sábado, 20 de abril de 2013

8. TEMA 6 - EMANUEL KANT



 

Caros Alunos,

Após ler o texto: “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, disponível em:
e o texto: “A Ética de Kant” de Marilena Chauí, disponível em:

elabore um texto com seus comentários e envie para postagem, até as 24hs. do dia 23 de abril.

362 comentários:

  1. Kant propõe três máximas morais que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever. São elas:

    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

    Portanto, para Kant, a conduta moral deve ser universal e inquestionável, os seres humanos não devem encarar uns aos outros como meios para conseguir seu objetivos e as leis éticas se aplicam apenas para os seres racionais.

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  2. Professor, creio que o link do texto “Metafísica dos Costumes” esteja errado,já que não parece ter o capítulo da "Introdução à Metafísica dos Costumes". Entretanto achei um link para o download do livro completo: http://www.4shared.com/document/F2v3qYjJ/KANT_A_metafisica_dos_costumes.html

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  3. Kant e Hume não tentaram impor regras de conduta para os seres humanos. O debate dos filósofos é sobre formular formas para posteriormente tentar estabelecer essas regras de conduta, como disse o professor Peluso em aula. Coloco esse ponto em questão porque muitas das críticas que li sobre a ética Kantiana e humeana partem de exemplos e querem apontar falhar a partir destes. Porém, acredito que ambos tentaram generalizar as ações e deixaram de lado um pouco as variedade e especificidades dos tipos de ações– apesar de Kant no texto “Metafísica dos Costumes” usar de exemplos que poderiam ocorrer no cotidiano humano para validar suas teses.

    Algumas das principais críticas sobre os pensamentos de Kant são comentadas no texto “Diálogo sobre a ética Kantiana” de Luis Fernando Veríssimo http://criticanarede.com/dialogokant.html, que mostra um personagem rebatendo criticas feito por outros dois.

    Para Kant os homens pela sua própria natureza são egoístas, destrutivos, cruéis, e somente se tornam morais quando obedecem ao dever de ser de outra forma que não coincide com sua natureza. A razão tem papel fundamental no pensamento do autor, porque ela que ajuda a tirar o homem da ignorância (lembrando também a distinção que ele faz de razão pura teórica e prática). O dever para Kant é a expressão que deve servir para toda ação moral, ou seja, ele deve ser universal, porque quando o homem age por dever ele abandona os próprios interesses, escapando da determinação da ordem natural. A partir disso o filósofo deduz três máximas morais, os chamados “imperativos categóricos”, que são uma obrigação incondicional, que temos independente de nossas vontades e desejos.

    Pelo que percebi as críticas à ética Kantiana elaboradas inclusive por muitos filósofos, como Hegel, baseiam-se na nas definições dos imperativos categóricos e a universalidade dos mesmos, nos conceitos de liberdade colocados pelo autor e na importância do dever e do fato de ele ser tratado como incondicional. Essas colocações acredito ser possíveis sim de debate.

    Já as criticas de casos específicos, como sobre falar a verdade ou mentir - aí entra o debate sobre o pressuposto que todos devemos falar a verdade e os exemplos de mentir para salvar alguém -, acredito que não são válidas porque Kant já atenta para isso em seu livro, e lembrado também que ele não tentou impor regras de conduta, e sim formular formas para o debate dessas regras.

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  4. As bases da moral kantiana são metafísicas. Kant coloca grande importância na razão para o descobrimento da moralidade. As leis morais, então, devem ser universais (imperativo categórico) e incondicionais, válida para todo ser racional.

    Kant deixa claro que possuímos o livre arbítrio e podemos agir por causa de nossa natureza "animal", mas a razão guiaria o ser humano a agir com excelência.

    Kant separa claramente a área jurídica (Direito) da área moral (Ética): a moralidade não é só fazer o certo, mas QUERER fazer o certo. É o motivo da ação que define se ele é ética ou não.

    O homem, que é naturalmente egoísta e cruel, somente se torna bom através da Ética, essa que vem da própria razão pura.

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  5. As três máximas morais de Kant:
    Primeira: Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza, afirmando a universalidade da conduta ética, isto é, aquilo que todo e qualquer ser humano racional deve fazer como se fosse uma lei inquestionável, válida para todos em todo tempo e lugar.
    Segunda: Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio. Ratificando a dignidade dos seres humanos como pessoas.
    Terceira: Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais. Exprimindo a diferença ou separação entre o reino natural das causas e o reino humano dos fins.
    Essas três máximas morais não nos diz para praticarmos esta ou aquela ação determinada, mas nos diz para sermos éticos cumprindo o dever. É este que determina por que uma ação moral deverá ser sempre honesta, justa, veraz,generosa, ou corajosa.

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  7. A conclusão que chegamos após analisar a leitura destes textos que tratam da ética kantiana, é algo que a princípio me parecia contraditório. Dizer que a solução que Kant propôs ao problema é, o dever ser algo imposto pelo próprio indivíduo a ele mesmo, desfaz totalmente minha concepção de que este seria imposto por uma força estranha à nossa.

    Kant parte da afirmação da importância da razão, em contrário a não existência de uma bondade natural. Segundo ele, por natureza, seres humanos são egoístas, ambiciosos, destrutivos, agressivos, cruéis e ávidos de prazeres. E exatamente por estes motivos necessitamos do dever, como uma forma que ultrapassa essas características naturais, para nos tornarmos seres morais.

    Assim, os seres humanos somente se tornam morais porque obedecem ao dever de ser de outra forma, a qual não coincide com sua natureza. A razão humana seria então transcendental, universal e teria sempre a mesma forma.

    Essa formulação parte de duas exposições a respeito da razão:

    Razão pura teórica – composta de objetos que se relacionam segundo leis de causalidade. É o mundo dos objetos que acontecem de forma determinada.

    Razão pura prática – é o mundo das ações humanas que acontecem por causa de uma finalidade escolhida com liberdade pelo agente.

    Essa imposição da razão prática, do indivíduo sobre si, é o que chamamos de dever.

    O fato de não sermos seres estritamente morais, más também egoístas, cruéis e etc., nós faz entender o porquê necessitamos do dever, como ele é, para fazer cumprir nossas características éticas. Esta forma em que se manifesta o dever, não é indicativa, mas sim imperativa, pois não admite hipóteses nem exceções, fazendo-se valer incondicionalmente.

    Desse imperativo, que chamamos de categórico, surgem as três máximas morais kantianas.

    BRUNO MENDES CAVALCANTE

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  8. Em contraposição a David Hume, que colocou o ser humano e sua ética a mercê das leis da natureza, Emmanuel Kant desenvolve o pensamento de que a razão sobreponha as paixões, e para tornar-se ético devemos obedecer a um dever. O filósofo assume que dentro da lei natural os seres humanos possuem sentimentos e impulsos, mas como a autora Marilena Chauí interpreta "Quem se submete a eles não pode possuir a autonomia ética".

    Para chegarmos ao "dever" que norteará nossas ações e comportamentos, coloca-se a razão sobre qualquer outra parcialidade natural humana para que obtenhamos conclusão através do "imperativos categóricos", uma vez que "o dever deve valer para toda e qualquer ação moral". Para tal, devemos segui-los, os quais serão:
    "1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza."
    Esta imposição categórica afirma a mesma regra deverá universal, independente de tempo ou lugar.
    "2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio." Através do respeito à dignidade dos outros, deverá ser sua ação. Nunca utilizando outros seres como meio de sua ação, mas como fim.
    "3.Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais." Nos esclarece o ser racional sendo aquele que agirá conforme a universalidade das regras.

    Através do cumprimento das imposições, o ser racional age eticamente.

    Eu, particularmente, fico mais à vontade com as ideias de Hume, uma vez que não acredito ser possível o ser humano capaz de seguir todo e qualquer dever "imposto" por nossa razão imparcialmente. Colocando a Ética Kantiana como Metafísica e abstrata, trataríamos apenas do "como deveríamos ser" e não de "como somos" realmente.

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  9. Conforme mencionado no texto de Marilena Chauí, para Kant não existe bondade natural, o ser humano é egoísta, destrutivo, cruel e mata, mente, rouba e etc. para saciar seus prazeres. Para Kant, sem a razão seriamos como animais e que para tornarmos seres morais precisamos nos auto impor deveres. Ele expõe suas ideias fazendo duas distinções, a primeira entra a razão pura teórica e razão pura prática, e a segunda entre ação por casualidade e ação por finalidade. A razão teórica trata de uma realidade exterior a nós enquanto que a razão prática cria a sua própria realidade na qual se exerce. Tanto a razão teórica com a prática são universais, são as mesmas em todos os tempos e espaços.
    No texto “A metafísica da Ética”, o tema abordado por Kant é que a moral e a ética só podem ser atingidas se seguirmos os preceitos dos deveres que nós mesmo nos impomos. Desse tema ele elabora três máximas morais conhecidas como “imperativos categóricos” que está acima das emoções e sentimentos humanos. A primeira máxima diz que sua ação deve ser tal como uma lei universal da Natureza. A segunda diz que sua sua ação deve tratar tanto a si como aos outros sempre como fim e nunca como um meio. E finalmente a terceira diz que tua ação deve servir de referência como uma lei universal das regras para toda a humanidade.
    Edson Rodrigues.

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  11. Diferentemente de Hume, Kant não se atenta às questões emocionais, que para ele nada refletem ou interferem na conduta humana. Para Kant a razão é o que move as ações humanas, e esta razão nos obriga a agir em busca da perfeição ética. A razão é a chave da moralidade, e o senso de dever é algo intrínseco a concepção do indivíduo, imposto por nós mesmos, sendo que o perseguimos e somente nos consideramos como seres corretos e morais quando temos a certeza de ter realizado o que devia ter sido feito. O dever
    é o objetivo.

    Kant é contra a argumentação motivacional, haja vista que para ele o homem é por natureza um ser cruel e egoísta, assim sendo incapaz de realizar uma ação onde a emoção fosse o ponto central, principalmente onde a emoção guiasse a conduta humana.

    Para Kant, a única forma de buscar a perfeição da ação humana, no que se refere a sua conduta, é por meio da razão, despida de motivação ou emoção, onde a necessidade de realizar o correto racionalmente se impõe ao indivíduo, e este só será moralmente correto se agir por imposição do senso de dever.

    Desta percepção, Kant elabora três máximas morais, que devem nortear as ações dos indivíduos e que devem ser seguidas para se realizar algo moralmente correto. Nestas três máximas, que já foram bastante citadas acima, verifica-se o teor racional das mesmas e a sua perspectiva generalizada, onde a ação correta deve por definição ser modelo para outrem, assim como não pode se usar do ser humano como um meio e sim como um fim.

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  12. O ser moral é aquele em quem a “vontade boa” coincide com a prática do “bem”. Então o que seria o “bem”?

    Segundo Kant, o “bem” é uma exigência da razão humana. A razão prática avalia a nossa realidade interior e não possui qualquer relação com a causalidade dos objetos externos, portanto ao tratarmos da razão prática a elevamos para um nível superior ao discutido por Hume. O dever moral, expressado pela liberdade da própria razão, deve reger nossas condutas e, mais que isso, necessitamos querer ser conduzidos por tais deveres.

    Entretanto Kant não exclui a parcialidade natural a que o homem está submetido. Para ele, o homem natural é movido por necessidades a qual nunca está satisfeito, agindo assim de forma egoísta e gananciosa. Neste ponto, a reflexão se torna indispensável e os valores morais devem ser dados.

    A ética, portanto, deve ser compreendida como a ação conduzida pelo conjunto de seus três imperativos categóricos, cujas máximas não admitem exceções nem formulação de especulações exclusivas.

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  13. Considero que os colegas fizeram comentários completos que abrangem as dimensões do tema. Tentarei brevemente correlacionar dois temas já vistos, já que não considero edificante a repetição de algo já explicado de forma simples e mesmo assim completa.
    Quando li sobre o “dever” logo associei com o primeiro tema : “Ética e a Perfeição”. Considero que o “dever” se associa com a busca da perfeição, que se traduz na busca pela excelência humana. Agir moralmente nos diferencia dos animais que são regidos somente pelo mundo natural e nos coloca num plano acima, se assim posso dizer, como livres. Podemos escolher entre ser regidos pela nossa natureza vil, o que nos colocaria no mesmo plano dos animais. Ou escolher, pela razão pura pratica, o que é ético, segundo as três máximas morais kantianas.
    Acredito que assim como ética e perfeição sejam algo que todo ser humano pode entender e alcançar. Ao pensar nisso imagino que tais conceitos sejam “itens de serie” de toda humanidade, independente de cultura. O que justificaria o debate sobre ética ser algo atemporal e universal. Nesse ponto do curso, me é claro a explicação dada em aula, que a discussão ética é algo descolado do período e local, é algo acima.
    Assim como a perfeição, o agir ético não é algo dado facilmente (pelo menos ao meu ver). É necessário a repetição, pensamento sistemático sobre o que melhorar, sobre a harmonia da ação e as máximas morais kantianas.

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  14. Emmanuel Kant chega a uma proposição onde a ética se fundamenta na racionalidade humana os pensamentos Kantianos devem ser apoiados por conceitos morais que estão acima dos desejos humanos desejos estes que podem ser imorais.
    O ser humano possui a capacidade de racionalizar as suas ações opondo-se ao seu instinto natural, este instinto por vezes podendo ser imoral com isto a razão é defendida na qual as ações humanas beneficiem a todos os seres racionais.
    As três máximas morais apresentadas na dissertação de Marilena Chauí sobre as ideias de Kant, evidência a necessidade do ser humano racional ter a razão como princípio já que apenas o instinto natural não seria capaz de definir um comportamento moral onde a ética se fundamenta. O ser humano e dotado de instintos e desejos muitos deles imorais a razão está para definirmos um comportamento moral que se sobreponha a estes desejos.

    Ricardo Seiti Kinoshita (rkinoshitaufabc@gmail.com)

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  15. Kant ao contrário de Hume, acredita que o homem é guiado por sua razão, de modo que para Kant a razão não vem da experiência, e sim que ela própria é que nos permite emitir juízos sobre o mundo. Entretanto no texto da Marilena Chauí em que ela faz uma pergunta, curiosamente para mim, Kant responde que não somos guiados apenas pela razão, mas as nossas paixões, nossos desejos e pulsões também nos influenciam nas decisões, aproximando de uma visão humeniana.

    Dentre as três máximas propostas por Kant, a que mais me chamou a atenção foi a segunda em que não devemos usar o ser humano como meio ou um instrumento para conseguirmos os nossos objetivos, pois ele afirma que o homem é egoísta, cruel, agressivo e é capaz de qualquer coisa para satisfazer os seus desejos. Hoje eu olho a sociedade e vejo que a segunda máxima está muito distante de ser alcançada, pois nas relações de trabalho, é muito comum ver uma pessoa utilizando uma outra de escada para "subir" na vida.

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  16. Para Kant, a razão desempenha um papel fundamental nas nossas avaliações morais. E a imposição de alguns deveres é uma das condições de existência da razão. Se somos de fato seres racionais, devemos arcar com algumas responsabilidades. Fugir dos deveres ou pô-los em segundo plano, dando prioridade aos nossos instintos e interesses – isto é, agindo de acordo com a nossa natureza má e destrutiva -, é abdicar da racionalidade. É estar determinado pela ordem natural, bem como os outros animais.

    Essa razão de que Kant fala,assim como os deveres,poderiam, a meu ver, serem relacionados com o conceito freudiano de superego. Segundo a definição, o superego* é a parte moral da mente humana e representa os valores da sociedade. Ele é subdividido em dois subsistemas: o ego ideal, que dita o bem a ser procurado; e a consciência moral, que determina o mal a ser evitado.

    Outro termo freudiano, o Id, também poderia ser comparado com a noção de natureza humana de Kant. O Id* representa a fonte de energia psíquica,ou o libido. É formado pelas pulsões, instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. Funciona segundo o princípio do prazer, ou seja, busca sempre o que produz prazer e evita o que é aversivo.

    Enfim, não sei fui feliz em fazer esse paralelo entre a teoria psicanalítica de Freud e a ética kantiana, mas ao ler o conteúdo dos dois autores, notei uma proximidade muito grande entre as ideias defendidas por cada um, de modo que me senti “obrigado” a postar esse comentário.


    *Fonte: Wikipédia

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  17. Para Kant o homem natural é egoísta e destrutivo. É regido por suas paixões, impulsos, pela causalidade. Por isso a razão e o dever tem que existir, para impor a moralidade.

    Existem duas "categorias" de razão: pura teórica que trata de um mundo independente de nossas ações. E a pura prática que constrói normas. Ambas são universais, ou seja são aplicadas a todos em qualquer tempo e lugar.

    Dentro das três máximas acredito que se a terceira "age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais" fosse de fato seguida por todos teríamos um mundo realmente diferente. Entretanto percebo que quando nos encontramos em situações extremas nossas emoções tomam a frente da situação, paramos de pensar racionalmente. Deixamos de lado a ideia que nossa atitude será exemplo para terceiros. O que dificulta a execução plena dessa máxima.

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    1. "Dentro das três máximas acredito que se a terceira "age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais" fosse de fato seguida por todos teríamos um mundo realmente diferente. Entretanto percebo que quando nos encontramos em situações extremas nossas emoções tomam a frente da situação, paramos de pensar racionalmente. Deixamos de lado a ideia que nossa atitude será exemplo para terceiros. O que dificulta a execução plena dessa máxima."
      Concordo plenamente com o que foi dito, principalmente no texto a Ética de Kant da Marilena Chauí que diz "Por que, por exemplo, mentir é imoral? Por que o mentirosos transgride as três máximas morais." A casos em que se seguir essa conduta, dever, podemos prejudicar aos outros, nem sempre dizer a verdade irá mostrar o "certo", há casos que se você dizer a verdade alguém morre, caso contrário não, para salvar a pessoa por um sentimento inato do ser humano de compaixão, iria ficar difícil decidir o que fazer.

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  18. Na ética do dever de Kant, as açoes humanas devem ser guiadas sempre pela razão, de modo a respeitar as 3 máximas propostas, deste modo a experiencia se torna irrelevante para impulsionar uma ação. Para Kant o imperativo categórico é a regra que deve reger as açoes humanas, e não a experiencia,a pois essa deve pode ser relativa, e as leis da moral devem ser sempre universais. O principio da dignidade humana tambem esta muito presente em Kant ao dizer que nunca devemos usar o outro como meio. A principal critica que vejo nesta ética de Kant é que é muito idealista, apesar de parecer "perfeita" na teoria sabemos que na prática é muito dificil ou praticamnte impossivel adotá-la em todas as nossas açoes, pois não somos apenas formados apenas de razão mas tambem paixoes.

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  19. A moral de Kant, representada pelas 3 máximas, parece a princípio uma imposição, pelo uso do modo imperativo e da palavra dever. Porém, após ler o texto de Marilena Chauí, podemos ver que ao contrário de uma imposição a moral Kantiana pretende estabelecer regras seguidas pelos seres humanos que buscam a melhor convivência dentro da sociedade, e possuem como dever o respeito aos outros.
    "A razão prática e a verdadeira liberdade precisam dobrar nossa parte natural e impor-nos nosso ser moral."
    O que eu entendo da frase acima é que a moral Kantiana não procura exercer uma repressão das vontades humanas. Pelo contrário, procura estabelecer uma fórmula que se for seguida permitirá que todos consigam encontrar o a liberdade sem para isso diminuir a liberdade do outro, e assim, preservar a liberdade da consciência.
    Em relação à aplicação dessa teoria à realidade, como já comentaram outros colegas (Denise, Fábio, Laís), a moral Kantiana está longe de ser seguida pela humanidade no geral. Por vários motivos as pessoas acham interessante mentir, tomar atitudes egoístas, se aproveitar de todas as situações, e não pensar no bem da sociedade como um todo, seja no ambiente de trabalho, nas instituições públicas, nos espaços públicos, nas escolas, etc. É um assunto complicado, cujas raízes são antigas e parece algo difícil de se mudar.
    Estão em jogo a ética, a moral, a consciência, mas também o nível de maturidade da sociedade.

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  20. Acredito que Kant generalizou os possíveis tipos de ações, e usou exemplos práticos para identifica-las, e essas generalizações são alvo de muitas críticas, podendo se demonstrar no “Diálogo sobre a ética kantiana”. A discussão sobre a verdade imposta, não me ocorre como uma tentativa de imposição e nem pelos imperativos categóricos, acredito que a referência desses conceitos são usados para formular a forma de discussão sobre como deveríamos ser. O conceito que mais me chamou a atenção foi o de felicidade.
    Felicidade é fazer aquilo que quer, fazendo aquilo que tem que ser feito. Esta frase transpõe o significado de felicidade para Kant, mas ao mesmo tempo colocam-se perguntas extremamente discutidas sobre o que é que ter que ser feito (O que é certo?), o que nós queremos? O que nós fazemos? A verdade desta frase é que o significado de verdade não foi respondido.

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  21. Para Kant o ser humano é naturalmente cruel e destrutivo, quando ele age emocionalmente vem a tona sua natureza animal.
    Para kant a conduta moralmente aceita tem que ser dirigida por leis e regras. Sendo universal e inquestionavel.
    Ele nos mostra que a ação de um ser racional deve ser despida de sentimentos, regida apenas pela razão. Ai se pode chegar a perfeição moral.

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  22. Para Kant o homem é a única criatura que precisa ser educada. Diferente dos outros animais o homem deve estabelecer o projeto da sua existência. Não existe bondade natural. O homem é corrupto, destrutivo, mentiroso e cheio de desejos que nunca são saciados, sendo assim precisamos deveres para tornar seres morais. Esse dever é um imperativo categórico onde Kant deduz as três máximas morais. A razão guia as ações morais.

    Cristina Gomes Firmino

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  23. A Ética de Kant deriva de uma visão pessimista acerca da natureza humana. Não buscaríamos a bondade instintivamente, como diz Hume, ao contrário, nossos desejos naturais seriam egoístas e, muitas vezes, maus e destrutivos. Para agirmos moralmente deveríamos agir não de acordo com nossos desejos, que não seriam capazes de nos mostrar o que é certo e errado, mas racionalmente, submetendo nossa ação ao dever, que seria uma lei moral universal, válida em qualquer situação, sem exceções. Assim, uma ação moralmente correta seria aquela que respeitaria as três máximas, ou seja, que não tratasse nenhum ser humano como meio e que pudesse ser universalizada.

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  24. Kant coloca a dimensão ética como produto da racionalidade, que nos diferencia dos animais e propicia que controlemos nossa esssência naturalmente cruel, egoísta, maldosa. O sentimento de dever, portanto, atrelado a possibilidade que a deliberação racional fornece é o que nos torna seres morais. A razão é universal, e a liberdade é o que nos propicia a possibilidade de agir moralmente.
    Apesar de compartilhar a teoria Humeana a qual o próprio Kant tentou refutar nas suas Críticas da Razão, o autor ao fornecer o dever como imperativo para uma postura ética, desenvolve uma teoria que valoriza o ser humano em detrimento de Hume que se mostra mais natural no sentido de colocar nossa ação como inata, produto de pulsões.
    Esse é o valor da ética no ser humano. Kant estabelece máximas que universalizalizam a incondicionalidade dos atos realizados por dever. “Um homem bom é aquele que habitualmente age de forma certa, e uma ação certa é aquela que é realizada por um sentimento dever”.

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  25. O ideia que Kant traz me parece um pouco controversa, pois existir uma máxima universal que vale para qualquer situação e contexto é um tanto quanto fora de aplicação.
    Acredito que essa lógica de Kant, representada por uma vontade universal, deve sempre seguir o contexto vigente e ser aplicado apenas ali, já que fora desse contexto a essência dessa vontade pode mudar. A essência de qualquer vontade nasce de forma empírica, vivendo no ambiente e convivendo com os hábitos locais e então absorvendo naturalmente a essência da vontade universal "local".
    Se entendermos que toda essa máxima ainda não é entendida completamente pela racionalidade humana, e talvez nunca seja, não se poderá achar um concenso e aplicá-lo no âmbito universal. Mas, em contrapartida, acredito que o caminho para um julgamento ético, seguindo essa linha, deve ser analizado em um âmbito "local".

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  27. AQUI TEM INÍCIO OS COMENTÁRIOS DOS ALUNOS DE TEORIAS DA JUSTIÇA DE 2013.

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  28. Creio que a grande questão que Kant enfatiza em sua formulação sobre moral está relacionado ao que o autor chama de DEVER, pois este conceito é a síntese encontrada pela razão prática onde o nosso lado humano racional está firmado. Tal conceito está baseado também nas ideias de que somos seres que podem decidir com liberdade sobre nossos atos, sendo assim, segundo Chauí no texto nos dado, "seres autônomos". Sendo assim, para Kant, a ideia de dever é um imperativo categórico uma vez que não é uma motivação psicológica do indivíduo, mas sim sua lei moral interior.
    Trazendo ao macro, Kant coloca três máximas morais que tem a finalidade de afirmar a universalidade da conduta ética; afirmar que a humanidade seja o fim da ação e não o meio e; afirma que o dever institui o reino de seres morais, descrições estas baseadas na visão de Chauí.

