentam o tempo todo atingir a perfeição mostrando apenas o que fazem e são de melhor para os outros, procurando esconder seus defeitos e suas falhas.
    A busca pela perfeição e pela ética é constante, a segunda é cada dia mais cobrada, as pessoas buscam ser éticas em suas profissões e em suas relações. Uma vez que tomamos excelência como o significado de perfeição se torna um pouco mais fácil entender a relação desta com a ética, assim, as pessoas que possuirem excelência em suas atitudes estarão agindo de acordo com a ética e estarão mais próximas de um ideal de perfeição.
    Att
    Marina Müller Gonçalves

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  160. A cada parágrafo do texto fui percebendo que meu conceito de ética é incompleto.
    A linha entre a ética e a perfeição é muito tênue, considerando que a sociedade em geral costuma esperar a perfeição de uma pessoa considerada ética. O que também torna tudo muito subjetivo, ja que não é possível definir a perfeição.Considero um pouco como o conceito de verdade, onde cada um assume uma verdade própria e torna impossível dizer qual é a mais verdadeira.. afinal, em um local ocupado por 100 pessoas é possível que existam 100 conceitos diferentes sobre o que é ética e perfeição.
    Considero que tais conceitos não sejam possíveis, já que se baseiam na experiencia já passada de cada indivíduo, em seus valores e interesses.

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  161. Confesso que a princípio a idéia de relacionar Ética e Perfeição pode causar estranheza, mas depois de ler o texto e assistir aos vídeos, percebo que é uma idéia que posso conceber. Atitudes morais visam proporcionar bem-estar aos indivíduos, tanto no âmbito pessoal quanto no social – seria sensato pensar essas atitudes como formas de proporcionar felicidade, prazer às pessoas a sua volta e a si mesmo. E não seria esse o próprio fim da Arte? A busca pela perfeição? A busca pelo prazer que esta proporciona ao indivíduo e aos que a admiram? E não poderíamos assim também entender a própria Ética como a busca pela perfeição, pelo prazer? Não entendo aqui perfeição como definição de ética, mas como o fim desta – não há como se atingir o extremo máximo da perfeição (Deus), mas se pode tentar ser o mais perfeito possível dentro da sua concepção do que seja o perfeito pra você e para as pessoas afetadas pela suas ações.

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  162. A ética é o guia para que se aja de forma perfeita, isto é, tal forma que se busque ter atos bons em todos os momentos. Buscamos sempre nos aproximarmos ao máximo da imagem que cada um carrega consigo do “perfeito”. Na realidade, a ética é o que deve ser feito sobreposto ao que é feito de fato. Hume já dissera que a benevolência é a grande qualidade humana, nunca invejada e sempre almejada pelos que querem ser grandes de espírito; quem é benevolente pensa no outro antes mesmo de pensar em si mesmo, e esse é o ponto que queremos chegar. O homem ético é o homem benevolente, justo, honesto.

    A ética pode ser classificada em três grupos: o primeiro, o da ética normativa, em que deve-se agir seguindo as leis e normas pré-estabelecidas; o segundo, o da filosofia moral, estuda a ética caso a caso, ou seja, estuda se alguma falha normativa pode ser julgada não-ética e inválida, fazendo assim a ética ser circunstancial; e, por fim, o terceiro, o da metaética, discute as formas de se discutir a ética.

    Na minha opinião, para ser ético cada um se empenha em buscar o que considera perfeito para si, porém somente essa definição de ética faz com que o estudo acerca a mesma fique um tanto quanto vago. O homem deve sim buscar a perfeição em suas ações, mas também deve buscar a felicidade de si e de seus pares. O princípio da máxima felicidade, de Bentham, guia o homem justamente para que busque o prazer próprio e dos outros, o que me parece ser bastante coerente com o meu senso de perfeição e justiça. A conclusão em que chego é de que a ética não tem uma única definição, como o “perfeito”; o homem age da forma que lhe parece mais conveniente e coerente, se amparando em valores externos que acabam por fixar-se dentro de si.


    *Professor, peço desculpas por extrapolar o prazo estipulado, o texto já estava escrito, porém meu apartamento ficou sem serviço de internet no dia de ontem.