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  29. Jessica Mayumi Tomigawa29 de maio de 2013 às 18:17

    Para Kant, o homem é um ser egoísta, cruel e ambicioso e, devido a isso, temos o dever, para nos tornarmos seres morais. O dever, por sua vez, é uma “lei moral interior” que nos ordena incondicionalmente. Não somos apenas seres morais e precisamos desse dever para não sucumbir a desejos, paixões e sentimentos, visto que estes são muito mais fortes que a razão.

    Kant determina três máximas morais para o dever:
    “1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.”

    Por isso, o dever é incondicional. O ser moral possui um respeito pelo dever, é quase como uma força interior que nos leva a agir eticamente/ moralmente. Quando um ser moral age, primeiramente, pergunta-se se sua ação será moral.

    Kant possui uma visão um tanto quando pessimista do homem (visão partilhada por alguns outros autores). O homem, enquanto ser moral, deve agir pelo dever e as máximas morais, caso contrário, será um ser mesquinho e antiético. E é isso que nos diferencia de seres que não são morais, essa capacidade de ação, cujo intuito é a perfeição moral (ou uma ação que obedeça as três máximas).

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  30. Gustavo de Campos Pinheiro da Silveira
    RA: 21055812

    Uma das maiores preocupações de Kant em sua filosofia se trata da distinção cuidadosa entre o conhecimento empírico e o conhecimento a priori, e nos seus estudos sobre a ética, essa preocupação continua vigente. Para ele, somente a cuidadosa e precisa separação e demarcação entre o âmbito da experiência e o da razão pode evitar distorções e perversões no conhecimento humano, na medida em que a confusão entre princípios puros e empíricos leva a apreensão de juízos de uma maneira obscura. Assim sendo, essa distinção é necessária com o intuito de compreender as potencialidades da razão pura de onde emergem os genuínos princípios.
    O empreendimento mais imediato da filosofia moral não é o julgamento das ações - os conteúdos -, mas sim, a construção de um aparato capaz de estabelecer preceitos morais para serem aplicados na prática. Porém, esses preceitos precisam ser aplicáveis a todos os seres racionais independente do conteúdo da ação e, por isso, precisam ser universais. Além disso, só serão válidos se eles forem absolutamente necessários. Como foi possível perceber com David Hume, o caráter de necessariedade e universalidade exigem que se recorra às abstrações, e será exatamente nelas em que Kant apoiará seus princípios morais, formulando a Metafísica dos costumes.
    A ética kantiana se apoia na racionalidade, pois os seres humanos são subjugados às causalidades da natureza, como por exemplo, as paixões. Portanto, quando se estabelece, a partir da racionalidade, uma lei moral ou, de maneira mais apropriada, um dever, o indivíduo é capaz de se tornar livre das imposições da natureza. Essa lei moral deve ser um imperativo categórico, isto é, aplicável à todas as ações e circunstâncias, sem exceção. Dessa maneira, na medida em que o indivíduo livremente se impõe um dever - um imperativo categórico - ele se livra dos grilhões dos impulsos naturais.
    Feito esse modesto estudo sobre as concepções morais de David Hume e Immanuel Kant, foi possível perceber um dos principais entraves: a epistemologia. Os preceitos morais desses dois filósofos, em parte, são expressões da maneira como eles concebem e contornam os problemas epistemológicos (suas limitações) do empirismo e da metafísica. Devido o próximo tema ser as diferenças entre eles, e minha noção sobre suas filosofias morais ainda estar precoce, deixarei minha opinião pessoal em meu próximo comentário.

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    1. Kant dispõe sua filosofia em distinguir, com preocupação, o conhecimento empírico e o conhecimento a priori, para que assim possamos definir as capacidades da razão pura, de onde surgiriam os princípios inerentes.

      Há aqui uma separação clara da teoria de Hume e suas proposições da conduta humana apoiada pelas paixões. Para Kant o conhecimento a priori que conduz a razão, e a mesma se apoiaria nisso para agir no controle de nossas ações, em busca da perfeição ética.

      Há portanto, nesse apoio na racionalidade, uma condição que submeteria os humanos irem contra as causalidades da natureza e seu teor passional. A argumentação da motivação exterior é repreendida por Kant, por conta das suas afirmações da maldade imanente do homem, sendo assim não poderíamos agir conforme nossas paixões para guiar condutas. A única maneira de se atingir a perfeição ética em nossas atuações estaria relacionada com o desprendimento de emoções e motivações exteriores, onde o peso do dever se colocaria sob o raciocínio do indivíduo, e este só poderia ser moralmente devido se agir dentro do senso de dever.

      Essa lei moral se qualifica por um imperativo categórico, por conta de sua aplicação em todas circunstâncias de conduta sem isenção. Percebe-se aqui o teor racional da mesma em sua perspectiva generalizada, tendo na ação certa - ética - o dever a ser modelo alheio e o desprendimento da sina natural geral. E é em torno disso que o filósofo trabalha ao defender o princípio fundamental da vontade atomizada, a liberdade que induz o discernimento do nosso papel sendo amestrado pela razão universal padronizada.

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  32. Segundo Kant, a natureza humana é corrompida e não sublime ou nobre; a moralidade é, portanto, contrária à corrupção inata ao homem e é condicionada ao sujeito a partir da necessidade desse de obedecer leis e regras impostas.
    Para Kant, a ética é universal a TODOS os seres racionais e se fundamenta em uma necessidade sendo aquela determinada por dois tipos de razões puras e libertas do empírico, baseadas na Metafísica. Essas razões se subdividem em : pura teórica e pura prática; a primeira é inata ao homem e se enquadra no Reino da Natureza (exterior), sendo constituída por ações fundamentadas por interesse, a partir dos desejos, estando relacionada com a ligação entre causa e efeito.
    Já a Razão pura prática é interior e se enquadra no Reino do sujeito; nela não há causalidade, esse tipo de razão se baseia na LIBERDADE do agente que pratica a ação. Essa ação ocorre relacionada ao princípio do 'dever', constituído por leis e regras e que possibilita o raciocínio moral, sendo, portanto, imprescindível a esse.
    As ações humanas, relacionadas à razão prática, se dividem em:

    1) Ações contrárias ao dever (imorais)

    2) Ações conforme o dever (neutras); essas ações são fundamentadas apenas em 'inclinações'

    3) Ações 'pelo dever' (morais); esse tipo de ação é aquele que é considerado de fato, segundo Kant, concernente à moral. As ações pelo dever ocorrem a partir do desejo e da vontade individual, racional e consciente de praticar o 'dever'.

    A moral, para Kant, é de natureza interna ao sujeito, sendo segundo ele, o único conceito digno existente. Ela é vista pelo teórico como produto da razão humana cujas ações são influenciadas pelas máximas , escolhidas pelos 'grupos sociais', que as determinam e não pela FINALIDADE e EFEITO dessas.
    Resumindo, a moral defendida por Kant é o princípio fundamental da vontade autônoma (LIBERDADE) e proporciona o entendimento do 'eu', sendo aquela fruto da razão universal de natureza universal e padronizada, independente do sentimento moral, cuja fundamentação está nos sentidos e estímulos externos.

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  33. Bárbara da Silva Miranda31 de maio de 2013 às 23:47

    Kant nos coloca três divisões filosóficas (Física, Ética e Lógica), porém dessas divisões saem ramificações. A Física tem uma parte empírica (Doutrina da Natureza) e uma racional (Metafísica da Natureza), e da mesma forma a Ética, mas sua parte empírica pode ser chamada de Antropologia e sua parte racional de Moral. Essa divisão é bem frisada por Kant quando ele coloca que deveria existir uma cuidadosa separação entre o empírico e o racional.
    Através do texto da Marilena Chauí, fica muito fácil de entender que nós somos dominados pela parte da Natureza (segundo Kant) e ela está ligada aos nossos apetites, impulsos, desejos e paixões. É pelo fato de sermos controlados desta forma que precisamos do dever, mas Kant não o coloca como uma lista de ações a serem feitas ou não, para ele o dever deve valer para todas as ações.
    Este dever nasce da razão e da vontade legisladora universal do agente moral, sendo assim interiorizado; e Kant nos coloca três tipos de ações que derivam do equilíbrio entre os deveres e vontades. Como visto em aula, Kant divide essas ações que podem ser conforme a lei moral (são ações realizadas “sem esforço”, por gosto, mas sobre tudo sem esforço algum); também pode ser por dever (essa ação é considerada moral, visto que é realizada acima das nossas vontades, ou seja, não o faço porque quero, mas porque é certo) e por fim a ação que é contrária ao dever (imoral).

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  34. A base do pensamento de Kant está no fato de que o ser humano é naturalmente um ser egoísta. Está submetido à causalidade da Natureza, que se manifesta na forma dos sentimentos, emoções impulsos e paixões, o que por vezes o faz agir unicamente em busca de seus desejos . Dessa maneira, para que o homem possa agir com moralidade, deve submeter suas ações ao dever, que seria uma espécie de orientação que deveria valer para todas as ações dos seres racionais, um imperativo categórico.
    Kant propõe três máximas morais:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Essas três máximas compõem o dever, e um ato somente é moral quando as obedece plenamente.

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  35. Caroline den Hartog Batagini1 de junho de 2013 às 23:46

    RA: 21024712

    Na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant coloca que a moralidade do ser está pautada pela razão pura prática, dada a priori de sua vontade. Assim, a razão, para Kant, deve direcionar a vontade do agente racional para um DEVER em si mesmo que independa da natureza humana e suas respectivas inclinações.
    Parece-me então que Kant baseia todo o seu sistema moral na dicotomia entre as inclinações naturais do ser humano, e a razão - responsável por voltar-se contra a propensão natural do homem. Essa propensão estaria relacionada ao conceito de homem estabelecido por Kant: egoísta, ambicioso, destrutivo, agressivo, cruel. Portanto, a razão prática, como coloca Chauí, deve "dobrar nossa parte natural e impor-nos o nosso senso moral" e, para tal, é necessário o DEVER, dado a priori e condicionado a direcionar a vontade humana.
    É plausível dizer que moralidade de Kant está em contraponto com a de Hume. Entendo que a principal discordância entre os dois filósofos encontra-se na concepção do papel da razão para o senso moral. Para Kant, o indivíduo mais esclarecido seria também o mais predisposto a praticar o bem, mesmo que a ideia de felicidade dada pela satisfação de suas inclinações naturais fosse suprimida em detrimento da moral. Já em Hume, essa ideia se mostra oposta, em vista do prazer filiado à prática de uma ação moral.
    Dessa forma, acredito que Kant, para além de estabelecer uma nova perspectiva da moralidade - ao mesmo tempo em que parece resgatar as antigas ideias socráticas - é também um divisor de águas na medida em que considera a razão não somente como teórica e direcionada ao conhecimento, mas também prática, desmembrando até que ponto a faculdade da razão é capaz de solucionar os embates criados pelo ser humano por sua própria natureza, e encontrando nela a fundamentação necessária para o domínio da moral.
    No que diz respeito à minha opinião, simpatizo com as pretensões de Kant ao estabelecer as três máximas morais. No entanto, acredito que sua moralidade encontra grandes entraves para sua plena realização na natureza do ser, já que, como assume o próprio filósofo, as nossas inclinações naturais tendem a ser mais fortes do que a razão. A ideia de universalização, fundamental para a moral, parece sucumbir nas sociedades na medida em que o indivíduo se enxerga como um ser único, não padronizado e diferenciado.



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  36. Na visão kantiana, não existe bondade natural, o ser humano é egoísta e ambicioso a ponto de qualquer coisa para saciar seus desejos – mentir, matar, roubar. Sendo assim, Kant afirma que é necessário o “dever”, como uma espécie de controle do ser, um imperativo categórico, existindo, portanto, como sua lei moral interior.
    No texto de Marilena Chauí é abordada a distinção feita entre Razão Pura Teórica – guiada por leis de causa e efeito; refere-se à natureza perversa dos homens – e Razão Pura Prática (dever) – na qual não há relação de causalidade, mas sim a de finalidade com liberdade do agente.
    Para Kant, o dever é indispensável para que o homem se mantenha afastado de sua natureza cruel, pois sem este haveria apenas ações relacionadas à razão pura teórica. Logo, se faz necessário o agir que visa à finalidade, de maneira que obedeçamos as três máximas, para nos considerarmos seres morais.

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  37. Kant acredita na perversidade natural do homem, que somos por natureza egoístas e ambiciosos. A razão prática estabelece normas morais, e as impõe, criando assim o princípio de dever. Porém, este não é externo a nós, não é imposto por alguma instituição: o dever está na nossa consciência, é a expressão da moral no homem. Por isso nos sentimos mal quando fazemos algo de errado.

    Os homens agem pela finalidade dos seus atos, de maneira diferente aos elementos naturais, que atuam num sistema regido por causa e efeito, onde um processo depende da realização da sua etapa anterior para ocorrer. Precisamos do princípio do dever imposto por este motivo: não somos seres morais por completo, acima disso, somos seres naturais. As paixões humanas são a expressão da natureza no homem, e buscamos satisfazê-las a todo momento, e por impulso, muitas vezes o fazemos de forma irracional: daí a necessidade da imposição do dever.

    Kant propõe que busquemos essa postura racional perante nossos atos, que nossa conduta deve ser regida pelo dever e não pelos nossos interesses.
    Devemos agir de maneira que nossa ação seja possível de ser mostrada como exemplar para todos os seres racionais, mantendo a dignidade do ser humano, nunca usando este como instrumento ou meio para atingirmos nossos objetivos. E a este modelo de comportamento Kant dá o nome de imperativo categórico (conceito que remete ao primeiro tópico da disciplina sobre qual tratamos: ética e perfeição)

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  38. Em seu texto “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, Kant alega que a antiga filosofia grega se repartia em três ciências: a Física, a Ética e a Lógica. A filosofia formal, ou seja, aquela que ocupa-se exclusivamente com a forma do entendimento e da razão, é denominada Lógica. Já a filosofia material, aquela que trata de objetos determinados e das leis a que eles estão sujeitos, dividem-se em duas: A Física (leis da natureza) e a Ética (leis da liberdade).
    Kant, ainda divide a Filosofia empírica, que se apoia em princípios da experiência, e a pura, que decorre de princípios a priori. Quando esta última for restrita a determinados objetos do entendimento, denomina-se Metafísica.
    Para Kant, é fundamental que seja criada, de uma vez por todas, uma Filosofia Moral, a Metafísica dos Costumes. Para isso, é necessário existir o dever e as leis morais. Tais leis morais devem ser seguidas por todos os seres racionais e não somente aos homens, além disso, devem discernir em que casos elas são aplicáveis. Dessa maneira, para que uma ação seja moralmente boa, é necessário que seja praticada por causa da lei moral.
    Fica evidente, portanto, que Kant volta a afirmar o papel da razão na Ética. Segundo Marilena Chauí, “ por natureza, diz Kant, somos egoístas,ambiciosos, destrutivos, agressivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos quais matamos, mentimos, roubamos”. Portanto, não existe bondade natural e, por isso, precisamos do dever para nos tornarmos seres morais.

    Este dever nada mais é do que a expressão da lei moral em nós, ou seja, é através do dever que nos damos os valores, os fins e as leis de nossa ação moral. O dever se torna necessário aos homens, pois além de sermos seres morais, somos seres naturais.

    Como seres naturais, possuímos desejos e paixões que são naturais de nosso corpo e de nossa mente. Aqueles que se submeterem aos impulsos naturais não podem ser autônomos eticamente. Pois, a natureza nos estimula a agir por interesse. Daí surge a necessidade do dever, para nos tornarmos livres (autônomos).

    Segundo Marilena Chauí “o ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si mesmo”. E partindo desse pressuposto, Kant formula as três máximas morais que expressam a plenitude dos atos realizados por dever:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

    É através dessas três máximas que se torna possível indagar se determinada ação é imoral. Caso um determinado comportamento infrinja as máximas do dever, trata-se de um comportamento imoral.

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  39. Para Kant a natureza humana é corrompida, para ele o homem é por natureza um ser cruel e egoísta, onde estamos na busca incessante pelo prazer, por esse motivo existe a moral, e é por esse motivo que o papel da razão na ética é inquestionável, pois é a razão que nos permite agir moralmente.

    Portanto, segundo kant, a única forma de buscarmos a perfeição humana, no que se refere a conduta, é por meio da razão, separada da motivação ou emoção, onde tal necessidade de fazer o correto se impõe ao indivíduo, sendo este moralmente apenas se agir pelo dever. O dever para Kant é a expressão que deve servir para toda ação moral, portanto o dever deve ser universal.

    Sendo assim Kant determina três máximas morais onde “o dever deve valer para toda e qualquer ação moral”. Tais máximas ditas por Kant não nos diz para praticarmos uma ou outra ação, mas nos diz para sermos éticos cumprindo o dever. Dessa forma, quando agimos por interesse, estamos agindo movidos pela razão teórica, mas quando agimos por dever, abandonamos nosso interesses e realizamos a nossa liberdade de escapar da determinação da ordem natural.

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  40. A ética kantiana parte de uma visão pessimista da natureza humana, por isso ele acredita numa ética baseada em deveres que derivam da racionalidade humana.
    A princípio, o homem seria mal e egoísta, mas sua razão o levaria a desenvolver uma noção de dever e este seria o mais correto a ser feito.
    Kant coloca a ética sob 3 princípios:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Esses princípios exigem que uma ação, para ser considerada moral, deve ser passível de ser utilizada por todos, deve tratar os humanos com respeito, na medida em que não devemos submeter nossos semelhantes a atitudes imorais e deve ser universal, sendo utilizada em qualquer situação e por qualquer pessoa.

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  41. Ana Jacqueline O. R. Nunes - 210679123 de junho de 2013 às 12:39

    Para Emmanuel Kant, o ser humano natural é destrutivo, cruel e egoísta, sendo motivado e controlado por suas paixões e vontades, estando também sujeitos as causalidades da natureza.
    Kant divide nossa razão em dois momentos: a razão pura teórica - onde os objetos acontecem de forma determinada pela natureza; e a razão pura prática - quando as ações humanas tem uma finalidade escolhida livremente pelo agente. Assim, quando a razão prática se sobrepõe à teórica, para que possamos dominar nossa natureza má e enfim para que exista a moralidade em seus atos, é necessário que o dever seja instituído. Este irá guiar seus atos, através das 3 leis máximas: a primeira, onde a razão será uma lei universal da natureza, a segunda, onde todos os homens deverão ser tratados de maneira igual e nenhum poderá ser usado como meio de atingir nossos interesses e, por fim, a terceira que explicita que devemos agir como se nossa conduta pudesse ser um padrão universal e exemplar para todos os seres. Kant não irá instituir que este ou aquele ato seja imoral, mas dará um "guia" para que classifiquemos nossos atos: os atos imorais serão aqueles que infringirem qualquer uma, ou até mesmo as três máximas morais.
    Acredito que o dever não seja algo artificial mas sim algo estabelecido naturalmente pelo padrão de ação dos seres. Em determinado momento, a concepção do dever é incorporada ao ser humano, tornando isto algo natural e instituído como uma "regra" antes da prática de cada ação: é meu dever me comportar como um ser humano moral/ético.

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  42. Após a leitura dos textos propostos, Kant nos passa que não é da natureza humana que sejamos bons. O ser humano é agressivo, cruel, ambicioso e egoísta ”a natureza nos impele a agir por interesse”. Visto que esses estímulos são mais fortes que a razão, nossa razão pratica e verdadeira liberdade precisa se impor sobre nossa natureza para nos impor a moralidade. Por isso que temos o dever, para sermos seres morais. O dever é quem nos ordena incondicionalmente. Esse dever é quem nos diferencia dos outros seres não morais, a capacidade de buscarmos ter a perfeição moral.

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  43. O homem para muitos filósofos é um ser egocêntrico, ambicioso e muitas vezes cruel.Partindo deste principio Kant observou que a existência do dever é necessária para que o homem se torne moral.
    No texto de Marilena Chaui, a autora afirma a utilização da razão na ética por Kant, ou seja, ramifica a razão em razão pura teórica e razão prática para diferenciar seus objetos e afirmar sua universalidade.
    Assim, a razão teórica procura entender as ações de acordo com sua causa e efeito, sem a intervenção do homem e a razão prática cria a sua própria realidade e liberdade com fins éticos e com base nesta liberdade cria-se o dever, que é a imposição feita sob o que a razão criou.
    Outro ponto abordado por Kant, são as três máximas morais do dever:
    “1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.”
    Com base nessas três máximas, percebemos que o dever é incondicional, ou seja, é uma força que nos leva a ter condutas corretas e ser éticos e morais.
    Portanto ao agirmos, devemos nos questionar se a nossa ação esta condizente com a moralidade, ou melhor, se está sendo aceita conforme as três máximas do dever.
    Com base nos textos e nas discussões, acredito que o dever é incorporado no ser humano de uma forma imperceptível, em que cada ação o dever é instituído de forma natural como um requisito para sermos éticos e morais.

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  44. João Lucas Moreira Pires3 de junho de 2013 às 16:47

    A moralidade se funda na ideia da liberdade como autonomia, uma vontade livre é capaz de agir independentemente das causas exteriores que influenciam: ela não é determinada pelas leis da natureza. Mas a liberdade não significa a ausência de toda lei: uma vontade livre é uma vontade que obedece à lei moral que ela se fixa a si mesma.
    Para compreender como a vontade humana pode ser capaz de querer obedecer à lei moral que ela se fixa a si mesma.
    Para compreender como a vontade humana pode ser capaz de querer obedecer à lei moral ainda que esteja sujeita à influência da sensibilidade é preciso partir da distinção entro o mundo natural ou sensível e o mundo moral ou inteligível, concebendo o ser humano sob dois pontos de vista: como ser sensível, ele pertence ao primeiro, sendo então sua vontade heterônoma porque sujeita ao determinismo natural ( desejos e inclinações) : mas como se racional, ele pertence ao segundo; sua vontade é então autonôma porque determinada, pelas leis da razão, independentes do determinismo da natureza.
    Portanto, é possível um imperativo categórico, porque o ser humano se reconhece como membro do mundo inteligível e, por conseguinte, como livre.
    Mas a ideia de liberdade não pode ser tirada da experiência: não se pode provar sua realidade objetiva por quaisquer exemplos, uma vez que ela depende do mundo inteligível e não do mundo sensível. É apenas uma "ideia da razão", uma suposição necessária para fundar a possibilidade da moralidade.

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  45. Primeiramente, Immanuel kant nos apresenta a organização e a divisão da Filosofia clássica em Física, Ética e Lógica e de que aspectos cada ramo vai se encarregar.
    Kant discorre longamente sobre as subdivisões dentro de cada segmento em que a Filosofia irá se dividir. E nos deixa um roteiro de etapas pelas quais um raciocínio deve ser conduzido, para, inquestionávelmente, nos levar à conclusão de como devem ser desenvolvidas e analisadas as regras de conduta a serem adotadas.
    No texto de Marilena Chauí, que tem como inspiração a obra de Kant, somos levados a refletir sobre o seguinte:
    Considerando que , somos racionais, mas, também somos animais, somos os únicos seres neste planeta (até onde sabemos) que vivem a situação de optar entre obedecer aos impulsos gerados pelas nossas vontades instintivas, ou ao que nosso dever nos exige de forma imperativa, que pautemos nossos atos pelas Leis Morais.
    E fica também muito claro que essas leis devem ser universais e atemporais, que a única forma de nos diferenciarmos dos animais irracionais é jamais perder de vista o que o dever nos impõe como procedimento correto.

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  46. Kant acreditava que o ser humano busca ser um ser moral exatamente por não nascer sendo um. Nós somos sim movidos pela racionalidade e moralidade, mas também somos movidos pela natureza, esta que nos cria desejos e vontades próprias que nos fazem agir por interesse. Agiremos sempre pensando em o que queremos, não porque somos egoístas e ignorantes, mas porque a natureza nos guia a fazer de tal jeito. Uma saída bem interessante para esse ser humano essencialmente não moral de Kant, é o fato de que existe um imperativo categórico de que certas ações são, em sua essência, boas e outras ruins. Tal imperativo não diz exatamente o que você deve ou não deve fazer, mas exige que você siga três máximos morais (deduzidos por Kant) para que sua ação seja considerada moral. Morais estas descritas no segundo texto, mas que se resumem em sempre colocar o ser humano acima de tudo, não o utilizando como um meio, mas sim como uma finalidade, nunca o prejudicando. Com isto são levantadas inúmeras questões sobre certas circunstâncias que ainda ficam sem resposta, como o caso de gravidez por estupro ou defesa pessoal. Tudo novamente, dependerá do ponto de vista. Por fim, esta busca do homem para se tornar um ser moral pode ser pensada, no sentido religioso, como o porquê de nossa existência. Talvez nosso real objetivo de vida seja se tornar um ser moral. Não acreditaria totalmente em uma ideia assim, mas acho aceitável de discussões, tanto religiosas quanto éticas.

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  47. O “bem” para Kant representa uma necessidade da humanidade. A busca pelo bem, de modo que a razão se coloque em primeiro plano para os homens é o que nos faz consequentemente buscarmos a perfeição, para que esse desejo natural ao homem possa ser saciado.

    Kant tem uma visão pessimista da humanidade, para ele, não existe a bondade natural, para ele, o ser humano é ruim por natureza, um ser que coloca seus desejos egoístas e cruéis para saciar suas vontades, sendo assim, diferentemente de Hume, não crê que as paixões guiam as atitudes humanas.

    Para Kant, precisamos impor a nós mesmos nossos preceitos para que assim atinjamos a ética e a moral, como o próprio diz no texto “A metafísica da Ética”, uma vez que considerarmos tais atitudes como deveres.

    A partir daí, concretiza os “Imperativos Categóricos”, que consistem em três máximas, a primeira é que você deve ver suas ações como uma lei da natureza, a seguinte representa a necessidade da sua ação tratar a si e aos demais como fim, e enfim a terceira consiste em suas ações servirem de exemplo de lei universal para os demais indivíduos da sociedade.

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  48. Em seu texto “A Ética de Kant”, Marilena Chauí procura explicar o pensamento do filósofo prussiano Immanuel Kant. Segundo ela, o pensamento kantiano opõe-se à moral do coração de Rousseau, pensamento no qual o homem é bom por natureza. Kant, pelo contrário, acredita que faz parte do homem ser egoísta, destrutivo, ambicioso e cruel. Assim, a humanidade nunca está completamente saciada. O que nos torna seres morais são os deveres impostos em nós por nós mesmos. Kant faz duas distinções fundamentais para a compreensão de seu pensamento:
    1) Distinção entre razão pura teórica e a razão pura prática: ambas são universais. Variam seu conteúdo conforme tempo e espaço sem alterar as formas de atividade racional de conhecimento e ação. A principal diferença entre essas duas razões é o seu objeto: enquanto a primeira estuda a realidade exterior a nós, a segunda estuda a própria realidade. A primeira decorre da necessidade e a segunda da liberdade/finalidade. A razão prática nos permite instaurar normas e fins morais. Ela é a responsável pela criação dos deveres que, por sua vez, nos tornam autônomos.
    2) Distinção entre ação por causalidade/necessidade e ação por finalidade/liberdade: A Natureza, com todos os estudos a respeito da física, astronomia e química representa a ação por causalidade, uma vez que tudo o que ocorre naturalmente tem uma causa e seu efeito. Já o reino humano representa a ação por finalidade, uma vez que as ações têm um fim em si mesmas.
    Mas, se o homem é livre e dotado de razão, por que temos que atribuir aos fins morais a forma de dever, obrigação?
    Porque o homem não é somente um ser moral. O homem é também um ser natural, com todos os seus instintos e sentimentos. É necessário que se imponha a nossa moralidade sobre os nossos impulsos e desejos, uma vez que eles são mais fortes que a razão. A nossa liberdade depende da nossa obrigação em cumprir nossos deveres. Somente assim podemos ser livres.

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  49. Ao contrário de alguns autores que menosprezam o uso da razão, Kant fundamenta suas ideias a partir dela, onde dicotomiza em razão pura teórica- que estuda a realidade exterior a nós, regida pela natureza, a partir das leis de causa e efeito; já a razão pura crítica estuda a realidade em si, baseada nas nossas ações que cada humano aplica na sociedade.

    Sabendo que a natureza corrompe o ser(dito como ser natural), levando o ser a pensar nos seus sentimentos e desejos e com isso se tornando egoísta e regido pela sua vontade, independente de qualquer lei; Kant fundamenta 3 máximas morais que fundamenta o dever a partir das próprias ações de cada ser, levando-o a praticar o dever imposto por ele mesmo e reconhecendo isso como universal, se preocupando com a consequência de seus atos e servindo suas ações como imposição a outrem que venha a querer tentar ser um ser moral.

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  50. Kant caracteriza o homem por natureza como um ser não bondoso, ou seja, naturalmente ele age a fim de satisfazer seus desejos, mesmo que isso implique em ser cruel, egoísta, agressivo, etc. Para controlar esse ímpeto de agir regido pela emoção, Kant ressalta a importância da razão como forma de criar normas que regulem nosso comportamento, normas essas criadas por nos mesmo e, portanto, agir de acordo com elas como um dever. Em sua explicação, fica muito claro como esse mecanismo funciona. Uma vez que fazemos parte da natureza, estamos sujeitos a agir de acordo com nossos anseios mais primitivos, nos deixando ser dominados por tais vontades sem ao menos percebermos, afinal, como ele mesmo diz, a emoção é mais forte que a razão. Nesse cenário, o dever toma forma, não como sendo um manual para todas as ações especificas praticadas pelo homem, mas uma lei geral que segue determinados princípios e se estes princípios forem respeitos e levados em consideração ao tomarmos nossas decisões, estaremos agindo de maneira ética.

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  51. Kant coloca a ética como sendo as leis da liberdade e a define por meio da metafísica. Diferentemente de Hume, Kant vê a razão como fator essencial na ética humana - e não apenas na ética teórica, mas também na prática. Porém, ele não esquece as paixões das quais Hume se baseia.

    Para Kant, o ser humano tem o lado racional e também o passional, instintivo; que é naturalmente egoísta e amoral. E é por causa deste nosso lado que precisamos da razão, para que possamos controlá-lo. E desta razão que nos rege e não nos deixa sermos puramente seres movidos pelo instinto, derivam os deveres.

    Um dever, para Kant, é a imposição que a razão faz para que os princípios que ela mesmo criou possam ser concretizados. Ele é, também, a forma que deve valer para toda ação moral. Ou seja, os deveres são universais.

    Um ato violento, não ético, confunde a liberdade com a satisfação irracional de nossos desejos, de nossos impulsos. Por isso precisamos do dever. Unindo a razão (dever) com nossos instintos, temos a nossa verdadeira natureza humana.

    Definido o conceito de dever, Kant desenvolve suas três máximas que regem a sua teoria ética.
    A primeira: "Age apenas segundo aquela máxima que possas ao mesmo tempo desejar que se torne lei universal" - ou seja, as nossas ações devem ser baseadas em moldes que sirvam para qualquer ação que possa ser feita.

    A segunda: "Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio." Para Kant, o valor dos seres humanos está acima de tudo, e eles nunca devem ser usados como um meio para se chegar a um objetivo. Todo interesse final dos atos deve ser em benefício aos seres racionais, e jamais se utilizar dos mesmos para que se possa realizar.

    E finalmente a terceira: "Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais." Assim, todas as nossas ações devem ser baseadas numa lei que possa ser aplicada a todos os seres racionais; e a ética serve apenas para os seres racionais.

    Sendo assim, uma ação só é boa para Kant se respeita estritamente as três máximas acima. Ademais, uma ação só é boa se está conforme o dever e é feita apenas pelo dever. Caso contrário, essa ação é confusa, acidental. A boa ação é desprovida de interesse e motivada pelo dever em si.

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  52. Pilar fundamental, a razão bifurca-se em divisões universais na ética kantiana: a razão pura teórica e a razão pura prática. A primeira delas trata do reino da necessidade, a natureza, que é regida pela lei de causa e efeito e é inalterável; a segunda, por sua vez, trata da realidade, o reino humano, aquele no qual se age por finalidade e liberdade.

    Kant acredita que o homem é um ser cruel, egoísta, perverso por natureza. Ele age utilizando-se de coisas e pessoas como meios para chegar aos desejados fins naturalmente, impulsionado por seus sentimentos e emoções pois esse agir é intrínseco a ele; é uma necessidade. Dessa forma, é preciso uma 'força' que o detenha e conduza-o à moralidade, residente nele mesmo: o dever.

    Assim, entendo que somos por essência cruéis, mas carregamos um senso de moralidade internamente; somos ao mesmo tempo seres naturais e morais.

    É a própria liberdade de ação contida no reino humano que produzirá as regras nas quais a ação deve se encaixar, e essa liberdade, para Kant, só é exercida de fato quando o ser moral se sobrepõe ao natural. Como resume Marilena Chauí em “A Ética de Kant', “a razão prática e a verdadeira liberdade precisam dobrar nossa parte natural e impor-nos nosso ser moral. Elas o fazem obrigando-nos a passar das motivações do interesse para o dever”.

    O dever apresenta-se como um imperativo categórico - pois não admite alterações nem adaptações de caso para caso – que pode ser expressado em uma fórmula geral: “Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal” (fica claro aqui que a ética que regirá a conduta dita moral por Kant é essencialmente formal e indispensavelmente universal). Dela nascem três máximas morais:

    1 – Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2 - Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3 – Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

    Não basta somente agir de acordo com o dever; é preciso agir pelo dever. À sutil presença de qualquer interesse secundário ao praticar uma ação, já não se pode mais considerá-la moral, por mais que esta esteja de acordo com o dever, pois o que motivou sua realização não foi o dever em si, mas os benefícios que ela poderia gerar.

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  53. Kant inicia sua fundamentação de uma filosofia ética indicando que é necessário que se faça a separação entre filosofia a priori e o conhecimento empírico. Essa separação é o ponto de partida para que se entenda que a moral é deontológica.

    Entendendo que a moral é deontológica, o processo que Kant faz é não construir uma moral, mas mostrar que existe algo que vem de nós desde que nascemos que funciona como uma lei.

    Essa lei moral, Kant vai chamar de Imperativo Categórico.

    Nas palavras de Chauí "O imperativo categórico exprime-se numa fórmula geral: Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal."

    Entendo então essa lei moral kantiana, como a lei do fim. Abominando assim, tornando imorais, comportamentos que visam privar a liberdade de um semelhante, mesmo que essa privação faria um "bem maior" no seu fim.

    Entendendo dessa forma e se apoiando na moral Kantiana, a famosa expressão popular "os meios justificam os fins", é uma grande baboseira e é imoral.

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  54. Kant pretende mostrar critérios para observarmos o valor de nossas ações. Ele faz isso através da razão, eliminando qualquer característica empírica, mostrando que a moralidade da ação é guiada por uma lei 'universal' da razão.
    Sendo que, a moralidde da ação está em sua intenção - na pureza de seu objetivo. Logo, todas as ações tem sua moralidade a partir de seu princípio, que deve ser baseado nessa lei.
    Para saber se a ação é moral, deve-se perguntar se esta vai de encontro à lei. E, acima de tudo, a moral, ainda, não pode ser baseada em exemplos, experiências, mas da pura razão.
    Finalmente, Kant afirma que devemos seguir essa lei moral, principalmente, porque somos seus próprios autores. O dever é o que nos une numa sociedade ideal.
    O que Kant propõe não é uma lei imposta, que seja um sacrifício à ser feito, mas uma vontade que nos impele a seguir uma moralidade. Para observar essa vontade humana, é preciso separar o sensível do inteligível, o que torna possível o imperativo categórico. Porém, deve-se saber que a liberdade não deve ser baseada na experiência, seria uma 'idéia racional', uma suposição que fundamente a moralidade.

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  55. A razão é o ponto chave do pensamento Kantiano, com uma centralidade diferente da de Russeau e Hume. Kant também se diferencia de Russeau quando diz que o homem não é naturalmente bom, sendo colocado como egoísta e cruel. Sendo o homem um ser racional, esta o leva a criar e cultivar a moral, o dever, e assim ter um estado de boa convivência com seus semelhantes. Devemos dissociar nossas paixões e emoções de nossa razão, para que possamos agir de maneira mais moralmente correta.

    O autor também propõe três máximas morais, que servem para guiar nossa busca pelo uso da razão em detrimentos dos instintos naturais, para a boa convivência em sociedade. As leis morais, para ele, devem ser universais e incondicionais.

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  56. A partir dos textos lidos, pude observar que Kant contrapõe diversos pensadores como Hume ( que se atenta as questões emocionais ), e tambem ira ir contra as idéias dos pensadores que irão definir o homem como " bom selvagem " como por exemplo Rosseau.
    Como mencionado pó Marilena Chaui, Kant vai dizer que o homem é egoista, ambicioso, destrutivo, agressivos, cruéis e com isso, mentimos e roubamos. Com isso Kant ira dizer que necessitamos do dever para tornarmos seres morais.
    As ideias de Kant sao expostas fazendo-se duas distincoes, uma é a razao pura pratica, a outra é a razao pura teórica, a outra distinção feita eé a entre a ação por causalidade e a ação por finalidade. Na razao teórica ele ai tratar de uma realidade externa ao ser humano, já a razao pratica vai criar sua propria realidade, onde ira se exercer. Essas serão aplicadas em âmbito universal e serão as mesmas em todos os tempos.
    Já no texto " A metafísica da etica ", Kant ira novamente discorrer sobre a moral. Ele vai dizer quea moral e a etica só serão atingidas se seguirmos os preceitos dos deveres que nós mesmos nos impomos. A partir dai Kant vai elaborar três máximas, são elas:
    - a primeira vai dizer que a ação deve ser tal como uma lei universal da natureza.
    - na segunda Kant vai dizer que a ação deve tratar tantos si como aos outros, sempre visando o fim.
    - já na terceira ele vai dizer que toda ação deve servir de referencia, como uma lei universal.
    Raul Leone Belorte

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  57. Para Kant, a ética está relacionada à razão e a noção de dever. Existem dois tipos de razão: a razão pura teórica e a prática, a primeira relacionada com um sistema de relações de causa e efeito necessárias (natureza). A razão prática está relacionada com as normas e fins morais, esses dois conceitos segundo Kant, são universais.
    O dever para Kant é a imposição que a razão prática exerce sobre ela mesma, isso é a expressão da lei moral em nós.
    Rousseau considerava que o homem é bom por natureza e que o contrato social preserva a liberdade, o bem-estar e a segurança dos homens. As desigualdades existem por causa da competição e da propriedade privada, pois de acordo com o autor, o interesse individual não deve se sobrepor ao interesse comum. A ética de Rousseau estaria relacionada a natureza do homem e ao contrato social.
    A diferença central entre ética para Kant e Rousseau é que o primeiro acredita que a ética se baseia na razão, para Rousseau a bondade é característica natural do homem, assim a ética é “instintiva”.

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  58. Kant defende a ideia de que não existe bondade natural, ou seja, a natureza humana é egoísta, ambiciosa, cruel e nos incita a agir por interesse. Assim, o ser humano não é naturalmente um ser sublime e as ações humanas não são por natureza necessariamente morais. Uma ação moral decorre necessariamente das condições em que ela é praticada, sendo que o homem atua moralmente quando age não somente conforme ao, mas também POR DEVER. Faz parte da ação moral ter o desejo de agir pelo dever. E esse dever é um imperativo categórico, “expressão da lei moral em nós”, como afirma Marilena Chauí: “O dever é uma Forma que deve valer para toda e qualquer ação moral. Essa forma é imperativa. [...] Vale incondicionalmente e sem exceções para todas as circunstâncias de todas as ações morais”.

    A fórmula geral do imperativo categórico é: “Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que Se torne uma lei universal”. Ela permite a Kant deduzir as três máximas morais:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Percebemos que dessa maneira afirma-se a Universalidade como indispensável e necessária à Ética.
    Ainda sobre o dever, entende-se que não é suficiente agir CONFORME o dever: é preciso agir POR dever. Para que seja moral, a motivação de determinada conduta deve ser o dever.

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  59. Para Kant o homem possuiu o livre arbítrio, podendo agir de acordo com sua natureza egoísta e cruel, mas devido a racionalidade ele é levado a criar a moral e o dever com objetivo de uma boa relação com seus semelhantes, portanto as leis éticas se aplicam apenas a seres racionais, sendo universal para estes. O tratamento do semelhante, para ser um ato moral, deve ser feito sempre como fim e nunca como meio, ratificando a dignidade dos outros como pessoas, o que nos une em uma sociedade colaborativa e interligada é o dever. A ênfase na razão é diferente da qual é dada por Hume, segundo são as emoções guiam a conduta humana.

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  60. "A razão prática e a verdadeira liberdade precisam dobrar nossa parte natural e impor-nos nosso ser moral. Elas o fazem obrigando-nos a passar das motivações do interesse para o dever”.
    O fragmento acima, retirado do texto “A Ética de Kant” de Marilena Chauí, resume em poucas palavras a Ética Kantiana.
    Kant, para tratar da moral, faz uma distinção entre o “mundo físico” e o “mundo moral”. O mundo físico é estável, regido por leis de causa-efeito e relacionado à razão pura teórica. Já o mundo moral “contém” agentes livres para agir como bem entenderem, mesmo havendo determinações. A razão pura prática está relacionada a esse segundo mundo e faz referência à finalidade e liberdade das ações.
    Para Kant, os seres humanos, por natureza, são egoístas, ambiciosos, agressivos, cruéis, e buscam “prazeres necessários” que não são nunca saciados. Para que os seres humanos se tornem morais, eles devem obedecer ao dever (e agir por ele). A razão humana exige que haja o sentimento moral, e o dever seria “a força” que conduz os seres humanos à moralidade. Sem dever não existiria, na visão de Kant, moral.
    Vale ressaltar que, para Kant, a Ética decorre das condições que a torna possível, e que para entender a moralidade, temos que ter em mente a liberdade dos agentes, não os interesses ou necessidades dos mesmos, já que ao agirmos por dever, nossos interesses e necessidades são “deixados de lado”.
    A Ética Kantiana é deontológica. A razão Transcendental julga as ações. A razão nos mostrará quais condutas podem ser transformadas em regras universais. A razão também “indica” o conteúdo do dever, no entanto, ela não é livre justamente pela existência de tal dever.
    Podemos concluir que Kant nos mostra a estrutura que gera sistemas normativos morais. Para ele, a razão é essencial tanto no mundo físico como na Ética humana. Desenvolvidas as três máximas morais e de acordo com elas, a razão não permite que nosso instinto nos conduza. E a união de dever com instinto revela a natureza humana.

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  61. Para Kant existe a razão pura prática e a teórica, ambas são universais, estendendo-se a todos. A segunda está relacionada ao mundo externo, enquanto a primeira cria sua própria realidade, e é ela que tem o poder de criar ou impedir normas e fins morais.
    A razão pura prática tem a capacidade de criar imposições, é ela que determina o dever. Dever este que está incutido em nós, pois como ele decorre da razão pura prática seu cumprimento acaba indo além de um dever, é obedecer a nós mesmo, nos torna seres morais.
    Porém se isso está presente dentro de nós por que assume a forma de deve? Não deveria ser algo espontâneo?
    A ética para Kant surge para controlar os instintos humanos, pois para ele o homem é egoísta, cruel e ambicioso, não medindo esforços para conseguir o que deseja, mesmo que frequentemente não se sinta satisfeito ele precisa do dever para tornar-se ético.
    Esses instintos são mais fortes do que a razão, o que acaba por levar o surgimento da ideia de dever, controlando os instintos humanos, e nos tornando livres através do cumprimentos das três máximas morais.

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  62. Kant falava que nós, seres humanos, somos ruins por natureza, nós podemos matar, roubar, mentir entre outros atos que só fazemos pensando em nós mesmos, sem pensar nos outros, queremos a todo custo ser melhores, assim Kant acredita que somos seres egoístas. O que nos salva são os deveres, nos tornando seres morais.
    Porém se possuímos o livre arbítrio, porque temos que obedecer às leis que são impostas? Para Kant os seres são naturais, são livres sim, mas deixamos nossas paixões, emoções, desejos interferirem nas nossas decisões. A verdadeira liberdade vai além de nos deixar fazer o que queremos, ela nos mostra como não deixar nossos impulsos afetarem nossos atos, agindo moralmente.
    O dever é imperativo categórico. O dever revela nossa verdadeira natureza, aquela em que somos seres morais.
    Assim, temos o livre arbítrio, contudo, usar esse livre arbítrio sem pensar nas conseqüências para o próximo não é ser um ser moral, temos que nos basear também nos deveres.
    Também vemos que Kant relaciona ética, razão e o dever. Dividindo em dois tipos a razão: Razão pura teórica e Razão pura prática, as duas servem para todos os homens.
    A primeira possui uma realidade exterior, a natureza. Já a segunda cria sua própria realidade, são as leis e ações morais, esses conceitos são universais como acredita Kant.

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  63. Cada filósofo defende um viés de interpretação diferente acerca do homem e das coisas; isso é fato. Vimos em Hume, por exemplo, que nas questões concernentes à ética não existe espaço para razão explicá-la. Entretanto, Kant, por sua vez, avalia a ética e a moral como só passíveis de explicação através de um viés necessariamente racional; viés esse que para ele tem sido o mesmo desde sempre, ou seja, o “conteúdo” das ações é variável, no entanto a “forma” delas permanece sempre a mesma – as ações serão hoje e sempre racionais.

    Tal racionalidade divide-se para Kant em racionalidade pura teórica (especulativa) e racionalidade prática; além de ação movida por causalidade ou necessidade e ação movida por finalidade ou liberdade. Essencialmente, tal divisão apoia-se no fato da razão teórica consistir em um sistema de objetos que representa a realidade (exterior a nós), necessariamente independente de nossas vontades – ou seja, representariam a própria “Natureza” humana, abarcando todos os nossos desejos, vontades e paixões mais internos – e praticamente involuntários. Pela razão pura teórica, nós agiríamos de acordo com instintos “animais” seguindo nossas necessidades “animais”.

    Por sua vez, segundo Kant, nós possuiríamos a habilidade/capacidade também de realizar escolhas quanto às ações, e assim poder escolher a razão pura prática em detrimento da teórica (dos instintos): seríamos capazes de controlar nossas ações de acordo com as finalidades que vislumbramos para elas, sendo assim livres e AUTÔNOMOS.

    A partir do momento em que podemos criar e instaurar normas éticas baseadas em nossas escolhas e finalidades, criamos assim o que Kant chama de “dever”, uma espécie de “imposição” comportamental que criamos para nós mesmos, e que portanto seria INDEPENDENTE da realidade externa em que vivemos, ou seja, não sofreria influências ou coação de imposições externas à nossa vontade e à nossa consciência, representando, dessa forma, a mais alta manifestação de humanidade – nós mesmos construímos nossos valores éticos e nossas leis morais a partir das quais basearemos nossas ações.

    No entanto, é necessário ressaltar um fator grandiosamente importante na teoria ética de Kant. Ele afirma que o bom comportamento ético – a bondade – não estaria inerentemente existente na essência humana, mas que muito pelo contrário, na realidade haveria o oposto: seríamos cruéis, egoístas, mesquinhas, interesseiros e dissimulados; dessa forma, somente seríamos capazes de agir eticamente, bondosamente e assim ignorar nossos “instintos perversos” (desejos, impulsos e paixões) através da razão prática, ou seja, da imposição comportamental que fazemos a nós mesmos através do dever – e assim podendo conviver harmoniosamente em sociedade e sendo livres e autônomos.

    Além disso, Kant descreveria o dever como “universal” a toda e qualquer ação, ou seja, não seria restrito somente a algumas e somente sob determinadas circunstâncias/hipóteses; ele teria valor incondicional e por isso foi chamado por Kant de “imperativo” – um imperativo categórico.


    (continua)

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    1. ... A partir desse pensamento, Kant pôde deduzir três “máximas morais” que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever. A primeira consistiria na necessidade da conduta ética ser universal, ou seja, ser igualmente válida para todos aqueles com quem interagimos, em todo momento e local. A segunda afirma que nunca deve-se tratar nenhuma pessoa como meio/instrumento para alcançar nossos interesses, e a terceira, por sua vez, estabelece a diferença crucial entre ação movida por instintos (“natureza”) e ação movida por escolha: toda vez que agimos por deveres que criamos, estaremos sendo consequentemente morais porque somos racionais – dotados de livre escolha e autonomia; criadores de nossos valores e condutas. Kant afirma que o imperativo categórico não “impõe” uma determinada ação como correta, mas a sim a estabelece a “forma” como as ações devem ser realizadas. Quando conseguimos unir nossa vontade com dever, estaremos elencando/selecionando o que Kant chamou de “vontade boa que quer o bem”: a vontade que age em respeito ao dever, produzido claramente pela razão.