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  163. Com base nos materiais disponibilizados e no texto "Ética e Excelência", exponho aqui minhas reflexões sobre o tema:

    No texto "Ética e Excelência" o autor nos expõe o problema dos significados das palavras: perfeição e excelência, bondade ou maldade. Onde há debates, em que os participantes tentam construir um sistema de interpretação dessas palavras dentro do tema Ética.
    Ética na linguagem natural, segundo o autor, são as ações humanas que podem ser consideradas perfeitas ou excelentes. Então ser ético, significaria ser perfeito em suas ações e pensamentos. Sabemos que os seres humanos buscam a perfeição, buscam agir de forma correta e sem erros. Porém, o significado da palavra "perfeição" estaria distante do nosso conhecimento, seria algo absoluto em sua forma, e não sabemos se existe ou existiu alguém que fosse ético em todas as suas ações e pensamentos, considerando que ser ético é ser perfeito.
    A bondade e a maldade também possui significados complexos, essas palavras estão mais associadas com aquilo que é considerado moralmente correto, como a prática do bem e fazer aquilo que deve ser feito, agir sem más intenções e ser honesto. Alguns participantes do debate já acreditam que com o avanço do conhecimento, essas palavras na linguagem natural, estão adquirindo significados e conceitos.
    O autor também expõe que a ética está associada com a perfeição, da mesma maneira que as Artes e a Literatura. Então temos os materiais audiovisuais disponibilizados para reflexão. Na minha percepção, analisando estes materias, perfeição é algo que também pode ser considerado como aquilo que é belo. Uma bela música, uma bela dança, um belo poema. Acredito também que é muito relativo dizer que o músico e a bailarina foram perfeitos, pois para o meu olhar ignorante das técnicas de piano e ballet, eu não saberia identificar erros, diferente de um profissional da área com o olhar treinado para identificar imperfeições. Para o meu olhar, a bélissima maneira com que Lugansky tocou Ravel com a mão esquerda, o maravilhoso solo de Paul Gilbert, a linda dança de Natalia Makarova e John Lennon, e o grande poeta Fernando Pessoa que nos oferece um poema que podemos ligar com a questão Ética, foram todos eles perfeitos, excelentes como deveriam ser, cada um em sua especificidade.
    As diferentes maneiras de se expressar, e a pluralidade humana deixa difícil de se dizer que alguém está agindo da maneira mais correta, pois também somos moldados pelas moralidades da sociedade, e acredito que a ética é ser verdadeiro, com significados semelhantes mas diferente do que seria a moral. Se a ética está ligada a perfeição, então é necessário ter um talento, qualquer que fosse, para ser perfeito e assim ser considerado ético? Pela minha percepção, a ética com as artes e as outras formas de expressão é apenas uma relação análoga.
    Mas a perfeição também está ligada com a razão - a capacidade de pensar - , pois os possuidores de razão irão buscar a perfeição em suas formas de agir, não há como abdicar da perfeição sem abdicar da razão. A Ética é uma exigência da racionalidade humana, e não há um ser humano que seja completo se este não possuir razão. Então podemos até este ponto, considerar que ser ético é ser perfeito, mas devemos entender o significado desta palavra e outros debates devem ser feitos antes de chegar a uma conclusão final.

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  164. A comparativa traçada entre ética e perfeição, em partes pode soar como algo utópico (a busca da perfeição do indivíduo). Uma vez que a perfeição, como a excelência é totalmente subjetiva, sendo que a execução de seu alcance almeja superação, diante da técnica utilizada para o que objetiva-se, assim como a originalidade e inovação de John Lennon da Silva em sua apresentação da morte do cisne traça um parâmetro de perfeição diante da causa do espetáculo. Sendo assim, diante dos vídeos apresentados fica visível que não há um parâmetro fixo sobre o que seria o indivíduo ético; um indivíduo residente do ciclo do Bem, livre de erros.
    Em concessão mesmo a ética não sendo possuidora de um parâmetro fixo, ela conduz e guia os comportamentos, e ainda que exista a visão de utopia ao ser perfeito, há uma orientação sobre o caminho “certo”.

    Betina Ramos Cavati

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  165. Thomas Morus ao escrever Utopia procurou descrever uma sociedade ideal, perfeita, que traduzia o melhor bem estar dos seres humanos, porém ela era inatingível. Assim como Morus o campo da ética se preocupa com a excelência também, se preocupa em desvendar os mecanismos que nos levam a almejar o perfeito, tanto na construção de uma sociedade quanto em todos os outros modos de se viver e se comportar.
    Inatingível, pois está fora do nosso alcance de compreensão do real, procuramos aquilo que não existe e que não sabemos o que é. Então por que continuamos nessa busca? Essa busca é talvez a resposta ou o motivo de continuarmos vivendo se inventando e reinventado, mudando e aprendendo, questionando, etc.
    A consciência moral que existe nos seres humanos é o que faz com que eles muitas vezes encontrem-se em situações que provoquem um dilema, nós buscamos agir da melhor forma e nos arrependemos quando fazemos algo ruim, é esse o peso da moral que varia de acordo com a cultura ou grupo social, mas que existe em comum em todos eles. A ética é portanto o campo maior que engloba esse senso moral, essa consciência moral, pois o conceito de perfeição pode mudar assim como o julgamento de nossos comportamentos de sociedade para sociedade, porém o mecanismo pela qual se busca essa perfeição é o mesmo, nunca deixaremos de tentar ser melhor do que somos hoje, nunca deixaremos de sermos seres éticos.