      Dessa forma, podemos concluir através das ideias de Kant que toda ação que julgamos imoral – como a mentira ou o homicídio -, será considerada dessa maneira pelo fato de que elas transgredem alguma das máximas morais (ou todas). Por isso devemos sempre questionar nossas ações – de preferência antes de torná-las reais –, no sentido de verificar se elas são realmente fruto da nossa razão ou se são tão somente fruto cego dos nossos instintos – se somos livres ou presos à eles. Temos para isto o parâmetro de Kant, seu imperativo categórico: agir moralmente – e portanto honesta e bondosamente –, significa escolher racionalmente ações que consideramos como “deveres” éticos para nós – e portanto escolher os “imperativos categóricos”, para com todo e qualquer ser com quem interagimos.

      kamila.star.p@hotmail.com

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  64. Para Kant o ser humano é naturalmente cruel e egoísta, tendo em mente sempre agir de forma a ganhar ou se sobressair sobre os demais. Por causa desse estado natural “ruim” Kant diz ser necessário o dever. Para explicar isto Kant fala de razão teórica e razão prática, as quais, ambas, são universais.
    A razão prática, a meu ver, é a mais importante, tendo em vista o comportamento das pessoas. Pois, esta nos permite criar normas e objetivos éticos para nós mesmos (deveres). Tem também o poder de impor estes deveres, controlando assim nossas ações e tendo certo poder coercitivo sobre elas, a fim de sermos todos éticos em relação as mesmas coisas, pois a razão prática é universal, ou seja, a mesma para todas as pessoas.

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  65. Gustavo Siqueira 21025112

    A busca da Razão e a perseguição incansável pelo desejo de entender a natureza humana engaja Immanuel Kant a postular suas teorias, que defendem uma interação do homem com o mundo, e não do mundo com o homem. Ou seja, a Razão pura dentro de uma moral universal, é dada por uma interação da mente humana em relação aos objetos físicos. De forma que o ato moral seja resultado de um estímulo mental já contido a priori no plano ideal contido na mente humana, que, sendo estimulado por uma interação humana com o objeto físico. Na Ética, Kant colocava como um ato moral, aquele que seguia uma linha entre um estímulo mental pelo mundo real, de forma que seria entendido como moral, um ato contido num conceito universal dado a priori pela natureza humana, sendo o ato moral, algo puro e livre de más consequências.
    A Lei da causalidade também influi no ato moral. Pois todo ato resulta em uma consequência, e se o ato é contrário ao conceito ético universal, resulta em uma consequência contrária ao conceito de "ato correto", sendo assim, o fim de uma ação seria o objetivo ético. Nesse postulado, Kant, vê a ética como algo imposto por leis Naturais.
    Dessa forma, Kant acredita que a Ética e a moral estão contidas num plano Natural, sendo ele algo universal e contido na mente de cada ser humano.

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  66. Daniele Rodrigues de Faria4 de junho de 2013 às 19:27

    De acordo com Kant, a razão pura prática, na qual não há a relação de causalidade, mas sim de finalidade , é o que faz com que nós, seres humanos, ajamos em conformidade com a moral. O dever, que parte dentro de nós e para nós mesmos, é aquilo que faz com que atinjamos o nível máximo de nossa 'humanidade', superando nossos instintos naturais, perversos e impulsivos. Portanto, ao contrário do que possa parecer, somos de fato autônomos quando conseguimos agir por dever, e não simplesmente pelos nossos desejos, que, no entanto, parecem-nos a tradução da 'liberdade'.
    Este dever não é algo dado, tampouco algo que possa ser catalogado ou alcançado por meio de fórmulas ou tabelas. Ele se traduz por meio de sua forma, que é universal e imperativa.
    Ainda segundo Kant, o sentimento moral defendido por Hume está dentro da própria razão, e é uma condição da razão humana.
    Por fim, deve ficar claro que Kant desenvolveu uma teoria de como se faz sistemas normativos, ou seja, sua Ética não possui o objetivo de esclarecer a conduta em AÇÕES ESPECÍFICAS, mas sim teorizar acerca destes sistemas normativos e, de certa forma, nortear as ações morais (gerais) em relação às três máximas morais que ele mesmo desenvolveu:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Com essas três máximas morais fica mais fácil de evidenciar a IMORALIDADE das ações, quando determinada conduta rompe com as mesmas.

    Daniele Rodrigues de Faria
    RA:21047112

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  67. Kant tem uma visão pessimista do homem. Para ele não existe bondade natural e também “precisamos do dever para sermos seres morais”, pois somos seres que por natureza somos egoístas, ambiciosos, destrutivos, cruéis, entre outras coisas ditas imorais.
    Kant busca uma fonte pura para a moral, a razão, a fim de tornar sua ética universal e atemporal. E faz, segundo Chaui, duas distinções: a distinção entre razão pura teórica e razão pura prática (ambas são universais, distinguem-se pelos objetivos); e a distinção entre ação por causalidade e ação por finalidade ou liberdade.
    A razão pura teórica é o mundo dos objetos que acontecem de forma determinada. É o reino da natureza.
    A razão pura prática é o mundo das ações humanas que acontecem por causa de uma finalidade escolhida com liberdade e finalidade pelo agente. É a liberdade como instauração de normas e fins éticos e imposição deles a si mesma. Imposição essa que ela mesma criou que é o dever. Constituindo, assim, o homem como um ser autônomo.
    Mas mesmo sendo “autônomos”, Kant diz que “Também somos seres naturais, submetidos à causalidade necessária da Natureza. Nosso corpo e nossa psique são feitos de apetites, impulsos, desejos e paixões. Nossos sentimentos, nossas emoções e nossos comportamentos são a parte da Natureza em nós, exercendo domínio sobre nós, submetendo-se á causalidade natural inexorável.”
    Assim, a natureza nos conduz a agir por interesse, e para sermos livres precisamos ser obrigados pelo dever de sermos livres. E o dever é um imperativo categórico que vale para toda e qualquer ação moral, sendo uma lei moral interior. Para Kant, há três máximas que exprimem sem exceções a realização do dever. E ao agirmos, devemos nos perguntar se a nossa ação está de acordo com essas máximas, ditas “fins morais”.
    Para Kant devemos compreender nossa destinação racional e não confundirmos nossa liberdade com a satisfação irracional de todos os nossos apetites e impulsos. E a moral kantiana é rigorosa, vai na motivação do sentimento humano, não considerando a simples “boa ação” como moral sem antes passar pelo teste da sua filosofia racional. A ética de Kant exclui o sentimento como base para a verdadeira moral. É contrária a natureza humana, conduz as pessoas a agirem puramente pela razão em sua ética, já que a mesma natureza faz com que as boas ações sejam relacionadas ao sentimento, à compaixão, ao calor humano, ao bem-estar.

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  68. Luis Alfredo da Silva4 de junho de 2013 às 20:22

    As teorias de Kant para o tratamento da ética e da proposição do ser ético em sua forma mais perfeita levam, em minha opinião, a criação mais perfeita de um comportamento ético no que tange a questão do dever por excelência.
    Contudo, esta perfeição é um tanto quanto irreal na prática geral do comportamento ético. Dificilmente algum humano real consiga em todos os momentos de sua vida, ou até mesmo em simples estantes agir de maneira conforme Kant propõe em seus estudos, o exercício de ações desprendidas de qualquer vinculo de meio e apenas de fim em si mesmas se torna mais como algo ideal do que prático efetivamente. Nesta critica, concordo com a aproximação do dever ético proposto por Hume e sua característica mais aliada a prática e controle de paixões e vícios.
    Contudo, a nível de idealização de um ideal de perfeição, Kant se apresenta como um ponto a ser estudado e perseguido eticamente.

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  69. Kant defende que o ser humano é naturalmente mal, não havendo bondade em seus atos quando se vê em seu estado natural, fazendo o que lhe faz bem, sem pensar no bem estar do outro. Da mesma forma, ele analisa que somos egoístas, e o que nos salva de atitudes más e nos torna seres morais são nossos deveres. É a partir desse ponto que ele analisa nossa verdadeira condição de “liberdade” e “bons costumes”.
    Para Kant, nós somos seres naturalmente livres, que podemos permitir que nossas vontades e paixões alterem nossas atitudes. Assim, usar nosso livre arbítrio sem pensar no bem estar do outro, ou no seu direito à igual liberdade não condiz com a atitude de ser ético. Portanto, a verdadeira liberdade ultrapassa nossas vontades naturais, estando relacionada não só à nossas atitudes tomadas, para atender nossas vontades e paixões, mas também nosso compromisso em respeitar o direito do próximo. A liberdade também incita o dever.
    Ele também expõe a diferença entre ética pura teórica e prática, sendo ambas universais. A teoria teórica está ligada ao nosso meio de convívio, ou nosso exterior, enquanto a prática é a que cria sua própria realidade e dita quais são as normas e fins morais a se seguir.

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  70. Dois conceitos importantes dentro da Filosofia de Kant são a Razão pura teórica e razão pura prática. A primeira trata das coisas exteriores a nós, que exercem reações de causa e efeito independente da nossa intervenção, enquanto que na segunda somos nós que moldamos o externo, ou seja, a realidade para ser algo de criação nossa, nossa visão sobre o mundo. O externo(o espaço, a natureza) carrega consigo a ideia de necessidade no sentido de que pra determinadas coisas acontecerem , outras precisam vir primeiro(ideia de causa efeito). Já nós carregamos conosco a ideia de finalidade, logo podemos instaurar normas com certos fins e impô-las sobre nós mesmos, é aí que o DEVER está.

    Não existe benevolência natural para Kant. Para ele as pessoas são egoístas, destrutivas, ambiciosas, agressivas, etc. O dever é o que nos transforma em seres morais. Nossos impulsos são oriundos da nossa necessidade natural, para Kant é por isso que somos, por exemplo, egoístas. Mas agir de forma impulsiva pode dar uma sensação de liberdade nas ações, que na verdade é falsa, já que somos condicionados naturalmente a agir dessa forma. Não há nada de liberdade aí. A real liberdade que Kant defende está no dever. Ser livre tem que ser uma imposição do dever e não algo inato ou natural das pessoas.

    O dever não é algo indicativo, mas sim imperativo, ou seja, não há condições nas supostas leis morais, mas sim imposições. A imposição máxima para Kant é agir baseado em proposições que sirvam para todos, logo, que é universal. A partir dái pode-se colocar três regras primordiais(máximas) que o dever impõe: ser ético é algo que deve ser obrigatório para todos os seres humanos ditos racionais e vale para qualquer época ou lugar, portanto universal; os seres humanos não devem ser usados como meio, de maneira interesseira("cálculo interesseiro" nos termos dele), ou um "degrau" para algo, mas, na verdade, devem ser o fim, ou seja, a dignidade e o respeito de um humano para outro deve ser uma imposição inquestionável; para todos os seres humanos serem racionais, eles tem que possuir liberdade ou autonomia, sendo isso uma clara distinção do lado natural e impulsivo dos homens com relação aos fins, estes, agora, éticos, que eles buscam.

    O dever não nos diz que devemos agir honestamente ou que devemos ser justos em tudo o que fazemos, ele na verdade é preponderantemente baseado nas três máximas morais do parágrafo anterior. Dada determinada ação, se ela rompe com qualquer uma das máximas morais, então essa ação não é ética ou moral dentro da teoria de Kant. Para uma ação ser moral ele deve ser praticada baseada no dever, nunca por inclinação ou cálculo interesseiro. A pessoa buscar felicidade é um exemplo de dever, infringir isso por qualquer inclinação que seja, é imoral.

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  71. A meu ver, boa parte do pensamento de Kant está correto, ele afirma o papel da razão na ética, que a bondade natural é uma ilusão e que de fato somos gananciosos, destrutivos, agressivos... E que o dever é uma forma de que nos podemos controlar este nosso instinto!
    O homem de fato não faz o bem simplesmente pelo bem, sempre terão interesses por trás das ações.
    Kant deduz três máximas morais que deixam clara a interiorização do dever, que é denominado uma vontade boa que quer o bem aonde há um acordo entre moral e dever.
    Assim um ato que transgrida essas três máximas será considerado imoral na visão de Kant.

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  72. Para Kant, o homem é um ser cruel por natureza e egoísta. Consequentemente o homem é incapaz de realizar uma ação onde a emoção é centralizada.
    A única forma de buscar a perfeição na conduta humana é através da razão, pois o senso de dever faz com que o individuo haja moralmente da forma correta, ou seja, o “bem” é uma exigência da razão humana.
    O imperativo categórico, para Kant, é a regra que deve reger as ações humanas. Elas devem ser universais.
    O homem busca somente saciar seus desejos, individualmente e de forma egoísta, isso acontece naturalmente, como dito acima, a crueldade e o egoísmo é algo natural para o homem.
    Kant propõe as três máximas morais do dever:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    O nosso agir deve ser condizente às três morais acima descritas, sendo assim o dever é algo indispensável para nos levar as condutas morais corretas.

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  73. Em oposição as opiniões de Hume, Emanuel Kant, propõe que a razão é o que move as ações humanas.
    Para o autor a razão é o que nos diferencia dos animais, pois quando agimos puramente por emoções é que vem a tona a nossa natureza animal e que precisamos nos autos impor deveres para nos tornarmos seres morais, e que devemos agir por dever, e não somente conforme o dever.
    No texto “A metafísica da Ética”, o tema abordado por Kant é que a moral e a ética só podem ser atingidas se seguirmos os preceitos dos deveres que nós mesmo nos impomos, e que a única forma de nos aproximarmos da perfeição humana é por meio da razão sem ser movida pela emoção ou por outros interesses com base nisto Kant propõe três máximas morais:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Assim qualquer ato que não seguem estas máximas, torna o autor do ato imoral

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  74. Kant, diferentemente de Hume, estudado na aula anterior, vai afirmar que é a razão, e não a emoção, que define o que é o agir ético.

    Para entender a ética de Kant é preciso ter em mente que, para ele, o ser humano é dominado por seus instintos, suas paixões e desejos. Dessa forma, o autor considera o homem como sendo egoísta, ambicioso, cruel e ávido de prazeres. Essa parte da Natureza em nós nos faz agir por interesse, fazendo com que nos utilizemos de outras pessoas como meios para atingir algo, e não fins.

    Uma vez que os desejos são mais fortes do que a razão, estes precisam ser "dobrados" pela razão prática, de forma a impo-la sobre o nosso ser moral, o tornando ético e bom. As motivações passam a ser do interesse(emoção) para o dever (razão).

    Este dever não é definido fixamente por meio de regras para cada tipo de situação, a fim de ser uma lista do que se pode fazer ou não, e sim "uma FORMA que deve valer para toda e qualquer ação moral". Por essa forma ser imperativa e não indicativa, denomina-se Imperativo Categórico, pois não variam de situação para situação e valem sem exceções para todas as circunstancias.

    Kant formula 3 máximas morais que devem ser seguidas por aqueles que buscam um agir moral. Elas são:

    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

    Além disso, para o autor, uma ação só pode ser considerada boa se ela agir em conformidade com o dever e PELO dever, o respeito por este é produzido por nós pela razão. Para ele, caso queiramos saber se nossas ações estão de acordo com a ética, é preciso questionarmos se elas estão de acordo com as 3 máximas morais.

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  75. Para Kant, as pessoas são ruins por natureza e são capazes de praticar atos cruéis e utilizar outras pessoas como meios para saciar seus desejos. Para conter esses impulsos causados por essa natureza cruel, existe o dever, que é uma necessidade interna de realizar ações apenas por respeito à lei prática. Um ato só pode ser considerado moral se for realizado por dever, sem nenhum interesse pessoal.

    Kant afirma que o único princípio que determina a vontade a agir por dever é o imperativo categórico, que pode ser definido como um sistema de “ordens da razão” que determinam como devemos agir, sem se referir a qualquer propósito a posteriori, portanto, não tem nenhuma relação com o empírico. Um imperativo é considerado categórico se pode ser usado em qualquer situação, por qualquer pessoa, em outras palavras, é universal.

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  76. Kant encara a ética como uma ação totalmente racional, somos por natureza egoístas, segundo ele, e por isso é necessário um dever maior para que sejamos éticos. Mas há um questionamento feito em relação ao indivíduo ser racional e livre não há espontaneidade em valores, fins e
    leis morais. Kant explica esse fenômeno pelo fato do indivíduo ser um ser natural, submetido as causalidades da natureza, sendo assim possibilitando a autonomia ética.
    Uma vez que Kant enxerga o ser humano cheio de apetites, impulsos, desejos, tendências e comportamentos naturais ele deixa claro que para sobrepor todas essas vontades mencionadas anteriormente é necessário impor a moralidade pelo dever.
    No texto também é apresentando as três máximas morais de Kant, as quais clareiam a interiorização do dever, sendo assim e ele designa o acordo entre vontade e dever como vontade boa que quer o
    bem. Ao interiorizar o dever moral, desvincula-se a ideia de que o mesmo seria imposto ao ser, divergente da vontade do mesmo.

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  77. Para Kant os seres humanos não são bons por natureza, na verdade, são egoístas, ambiciosos, ávidos de prazeres, entre outras imperfeições. Isso acontece porque somos seres naturais e a natureza apenas nos permite agir através de interesses. Assim sendo, conforme Kant “Quem se submete a eles não pode possuir autonomia ética”.
    Kant entende que para alguém ser considerado um indivíduo que age moralmente, este deve seguir suas três máximas. Entretanto, ao analisar o mundo atual parece que essa atitude está se tornando cada vez mais difícil de ser praticada.
    Ao conhecer um pouco mais sobre o pensamento de Kant, tive a lembrança do conteúdo de um dos diálogos de Platão, em que retratando os pensamentos de Sócrates, Platão explica que o filósofo busca conseguir atingir o estado de separação entre o corpo que age pelos interesses/impulsos e o espirito que não nos engana e que representa nossa única chance de conseguir um pensamento racional. Acredito que para conseguir viver conforme as máximas de Kant, também seja necessário fazer esse exercício de separação do corpo e do espirito.

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  78. Fernando Santiago Moraes da Rocha4 de junho de 2013 às 21:57

    Primeiramente, Kant afirma que as ações do homem são provenientes da razão, ou seja, dispensam qualquer empirismo. Essas ações não são naturalmente bondosas, mas sim relacionadas a um egoísmo e uma ambição que faz com que o homem baseie suas ações sempre em algum interesse. Sendo assim, há a necessidade de um dever para que o homem possa agir moralmente.
    Por sua vez, a moral para Kant é tratada através de uma distinção entre dois mundos, o físico e o moral. O mundo físico está relacionado com a razão pura teórica e o mundo moral com a razão prática. Estes dois tipos de razão são apresentados por Marilena Chauí para afirmar a universalidade na razão de Kant. A razão pura teórica busca entender a causa e o efeito das ações, sem a intervenção do homem. Já a razão prática tem uma realidade própria com ações livres e, com base nessas ações livres, cria-se o dever.
    Portanto, para Kant o dever não depende de nenhuma condição para existir, mas a moral sim depende da existência do dever. Essa incondicionalidade do dever é mostrada por Kant em suas três máximas morais. São elas: “Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza; Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.”

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  79. Mateus Baeta Diógenes4 de junho de 2013 às 21:59

    Kant vê a moralidade com uma necessidade ao ser humano, como uma autenticidade de nossa autonomia, pois a liberdade e autonomia nada mais seria do que deixar de seguir as nossas inclinações, anseios naturais, e se propor pelo dever, a fazer o que considera certo na sua essência.Já que acredita na maldade humana e esta é usada para justificar muitos princípios pelas suas consequências como é o caso de pegar dinheiro emprestado sem poder pagá-lo, mas o seu extinto faz com que isto seja válido, conduto imoral.
    Até a mentira mais inocente é considerada imoral para Kant, já que o fato de sermos seres racionais, faz com que não possamos ser usados como meio e merecemos a verdade, e isto só ocorre quando os atos se justificam em si mesmo.
    Tendo em vista que está ética é baseada no dever, Kant propõe uma lei moral, esta não obedeceria a condições subjetivas, ela transcenderia as diferenças entre os indivíduos e assim seria universal, sendo única, pois todos conseguiriam acessar a razão pura tirando tais pressupostos, e assim a minha moralidade seria igual a de todos já que somos seres racionais.

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  80. O cristianismo introduz uma nova idéia na moral: a idéia de dever, ou seja, a virtude é a obrigação de cumprir o que é ordenado pela lei divina. Diferente das outras religiões da Antiguidade, a vida ética do cristão é definida por sua relação espiritual e interior com Deus e não com a sociedade como antigamente, portanto devemos obedecer à lei divina. Segundo esta religião somos seres fracos, desde o pecado original nossa vontade se perverteu e somos inclinados a práticas pecaminosas, divididos pelo bem e mal, é por isso que não devemos confiar em nossa vontade, que é pervertida, necessitamos do auxílio divino.

    A idéia de dever é introduzida pelo cristianismo para responder a um problema ético, porém nos aparece outro problema: a autonomia. Segundo Marilena Chauí: “Se o sujeito moral é aquele que encontra em sua consciência (vontade, razão, coração) as normas da conduta virtuosa, submetendo-se apenas ao bem e jamais a poderes externos à consciência, como falar em comportamento ético por dever? Este não seria o poder externo de uma vontade externa (Deus), que nos domina e nos impõe suas leis, forçando-nos a agir em conformidade com regras vindas de fora de nossa consciência?”. Em resposta a esse problema Kant volta a afirmar o papel da razão na ética.

    Kant ao falar sobre a razão pura prática nos explica o dever na ética. Segundo ele a razão prática é universal, a mesma para todos os homens em todos os tempos e lugares, variando segundo a história ou experiência, mas permanecendo a mesma em conteúdo. Essa razão institui a própria realidade, ou seja, a vida humana, a existência humana em sociedade que depende da vontade humana. A razão prática formula e introduz normas para a ação ética e ao mesmo tempo impõe essas normas, então, sendo essa razão a própria realidade em que vivem os homens podemos concluir que a razão prática impõe normas que ela mesma criou (dever), ou seja, longe de ser uma imposição externa (divina) o dever é a expressão de nossa liberdade, da presença da lei moral que vive dentro de todos os seres humanos. Por isso somos seres autônomos.

    Entretanto não somos somente seres morais, que buscam somente o bem, buscamos também nossa satisfação instintiva, nossos desejos naturais. Temos apetites, impulsos, desejos e paixões que nos submetem a causas exteriores a nós. A natureza, então, nos faz agir por interesse, utilizar pessoas e coisas como instrumentos para chegarmos aos nossos desejos, impulso cego determinado pela causalidade natural e não por nossa vontade livre e própria. Portanto, para sermos livres devemos ser obrigados pelo dever de sermos livre. Segundo Marilena Chauí: “[...] o dever revela nossa verdadeira natureza de seres racionais. O dever não nos é imposto e sim proposto pela razão à nossa vontade livre. Quando o querer e o dever coincidem, somos seres morais, pois a virtude é a força da vontade para cumprir o dever”. Lembrando que para Kant o dever é uma forma imperativa (que ordena incondicionalmente) que deve valer para toda ação moral. O imperativo categórico: “Age em conformidade apenas com aquela máxima pela qual possas querer ao mesmo tempo que ela se torne uma lei universal”.

    Concluindo: Kant procura conciliar dever e liberdade e para isso propõe que devemos considerar que o dever nasce dentro de nós pela razão, portanto a impressão do dever como algo imposto de fora acaba.

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  81. Para Kant não existe bondade natural, somos por natureza, egoístas, destrutivos, agressivos e cruéis. Para isso existem as leis universais que permitem um convívio em sociedade. Nós a respeitamos contrariando nossos instintos naturais, para poder desfrutar de uma vida em comunidade.
    Nós temos como dever seguir essas normas que nós mesmos criamos para assim sermos considerados moralmente éticos e estarmos dentro do padrão de vida em comunidade. Essas normas segundo Kant devem ser iguais para qualquer homem e em qualquer tempo. Devemos deixar de lado a emoção em certos momentos e aderirmos a razão, assim conseguiremos respeitar essas normas.

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  82. Arthur El Reda Martins
    RA 11002610


    Diferentemente de Rousseau e Hume, Kant tem a razão como ponto principal do seu pensamento. Para Kant a natureza humana é egoísta, má, cruel. Para agir da forma que de acordo com ele é a moralmente correta, é preciso que haja uma dissociação entre as nossas emoções e impulsos da nossa razão, criando assim a moral e o estado de convivência social.
    Kant elabora 3 leis morais, que são: a ação como sendo uma lei universal da natureza, a ação tratando os outros como a si, sempre visando um fim, e finalmente que a ação deve servir como uma lei universal, um ponto de referência. Através dessas máximas morais, Kant diz que conseguimos buscar a razão em detrimento das nossas emoções e impulsos.

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  83. Na tentativa de compreender e interpretar o papel da razão na ética, Kant assume uma posição em que o egoísmo é algo inerente aos humanos, tendo em vista que agimos motivados por impulsos naturais que temos,sejam eles vitais ou sentimentais ,agimos pelo interesse de encontrar uma finalidade.
    No entanto acreditamos ser livres e que temos domínio das coisas, livre-arbítrio, mas na verdade somos submissos a esses impulsos naturais constituídos por fome, sono,apetite, etc.Nosso livre-arbítrio é condicionado à essas variáveis, então não é tão livre assim.Para que a razão seja mais imponente que tais impulsos entra então a razão prática - em seguida explicada.

    Além de dividir a razão entre prática e teórica, sendo a primeira,uma razão que cria sua própria realidade e a impõe (dever) e a segunda como exterior a nós e como define Marilena Chauí, "um sistema de objetos que opera segundo leis necessárias de causa e efeito, independentes de nossa intervenção".
    Kant vê a razão como algo que nos dá moralidade pois faz com que criemos um modo de imposição sobre nós mesmos, o dever. O dever vai orientar pra que se tenha práticas éticas em situações em que se teria um impulso natural.
    -Mas porque a razão é algo que nos orientará a sermos éticos?-
    Pois é algo que rege o interesse para o dever, e só seremos livres se o dever impor liberdade.O dever é algo universal e o que o motiva é uma lei interior.Kant então, elaborou três leis que determinam atos realizados por dever sem restrição:

    1.Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2.Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3.Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

    Com estas três leis há como definir o que é moral e o que sai dos padrões,sendo uma imoralidade.

    A visão de Kant não é absoluta e há que acredite em teorias diferentes à sua de viés racional( assim como Hume, que atribui a ética justificativas interligadas as paixões), como a que a nossa natureza é essencialmente boa e que as imoralidades são frutos de não conhecimento. No entanto, aprecio a maneira como Kant fundamenta sua tese de modo a apresentar a moralidade com uma lei central que vai constituir uma base para que dela se derive outros elementos que vão justificar o comportamento das ações. E a partir destas derivações que são suas 'máximas' a orientação do que é moral ou imoral, é interessnte ver a rede que vai se tecendo de modo a interligar leis e justificações que vão constituir algo como um 'processo de etapas' capaz de identificar e orientar ao moral.

    Raquel R. Rios

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  84. Para Kant, a razão humana é capaz de explicar o mundo físico e o mundo moral. Entendemos como mundo físico aquele regido por leis de causa e efeito, estável e que utiliza a razão pura teórica, e como mundo moral aquele aonde existe agentes livres que, apesar de certas “determinações”, podem escolher a forma que preferirem para agir, e que está relacionado à razão prática. Kant defende que o ser humano, quando observado como objeto do mundo físico, é naturalmente egoísta, cruel, agressivo, ambicioso e destrutivo, e uma ação só será realmente moral quando for realizada independente dos desejos, interesses ou afinidades do agente. Desta forma, para se tornar um ser moral, o ser humano precisa agir não conforme sua natureza, mas por dever. Como resumido por Marilena Chauí em seu texto, “a razão prática e a verdadeira liberdade precisam dobrar nossa parte natural e impor nosso ser moral. Elas o fazem obrigando-nos a passar das motivações do interesse para o dever”
    A ética de Kant se baseia em três máximas morais, são elas:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

    Como depende do dever, e este permanece o mesmo independente do agente, a ética kantiana é considerada imperativa, universal, inquestionável e aplicável somente aos seres racionais.

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  85. Na concepção de Kant, o bem pode ser considerado com uma das exigências da razão humana. E para ele, a razão irá exercer um papel fundamental nas avaliações morais. O homem natural que tem o instinto destrutivo e puramente egoísta, este homem será sempre regido por suas emoções, impulsos e instinto. E a razão servirá para impor a moralidade nos homens. E esta razão que se pode considerar como prática não possuirá qualquer tipo de relação de causalidade com os objetos externos. A liberdade da razão pode será chamada de dever moral e este deverá reger nossos comportamentos e condutas. Sendo nós, seres racionais, devemos arcar com as responsabilidades dos nossos atos, sendo assim, fugir de nossas obrigações, ou até mesmo deixá-las de lado, é agir de acordo com o nosso instinto primitivo (nossa natureza egoísta e destrutiva). De forma que se haja tal como os demais animais.
    Nisto consiste o nosso livre arbítrio, podemos agir de forma selvagem e animal, porém sempre a razão nos irá guiar a agir com maestria.
    Sendo assim, a filosofia moral não será somente o julgamento das ações, mas sim uma ferramenta capaz de estabelecer proposições morais que tenham aplicação prática. Este só serão válidos, se necessários.


    Fernanda A. Nascimento
    RA 21071312

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  86. Para Kant, assim como para vários outros filósofos, o homem é, em muitos casos, um ser mal e que pensa apenas nele. A sua razão teórica tenta entender os acordos de causa e efeito sem a intervenção do homem.
    Outro ponto abordado pelo texto é o das três máximas morais do dever expostas por Kant e baseando-se nelas chegamos à conclusão de que o dever é algo incondicional, como se fosse uma força que nos faz ser éticos (corretos e morais) e por conta disso devemos nos questionar sobre as nossas ações, se estão de acordo com o que é moral e, assim, com as máximas Kantianas.
    Assim chego a conclusão de que essa noção de dever esta, segundo Kant, dentro de cada um de forma a não ser percebida e assim as atitudes de todos tendem a uma atitude segundo os termos éticos e morais.
    Guilherme N A Melo
    RA: 21050512

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  87. Jessica Raissa Oliveira Laureano4 de junho de 2013 às 23:46

    No texto da Mariana Chauí, Kant afirma que não existe bondade na natureza humana. O homem é egoísta, cruel e, é capaz de cometer atrocidades para satisfazer seus prazeres. Para Kant, devemos impor deveres a nós mesmos, uma vez que se não agirmos ou não tivéssemos racionalidade, seriamos como animais, impor esses deveres é fazer com que nos tornemos seres morais. Ele parte de dois preceitos: o primeiro entre a razão pura teórica, que trata de uma realidade externa e a razão pura pratica que a razão é criada através daquilo que se pratica. Essas razões são as mesmas em qualquer espaço e tempo.
    No segundo texto, “A metafísica da Ética”, Kant afirma que a ética e a moral só pode ser atingida se seguirmos os deveres que impomos a nós mesmos. A partir daí ele elabora os imperativos categóricos, são eles:
    1. Sua ação deve ser vista como leis da natureza;
    2. Sua ação deve tratar você e os demais como fim, nunca como meio;
    3. Sua ação deve servir como exemplo para o resto da humanidade.

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  88. Kant dá grande importância ao dever, sendo uma espécie de lei moral interior, e que deve ser seguida por todo ser humano. Ela é imperativa e não admite hipóteses, condições ou interpretações. Mas mesmo o homem sendo racional, ele precisa estar sempre atento para que o dever seja maior que as vontades e impulsos naturais. Isso também não quer dizer que esse “policiamento” sobre nós mesmos será uma violação à nossa liberdade ou à nossa natureza passional, pois o homem como ser racional terá sua natureza revelada pelo dever.

    O dever de Kant é submetido a uma “fórmula”, decomposta em três regras (máximas morais). Para uma ação ser moralmente aceita, ela precisa obedecer as três regras.

    Um ponto interessante em Kant e que eu concordo, dito no texto da Marilena Chauí, é que o homem nasce mau, e com o decorrer do tempo ele deve aprender a ser bom raciocinando e agindo eticamente. Isso bate de frente com a teoria do “bom selvagem” de Rosseau, que na minha opinião, não funciona.

    Ass. Helder Aires da Silva - RA 21008610

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  89. Kant define ética, através da metafísica, como as leis da liberdade. Nesse contexto, ética é dividida em teórica e prática, e a razão ganha papel fundamental e intrínseco como ferramenta que possibilita a existência e o entendimento da ética. Para o autor o ser humano é racional e ao mesmo tempo instintivo; essa parte instintiva constitui nosso lado mais passional e tende ao egoísmo e a amoralidade, que é expressa pela satisfação dos nossos impulsos e desejos sem qualquer questionamento, enquanto a razão serve para impedir que a realização dessas vontades comprometa nossa moralidade. Em outras palavras, a razão controla nossos instintos.
    Partindo dessas concepções, Kant defende que a razão estabelece deveres, uma espécie de regra moral universal imposta pela razão que não possuí motivação psicológica, é a lei moral interior.

    Atos violentos, injustos ou quaisquer outras ações consideradas imorais são transgressões ao dever e representam a satisfação irracional dos nossos ímpetos e desejos. Sendo o dever algo válido para toda ação moral, o papel da razão é traduzir e conciliar nossos instintos nos limites do dever, de modo que a realização dos mesmos vá de acordo aos conceitos éticos. A resultante entre desejo e razão expressa nossa natureza humana.

    O dever é um imperativo categórico, não admite hipóteses e ordena incondicionalmente, expresso na seguinte regra geral: Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal. Kant ainda define três máximas morais, responsáveis por demonstrar a incondicionalidade dos atos realizados por dever, que são:

    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais;

    Respectivamente essas máximas significam: nossas ações devem ser universais e representam aquilo que qualquer ser humano deve fazer como se fosse uma lei inquestionável; devemos agir respeitando a humanidade e a dignidade do próximo, outro ser humano não pode ser um meio, apenas o fim das nossas ações; nossas ações devem servir de modelo para qualquer ser racional.

    Por fim, uma ação boa, para Kant, obrigatoriamente respeita essas três máximas supracitadas e é executada apenas pelo dever, completamente desprovida de interesses ela é motivada pelo dever em si e nada mais, enquanto que as ações más são aquelas que, de alguma forma, transgridem as máximas morais.

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  90. De acordo com Kant, todos os seres trabalham regidos pelas regras da Natureza de causa e efeito. O ser humano também está preso a estas regras, mas possui a liberdade de manipular estas relações de causa e efeito por conta de sua racionalidade. Deste modo, o ser humano pode trabalhar de modo a gerar o bem ou o mal aos outros seres.
    E a partir daí é que se desenvolve se é a emoção ou a razão humana que determina se faremos o bem, ou até mesmo o que determina o que é o bem e o mal.
    Kant considera que o ser humano é movido pelo instinto de ganhos egoístas, e que isso o compele a atitudes imorais. A razão é o agente que nos força a cumprir as três leis morais de Kant, criando assim o dever.

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  92. No “A metafísica da Ética”, o tema abordado por Kant é que a moral e a ética só podem ser atingidas se seguirmos os preceitos dos deveres que nós mesmo nos impomos.

    Já Marilena Chauí diz em seu texto que, para Kant, não existe bondade natural, o ser humano é egoísta, cruel, destrutivo e mente, rouba, mata, etc. para saciar seus prazeres. Para ele, se a razão não existisse, o ser humano seria como um animal e que para nos tornarmos seres morais precisamos nos auto impor deveres.

    Ele expõe suas ideias fazendo duas distinções: na primeira, entre a razão pura teórica e razão pura prática; já na segunda, entre ação por casualidade e ação por finalidade.
    A razão teórica trata de uma realidade exterior a nós enquanto que a razão prática cria a sua própria realidade na qual se exerce.

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  93. Segundo kant, não existe bondade natural. Como exposto por Marilena Chauí em sua análise sobre Kant, temos os homens como "egoístas,ambiciosos, destrutivos, agressivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca nossaciam" e pelos quais matam, mentem e roubam. A moralidade do homem nasce com o dever. Somemte o dever os torna homens morais (embora Kant mesmo adimita que o homem por natureza é racional).

    Kant coloca a razão humana como um meio para explicar dois mundos: o físico - regidos pelas leis de causa-efeito, e que se utiliza da razão pura teórica - e o moral, onde os agentes, embora convivam com certas "determinações/obrigações" gozam do livre arbitrio de agir segundo suas vontades.

    Para Kant, o ser humano pode ser interpretado como um objeto pertencente ao mundo físico, que vive uma constante inibição de seus "impulsos" - interesses - e impõe o dever, como forma de alcaçar a moralidade

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  94. Para Kant, o homem é mau por natureza, pois temos condutas agressivas, somos egoístas, ambiciosos e destrutivos, logo não somos seres naturalmente morais e logo necessitamos dos deveres para nos tornarmos seres morais. Primeiramente, Kant parte da distinção entre a razão pura teórica e a razão pura prática, apesar de ambos serem universais, a razão teórica tem relação com o que se trata do exterior a nós, ao passo que a razão prática não atribui os efeitos do exterior, mas sim de uma criação da própria realidade.
    O dever é um imperativo categórico, não parte de uma motivação psicológica, mas da lei moral interior. A fórmula do imperativo categórico pode ser expressa como: “Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal.” E a partir dessa fórmula, Kant conseguiu deduzir três máximas morais: a primeira máxima é a da universalidade da conduta ética, na qual o ser humano racional deve fazer como se fosse uma regra indubitável e é válida para qualquer tempo e espaço, a segunda máxima é a de que tratemos a ação deve tratar as outras pessoas como fim e nunca como um meio, por fim a terceira máxima é a de que a ação deve servir de lei universal para todos os seres racionais.

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  95. Rodrigo Cardoso Silva Pinto5 de junho de 2013 às 21:56

    Para Kant, o homem em seu estado natural é um ser muito primitivo, que por sua natureza faz o necessário para sobreviver, mas não para viver em sociedade, por isso a moral e o pensamento lógico é algo necessário, para viver em harmonia e sobreviver. Para Kant, os humanos não precisam de certas ciências, porém o fazem por finalidade e liberdade.
    Kant acredita que o homem, se submetido ao que a natureza lhe proveu, não é hábil a viver em sociedade, pois ela deu aos homens o poder de viver por si e só por si, agindo por interesse próprio. Se o homem, se submeter ao natural, nunca alcaçara a ética. E mais, para Kant, para sermos livres, precisamos ser obrigado pelo dever de sermos livres. Liberdade e moral, estão entrelaçadas e são totalmente compatíveis e necessárias.

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  96. Para Kant, o homem é, por natureza, um ser mau levado por seus instintos e desejos, e é por isso que o dever existiria para nos tornar seres morais.

    Para tratar desta moral, Kant faz uma distinção entre o “mundo físico” e o “mundo moral”. O mundo físico é estável, regido por leis de causa-efeito e relacionado à razão pura teórica. Já o mundo moral contém agentes livres para agir como bem entenderem, mesmo havendo determinações.

    A única forma de buscar a perfeição da ação humana, no que se refere a sua conduta, é por meio da razão, despida de motivação ou emoção, onde a necessidade de realizar o correto racionalmente se impõe ao indivíduo, e este só será moralmente correto se agir por imposição do senso de dever.E, para analisarmos a moralidade devemos levar em conta a liberdade dos agentes, já que ao agirmos por dever nossos interesses e necessidades são “deixados de lado”.

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  97. Para Kant não existe bondade natural, o ser humano é cruel por natureza. Ele se opõe a Hume no que se trata de questões emocionais para os seres humanos, Hume acreditava que as emoções movem as pessoas, para Kant a razão é o ponto principal que move as nossas ações, e através dela um ser humana seguindo regras/leis criadas poderia se tornar perfeito. Acredito que as pessoas além dá razão contam com a emoção também para tomar suas decisões, seres humanos são emotivos.

    Kant define três máximas para a moralidade, regras que falam como deve ser um comportamento ético, considerando normas universais éticas. Kant tem uma visão totalmente pessimista do homem, dá a entender que o ser humano age sempre querendo algo em troca, discordo dessa visão, acredito que podemos agir pela emoção querendo apenas o bem do próximo e sendo ético por bondade.

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  98. Enquanto em Hume vimos uma limitação na qual a Razão trabalha no campo da moral (paixões) e em geral tomamos que para Hume as nossas ações morais não são dadas pela Razão, já em Kant, vemos certo contraponto, pois a Razão em Kant poderá nos explicar a nossas ações morais e os limites da nossa compreensão do mundo externo. Ou seja, para Kant a filosofia deverá sair do campo do ceticismo, ou seja, da dúvida da razão, mas também nos mostra o mesmo que não podemos ser dogmáticos em relação a função da Razão nas nossas regras morais.

    Para Kant existem dois tipos de Razões Universais, a Prática (dever moral) e a Teórica(relação de causa e efeito). A distinção entre ambas, como é descrito no texto de Chauí, será feita pelos elementos “necessidade e finalidade/liberdade”. A Teórica irá se diferenciar, pois utilizar a necessidade, para Kant a Natureza é necessidade, ou seja, os objetos dados externos a nós que não são relativos a uma moral pura prática são condicionados por leis da causalidade, a física, astronomia, psicologia.

    Nós, seres racionais, agimos tanto segundo a Teórica, que são as nossas inclinações, a busca pelo prazer, as ambições, mas também agimos, ou melhor, deveríamos agir segundo a razão Prática. Agindo apenas pela teórica nos tornaríamos seres egoístas, ambiciosos, destrutivos, que buscam prazer, mas como Kant busca fundamentar deveríamos agir pelo nosso dever. Deveríamos agir com base no nosso respeito pela lei moral, da qual é de natureza categórica “faça aquilo” ou “não faça aquilo”. Kant nos oferecerá para a nossa moral três máximas da qual nos deveremos colocar as nossas ações sob julgamento. Ao agirmos embasados no nosso dever moral não restringimos ou impondo a nossa ação fora das nossas vontades ou consciência, estamos obedecendo a Expressão da lei moral em nós, o que seria a manifestação de mais alta humanidade em nós.

    No seu livro “Metafísica dos Costumes” encontramos “a razão ser incapaz de perceber a necessidade daquilo que é e acontece, e do que deve acontecer, se não assenta como princípio uma condição, sob a qual a coisa é, acontece ou deve acontecer (dever moral).” Kant me parece criticar os filósofos que embasa a sua episteme na lógica ou leis causais e não incluem, assim como o mesmo a importância do nossos dever moral nas ações.

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  99. É compreensível agora para mim, principalmente depois da aula a diferença entre os pensamentos de Kant e de Hume. Diferentemente do Hume, a autora Marilena Chauí em seu texto sobre Kant revela que ele pensava da seguinte forma "o móvel moral da vontade boa é o respeito pelo dever e pelos outros constituem a bondade da vontade ética". Sendo assim, percebe-se que ele não considera o agir como algo livre, ou seja, ações boas não são realizadas naturalmente pelos seres humanos, a não ser que se tenha deveres que nos obriguem a realizá-las. Tem-se então que as ações humanas nem sempre são como Hume pensava, depois do raciocínio afectivo resulta-se em ações práticas e que tendem sempre para a melhor escolha – fazer o bem, para Kant o ser humano não pode ter esse grau de liberdade, pois tem tendências egoístas, que podem não considerar agir com bondade a favor do outro.
    Portanto, percebeu-se no geral que o imperativo categórico tem como princípio prático o agir em conformidade com leis universais, sendo essas leis referentes a atos que todos os seres humanos entendam como fundamental – aquela que não afeta negativamente a vida de uma pessoa, ou seja, considerando atos bons.

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  100. Para Kant, devemos buscar ser seres morais porque nossa natureza é má, e é só através da boa vontade que podemos evitar que nossos talentos e qualidades tornem-se maus e prejudiciais.

    Como visto anteriormente no curso, de maneira introdutória, Kant assume uma linha deontológica da moral: a moralidade de uma conduta está na ação em si, não nos resultados que dela se sucedem. Na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant afirma que para uma ação ser considerada moralmente boa, é preciso, ainda, que ela seja praticada pelo DEVER de ser praticada, pela boa vontade.

    (Nesta questão, me parece que existe uma aproximação com a proposição aristotélica (Ética a Nicômaco) de que para que um ser seja considerado virtuoso, não basta que pratique atos virtuosos, mas é preciso "investigar" o que motiva sua execução. Um homem que paga suas dívidas pelo dever de fazê-lo (imperativo categórico kantiano) é considerado um ser virtuoso, enquanto que aquele que o faz a fim de não sofrer as consequências do não pagamento (imperativo hipotético kantiano), não o é.)

    Mas de onde viria a nossa capacidade de julgamento ético e o cumprimento da lei moral? Da razão prática, responde Kant. "Todas as coisas na natureza operam segundo leis. Apenas um ser racional possui a faculdade de agir segundo a representação das leis. Isto é, segundo princípios, ou, por outras palavras, só ele possui uma vontade. E, uma vez que, para das leis derivar as ações, é necessária a razão, a vontade outra coisa não é senão a razão prática." e "(…) a vontade é uma faculdade de escolher somente aquilo que a razão (…) reconhece como praticamente necessário, isto é, como bom."

    Camila Almeida A. de Souza
    almeidap.camila@gmail.com; ccamila@aluno.ufabc.edu.br

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  101. A moral Kantiana traz a razão como protagonista a de sua filosofia moral, onde a razão determina o que entendemos por dever, sendo dever o que dá caráter moral às nossas ações, desse modo o dever e a moralidade são universais para todos os seres capazes do raciocínio racional.
    A moralidade nega a influencia dos sentimentos e das inclinações naturais, que para Kant estão no reino onde o homem é apenas um animal e, portanto, egoísta e mau, não conseguindo agir de maneira moral, apenas instintivamente, buscando maximizar o prazer ou evitar a dor.
    Para Kant uma ação para possuir valor moral deve ser necessariamente feita por dever, ações feitas conforme o dever, muitas vezes feitas apenas por prudência, nas palavras Kantiana, que visam apenas minimizar sanções ou futuros problemas não possuem valor moral, assim como as ações que são contrárias ao dever.
    Ações praticadas pelo homem devem agregar três máximas para possuírem valores morais:
    - As ações não devem ser um meio para alcançar algo, devem ser um fim e sim mesmo, consequentemente devem ser boas em si mesmas.
    - Deve-se agir de maneira que gostaria que sua ação fosse uma lei universal da natureza
    - E finalmente, as ações devem ser praticadas de maneira que se esperaria que as outras pessoas as praticassem.

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  102. Na visão Kantiana, a ética possui um aspecto racional, sendo o homem um ser "cruel". Desse modo, torna-se necessária a imposição do dever. Uma ação é considerada moral se a mesma for executada de maneira determinada, o dito "dever".
    Kant afirma que a discussão ética impõe condições, sendo elas: a razão pura prática e a razão pura teórica. Ele define a razão teórica e razão prática como universais, porém, a diferença entre elas está em seus objetos. A razão pura prática diz respeito ao mundo das ações humanas que acontecem em função de uma finalidade, ou seja, quando agimos por interesse, impulsos, que se encaixa na ordem natural perversa do homem. Por outro lado, existe a razão pura teórica, que refere-se às ações feitas por dever, quando abandonamos nossos interesses e agimos de forma determinada.

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  103. Kant propõe uma Filosofia Moral que se baseia no Dever e nas Leis. Onde, para uma lei possuir valor moral e ser então fundamentada como obrigação, é preciso que ela carregue em si uma necessidade absoluta.
    O principio do dever é a priori, ou seja, pela razão pura - não derivando, portanto, da experiência.

    Para Kant existem 3 tipos de ações possíveis: a)Contrárias ao dever; b)Conforme o dever; c)Por dever.
    Entretanto, apenas as “Ações por Dever” são ações Morais. Essas ações são praticas conforme o dever, ou seja, conforme com uma lei moral; entretanto, o que lhes configura valor moral é o fato de, além disso, serem também, e necessariamente, praticadas por causa da lei moral. Essas ações possuem seu valor moral não em seus fins e efeitos, mas unicamente nas máximas que regem essas ações (“Ora, quando se trata de valor moral, o que importa não são as ações exteriores que se vêem, mas os princípios internos da ação, que se não vêem”), ou seja, as representações das leis em si mesmas – o que Kant chama de principio determinado da vontade: segundo a Filosofia Moral de Kant, age-se por dever porque se respeita a lei; uma vez que o efeito da lei sobre o individuo é o respeito à própria lei (“o dever é a necessidade de cumprir uma ação pelo respeito à lei”). Porém, à lei que respeitamos só a respeitamos porque ela é imposta a nós por nós mesmos; todavia, a necessidade dessa lei é absoluta. E uma vez que somos nós que a impomos, a lei é uma conseqüência da nossa vontade.

    Kant nos diz que toda ação para ser considerada moral precisa respeitar três máximas, a saber:

    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;

    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;

    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

    Já as ações apenas ‘Conforme o Dever’ não são consideradas constituídas de valor moral porque, mesmo quando são boas, são praticadas por inclinação, não por dever. E sendo praticadas apenas por inclinação, mesmo que sejam ações boas, por não possuírem valor moral, não merecem respeito.

    Portanto, a Filosofia Moral de Kant coloca a moral como derivada unicamente da razão, sem influência alguma dos sentimentos.