    Michele Teixeira Bonote - michelebonote@hotmail.com

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  166. Ola professor, não vi que tinha de fazer um comentário aqui também.

    Bom, quando li o texto e assisti aos vídeos propostos aqui no site, tive uma abertura no meu pensamento em relação do que é ética. Ética para mim é como esta citado no começo do texto “[...] tem a ver com a realização da ‘excelência’ do humano através de nossas ações”, mas nunca me passou em mente associar a ética como sendo a perfeição, por exemplo, em uma dança, em uma música, em um poema ou mesmo em um concerto de piano com a mão esquerda. Trabalho como professor de um curso, e dentre as matérias que sou obrigado a passar para meus alunos esta a definição de ética, e as diferentes éticas dentro do trabalho. Na apostila que devo seguir há uma definição de ética como eu a pensava e a seguia sem ampliações antes das aulas de Conhecimento e ética: “ÉTICA – Estudo geral do que é bom ou mau correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a Ética.” Mas considerar Ética como sendo somente as ações moralmente corretas, “a perfeição”, pode ser vago, porque a perfeição para um pode não ser a perfeição para o outro.

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  167. A partir da leitura, seguida pelos vídeos, é nos dada uma visão sobre a ética e sobre a perfeição. Ambos os termos são impossíveis de serem definidos na forma de um consenso. A perfeição é algo que não é alcançável para todos, já que temos talentos e limitações desde o nascimento, entretanto é possível buscar a perfeição, tentar atingir esse “ideal”, e assim agir de forma ética.
    Nos vídeos há conexão de perfeição como excelência com o dinamismo dos passos, a sutileza, a facilidade aparente em agir daquela forma. Além do natural talento, “dom”, eles praticam, ensaiam, treinam, repetem dezenas de vezes as apresentações, e eu tenho a visão que a ética como perfeição pode trabalhada diariamente, não é estabelecida desde o nascimento, mas sim com a evolução diária do ser humano.
    Também acredito que existam vários modelos de perfeição, de acordo com o indivíduo, afinal ás vezes o que é “bom” para mim, não causa interesse em outrem. Essa dualidade de bom ou mau são termos que variam de acordo com a sociedade, através do conjunto de regras estabelecidas inconscientemente ou não. Há uma extrema dificuldade em achar o bom ou mau universal , se é que existam.
    Esse primeiro tema atiça minha curiosidade sobre como ser ético, como defini-lo.

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  168. Fui surpreendido pelo texto (como já havia sido com a aula) por mostrar que a ética pode ir muito além do conceito restrito que aprendemos no cotidiano, desde criança. Basicamente, a visão de ética que nos é proposta fica na linha de ser correto/incorreto, justo/injusto, etc. Quando nos é proposto que o entendimento de excelência e perfeição é essencial para o entendimento do que seria a ética ao pé da letra, já sentimos uma semente de uma nova filosofia plantada dentro de nós.
    A meu ver, a perfeição ou excelência não podem ser definidas conceitualmente igual para todos, pois o entendimento varia muito de indivíduo para indivíduo. Usando o exemplo do professor em aula, Michael Phelps pode ser hoje o ponto máximo da natação, mas não sabemos se ele atingiu a perfeição de sua área. É possível um novo alguém ser extraordinariamente melhor do que ele? Alguns dirão que sim. Outros dirão que o ponto máximo foi atingido e assim, a humanidade por acabar sem que ninguém seja páreo para ele.
    Espero que essas novas possibilidades do que pode ser a ética sejam preenchidas e possamos talvez até passar para frente que vai além daquele conceito comum.

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  169. Gustavo Siqueira

    Creio que a ética e a perfeição se relacionam de forma abstrata, porém, estão constantemente ligadas uma a outra. Dessa forma, a ligação entre ambos está direcionada a conceitos pessoais, de maneira que a conceituação desses padrões estariam diretamente ao relativismo. Sendo assim, a perfeição de um músico com uma técnica perfeita, porém uma percepção não tão admirável, faz dele um músico imperfeito ao ver de certos indivíduos, ou perfeito, mesmo assim, aos olhos de outros. Pode-se dizer que a conceituação da perfeição está ligada ao experimento, no qual o indivíduo possui conhecimento do assunto, e poderá conceituar o que é ou não considerado perfeito, dentro de uma moralidade estabelecida por um pensamento altamente pessoal. Portanto, a ética e a moral estabalecidas pelos padrões tomados pela maioria como "perfeito" fazem com que o indivíduo dedique suas atividades a um objetivo de perfeição, trazendo sua cultura de ética e moral a um senso comum. Contudo, a análise do padrão social estabelecido e sua desaprovação, mostra que a ética e a moral em contraposição à perfeição, ainda são valores atribuídos pelo auto conhecimento e pela instituição de valores contidos no indivíduo. Portanto, cabe ao indivíduo conceituar sua própria concepção e usá-la como objeto de diferenciação do mundo, ou aceitar os padrões impostos pela maioria e obedecer a uma ética de perfeição imposta pela universalidade.

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  170. Marcus Vinicius Innocenti Oscar
    É um pouco complicado pensar na ética como algo que tenta ser o exemplo de perfeição, com base no texto de Luis Alberto Peluso a ética parece se relacionar com a excelência, onde os criadores de arte como por exemplo os dançarinos realizam suas performances dentro da perfeição. Talvez agir eticamente tenha um proposito e este propósito varia intimamente com a pessoa que o está realizando ou tentando atingir. Uma questão me saltou aos olhos ao entender se realizar uma atividade com perfeição é ético então realiza-la de forma imperfeita ou incompleta seria anti-ético?

    É com essa questão que eu termino meu comentário.

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  171. Comentário do aluno Josias

    O QUE É ÉTICA?

    A ética e a moral são palavras oriundas etmologicamente da palavra
    costumes,por esta origem comum, percebemos que fazer a distição entre
    ambas é desnecessário. Entendo que universalmente os padrões éticos ,são
    aceitos historicamente pelas diferentes civilizações que já passaram por
    nosso planeta. Dos assirios aos caudeus , os egpciosos romanos e ate os
    nossos dias existem padrões de comportamentos aceitos por todos, a
    afirmação [ NÃO FAÇA A OUTREM O QUE NÃO QIER QIE LHE FAÇAM] É um
    postolado aceito por todos estes povos. Até mesmo os comportamentos
    solidários que observamos nos animais que compartilham alimentos e e
    segurança mútua, podemos entender como parte desta vizão.EMANUEL CANT em
    sua visão categórica não aceitaria esta relação uma vez que para CANT e
    seus seguidores a moral apoia-se na razão o que esclue os nossos
    ancestrais , mas para DAVID HUME esta relação e perfeitamente aceitavel
    uma vez que para esta visão filosofica a ética está ligada as paixões
    que são comportamento instintivos que erdamos de nossa ancestralidade
    evolutiva.
    Estas discussão evoluiu para aqueles que caracterizam a ética como uma
    questão objetiva e portanto derivada da razão e aqueles que a consideram
    ligadas ao campo da subjetividade das paixões.Atualmente estas posições
    embora ainda longe de serem consenssuais já são mas convergentes.
    Entendo esta convergência nescessária uma vez que os seres humanos ao
    lado de sua racionalidade carregam ,o que é muito importante, suas
    caracteristicas emocionais e intuitivas o que nos torna completos.Ao
    lado
    desta conceituação ética universal,existem também os conceitos ditos
    éticos que abrangem regioes e ou agrupamento de individuos em torno de
    ideias, crenças ou profissões.Entendo que estas conceituações
    somente merecerão a caracterização como éticas se estiverem em acordo com
    os conceitos éticos universais respeitando os principios de respeito as
    liberdades e igualdades.

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  172. De acordo com as exposições e discussões realizadas em sala, em união com o texto de referência, fica a cargo de cada um interpretar o que, em seu ver, seria considerado ético ou não. Mas alguns pontos são universais, como nas questões de que a função vista pela maioria do conceito ético é a busca pelo ápice, pela conquista da perfeição. O conceito de perfeito deveria se manter um mesmo comum a todos, o que iria variar seriam as formas de se alcançar esta tal perfeição.
    Mas podemos notar que, de uma forma geral, o “exemplos” de perfeição costumam variar bastante, cada grupo pretende alcançar algum ideal de atingimento do que é tido como alvo. Mas, neste grupo, todos buscam um mesmo objetivo, mesmo que para alcançá-los tenham que tomar atitudes diferentes.
    Em relacionamento com os vídeos, pude interpretar que as formas artísticas também buscam esse encontro com a perfeição dos atos, e que todos almejam ser os melhores naquilo que realizam. A diferença está no modo como fazem isso. Os mais clássicos realizam seus feitos de forma mais rebuscada, e assim atingem um certo público. De outro modo e não menos belo aos olhos, os contemporâneos realizam as mesmas obras, mas com visões e performances diferentes, atingindo, talvez, outros públicos, mas sem deixar de cumprir com o objetivo da arte, que é agradar a quem vê da forma mais perfeita possível.
    Os atos éticos, a meu ver, podem ser realizados das mais diferentes formas, desde que seja respeitado o conceito da busca pela melhor maneira de realizá-lo, mesmo que seja estranho a outros grupos. A perfeição está nos olhos de cada um, que tem a livre escolha que considerar digno de admiração o que lhes agradar.