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  105. O que mais me chamou atenção sobre a filosofia kantiana, embora o tema central seja a epistemologia acerca da moralidade, foi seu conceito de liberdade.

    A meu ver, me parece contraditório essa visão. A maioria das pessoas vêm a liberdade como uma espécie de livre arbítrio, o indivíduo age de determinada maneira de modo que não haja algo, ou alguém, que o reprima. Para Kant, entretanto, ela é expressa justamente a partir da vida moral, ou seja, não é algo da natureza, a piori, do homem, mas é algo externo e autônomo, é a consciência e atribuição do dever.

    A maneira que é exposta sua teoria, mostra também o estabelecimento de uma ligação entre a metafísica e a razão, algo que por muitos teóricos não fora assimilado, pelo menos não no sentido de sermos seres tanto morais quanto naturais, movidos por nossa vontade de agir pelo dever, como também por nossas paixões. Kant, ainda que racionalista e sistemático, não rejeita a experiência como um fator de construção do homem, mesmo que a razão seja a base para este.

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  106. Kant nos diz que há um reino da Natureza, onde as atitudes provém da necessidade pura, assim por causa e efeito. Diferentemente do reino Humano, onde existe finalidade e a liberdade que para ele é o fator chave que torna possível a construção e universalização da regra moral e ainda para impor a sí própria a conduta que construiu. A essa auto-imposição, ele chama atuação pelo dever e é a única forma de conduta a qual ele classifica como conduta moral, ou moralmente correta. Assim a natureza que nos constitui se mantém em constante conflito com a razão que nos tenta levar ao dever, diferentemente dos outros animais que não a possuem. Segundo as características que tornam esse dever, realmente válido para a universalização da moral, ele é um imperativo categórico. Sua visão da moral, institui a razão como meio atingir a construção das regras que devem servir para todo tempo e todos casos e reger a conduta de forma irrestrita, somente essa seria a verdadeira regra moral.

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  107. Este comentário foi removido pelo autor.

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  108. Kant concebe um filosofia moral baseada em Dever e nas Leis . Sendo que cada lei carrega um valor moral obrigatório, sendo sua necessidade absoluta O principio do dever é a priori, ou seja, pela razão pura - não derivando, portanto, da experiência.
    Para Kant existem 3 tipos de ações possíveis: a)Contrárias ao dever; b)Conforme o dever; c)Por dever. Mas, apenas as “Ações por Dever” são ações Morais. Essas ações são praticadas conforme o dever, conforme com uma lei moral, necessária por causa da lei moral.
    Segundo a Filosofia Moral de Kant, atua-se por dever porque se respeita a lei; uma vez que o efeito da lei sobre o individuo é o respeito à própria lei. Porém, à lei que respeitamos só a respeitamos porque ela é imposta pelos homem da mesma sociedade; a necessidade dessa lei é absoluta. E uma vez que somos nós que a impomos, a lei é uma consequência da nossa vontade.
    Kant nos diz que toda ação para ser considerada moral precisa respeitar três máximas:
    A. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    B. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    C. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Já as ações apenas ‘Conforme o Dever’ não são consideradas constituídas de valor moral porque, mesmo quando são boas, são praticadas por inclinação, não por dever. E sendo praticadas apenas por inclinação, mesmo que sejam ações boas, por não possuírem valor moral, não merecem respeito.
    Kant também nota que por mais que procuramos por dever a moral(imperativo categórico), somos seres Naturais é que portanto somos submetidos as causalidades da natureza.
    Portanto, a Filosofia Moral de Kant coloca a moral como derivada unicamente da razão, sem influência alguma dos sentimentos, opondo-se à moral do coração de Rousseau, não existindo bondade natural, mas sim,um homem egoísta, e que justamente por isso que precisamos do dever para nós tornarmos seres morais.

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  109. Lívia Maria Cianciulli
    RA:21012612



    ‘’ Por conseguinte,
    o princípio da obrigação não deve ser aqui buscado na natureza do homem, nem nas
    circunstâncias em que ele se encontra situado no mundo, mas a priori. só nos conceitos
    da razão pura]; e qualquer outra prescrição, que estribe nos princípios da simples
    experiência, mesmo que sob certos aspectos fosse prescrição universal, por pouco que
    se apoie em razões empíricas, nem que seja por um motivo apenas, pode ser
    denominada regra prática, nunca porém lei moral.’’

    O excerto de Kant revela que, para o autor, leis morais são oriundas de ideias inatas. Não importam os fatores externos ao ser Humano, se uma lei é moral, ela deve ser seguida sem relativismos e circunstancialismos. Nisso entra a Metafísica dos Costumes, é através dela o canal por onde ações cotidianas são esmiuçadas para que suas razões a priori sejam reveladas, posto que a moralidade humana está sempre sujeita e desvios éticos. O gênero humano é uma dualidade que conflitua suas ‘’causalidades naturais’’ com os deveres morais auto-impostos.
    Se algo é para todos, universal, é o dever que temos com nossa própria liberdade, simultaneamente às ações morais que realizamos. O Imperativo Categórico trata deste tema, não de ações/fatos específicos, mas sim, como a inclinação intrínseca pela qual o Ser Humano se sentiria mais plena dentro de seu gênero se assim o seguir. Faz se necessário estabelecer de forma CATEGÓRICA que o dever universal de fazer o bem só é universal por ser Humano. Nosso gênero é benevolente por natureza, por mais que conflituoso. É um erro, segundo Kant, crer que levar uma vida totalmente moldada à moral possa podar nossa espontaneidade. Nossa destinação racional não é um corte da satisfação humana, uma vez que racionais, buscamos os caminhos de nossa racionalidade, caminhos regidos pelo imperativo de que uma ação é boa por si só, independente das consequências.
    Qualquer exemplar Humano que fizer uso de sua racionalidade e enxergar suas plenas capacidades de analisar as próprias ações sob vieses que as encurrale irá agir segundo o Imperativo Categórico. ‘’Para sermos livres, somos obrigados pelo dever de sermos livres’’, afirma Marilena Chauí analisando Kant.
    Uma ação, para Kant, só é boa quando segue três tópicos: elas devem ser universais; não devem usar os seres humanos como meio, mas, como fim, e elas devem partir de sua liberdade de escolha por natureza. Não bastaria somente seguir os tópicos do imperativo como uma cartilha de atitudes, uma ação plenamente boa é aquele que parte espontaneamente e segue a todas as imposições do imperativo. É insuficiente a ação, a intenção, os motivos a priori são as bases para aquilo que se faz. O bem é uma constante interna.

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  110. Quando discutimos ética de acordo com a visão de Kant, vemos que os atos praticados pelo ser humano seguem as “leis da natureza”, enquanto estes são realizados seguindo o livre arbítrio, ou seja, quando as pessoas não são atingidas pela racionalidade. Quando esta é atingida, o homem sai de um estado de ignorância e passa a agir coerentemente. Quando digo coerentemente, me refiro à transformação de um homem com requintes de crueldade, para um homem bom, um ser ético(neste caso, ligado à razão pura e não à razão prática).

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  111. Perdoe o atraso professor.

    Segundo Kant, a falta do altruísmo no ser humano (que é natural) recairia demais em nossas ações não fosse o “dever da razão”, graças a tal, somos seres morais. Não sendo especificamente bondosos , mas regidos tambem por este “dever”, nos leva a entender a necessidade do mesmo para a ética.Ou seja é indispensável, sem ele não alcançaríamos a ética de certa forma. Daí surgem as três máximas morais de Kant.

    Diogo P. Prando

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  112. Para Kant as ações humanas, relacionadas à razão prática, se dividem em:
    Ações contrárias ao dever (imorais),Ações conforme o dever,Ações 'pelo dever' (morais). As ações pelo dever ocorrem a partir do desejo e da vontade individual, racional e consciente de praticar o 'dever'.
    Segundo Kant, a Boa Vontade constitui “a condição indispensável do fato mesmo de sermos dignos da felicidade”. Portanto só ela pode ser considerada boa ou má, pois ela agiria a partir de um princípio. Embora o senso comum tome como bons ou maus os efeitos desse princípio, nenhum conteúdo pode ser julgado dessa forma, e sim apenas o princípio que os reja e lhe dá causa. Dessa forma é a Boa Vontade que deve ser julgada, sempre por si mesma, independente de qualquer fruto gerado por ela ou qualquer proveito que a soma de nossas inclinações tirem de seus resultados.

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  113. Segundo a obra de Kant, o homem é um ser que nasce egoista, buscando de forma ambiciosa se satisfazer. O que regula esse comportamento é razão, que ele classifica em formas diversas, onde as variantes dependem de objetos, finalidade e liberdade. O produto da reação entre ser moral e ser natural resulta na indecifrável e densa relação entre dever e liberdade de consciência, fazendo que o conflito entre ambos seja eterno, e que a separação dos dois seja ilusória. Com isso é possível observar que Kant considera impossível que um humano execute ações boas naturalmente, já que a natureza humana é má, diferentemente do pensamento de Hume. Então, a razão é o mecanismo regulador das ações humanas.

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  114. Para Kant, a razão define o que a ética é em si, fazendo assim com que nossas ações sejam baseadas na nossa razão, e não na emoção. Para ele, o ser humano é controlado por seus instintos, desejos, emoções, etc. E sendo assim, nossas ações são baseadas em interesse como meios.
    Assim, quando Kant crê na razão ao invéz da emoção, deve-se ter em mente que os prazeres e desejos fazem exibem maior controle sob nossas ações, por isso deve-se focar na razão prática para assim passamos a usar o dever e não a emoção.
    Por fim, Kant formula três linhas de pensamento morais, que são seguidas por quem busca ter atitudes morais, que ditam formas de se tratar pessoas e formas de agir. Além dessas máximas morais, ele acredita que uma ação só pode ser considerada boa se ela estiver de acordo com o dever e a favor do dever, sempre usando essas máximas morais para analisarmos nossas ações.

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  115. Bruno Euzébio Cont

    Kant fundamenta sua chamada metafísica dos costumes a partir da noção de dever para mostrar que somente os seres racionais podem ter moral. Isso ocorre porque estes são os únicos capazes de seguir leis. Além disso, o dever faz com que os seres racionais, a partir da razão, tentem controlar as suas chamadas inclinações, ligadas à vontade. Sendo a vontade algo ligado à nossa animalidade, a razão coage nossas inclinações pelo próprio dever. Essa coação, ligada ao dever, é feita graças ao que Kant chama de Imperativos, sendo que esses podem ser hipotéticos, ou seja, uma ação é feita como meio para alcançar outra coisa que se pretende; ou categório, em que uma ação é necessária por si mesma. sem relação com nenhum outro escopo, dita objetivamente necessária. O imperativo categórico, por não ser contingente, ou seja, não possuir finalidade relativa à nossa vontade, tem o valor de princípio.

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  116. Tendo seu pensamento podendo ser considerado um contra-ponto à David Hume, Kant tenta nos dizer que a moral está intrinsecamente ligada ao dever: uma ação só se torna moral se é feita por querer cumprir o dever, tornando o homem um ser em eterno conflito entre sua natureza má, egoísta e cruel e sua razão cuja função é evitar que as ações do homem sejam guiadas só por sua natureza.

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    1. Por ter tal natureza má, a universalidade da moral, que se torna um dos sustentáculos de sua teoria, se torna presente: para combater tamanha maldade, é necessário outra ação igualmente forte e abrangente (Hobbes com certeza concordaria com isso). Seus três pensamentos morais acabam sendo o "produto" desse pensamento.

      Além disso, ao analisar por esse lado, entende-se porque algo é moral se é praticado por querer atingir o dever: é o querer deixar de ser medíocre ou mau, é o querer mudar de um ser egoísta para um moral. Logo, seu conceito de liberdade que passa pouco pelo estereótipo "fazer o que quiser" se torna inteligível.

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  117. Victor Pinho de Souza10 de junho de 2013 às 20:05

    Kant afirma que o dever é uma “lei moral interior” que influencia diretamente nas nossas decisões. Sem ele, não seríamos seres morais, pois o homem é um ser egoísta e cruel e não resistiria às suas paixões, já que elas são bem mais fortes que suas razões.
    Como um ser moral age, relaciona-se diretamente com o dever, ele é incondicional. Essa capacidade de perguntar-se se tal ação é moral ou não antes de agir é o que nos torna seres morais. Agimos, então, buscando uma ação que obedeça a três máximas:
    “1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza; 
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio; 
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.”

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  118. Segundo Kant, o homem já nasce sendo um ser egoísta, ambicioso e capaz de realizar atrocidades para alcançar seus objetivos. Kant utiliza esse fato como justificativa para a implementação dos deveres, os quais todos os homens devem seguir, a fim de manter a paz e o bem-estar.
    Para Kant, o que define a Ética é a Razão, sendo assim Kant diz que nossas ações são movidas pela Razão e não pela Emoção, essas ações podem ser interpretadas como nossos desejos, nossas paixões e os meios que utilizamos para alcançar tais feitos. Kant diz que nossas ações devem ser realizadas de forma mais moral possível, para que isso aconteça ele formulou 3 máximas morais que devem ser seguidas. Essas máximas devem ser seguidas por todos para que se chegue a uma universalidade.

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  119. Procurando responder as leis morais que regiam o comportamento humano e também suas imprevisibilidades, Kant é levado a buscar conclusões examinando a natureza e racionalidade humana.
    Nisto, a partir da metafísica, define a ética sendo as leis da liberdade, e o ser humano possuindo dois lados distintos, presentes em dois “reinos” em que vivemos: O reino da natureza e o reino das ações humanas. Dentro do primeiro, o ser humano é em sua natureza ambicioso, egoísta e ávido de prazer que nunca será plenamente saciado. Faríamos de tudo para realizar, satisfazer, nossas necessidades. Porém dentro do reino das ações humanas não somos regidos pela razão, uma razão que controla nossos instintos e permite uma convivência harmoniosa com outros seres humanos. O conceito de dever nos deriva desta razão.
    E é justamente o dever que nos impõe as condições que a razão propõe, dobram nossos instintos e fazem com que ajamos segundo os princípios definidos por ela. A união de nossa razão, mediada pelo dever, e unida a nossos instintos e paixões que formam a verdadeira natureza humana, o homem como encontramos.
    Dentro destes conceitos de dever e razão, formando nossa verdadeira natureza, Kant elabora três máximas que permeiam sua teoria ética:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Logo, com essas máximas, Kant mostra o caráter universal do dever e define o que seria uma ação moral, uma ação que respeita estes três princípios, que é feita conforme o dever e é feita apenas pelo dever, desprovida de interesses, somente realizada pelo dever em si. Este é o único caso em que obtemos uma ação moral de fato para Kant. Lembrando que o dever não nos diz exatamente o que temos de fazer, mas nos condiciona a ações que respeitem estas três máximas.

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  120. No texto a “Ética de Kant”, Marilena Chauí tenta procurar e fundamentar questões do pensamento de Kant. A primeira premissa aparece a oposição do estado de Natureza desenhado por Rousseau, criando um homem com cruel, ambicioso, egoísta e até com capacidade destrutiva. Assim, é possível afirmar, segundo Kant que o homem não um ser moral, por natureza. Parte-se então, que deve haver um “freio”, uma propriedade mediadora que possa controlar o humano de ações impetuosas movidas pelos sentimentos, assim a razão se apresenta como uma solução. A razão está em Kant, para não deixar os que sentimentos se deliberem e não haja moralidade, fazendo com que as ações humanas se submetam ao dever. O dever estaria relacionado com forma possível que guie todas as ações humanas a caminho de ações éticas. Se nos basearmos nas três máximas morais do dever de Kant “1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza. 2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio. 3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.”, conseguimos extrair que efetivamente o dever é a força que conduz as ações éticas. Também é possível entender que no estado de natureza do homem, como sendo egocêntrico e almejar sempre sua própria felicidade, consegue ser “moldado” pelo dever em detrimento de ações morais e também de uma moralidade mais “coletiva.” Kant parece dar uma opção aos homens: seguir seus instintos e sentimentos e serem imorais ou utilizar da razão como forma de construir atos morais.

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  121. Para Kant, os homens são naturalmente egoístas, e por isso, precisa do dever para se tornar moral. Além da boa vontade, pois não é possível conceber coisa alguma no mundo, ou mesmo fora do mundo, que sem restrição possa ser considerada boa, a não ser a boa vontade.
    Nossas ações são regidas por dever ou por inclinação imediata ou por cálculo interesseiro. Portanto, o homem deve portar-se sempre de modo que ele possa também querer que sua máxima se torne em lei universal.
    Não se poderia prestar pior serviço à moralidade, do que fazê-la derivar de exemplos. Porque todo exemplo proposto deve primeiramente ser julgado segundo os princípios da moralidade, para se poder saber se merece servir de exemplo original, isto é, de modelo; mas não pode, por forma alguma, fornecer por si só, e primariamente, o conceito de moralidade. Os conceitos morais têm sua sede e origem completamente a priori na razão.
    A representação de um princípio objetivo, na medida em que coage a vontade, denomina-se mandamento (da razão), e a fórmula do mandamento chama-se imperativo. O dever é um imperativo categórico. Imperativo categórico é o imperativo que, sem assentar como condição fundamental a obtenção de um escopo, ordena imediatamente este procedimento.
    Apesar dessa ideia forte em Kant sobre o dever, Kant defende o papel da liberdade, pois o homem decide seguir as leis e torná-las leis universais com o fim em si mesmo.

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  122. Kant discute sobre o papel da razão na ética, pois ele afirma que não existe bondade, pela natureza humana somos egoístas, ambiciosos, agressivos, ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos quais somos capazes de mentir e roubar.
    Sendo assim se torna necessária a imposição da razão que cria o dever. O qual é a expressão da lei moral em nós. Pelo dever damos a nós mesmos os valores, as leis de nossas ações morais, assim desenvolvemos a nossa autonomia.
    Segundo Kant somos seres morais e seres naturais; a natureza no faz agir por interesse; e a moral é regida pelo dever, o qual é uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral. O dever, ao contrario da ação natural, não é uma motivação psicológica, mas sim a “Lei moral interior”.

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  123. Kant afirma que a razão tem um papel fundamental na ética. É a partir dela que nós podemos agir moralmente, uma vez que nossa natureza humana é egoísta e má.
    Não é considerado ato moral quando nós agimos pelo impulso do nossos desejos, pois essa liberdade nem sempre pode representar o Bem. É nesse momento que entra o papel do dever, e nossa vontade moral deve respeita-la. Ao sentirmos a vontade de realizar esses deveres - exteriores a nós - e o realizarmos de fato é que seremos plenamente felizes, segundo Kant.
    Nossas vontades tem que estar entrelaçadas com algumas noções que Kant aponta: o agir particular deve ser um lei universal a todos os seres racionais; e o tratamento da humanidade tem que ser feito como um fim e não como um meio.

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  124. O pensamento Kantiano é o que mais me instiga , mais aceito e compreendo.
    Ele introduz a ideia de que não existe a bondade natural, que somos desvirtuosos naturalmente e que os deveres são necessários para nos tornarmos morais.
    Kant quer nos instruir que temos a necessidade de sermos naturais pelo fato que somos submetidos a elas,nossas apetites nos tornam desvirtuosos.
    Portanto, Kant se difere tanto de Rousseau e Hume, pois ele coloca a razão universal como sua principal base, e o dever é um caminho para que nos tornemos morais, uma necessidade que devemos seguir para alcançá-la, pois temos a ilusão de sermos autônomos e livres pelas ações que achamos que escolhemos, mas segundo Kant,” são um impulso cego determinado pela causalidade natural.”
    Na leitura do texto, é apresentado também três leis morais, na qual a primeira nos informa que devemos realizar ações que gostaríamos que fizessem pra nós, o agente tem que realizar um ato moral por livre vontade, e elas nos orientam a distinção da moral e imoralidade.
    “O motivo moral da vontade boa é agir pelo dever.Obediência à lei moral,respeito pelo dever e pelos outros constituem a bondade da vontade ética.”
    Sendo um dos pilares do pensamento de Kant, nos orientando a sermos éticos cumprindo o dever e o respeito é feito pela razão.

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  125. Nos dois textos disponibilizados a doutrina da moralidade na visão de Kant, pode ser inicial e superficialmente definida por: Apenas a racionalidade humana pode determinar bondade e maldade, ou seja, somente um ser racional exprime o que está dentro e fora de uma possível moralidade.
    Kant aborda a razão como o ponto que faz a diferenciação entre os seres humanos e os outros seres vivos. Um indivíduo possui em si uma boa vontade que através de sua razão o torna capaz de compreender e cumprir as leis que constroem o código da moralidade. Além da Razão, a liberdade também é sobressaída, pois diferente de Hume que determina moralidade residindo apenas no reino das necessidades/emoções, Kant divide o homem em um ser físico e um ser moral tendo neste último o domínio da liberdade que é influenciado e orientado pela razão. Em outros termos, nos seres racionais não há busca de fins avulsos em si mesmos, nem podem se perder em digreções imaginárias, pois as máximas da liberdade estão na sua capacidade objetiva em um vivo interesse pelo código moral.
    Kant também estabelece três máximas da moralidade que são a de que: o código moral é universal e inquestionável; um ser humano não pode utilizar-se do outro como caminho para que ele alcance seu alvo; e, leis éticas são passíveis apenas a seres racionais. Portanto a doutrina da moralidade pode ser entendida como a estruturação do comportamento livre da vontade humana ou então por uma adequação sistemática dos costumes.
    Em resumo, para que um indivíduo consiga ser moral, precisa, através de sua razão, atender as três máximas.

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  126. Kant acredita que os seres humanos tem a tendência de serem ruins por natureza, não se importando com o próximo e deixando de pensar no que as consequências dos atos que tomamos, para realizar algo de nosso interesse, podem ocasionar ao próximo. Entretanto, quando agimos segundo nossos deveres, a moral entra em cena e melhora nossas ações.
    Dessa forma Kant chegou a formulação de três máximas morais:
    1- Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2- Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3- Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Esses três itens são requesitos para uma ação ser considerada moral e representam os atos que os seres humanos devem colocar em prática sem questionar, pois eles não passam por cima de outras pessoas para serem realizados.

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  127. A partir da racionalidade, o indivíduo pode tornar-se livre das determinações de sua natureza.
    Segundo Kant, os seres humanos por natureza, são egoístas, hostis e vivem em busca do prazer. Justamente por esta causa, carecem de obrigações para tornarem-se seres morais.
    As regras determinam a ação fundamentada no puro dever, constituindo-se numa ética pura que dita normas formais, não sendo, entretanto uma ética particular, mas uma ética que observa interesses universais.
    A razão e o entendimento que o sujeito faz da ação é o que o assinala como ser ético.
    Para Kant, a felicidade em si é um dever, pois em sua falta há uma quebra dos deveres e em contrapartida a sua presença dá sentido aos valores morais.
    Sendo assim, para o filósofo, o bem é praticado pelo dever e não por inclinações, não pela pura boa vontade, mas pelo desejo de ser identificado como racional e assim tornar-se moral.

    Rosangela de Paula
    RA 21069412

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  128. A razão para Kant se divide em tem partes:
    A razão - impõe condições para se obter o conhecimento.
    A razão pura - tem a ideia central na necessidade, procura saber as causas e efeitos.
    A razão pura pratica - é o mundo das ações humanas que acontecem por causa de uma finalidade escolhida com liberdade pelo agente( onde tudo acontece sem a relação de causalidade).
    Para Kant os homens são ruins por natureza estão apenas interessados nos prazeres e nos bens próprios, os homens só se tornam seres morais quando obedecem ao dever de se de outra forma, a qual não coincide com sua natureza, quando os mesmo agem por interesse, estão agindo movidos pela razão pura., e quando eles agem por dever, abandonando os interesses e realizando uma escolha com liberdade estão usando a razão pura pratica.
    Para Kant a moral decorre das condições que a tornam possível, dessa forma Kant chegou a formulação de três máximas morais:
    1- Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2- Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3- Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Esses pontos para Kant é o que decide se sua atitude foi moralmente aceita ou não, elas também servem como um guia para a vida aqueles que seguem esses pontos pois aqueles que estão de acordo com os tais pontos serão morais e éticos seguindo o autor.

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  129. Kant assumirá uma visão de ética pautada exclusivamente pela razão. Não a razão como simples meio de entendimento, mas a razão pura e a priori. Nesse sentido ele exclui toda e qualquer parcela empírica nas conclusões de juízo moral, por alegar que a moralidade e a razão deverem se guiar não pelas consequências ou fatos empíricos, mas sim por algo que fosse universal e desprendido de coisas que são isoladas (estas coisas vistas como as próprias ações humanas).

    O autor não exclui totalmente, porém, a experiência. Ele a exclui em quanto participante da determinação de um dever ou lei de ação moral, mas reconhece sua importância na compreensão e determinação do que é possível ser feito, pois de alguma maneira, o moral está relacionado à prática e a prática envolve ações no mundo.