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    1. Leonardo Borges
      21004711
      lbbt.ufabc@gmail.com

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  173. Segundo o que foi apresentado na aula e no texto de base, devemos encarar ética como um sinônimo de perfeição, de excelência. Mas como fazer com que nossas ações ou até mesmo nossos pensamentos possam chegar em tal patamar? É possível?
    Bom, nesse sentido, fica claro que devemos abstrair esse conceito para que possamos chegar nesse no ponto desejado (ou ao menos, perto dele).
    Nos vídeos apresentados fica claro o quão difícil é ser ético. Nós tivemos a oportunidade de ver lindas obras de arte em forma de músicas e danças que podem ou não ser entendidas como a maneira mais ética possível de se tocar ou dançar, porém, é necessário novamente tocar no assunto abstração ou subjetivismo para analisarmos essas ações.
    Segundo o ponto de vista de dançarinos profissionais, a bailarina agiu da maneira mais ética possível, já segundo leigos em relação ao assunto, pode ser que não, ou vice versa, quem pode ter certeza? Para mim está claro que ela fez um lindo trabalho, entretanto, acho que é possível executá-lo de maneira mais eficaz, portanto, ela não agiu da maneira mais ética possível.
    Já em relação ao vídeo do John Lenon da Silva, especialista podem aportar diversos erros em sua apresentação, tornando-a anti-ética, porém, na minha opinião, ele conseguiu transmitir uma emoção sem igual, e portanto, agiu como DEVE SER, ou seja, com ética.
    Enfim, levando em conta esse conceito subjetivo, podemos nunca chegar ao ponto de perfeição chamado ética, a não ser que deixemos a esse julgamento uma livre escolha ao indivíduo.

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  174. O ser humano tem uma imagem do conceito empregado na palavra ética de ações de excelência, perfeição. Por exemplo, ideias voltadas para a arte, ligadas ao talento nato ou habilidades desenvolvidas durante a vida
    Mas discutir sobre a ética, é algo que vai além do nosso entendimento básico, pois fazemos uso dessa palavra, sem ter conhecimento do real significado do bem ou do mal.
    A moral, sendo um conjunto de normas e valores aceitos por uma sociedade como certo pode mudar na visão de cada um.
    Explorando os materiais disponíveis nesse tópico pude observar que o maestro que rege a orquestra tem habilidades e talentos tanto quanto o cantor de rock, eles agem certo de acordo com a expectativa de outros. Mas na visão da sociedade, do que é certo ou errado, o maestro tem a perfeição do ser humano, pois já existe um senso comum pré estabelecido do que é certo ou errado;assim como no caso da bailarina, que exige passos com grande grau de dificuldade, chegando a perfeição do movimento e da dança.
    Porém definir a perfeição dentro do comportamento humano é impossível, se usarmos o senso comum já existente na sociedade, já que todos acham perfeito dentro de suas razões e limitações,que estão corretos (caso da Morte do Cisne, que há diversas versões de representações visuais, como a do ballet e em Street dance)

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  175. Gustavo de Souza Bruschi11 de junho de 2013 às 09:35

    Após as leituras dos textos pude notar que após o estudo e aprofundamento do entendimento da ética notamos que ela não está ligada ao debate maniqueísta sobre o bem e o mau e sim à perfeição e a excelência no que diz respeito as nossas ações e como buscamos atingir a excelência destas nas diferentes situações.

    Porém essa "perfeição" é relativa devido a individualidade dos seres humanos. Cada ser humano possuí diferentes metas pessoais (trabalho, escola, família, etc) e suas ações que são seus meios de a obter irão variar com o indivíduo tornando a perfeição relativa segundo o princípio da máxima felicidade de Bentham, que guia o indivíduo ao prazer próprio e de seus companheiros.

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  176. Ética como instrumento operativo de busca da perfeição dificilmente pode ser mantido apenas no plano racional. Mesmo quando admitimos que existam conceitos que nos dizem o que é ou não “ético”, eles podem variar enormemente de uma mente para outra. A própria busca da perfeição se evidencia de maneiras diferentes em cada pessoa. Para muitos, a apresentação de Luganski pode ser monótona e sonolenta. Neste caso a percepção do que seja perfeito se mantêm em outro plano, mais afastado.

    Como caracterizar corretamente a perfeição se somos todos juízes próprios do perfeito, com nossos critérios particulares? É nesse ponto que precisamos do raciocínio, para tentar verificar se nossa atitude emocional está condizente com a ação que pretendemos, pois a preocupação ética surge sempre que uma ação acontece ou está em processo de acontecer. Enquanto se situa no terreno da teoria, apenas podemos teorizar. Tanto a razão quanto a emoção devem ser adequadamente analisadas para se obter uma ação dentro de um nível melhor, mais perfeito.

    A racionalidade serve como ferramenta de universalização da atitude a ser tomada, pois pode ser usada para justificar e explicar a atitude tomada para as outras pessoas. Dificilmente um estado emocional pode ser apresentado para outrem desta maneira. Mas para que essa interligação entre estado emocional e racionalização aconteça de modo satisfatório é necessário um alto grau de autoconhecimento. O estudo de escolas e autores versados nos meandros da ética confrontados com nossa própria percepção interior é a chave para o desenvolvimento de uma ética que possa buscar a perfeição da ação de forma compreensível pelos demais.

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  177. Se estabelecermos a relação entre Ética e perfeição, podemos dizer que a ética é uma virtude humana visto que o ser humano é o único capaz de buscar a perfeição em suas diversas formas. Entretanto, temos que considerar que a perfeição não tem uma definição precisa, o que dificulta a definição de ética.
    No texto, vemos que a definição de ética está associada à perfeição, mas seria como “uma conduta perfeita”, algo como: “fazer o que deve ser feito”, portanto, ética é uma conduta ideal e que é reconhecida pela maioria das pessoas como certa ou boa, apesar de que, novamente as palavras “certo” e “boa” não tem uma definição precisa.
    Acredito que seja difícil definir ética, talvez fosse melhor relacionar ética à perfeição através de exemplos, os vídeos para esse tema mostram alguns exemplos de perfeição.

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  178. Partindo do texto “Ética e Excelência”, temos mais uma divergência entre o significado de ser ético, comprovando a falta de universalidade do termo. Mesmo que ética esteja fortemente ligada à perfeição, o comportamento ético pode assumir diversos significados, mas entre os debatidos, focalizo em dois. Ser ético é agir com perfeição, mas também pode ser agir da forma correta. Apesar de esses significados possuírem certa similaridade, existem casos que a aceitação de um coloca em xeque a aprovação de outro.
    No vídeo da dança do rapaz que faz uma interpretação da “morte do cisne”, passando do balé para o street dance, temos que através de sua apresentação ele busca a excelência, mesmo que não siga as regras estabelecidas do balé. Podemos dizer que mesmo não tendo seguido agido como deveria, que seria dançar usando a vestimenta apropriada e seguindo passo a passo a cartilha do balé, ele atingiu a perfeição, tanto que chegou a emocionar um jurado e quebrou um preconceito estabelecido por uma jurada, que logo de início julgou como seria a interpretação ao olhar as roupas do rapaz.

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  179. Este comentário foi removido pelo autor.

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  180. Analisando a perfeição nos casos expostos, pude notar o quanto harmônica é a estrutura de cada um, o quanto cada elemento que constitui um todo trabalha junto com o elemento junto dele passando uma ideia de um todo perfeitamente funcional e impecável, porém não notei nas narrativas, nos vídeos ou nas músicas, qualquer atribuição à repetição, Paul Gilbert e a banda que o acompanha certamente já tocaram essa mesma composição centenas de vezes, e a composição da mesma levou dias incontáveis, sempre nascendo de partituras mal acabadas que tinham de ser feitas outra vez em cima das suas antecessoras imperfeitas, repetidas vezes, no caso da bailarina, os movimentos executados por ela são a personificação da palavra ''graciosidade'', e novamente a dançarina ensaiou tal ato outras tantas vezes, sem contar o preparo físico de uma bailarina ou a progressão da técnica de um guitarrista, ou de qualquer outro músico.
    O todo se apresenta durante ''pouco'' tempo, porém o caminho para se chegar à ele, levou muito tempo, com dedicação, repetição, e fracasso, mas principalmente repetição.
    Talvez exista o que se chama de ''talento'', mas por si só o chamado talento não vale absolutamente nada, quantos possíveis mestres musicais ou grandes dançarinos(as) morreram sem nunca ter saboreado sua arte, ou talvez tenham desistido de explorar seu potencial devido à uma falha pequena e a falta de incentivo? Acredito que o desenvolvimento da perfeição vem através da convivência do indivíduo com a virtude que ele busca maximizar, uma repetição exaustiva em cima dela acompanhada de inúmeras falhas, e as mínimas condições, sejam físicas, mentais ou socioeconômicas para que essa prática seja repetida, um anão não será um grande mestre do bloqueio no vôlei, um eunuco não será um amante feroz, um homem que trabalha e estuda em todo o seu tempo disponível não será um grande praticante de esgrima.
    No meio social temos também essa adaptação ao longo do tempo dada por repetições, quando somos crianças inocentes, não sabemos que é errado dizer à uma mulher que ela está feia quando ela está feia, ou que não se deve comer de boca aberta, ou que as necessidades fisiológicas tem um recipiente de evacuação específico no qual elas devem ser feitas, mas com o tempo, erros, algumas humilhações e broncas, repetidas muitas vezes, as pessoas se adaptam, porém um sociopata não se adapta, um serial killer com a necessidade de matar outros homens não se adapta, e com o tempo e as condições de refletir sobre o convívio social, os homens aprendem a agira em sociedade e serem éticos, tendo como base o que a sociedade lhes impõe, buscando sempre chegar à um convívio perfeito.