    A dificuldade é então encontrar uma lei que, livre de fatos empíricos, possa ser tomada como universal e possível no plano dos fatos, mas que seja guiada por uma razão a priori dos próprios fatos. Dessa maneira, a ação não pode se basear por uma individualidade e nem por um conjunto de exemplos de ações que são consideradas boas, a ação necessita de uma lei que a determina e seja sua condição necessária de moralidade.

    Nesse processo Kant indicará dois aspectos principais do que é e de como deve ser determinada a ação ética. A ação ética para Kant é aquela que se realiza por causa de um dever e esse dever se subjulga a uma lei (universal). Agir conforme o dever não é o moral, pois não implica em uma vontade de se agir daquela maneira. A vontade de se agir de acordo com uma lei por causa da existência dessa lei é a máxima, que Kant expõe de maneira genérica como ‘fazer com que a sua máxima (lei) possa se tornar uma lei (máxima) universal’, ou em outras palavras, que a sua ação seja tal, que pudesse ser tomada por todos.

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  130. Kant desenvolve uma ética racional, pois afirma a ausência da razão ser o principal fator por trás da ignorância humana; diferencia então a razão pura teórica da pura prática. A ação moral kantiana é bastante estruturada na questão do dever, que nada mais é do que a expressão universal e absoluta do agir moral. O homem, para Kant, tem a maldade intrínseca em si, agindo em primazia para consigo mesmo, e o dever moral existe quando o homem age abandonando os interesses pessoais. O autor elabora três regras para se classificar um ato como moral ou não, os famosos imperativos categóricos:
    1. “Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza”, isto é, agir como se a ação fosse algo natural e universal;
    2. “Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio”, isto é, sempre agir sem utilizar dos homens como meio de se atingir alguma finalidade;
    3. “Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais”, isto é, sua ação deve ter caráter universal para que possa ser empregada por quaisquer que sejam os homens.
    Acho uma ética interessante ao ponto de que trata o homem como um ser mau por natureza e consegue fazer com que haja de forma a se organizar socialmente, porém creio que perde em alguns ponto para o utilitarismo, tratando-se de universalizar todas as ações com o rótulo de moral ou imoral. Acredito que cada ação deva receber uma análise apropriada, podendo ou não ser moralmente aceita.

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  131. Kant se opõe com veemência a uma espécie de conduta que seja pautada pura e simplesmente pelas emoções. Dessa forma, ao afirmar o papel da razão na ética, coloca a racionalidade como pressuposto para que exista, de fato, uma conduta moral.

    Segundo o autor, por natureza, seres humanos são dotados de características não desejáveis sob uma análise que objetiva a correção ética. São elas: o egoísmo, a ambição, as atitudes de caráter destrutivo, a agressividade, a crueldade e, sobretudo, uma necessidade de prazer insaciável, pela qual se incorre em más ações, como a mentira e o roubo. Nesse contexto, a razão deve se impor sobre a natureza, de forma a possibilitar uma conduta ética desejável para a convivência digna entre humanos.

    Acerca da razão, Kant cuida para fazer algumas distinções. Uma delas diz respeito à diferenciação entre os objetos da razão pura teórica (a realidade exterior ao homem, cujas variáveis são regidas por leis de causa e efeito que não são susceptíveis à intervenção humana) e da razão pura prática, que não contempla necessariamente uma causalidade externa. O ponto comum de ambas, contudo, consiste na proposição de que ainda que os conteúdos das ações contempladas pela razão teórica ou especulativa e pela razão prática possam variar, suas formas seguem as mesmas, universais.

    Partindo do princípio de que na natureza os acontecimentos são regidos por leis de causa e efeito e no reino dos homens as ações são racionais e norteada pela finalidade e pela liberdade, a expressão da lei moral sobre a natureza e a vontade humana consiste na manifestação de mais alta humanidade em nós. Por mais que não seja espontâneo, uma vez que seres humanos sejam seres morais submetidos à causalidade da natureza, leis morais devem assumir a forma do dever. A consonância deste com a vontade culmina na expressão da boa vontade.

    Ainda sobre os atos realizados por dever, Kant afirma sua incondicionalidade e ressalta que estes devem seguir princípios que garantam sua universalidade, a preservação da dignidade humana e a separação entre o reino natural das causas e o humano dos fins. Por fim, cabe ressaltar a importância da compreensão da destinação racional do homem e atenta para o risco da confusão entre a liberdade e a satisfação irracional dos prazeres e impulsos.

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  132. Bruno Pestana Macedo
    RA: 21049312

    A ética, na perspectiva Kantiana, é baseada na razão. Para Kant, não existe a ideia de bondade natural dos seres humanos, sendo estes movidos por suas paixões e dotados de características imorais como crueldade, egoísmo, ambição e etc. Dado tais premissas do comportamento humano, Kant então impõe a necessidade de cumprimento das normas morais sendo estas pautadas pela razão, pois sem ela, viveríamos no estado de natureza, como proposto por Hobbes.
    Portanto, para que o homem, vivendo em sociedade e em busca da perfeição ética, ele deve se submeter às normas pautadas pela razão, que são descritas por Kant nas três máximas morais:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Essas três máximas compõem o dever, e um ato somente é moral quando as obedece plenamente.

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  133. Para Kant nossas ações morais correspondem a nossas vontades, que são por fim egoístas ambiciosas e destrutivas, por isso precisamos da existência de um dever que nos impõe a agir de certa forma, pra que por fim sejamos morais.
    Ele parte de duas definições, a da distinção entre razão pura teórica e a razão pura prática, assim como também da casualidade
    e da finalidade.
    Kant diz que agimos de tal forma, principalmente pela influência da natureza e de que estamos fadados a tomar atitudes que são consideradas imorais, vistas de acordo do dever, que deve valer pra toda e qualquer ação moral, como um ordem imperativa, que não aceita exceções.
    A solução pra essa natureza, pra essa necessidade do dever que vem de fora, seria para Kant e também para Rousseau, que ela viesse de dentro e faz sentido, pois tomando como influência o meio onde vivemos, acabamos por muitas vezes agindo imoralmente, por mais que exista um dever que nos mostre como agir de forma correta.

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  134. Para Kant todo o conhecimento qual pode ser obtido encontra-se em duas esferas, a da razão especulativa, qual trataríamos de conhecer as coisas através das sensações impressas em nós pelo mundo físico a nossa volta, dando-nos conhecimento das coisas como fenômenos que se apresentam a nós pelas vias sensíveis e notados nos moldes apriorísticos de espaço e tempo, mas não como coisas em si, mas como apenas fenômenos, e a esfera da razão pura, onde seria o campo da razão pura, qual não sofre alteração pelo mundo empírico, em qual pode-se pensar as coisas por elas mesmas e que não são apresentadas pelo mundo sensível, como a liberdade e a ética, é o campo da razão pura, que mesmo não podendo conhecer os objetos é capaz de pensa-los.
    Estabelecido estes dois "mundos" podemos ver que o homem é dividido entre eles, num mundo das sensações, mundo qual as relações entre as coisas dá-se através de uma relação de causalidade (causa consequência) necessária e o mundo das ideias, no qual podemos pensar as coisas(desde que não entremos em contradição). As relações que se aplicam a um não pode aplicar-se a outro e podemos tomar o exemplo da liberdade da alma, em qual para pensarmos a ética devemos presumir a liberdade da alma, mas se impomos a ela a causalidade que é imposta pelo mundo empírico, entraremos em contradição pois não haveria a liberdade e sim uma relação de causa e efeito.
    Bom, vemos então que o homem esta em dois mundos, o mundo do sensível e do inteligível, e neste mundo do sensível da-se por um conjunto de causa e sua consequência e temos o a razão prática ou também tida como pura. A liberdade do homem esta em, através da racionalidade da razão pura, esse é capaz de pensar e criar leis morais, pensando aquilo que é o DEVER, não afetado por fatores externos. Então a liberdade humana esta no fator deste poder através da racionalidade ditar valores, incondicionais e independentes, e essa imposição que a razão prática faz a si é oque chamamos de dever e este é a expressão da lei moral em nós, manifestação da ética e humanidade em nós, como de nossa liberdade. Obedecer a este dever é obedecer a si mesmo, logo ser livre. “Por dever, damos a nós mesmos os valores, os fins e as leis de nossa ação moral e por isso somos autônomos.” (Chauí, Marilena, Ética de Kant, A)
    Marilena Chauí atribui ao homem de Kant qualidades como mesquinho e egoísta, mas podemos ver que estas colocações possuem em si já um julgo ético, e que este homem estaria sendo dessa forma (egoísta) pois agiria apenas a obedecer as suas necessidades e prazeres impostos pelo mundo sensível.

    Aquele que age apenas pela obediência ao dever moral é aquele que age moralmente, e se este age, mesmo que em concordância com a lei moral, por algum motivo alem do próprio de agir por dever, este não estará realizando um ato moral. Fatores empíricos de nossa natureza nos levam a agir por interesse e este não é pura e incondicionado pois é uma forma condicionada e egoísta que leva-nos a usar pessoas como meios para o que possamos alcançar através desta ação, oque desejamos. Esse interesse condicionado pela causalidade nos faz ter a ilusão de que somos livres, por fazermos aquilo que nos é vontade, e racionais por escolhermos aquilo que melhor nos agrada, quando,na verdade, não, pois é um reflexo condicionado pelas leis naturais presentes no mundo.

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    1. Como então fazemos para que criarmos estas leis morais apenas pela racionalidade e sabermos que estas são realmente leis morais e não nossas vontades do mundo empírico impondo-se sobre nós colocando-nos dentro da lei necessária de causa e consequencia? Bom para isso Kant estabelece que deve-se seguir três premissas, sem que se contradiga, para que esta seja uma lei moral:

      Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
      Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
      Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

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  135. Em sua obra, Kant parece basear seu sistema moral na dicotomia entre as inclinações naturais do ser humano e a razão – caracterizada por voltar-se contra as tendências naturais do homem. Para Kant, o ser humano é, por natureza, egoísta, ambicioso, agressivo, cruel e busca “prazeres necessários” que nunca são saciados. O autor estabelece a divisão e a distinção entre dois mundos: o “Mundo Físico” e o “Mundo Moral”. O Mundo Físico relaciona-se à razão pura teórica, é estável e regido por leis de causa e efeito. O Mundo Moral é composto por “agentes livres” que agem como bem entendem e não seguem as determinações pré-estabelecidas. A razão pura prática relaciona-se a este segundo Mundo e faz referência à finalidade e liberdade das ações.

    Para que o ser humano se torne moral, pressupõe-se que ele deve obedecer ao dever e agir por ele. A razão humana exige a existência de um sentimento moral e o dever seria aquilo que impulsiona o ser humano à moralidade. Segundo Kant, sem o dever não existiria a moral. Para o filósofo, para entender “moralidade” é fundamental ter em mente a liberdade dos agentes e não seus interesses ou suas necessidades, pois agir pelo dever requer que ambos nossos interesses e nossas necessidades sejam postos de lado. Nesse sentido, o dever é dado a priori e está condicionado a direcionar a vontade humana.

    Kant estabelece uma nova perspectiva da moralidade e também apresenta a razão não somente com caráter teórico direcionada a ser aplicada ao conhecimento, mas também com caráter prático na medida em que põe em questão até que ponto a faculdade da razão está apta a solucionar problemas cotidianos da natureza humana criados pelo próprio homem; assim, parece encontrar a fundamentação necessária na própria razão visando o domínio da moral.

    Segundo Chauí, “o ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si mesma”. Podemos relacionar essa definição com as três máximas morais elaboradas por Kant, que visam expressar a plenitude dos atos realizados por dever. É através das três máximas estabelecidas por Kant que se pretende analisar o comportamento humano como imoral ou não, embora essa universalização da noção de moralidade por dever possa se fragmentar numa sociedade cujos indivíduos não se enxergam como padronizados, mas sim como seres diferenciados.

    Andrezza Gonçalves

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  136. Kant coloca o homem como um ser de natureza corrompida e egoísta. Como seres humanos, estamos sujeitos às causalidades da Natureza e a busca incessante por prazer, o que nos leva a ignorar a razão em nome de impulsos e paixões e pela vontade de satisfazer nossos desejos. Dessa forma, Kant apresenta o homem como incapaz de praticar ações morais sem uma orientação prévia que o leve a racionalizar seus desejos antes de transformá-los em ações.
    Dessa forma (separando a razão de paixões e sentimentos), quando o homem submete suas ações ao dever, em forma de imperativo categórico, este pode praticar a moralidade.
    Sendo assim, Kant analisa a moralidade dos fatos em si mesmos e propõe três máximas:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Dessa forma, quando abandonamos nossos desejos e agimos em nome unicamente do dever e obedecemos as três máximas é quando praticamos uma ação verdadeiramente moral.

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  137. Kant, com a sua teoria surge para contrapor a posição defendida por Hume, de que o pilar da moralidade se enraíza nas paixões do homem. Para que isso ocorra, a noção de dever kantiana se apoia na razão, apontando assim que as ações consideradas ótimas se derivam desta mesma razão.
    Tendo em mente que, sob o seu ponto de vista, o ser humano é dominado por seus instintos, paixões e desejos, podemos entender mais claramente a sua concepção de ética. Dessa maneira, Kant considera o homem como sendo egoísta, ambicioso, cruel e ávido por prazeres. Nos leva a crer que tal parte da Natureza em nós, nos faz agir por interesse, fazendo assim com que nos utilizemos de outras pessoas como meios (e não fins) para atingir algo.
    Evidencia a Razão Teórica como sendo algo tratante do reino da necessidade, a natureza, que tem como conteúdo uma realidade independente de nossa intervenção. Já a segunda razão, a Razão Prática, ele diferencia, apontando que ela trata da realidade, o reino humano, aquele no qual ocorrem os desejos e deveres humanos.
    Partindo do princípio de que os desejos são mais fortes do que a razão, estes precisam ser contornados pela razão prática, de forma a impô-la sobre o nosso ser moral, o tornando ético e bom. As motivações passam a ser do interesse próprio (que seria a emoção) para o dever (ideia tirada da razão). Este dever não é definido por meio de regras para cada tipo de situação, como se fossem listas sobre o que se pode ou não fazer, e sim uma tipo de “forma” que deve valer para toda ação moral.
    Por fim, pode-se citar que Kant formula três máximas morais que devem ser seguidas por aqueles que buscam um agir moral, sendo elas:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

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  139. Emanuel Kant, tem uma visão pessimista da humanidade, parte do pressuposto de que as ações humanas buscam saciar suas vontades egoístas, que não tem como serem saciadas definitivamente, e a razão, nos impõe uma obrigação de agir de forma moral, exerce sobre o homem o papel de uma coleira que age sempre na tentativa de impedir os homens de cederem aos seus desejos pessoais, que são quase sempre nocivos à sociedade como um todo, portanto não são éticos, são agressivos e destrutivos para com o convívio em sociedade, a razão freia esses impulsos para melhorar o convívio social e permitir uma coexistência pacífica.
    Também com sua teoria Kant foge da ideia de que a moral parte da emoção, porque como já citei acima, as emoções humanas partem basicamente de um instinto quase animal, que quando ultrapassa a barreira da razão e rege sua ações, tem consequências maléficas para o todo,podendo causar prazer para o indivíduo mesmo sem ser ético para os outros que sofrem as consequências dessas ações, já quando age com a razão por cima de seus impulsos naturais, exerce uma função social melhor para todos, e finalizando o raciocínio de sua teoria, Kant cita 3 pressupostos sob os quais agem os humanos que desejam seguir a razão e existir sob uma conduta social moral, são eles:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais
    Um ser que age dessa forma tem como objetivo o convívio social exercendo suas atitudes morais em vez de sucumbir ao seu próprio egoísmo segundo Kant.

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  140. Segundo Kant, um principio moral fundamentado na experiência teria um caráter hipotético, porque as experiências sensíveis são contingentes, estando sujeitas às inclinações e determinações das leis naturais, de forma que não seria possível formular tal princípio de maneira que ele fosse universalizável, isto é, que um mesmo princípio fosse válido para todos os seres racionais em qualquer situação.

    Kant supõe que a moralidade diz respeito ao modo como devemos agir, e o conceito de dever (assim como o de boa vontade) é um conceito a priori, portanto está presente nos seres racionais e independe das leis naturais e da experiência. Sendo assim, a moralidade só poderia encontrar um fundamento seguro recorrendo à conceitos a priori, ou seja, recorrendo à metafísica. Kant se propõe então, através do método analítico, encontrar diversas concepções morais expressas pelas pessoas para formular um princípio moral filosófico e em seguida, fazer fazer a transição para uma metafísica dos costumes.

    Kant insere a ideia de Liberdade na 3ª seção, para demonstrar como seria possível a existência de uma Lei moral e consequentemente, do imperativo categórico. O conceito de Liberdade aqui não se refere à ausência de causalidade, mas si a autodeterminação. Uma vontade livre é aquela que se auto determina com base em uma lei moral imposta pela Razão. Essa liberdade teria que ser pressuposta a todo ser racional, uma vez que a moralidade se impõe aos seres racionais somente enquanto racionais, através da vontade que determina a Lei moral para si mesma.

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  141. A visão de Kant sobre a ética me parece realmente interessante e até otimista, de certa forma. Kant diz que apenas ações empregadas eticamente POR dever (e não somente CONFORME o dever) são ações realmente morais. E o mais impressionante para mim: afirma que somos livres através do dever (!), que não nos é externo.
    Kant, como resultado de seu raciocínio, chega às três máximas morais. Nelas, fica claro o posicionamento deontológico do autor e o tratamento da Ética perfeita como uma questão puramente racional, o que reduz as ações realmente morais a pouquíssimas já praticadas. Ainda assim, me parece de certa forma otimista essa visão de liberdade, que se mostra transcedental aos acontecimentos externos e acessível a qualquer que se proponha agir racionalmente (somente pelo dever) para se libertar das ações por necessidade. Isso coloca no mesmo patamar de moralidade pessoas que têm um contexto favorável à prática de boas ações mas que as praticam por conveniência e quem pratica ações boas mesmo tendo todas as "condições" da vida opostas à isso mas também não pensa suas ações POR dever.

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  142. Thaís Alves Villalobos26 de junho de 2013 às 01:25

    Para tratar do tema do papel da razão na ética, Kant afirma que, por causa de nossas características, somos capazes de mentir e cometer crimes e, apenas através do dever, poderíamos nos tornar seres morais.
    Da necessidade de diferenciar necessidade de finalidade, Kant definiu dois tipos de razão: a razão pura teórica, que lida com os objetos operam segundo leis de causa e efeito, independentes da nossa intervenção; e a razão pura prática, que cria a sua própria realidade e sua imposição é o dever e, portanto, nossa lei moral. Para ele, leis morais não são naturais ao ser humano, pois o homem está submetido à causalidade da natureza, que nos impele a agir de acordo com nossos interesses, regidos por impulsos que são, por sua vez, mais fortes do que a razão.
    Ao privilegiar a razão humana, Kant demonstra em sua moral que se deve desconfiar da natureza humana já que as ações dependem de impulsos. De acordo com ele, é necessário grande esforço para se suprimir a vontade humana e seguir o dever, por isso o último assume uma forma tão severa. Assim, o mérito moral depende do esforço elaborado para não nos deixar sucumbir à nossa natureza e seguir as exigências do dever.

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  143. Guilherme Bocalini
    RA: 21033512

    Na moral de Kant, também é possível usar a ideia de perfeição. Isso porque a ideia de perfeição é fixa, mesmo que seu conteúdo mude em virtude dos valores de cada um ou de cada sociedade, a ideia de buscar o melhor, o perfeito é a mesma.

    Esse pensamento pode ser relacionado com o pensamento de Kant, pois a moral para ele é dada a priori. Ou seja, nossa moral deve ser pautada em princípios universais, que não mudem ao longo do tempo e sejam aplicados a todos os seres racionais. Estes seriam o fio condutor para que a ideia de perfeição não seja deturpada.

    Além disso, para Kant só somos realmente livres quando obedecemos aos deveres determinados pela razão, se não fizermos isso estaremos apenas agindo por nossos impulsos e vontades o que é contra a ideia de liberdade, se não agirmos pela razão somos escravizados por nossa natureza.

    Assim, Kant estabelece imperativos categóricos que determinam a forma das ações morais, e não seus conteúdos. As ações considerados morais são aquelas que vão de acordo com os três princípios estabelecidos por Kant. Entretanto, se agirmos apenas em conformidade com uma lei moral, ou seja, se tomarmos uma decisão por interesse próprio que foi de acordo com a lei moral, esta não é uma ação verdadeiramente moral. Uma ação só é verdadeiramente moral quando tomada em detrimento do dever estabelecido por esta lei moral, pois assim não seremos escravos da nossa natureza.

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  144. Após a leitura dos textos sobre sobre o filósofo, percebemos o retorno da racionalidade para a compreensão da moralidade dentro da Ética Kantiana.

    Emanuel crê que o homem tem ma natureza má, de forma que somente com o dever poderíamos nos tornar seres morais. O dever vai de encontro com a nossa natureza, fazendo com que nossas ações e comportamentos sejam guiados pela racionalidade.

    Entretanto, dentro do campo da razão, Kant estabelece distinções, sendo elas entre a razão pura prática e a razão pura teórica e, a outra entre ação por causalidade e ação por finalidade. As duas primeiras são consideradas universais, de maneira que são aplicadas independentemente do tempo de lugar.

    É importante lembrar que Kant não dispensa a existência de desejos e paixões, ao passo que ela possuem um poder muito forte forte sobre o ser humano; sendo assim, a razão também é quem prevalece em campo, para não deixar que o homem caia em tentação.

    Por fim, concluí-se que o deve é a maior expressão das características do ser humano, pois é ele quem determina nossos valores, nossos limites morais, fazendo com que assim sejamos seres autônomos, colocando-nos num patamar superior ao dos animais.

    Fernanda Sue Komatsu Facundo

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  145. Josias Adão

    FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DOS COSTUMES

    Cada coisa ou situação na natureza é regida por leis, apenas o ser
    racional pode agir fundamentado pelas leis, assim é a razão que
    determina se qualquer ação é realmente necessária ou apenas
    contingente. Para Kant quando uma ação tem algum objetivo a alcançar que
    não um objetivo em si mesma ela carrega apenas um imperativo hipotético
    estando servindo apenas como um caminho para chegar ao objetivo real.
    entretanto quando está ação tem em si mesma a razão de seu existir então
    ela consiste em um imperativo categórico. Por este diferencial podemos
    perceber que a ação que é boa em si mesma, isto é ela carrega em si
    mesma o seu objetivo ,apoiada na razão ela não necessita de
    complemento, o que caracteriza este tipo de ação eticamente correta
    pelo fato dela poder servir de parâmetro universal como sendo uma boa ação
    para todos aqueles que a analisarem a luz da razão, não encontrando
    nenhuma oposição sustentável ao crivo do pensamento racional.

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  146. Para Kant todos somos cruéis por natureza, por este motivo necessitamos do dever para sermos seres morais.
    Podemos ver que Kant faz umas distinção entre a Razão pura teórica, que seria a relação de causa e feito, o conhecer do mundo. E a Razão pura prática, que é vinculada com o senso de dever, o conhecer do dever.
    Há um grande questionamento de porque devemos agir por dever e Kant explicar isso falando que nos não somos apenas seres morais, ou seja, somo submetidos pela causalidade da natureza, o que nos faz muitas vezes agir por interesse. Por isso a razão prática precisa nos impor nosso ser moral. As paixões exercem muito domínio sobre nos, por isso necessário o dever.
    E este dever não é apenas uma motivação psicológica, ele é uma lei universal. E o ato moral acontece em um acordo entre nossas vontades e as leis universais.
    E de acordo com tudo isso que Kant cria suas 3 máximas morais. E através delas podemos julgar um ato como imoral ou moral.
    Kant mostra sua desconfiança a natureza humana quando julgar que apenas a razão pode nos trazer a moral. E que essa moral como dever é uma lei.

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  147. Para Kant somos seres que não tem a bondade inerente e por esse motivo se faz necessário o uso da razão. Por sermos seres cruéis, que matamos, roubamos e mentimos precisamos do dever para nos tornarmos morais.

    Kant nos diz que a razão prática cria normas e fins éticos e tem o poder de nos impor isso, essa imposição é o dever, é como diz Marilena Chauí: "manifestação mais alta da humanidade em nós." pois não é algo que vem de externos à nós, alheia a nossa consciencia. Mas a moral não é espontânea em nós porque além de sermos seres morais somos também seres naturais, nosso corpo é feito de desejos e paixões. E 'praticar a moralidade' não é contrário a nós, mas sim condizente com a nossa racionalidade.