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  181. Ética, a meu ver, é o caminho a ser percorrido por nossas ações, a fim de alcançarmos a perfeição, a excelência do agir humano. Ela seria, em analogia, a luz no fim do túnel. É como um guia, para que nos momentos de escuridão e dúvida, encontremos a direção para uma tomada de decisão mais acertada, mais satisfatória.
    A incessante busca de caminhos - formas de agir- baseadas na ética, expõe a intrínseca vontade humana de ser feliz. De buscar por meio de suas ações aquilo que o satisfaz completamente, aquilo que o faz homem afirmar a si mesmo, eu fiz o certo, o correto, o que tinha que ser feito.
    Correntes do pensamento filosófico dizem que esta caminhada pode se dar por meio de passos racionais, sentimentais ou verbais. A questão que quero levantar aqui, é que a perfeição deve ser buscada na totalidade de nossas ações, ou seja, que ela leve em conta todas as variáveis e condições de entorno referentes a ela. Pensemos numa musica a fim de entender melhor essa questão. É certo que um artista/musico, ao compor a letra e a partitura de uma musica, busque alcançar a perfeição. Mas que passos seriam necessários para tal?
    De certo ele precisaria de uma letra – estruturada racionalmente por meio da linguagem – com um conteúdo intrínseco compatível com a harmonia da partitura. E que seja, igualmente compatível com o tom de voz a ser cantado. É buscada, portanto, não a perfeição do conteúdo da letra ou da harmonia da partitura ou do tom de voz, mas sim, a perfeição na totalidade da obra. Uma musica tida como perfeita, pode não ser considerada igualmente perfeita se cantada por outro artista da original, mesmo mantendo intocável sua letra e partitura.
    Igualmente, para uma ação ser ética, que busque a perfeição do agir, ela tem que satisfazer simultaneamente vários aspectos correlacionados aquela ação. Se ela agradará o agente da ação e o objeto/receptor daquela ação. Que implicações e consequências diretas e indiretas essa ação produzira no meio em que esta inserida. Alguém vendo de fora aquela ação, também a irá considerar ética?
    Falar sobre ética e sobre a perfeição do agir humano, certamente não é tarefa fácil e pouco provavelmente essa discussão um dia encontrará um fim ou uma “lei” que possa a representar. Contudo, discutir sobre ética – assim como o faço agora – já é um passo em nossa caminhada em busca da perfeição, pois a reflexão, a auto-avaliação, a auto-crítica, são faíscas que nos força a olharmos para nossos próprios pés e nos ajudam a não tropeçar nesse escuro caminho – que é a vida - em direção à luz.

    Victor Gurrutia de Castro - 11118511

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  182. Thirza Hidemi P. Nakayama RA 2106581227 de junho de 2013 às 22:35

    O fato de não poder reverter uma ação já produzida, caracteriza um ato comconsequência indesejável como mal, erronêo, ou imperfeito, embora seja impossível a definição destes.
    Logo, ser ético é comparado à busca pela perfeição(já que o erros são inaceitáveis) sendo esta subjetiva, cada um conceitualiza o que éperfeito para si, comonocaso dos vídeos, acredito ainda que é preciso conhecimento para definir, por exemplo, quem não conhece música clássica não reconhece a harmonia das notas e dos instrumentos e pode achar chato, mas não conclui que seja uma pessoa sem ética, sendo a ética tão subjetiva quanto a perfeição.

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  183. Lívia Maria Cianciulli
    RA: 21012612


    Os produtos da cultura Humana tentam ser éticos. Nem sempre o são, mas a tentativa de se alcançar a perfeição destas construções humanas é um reflexo de que a Ética é o parametro que nos guia para aquilo que achamos mais próximo do ideal. A busca pela perfeição só mostra o quão imperfeitos e pretensiosos podemos ser.

    Os videos compartilhados no comentário são o extremo pela busca da perfeição, segundo um ponto de vista. Eu acho tanto a interpretação da morte do cisne quando uma performance ao vivo do Black Sabbath em 1970 bastante éticos. Ambas são construções que flertam com a perfeição segundo, o meu ponto de vista. Se posso dar como o objetivo dessas apresentações artísticas o envolvimento do publico, a expressão de um ideal e a sinceridade emocional, ambas preenchem os requisitos citados e são, portanto, para mim, igualmente éticas.

    Entretanto, como afirmei, são minhas opiniões acerca daquilo que acho mais perfeito no que se refere ao assunto. Há autores que propõem diferentes maneiras de se propor o que é Ético, o que torna ainda mais subjetivo um assunto que deveria ser universal e unico. A perfeição, subjetiva, é uma decorrencia ética, que deve ser objetiva.

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  184. A busca pela perfeição e a ética estão relacionadas à medida em que ética busca estabelecer padrões decisivos de forma a tomar as melhores ações e fazer as melhores escolhas, estando portanto intensamente ligada à busca tanto pela verdade quanto pela perfeição

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  185. AQUI TEM INÍCIO OS COMENTÁRIOS DOS ALUNOS DO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2014.

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  186. O texto "Ética e Excelência" define ética como: a forma correta de agir, praticar o bem e fazer o certo, mas quais seriam as interpretações mais reais desses conceitos?
    Seria necessário definir o significado de algo que é intrínseco à palavra: como bondade e maldade, mas, na verdade, é mais fácil exemplificar, já que cada termo pode ter diversos sentidos.
    Sabemos o que devemos fazer na grande maioria das situações seguindo apenas o conhecimento intuitivo, levando pouco, ou nenhum, tempo para refletir as razões lógicas e racionais que nos levaram a agir desta ou daquela maneira.
    A ética é aplicada aos comportamentos, ações e criações humanas, como, por exemplo, as diversas formas de arte, como o balé, a literatura e a composição. Mas a busca incessante pela perfeição, que por vezes passa por automutilação e sofrimento (como no exemplo da bailarina, que, para alcançar a excelência, sofre com as alterações corporais impostas pelo treinamento) é ética?

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  187. A ideia de que uma conduta ética corresponde a algo universal me parece ideal demais.
    Quando o texto expõe esta conduta como a perfeição, ações que são indispensáveis, necessárias, fico confusa por não conseguir identificar algo considerado perfeito universalmente.
    Se a ética é baseada em valores, como identificar estes valores universais, se eles existem?
    Durante a aula pensei muito sobre a influência da cultura sobre os valores, e inclusive da influência da cultura sobre a ética, além do que é considerado ético, porque se a ética é algo que veio dos gregos e se ela tinha uma função social, hoje ainda desempenhará alguma função. E se a função é diferente, os julgamentos também serão, então como pode ser universal?

    Ao assistir os vídeos sugeridos, algo universal começou a parecer algo possível, porque há duas interpretações do final do Lago dos Cisnes, uma clássica, e outra mais contemporânea, portanto há influências diferentes, e ambas transmitem o sentimento de agonia do cisne morrendo, e os dois dançarinos com certeza treinaram muito tempo e com muito empenho para conseguir alcançar a excelência, mas isso me remete muito mais a estética do que a ética, porque penso imediatamente na interpretação como obra de arte e não como conduta humana.

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  188. Sara Aparecida de Paula RA: 21041713

    O texto coloca em pauta o fato de que não sabemos exatamente o significado de determinadas palavras. Ao considerarmos uma atitude certa, partimos de qual pressuposto? Sabemos mesmo se somos éticos ou apenas falamos sem saber?
    Como colocado no texto, ética se relaciona a perfeição, ou seja, agir de modo a não cometer erros, e então me questiono: é possível atingir esse tipo de perfeição? Acredito, portanto que a resposta pode ser “depende”, pois depende do ponto de vista e do tipo de consideração analisada. No vídeo de Lugansky tocando piano apenas com a mão esquerda, coloca-se a questão: “ele é menos perfeito por não tocar com as duas mãos?” . Já no vídeo de Jascha Heifetz, ele tem trejeitos próprios e escolhas de músicas aleatórias para tocar o violino, ele também estaria errado? E a versão street dance de um clássico de ballet? Ou a versão falada de um poema?
    Entre o certo e o errado, o bom e o ruim há abismos de dúvidas de suas definições, relacionando-se então à ética, esta a perfeição, ocasionando mais dúvidas ainda pela dimensão dos conceitos. Já que definir “perfeição” é mais complexo do que se imagina, como podemos considerar o que é ético? E analisando em contexto maior, coloca-se também a questão social e cultural de cada sociedade e suas diferenciações, o que é certo para um, pode ser errado para o outro.
    Esse texto e os vídeos me fizeram refletir sobre esse assunto e estou rodeada de perguntas perante tantas complexidades, devemos levar seu sentido restritamente ao pé da letra e seus sinônimos? Seu uso deve ser apenas racional ou também utilizar-se de sentimentos e sensações? Para mim há regras básicas que interferem no convívio social e que permitem que ele aconteça, porém há situações que precisam ser revistas para que, de certa forma, sejam evitados preconceitos.

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