    Para definir se uma ação é moralmente correta ou não devemos verificar se está de acordo com as três máximas formuladas pelo Kant, são elas:

    1 - Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da natureza; ou seja uma regra moral não pode contrariar uma regra da natureza, como exemplo não podemos ter como regra moral que todos parassem de respirar porque assim contraria a regra da natureza de que para continuarmos vivos é preciso respirar.

    2 - Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio; Não podemos desrespeitar a humanidade das pessoas, a dignidade, a lei moral tem que tratar as pessoas como um fim não como um meio.

    3 - Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais; ela tem que ser um comando entre humanos.

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  148. Kant parte da distinção da razão teórica e pratica; a teórica trata da realidade regida por relações de causa e efeito, do reino da necessidade, a pratica considera a realidade como reino da liberdade; e a partir da razão pratica temos a capacidade de criar nossas próprias leis e, através do dever, nos submeter à elas. Essa nossa condição de liberdade impõe necessidades para que ela exista e por consequência temos que praticar o bem, ou seja, ao nos comportar de forma racional nos comportamos de forma ética. Assim Kant consegue deduzir suas três máximas:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

    Então ações só podem ser consideradas morais quando são exercidas pelo dever, ou seja, a nossa vontade de exercer nossa liberdade obedecendo as regras estabelecidas pela razão pratica, e não obedecendo inclinações que buscam certas consequências desejáveis. Assim podemos dizer que somos seres morais por sermos livres e quando de fato essa liberdade é exercida.

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  149. Na ética de Kant a razão volta para a compreensão da moralidade, onde esta possui leis que se aplicam somente aos seres humanos, onde as condutas devem ser inquestionáveis e universais.
    Kant possui uma visão pessimista sobre a humanidade, para ele o ser humano é corrompido, egoísta e cruel, onde o dever irá aparecer para que nos torne seres éticos. Kant irá nos falar sobre este conceito de dever, que o autor dirá que independe de leis naturais ou empíricas, sendo então um conceito a priori. Este dever para Kant é uma lei moral interior, que independe do psicológico do indivíduo, que leva os seres humanos a agir eticamente.
    Kant irá propor 3 máximas da moralidade:
    "Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza"
    "Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio"
    "Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais."
    Estas máximas irão afirmar a universalidade da conduta ética, que os seres humanos não usem os outros como um meio para conseguir o que deseja, e que a ética é uma lei universal aplicável somente para os seres humanos, seres racionais.

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  150. Homem e sua natureza são ruins, corrompidos e, sendo assim, a necessidade da moral se apresenta como essencial – Assim se dá a concepção de Kant.
    Em Kant se ligam duas críticas, sendo elas: 1. Crítica da razão pura, onde há ordem da necessidade (causa e efeito) e produção de ciência, sendo dependente do modelo de razão (não abarcando termos como “Deus”, mundo e alma – ideias pensadas, mas não conhecidas); 2. Crítica da razão prática, onde há ordem de liberdade abrangendo o campo do ético-moral e questões “além do corpo” como as mencionadas acima.
    Com esse mecanismo não se pode colocar em pauta temas como, por exemplo, a honestidade.
    Para Kant, aquilo que não estivesse no espaço e tempo não seria passível de conhecimento, bem como a moral se daria como uma necessidade interna ao homem. Sendo assim, para o autor, o indivíduo precisaria buscar sua própria perfeição.
    Uma conduta, nos termos do autor, é considerada boa, correta, quando ela é considerada uma conduta aprovada pelo próprio sentimento moral.
    Em suma, Kant coloca que o fundamento da ética é a racionalidade humana, colocando as ações humanas em divergência, inclusive, com as dos animais.

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  151. Gustavo de Souza Bruschi2 de julho de 2013 às 11:53

    Ao falarmos da teoria ética de Kant, nós falamos de uma teoria aonde os juízos morais são baseados na razão. Segundo a ética de Kant os nossos instintos, paixões e desejos dominam o ser humano de tal forma que este sempre buscará agir por interesse na busca de seus prazeres e assim Kant classifica o ser humano como egoísta, ambicioso e cruel.

    Para se "passar por cima" desses desejos se utiliza uma das razões de Kant: a Razão Prática (dever moral), que seria ocupa-se com o que deve ser o modelo de conduta humana por exemplo ao elaborar mandamentos e fundamentos ou melhor: "uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral". A Razão Prática busca aperfeiçoar a Razão Teórica (interesses) que é aonde está nossa busca pelo prazer e dos desejos, mas agir pela razão teórica é o que nos torna seres egoístas e cruéis.
    Kant formula 3 máximas morais que devem ser seguidas por aqueles que buscam um agir moral. Elas são:

    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

    Sendo assim, temos uma filosofia moral puramente racional proposta por Kant aonde nossas emoções resultam em atos imorais já que elas buscam nosso prazer cegamente.

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  152. Este comentário foi removido pelo autor.

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  153. Kant utiliza em suas ideias uma discussão recorrente que rodeia o meio filosófico e muitas vezes está presente em discussões cotidianas.

    A diferenciação feita pelos indivíduos entre os seres humanos e os animais irracionais, sempre foi exatamente o fato dos seres humanos terem a capacidade de com o uso da razão e do raciocínio serem capazes de fazer o bem e serem moralmente corretos.

    A razão para Kant deve tornar uma indivíduo necessariamente capaz de agir para o bem comum, sendo essa razão uma total motivadora da moralidade, Kant considera a razão, como a única motivadora humana para o bem moral, a os desejos inviduais tornam as atitudes humanas amorais ou incertas.

    Segundo as três máximas de Kant, notamos que o filósofo aparentemente impõe aos indivíduos a moral, mas vejo que a ideia de Kant seria que ao seguirmos essas máximas, que giram completamente em torno do uso da razão para as ações humanas, iremos atingir um bem comum e uma convivência sadia em sociedade.

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  154. A ética de Kant dá grande valor ao papel da razão na concepção do ser humano enquanto ser moral. Para ele, o uso da faculdade da razão prática (aquela que cria a própria realidade na qual opera, segundo Chauí) seria um meio para superarmos nossa natureza (de necessidades) permeada pelo desejo, ambição e avidez de prazeres e pelos atos selvagens dos quais nos valeríamos para obtê-los.
    Um conceito central na ética de Kant é o dever. O mesmo consiste na imposição que a própria razão prática, que é aquela que age em nosso interior, definindo a liberdade e finalidade das ações do ser humano a partir de criações próprias (quais sejam, as normas e os fins morais), faz a si mesma.
    O dever é um imperativo categórico, ou seja, é uma forma universal e incondicional que rege toda e qualquer ação moral. Ele é expresso na seguinte fórmula geral: "Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal"; e dela são derivadas mais três máximas da ética kantiana que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever, que são:
    "1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais."

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  155. Marcus Vinicius Innocenti Oscar
    Kant fomenta sua filosofia em diferenciar conhecimento empírico de conhecimento a priori para assim definirmos toda a potencialidade da razão pura.
    Uma lei moral só é considerada moral se for baseada em princípios a priori, qualificando-se por um imperativo categórico por conta de suas aplicações em situações de conduta sem nenhuma justificava ou isenção.
    A natureza humana é corrompida portanto a moralidade é contraria a constituição do cerne humano e é condicionada a obediência de leis e regras.
    A moral é de natureza interna da pessoa e segundo ele este seria o único conceito digno que existe, sua base parece estar apoiada na condição egoísta que o homem parece apresentar.
    Kant realiza uma divisão bem definida entre Física, Ética e Logica, uma tem base no empirismo e outras apenas em conceitos a priori.
    Como seres naturais possuímos paixões e desejos que são correlacionados a nossa existência, para Marilena Chaui o ato moral é aquele que se realiza como acordo entre as vontades e leis universais que ela dá a si mesmo.

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  156. Do ponto de vista Kantiano, que é fundamento através da razão, esta deve ser colocado em primeiro plano para nós homens, e a partir daí devemos buscar a perfeição.

    Kant vê a humanidade de forma geral, com um olhar pessimista. Digo isso, visto que para o autor, a natureza do homem é ruim. Neste ponto, acredito ocorrer a grande divergência entre o pensamento de Kant e de Hume, enquanto um acredita em um homem mau por natureza, o outro acredita nas paixões como guia para os atos humanos.

    Através da natureza ruim em que somos criados, passamos a ter desejos e vontades individuais, que nos fazem agir com interesse e egoísmo. Isto ocorre devido ao fato de sermos seres racionais, o que nos diferencia dos outros animais.

    Kant defende que regras universais devem reger a moralidade humana, tornando assim as ações menos más. Ele propõe que a ação de um ser racional deve ser livre de sentimentos, levando em
    consideração apenas a razão, e através disso pode-se chegar a perfeição moral.

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  157. Diferente de Hume que atribui as ações morais às sensações, Kant defende que a racionalidade é principal responsável pela tomada de decisões morais e éticas. O ser humano é naturalmente egoísta e cruel, sendo que ele adquiri moralidade através do aprendizado em sociedade.

    Tendo o homem uma natureza ruim e o livre arbítrio, ainda assim tomamos decisões considerados moralmente boas para manter a harmonia do convívio social. A gana por fazer o bem faz parte das ações morais, isto é, uma ação só é moralmente válida, se o indivíduo desejar espontaneamente executá-la. Isso porque estamos sempre agindo por interesse, e decisões unilaterais não são interessantes para nenhum dos lados, visto que tornaria inviável o convívio social.

    Sendo assim, o fato de não nascermos seres morais atribui a moralidade apenas a sereis racionais, tornando o conjunto de leis éticas universal, ou seja, válido para qualquer indivíduo de determinado meio social.

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  158. Kant formula uma ética que tenta ser o mais universal possível partindo do próprio individual autônomo.

    O filósofo define dois tipos de razão: a razão teórica, que é externa a nós e opera com as causalidades da natureza e a razão prática que é aquela interna a nós que opera com uma determinada finalidade, o dever, que é a própria expressão da lei moral em nós.

    Nós, segundo Kant, somos seres que não temos a bondade como algo inato - por natureza somos seres egoístas, cruéis, agressivos e que agimos para saciar nossos interesses. O meio que Kant encontra para nós deixarmos de sermos seres apenas naturais e passemos a ser também seres morais é o caminho do uso da razão prática.

    A razão então teria um papel fundamental para que nossas ações sejam guiadas pelo nosso dever interno e autônomo e não pelos nossos interesses. Só quando o homem é capaz de agir pelo próprio dever e não pelo interesse é que ele age como ser moral.

    Kant não busca nos dizer se determinadas ações são corretas ou não, seu interesse é nós mostrar que determinadas formas de comportamento são morais em si e outras não. Para isso ele cria três máximas - os imperativos categóricos, que são leis morais interiores absolutas e incondicionais.

    Essas três leis que regem a moral são: a conduta deve ser universal e absoluta; a humanidade não pode ser usado como meio para nossos próprios fins e por fim, devemos agir como se nossa ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

    Se alguma ação ferir algum desses imperativos categóricos é imoral. As ações devem além de respeitar essas três máximas morais, partir da vontade interna de dever levantada pela razão e não pela satisfação de nossos interesses naturais.

    Para mim, Kant constrói seu pensamento de maneira bastante interessante, apesar de achar um pouco confuso essa questão de que temos dois tipos distintos de razão - uma que cuida da causalidade natural e outro da finalidade racional e que a última deve se impor sobre a outra para que possamos pensar e agir como seres morais.

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  159. Matheus de Almeida Rodrigues3 de julho de 2013 às 23:53

    Segundo a concepção moral do filósofo prussiano Immanuel Kant, o ser humano é naturalmente corrompido, mau e ambicioso; é por isso que se faz necessário a noção de dever, que por sua vez é o agente orientador para que possamos nos tornar éticos e realizarmos ações morais. Assim sendo, diferentemente da teoria de Hume, a razão tem um papel protagonista na visão kantiana.
    O autor subdivide a razão entre dois grupos: a razão pura teórica, que trata da necessidade, observando a realidade sob o espectro da causa e efeito; e a razão pura prática, que determina a finalidade e a liberdade dos atos dos seres humanos como realidade.
    Quando cedemos aos nossos impulsos, estamos sob a escuridão de uma natureza cega, estamos ignorando a divisão entre causal (regido por leis e sem possibilidade de ser alterado) e final (constituído tendo em vista a liberdade dos indivíduos de agirem conforme as regras impostas pela mesma).
    De acordo com Kant, a liberdade não significa sucumbir ao desejo do ser agir conforme quer, mas sim pela repressão do ser natural em prol da moralidade, de modo a agir sob a luz da ética e da razão. Por isso, é necessário que o ser humano se esforce para dobrar seu Estado Natural, visto que nossas vontades são mais fortes do que a razão.
    A teoria kantiana determina que o dever é um imperativo categórico, e este não se trata de uma mera motivação psicológica, mas sim de uma resposta interior. Logo, ou uma ação é determinada como moral quando se realiza, segundo L.A. Peluso, “de acordo entre as vontades e as leis universais a que a razão impõe a si mesma.”
    Isto possibilita inferir acerca da existência de três máximas morais que expressam a incondicionalidade dos atos realizados por dever, sendo estas: 1) Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza; 2) Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio; 3) Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Portanto, sob à luz da teoria de Kant, é possível dizer que a prática de sob uma conduta moral, que deve ser inquestionável e universal, se dá quando não infringimos nenhum nos princípios da razão prática.

    Matheus de Almeida Rodrigues - 21039712

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  160. Kant, quando discute sobre a moralidade, considera que há uma característica natural do ser humano, e diferentemente dos utilitaristas, ela seria algo como que egoísta, ligada ao corpo, aos prazeres, como se poderia observar no animais. Apesar disso teríamos em nosso interior também,por sermos seres humanos e, logo, racionais e livres, temos que nos utilizar da razão prática e teórica para no impor um comportamento moral, que se daria através de deveres, deveres que nos tornariam livres de nossa afecções naturais.
    Esse deve é algo imperativo, algo universal, que se deve fazer valer para todas as ocasiões."Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal".
    Meu maior problema na teoria ética de Kant é como se daria esse imperativo categórico em situações onde trataríamos, como ele impõe, o ser humano como um fim, mas ao mesmo tempo teríamos de tratar o ser humano como meio também. Ao nos impor o deve de dizer a verdade, sendo algo moral, para uma pessoa sobre alguém, sendo que isto, mesmo sendo ético, pudesse fazer mal a esse alguém, isto seria moral?

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  161. Carolina Carinhato Sampaio4 de julho de 2013 às 20:09

    A moralidade segundo Kant é, acima de tudo, um dever. Para ele, não existe bondade natural no ser humano - e é por isso que existem tantas coisas imorais no mundo; porque o nosso natural seria o egoísmo e a mentira. Logo, a razão é quem deve nos guiar para o caminho da moralidade.
    Kant distingue a razão pura teórica e razão pura prática, além de diferenciar também as ações que são influenciadas por necessidades daquelas que o são por finalidade. Ao fazer essa análise, ele acredita ambas as razões são universais, e que a única diferença entre elas encontra-se em seus objetos. A razão teórica baseia-se na realidade exterior a nós, num sistema de causa e efeito, sem que seja necessária a nossa intervenção – enquanto a prática não precisa de uma causalidade externa, e sim cria a sua própria realidade. E essa seria a diferença entre necessidade e finalidade. E a razão prática é aquela que consegue fazer com que determinemos e sigamos as normas que nós mesmos elaboramos; as quais ela mesma, pelo menos teoricamente, seria capaz de controlar para fazer-se cumprir também, e este é o dever.
    A moralidade e o dever devem ser pautados pela razão – simplesmente por ela, excluindo o empirismo naquilo em que ela se envolve.
    “O dever é uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral.”
    Para ele, temos algo único em nossa espécie, que é a capacidade de raciocinar. E o dever em si mesmo faz parte dessa capacidade. E é importante ressaltar que eles têm um caráter imperativo. O dever, segundo Emanuel, é um imperativo categórico e é uma lei moral interior, além de agir em conformidade apenas com a máximas que são leis universais; acordos entre a vontade e essas leis universais.
    Segundo Marilena Chauí, as três máximas de Kant são: “Agir como se a máxima da tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza; Agir de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio e Agir como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais” - e estas são nada menos que a universalidade da conduta ética – que precisa ser atemporal e ser válida em todos os lugares, que tratemos os seres humanos sempre como o fim de uma ação, e não usando-os para conseguir algo; além de dizer que é necessário que separemos as necessidades das finalidades, como já foi dito anteriormente. Caso uma dessas máximas seja desrespeitada, a ação passa a ser imoral.
    Ações que são feitas de uma maneira apenas, UNICAMENTE pelo dever, não são consideradas morais, pois tudo o que não implica na vontade de fazer tal coisa é imoral quando estamos tratando de ética e dever.
    Um amigo está se afogando. O que eu deveria fazer? Salvá-lo porque quero e sinto que devo fazê-lo, deixo-o morrer ou salvo-o apenas porque é a minha obrigação? Esta é a questão colocada por Kant. Apenas o primeiro caso pode ser considerado moral. Não salvá-lo seria bastante imoral - e salvá-lo apenas porque sou obrigado também o é.
    E, por último, Kant diz que é necessário que se “interiorize” o dever, para que ele deixe de ser visto apenas como um dever, como uma vontade alheia à nossa. Essa é a maneira mais fácil de entender essa questão e guardá-la.

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  162. Na obra, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant faz suas primeiras considerações sobre a moralidade humana e sua relação intrínseca com a razão. Ele ainda particiona as formas como os elementos que caracterizam a moralidade interagem, e seriam esses: a razão teórica pura, razão teórica prática, ação por causalidade e ação por finalidade.
    A razão teórica pura é universalista e tem como substância a realidade externa ao homem está orientada por leis de causa e efeito que não dependem do homem, ou seja, autônomas a nossas ações. A razão teórica prática também é universal, entretanto, não depende de uma causa externa, e sim cria a realidade na qual será realizada inferências. No tocante as ações, a primeira, causal pode ser entendia como o resultado da teoria pura, já que a ação é motivada por um evento externo ao homem. A segunda ação é orientada pelo próprio indivíduo, não necessitando de influências externas para tal, e por encontrar finalidade em si mesma, a ação de finalidade conduz-se de acordo com suas próprias leis e condutas morais.

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  163. Marina Müller Gonçalves5 de julho de 2013 às 13:52

    Para Kant, só somos livres quando conseguimos nos desvencilhar de nossos impulsos naturais, quando deixamos de agir pelos nossos instintos e não somos mais sucumbidos a desejos e vontades. Portanto, sua idéia se baseia no princípio de que devemos realizar nossas ações seguindo os deveres racionais, buscando a perfeição moral e controlando nossas atitudes.
    Para o filósofo, o homem tende a agir apenas em benefício próprio, buscando sempre tirar vantagem sobre as coisas, nesse ponto que ele considera necessários os deveres, que são baseados nas três máximas da moral que são:
    “1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.”
    Seguindo estes três princípios, vemos que apenas seremos seres racionais e morais quando nossas atitudes forem fundamentadas nas leis éticas, sendo assim, nossos objetivos deixariam de ser movidos por interesses individuais e deixaríamos de utilizar uns aos outros como um impulso para a realização de nossos desejos.

    R.A.: 21082512

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  164. Marilena Chauí, explica que Kant se opõe a Rousseau, na questão da natureza humana, e que o homem não seria corrompido pela sociedade, e sim, que ele já é por natureza egoísta, ambicioso e agressivo por natureza, algo que já nasce em nós, e que seria "herdada" da nossa parte "animalesca".

    Kant então propõe três máximas, que fariam com que o homem, para conter esse seu "instinto" maldoso, esta parte "animalesca". Kant é bem claro quando ele deduz as três máximas morais, e que aqueles que não se enquadram nessas três máximas morais, seriam seres imorais, e aqueles que cumprem com o dever, são sim, seres morais, pois estes seriam os seres morais, pois agem pelo respeito do dever.

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  165. Kant institui a moralidade como sendo um imperativo ético natural e racional captável por um órgão. Ser moral é portanto, ser bom de forma objetiva, sem inclinações, o que costuma envolver sacrifício. De certa forma similar à moral católica.

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  166. Com base nas leituras, Kant afirma que os seres humanos são naturalmente egoístas, movidos por impulsos e interesses, não há bondade natural. O autor assemelha o Homem em estado natural aos animais, pois não avalia moralmente os seus atos antes de procedê-los.
    A razão pura teórica tem como o objeto de estudo o exterior de nós, as ações por causalidade. Acontecimentos necessários de causa e efeito.
    A razão pura prática é a liberdade para pode criar normas e impô-las a si mesma, ou seja, isso consiste no dever. O dever é a expressão moral em nós, não uma imposição externa ou uma lista do que se dever fazer ou não, é uma forma que deve valer para tudo e qualquer ação moral, sem distinções.
    Somos seres racionais e livres, entretanto que são movidas mais fortemente pelos impulsos. Por isso é necessário a aplicação do dever para que sejamos realmente livres.
    Se formos movidos cegamente pelos nossos interesses naturais e paixões não agiremos de maneira moralmente correta e seremos coagidos a permanente ignorância.
    Conforme o Kant, o dever é um imperativo categórico, ou seja, lei moral interior, não uma motivação emocional. São máximas que possam ser leis universais. Algo é imoral quando vai contra as três máximas do dever: toda ação do indivíduo racional deve ser como uma lei universal ética inquestionável que se aplique para todos e em qualquer lugar; não utilizarei o ser humano como meio para os meus interesses, respeitarei sempre justificando os como fim das ações. A terceira máxima define a diferença entre o reino natural das causas e o reino humano dos fins, os indivíduos racionais que agem com a liberdade voltada para o dever são integrantes do segundo reino.
    “[...] O dever e a liberdade da consciência moral são inseparáveis e compatíveis [...]” - CHAUÍ.

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  167. Leonardo Borges Bezerra Teixeira 210047115 de julho de 2013 às 19:35

    Kant utiliza-se da ideia de que o homem não é moldado de forma a ser corrompido pela sociedade, mas que já nasce com intempérios e que essas más característica são de natureza, que é intrínseco ao homem ter defeitos. Defeitos, estes, que podem ou não ser corrigidos. Ideia já diferente de Rosseau, que acreditava no homem como uma massa a se moldar, um corpo a ser preenchido de conhecimento e expressão de atitudes. Dessa forma, então, Kant nos apresenta três linhas de pensamento com relação à orientação do homem. A razão teórica pura é universalista e considera as externalidades ao indivíduo, levando em conta que as causas e efeitos não dependem do homem, apenas são dadas devemos lidar de acordo com o que foi proposto. A razão teórica prática também fica no âmbito da universalidade, mas não depende de interferência externa, apenas considerando que o próprio indivíduo vai formular seu meio.

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  168. Kant possui influências de Hume e até cita que o mesmo o fez despertar de um estado de 'repouso dogmático'. Na crítica da razão prática, Kant refuta a ideia de Hume de que a moralidade se dá através das emoções.
    Kant distingue a razão pura teórica e a razão pura prática, ambas são universais embora a que tratará do âmbito da ética será a razão prática.
    A teoria moral de Kant consiste na lei fundamental: "Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal." Dessa lei foram deduzidas três máximas, são elas:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

    Através do imperativo categórico, ou seja o dever, nós agimos moralmente de acordo com essas três máximas intituladas por Kant.

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  169. Kant acreditava que a moralidade se resume a um princípio fundamental, por meio do qual são originados os nossos deveres e obrigações,chamando a isto de ‘’imperativo categórico’’. O imperativo categórico trata de questões de moralidade, no qual encontra-se a principal definição kantiana sobre a tal: “ a moralidade exige que tratemos as pessoas sempre como um fim e nunca apenas como meio’’.
    Segundo Kant, o valor dos seres humanos encontra-se acima de qualquer preço, deixando claro o lugar dos seres humanos na ordem das coisas. Para ele, uma vez que as pessoas têm desejos e objetivos, as outras coisas acabam tendo valor em relação aos seus projetos, mas seus valores são limitados de acordo com os fins que proporcionam, deixando de ter valor quando pensados sem alguma finalidade. Por exemplo, se quisermos viajar de avião, o avião terá valor para nós, mas além de tal desejo o avião não tem valor algum.
    Kant também afirma que os seres humanos têm um valor intrínseco, porque são racionais e livres para tomar suas próprias decisões e, portanto são capazes de estabelecer seus objetivos e ser guiados pela razão.
    A lei moral é a lei da razão, portanto a moral é uma “força “ interior que age nos seres humanos e não é adquirida a partir de fatores externos, já que todo ser humano é dotado de razão. O único meio para que a moral venha verdadeiramente a existir é o que se refere ao que Kant chamou de dever. Ou seja, a única forma para que a bondade venha a ser praticada é o aprendizado do que se deve fazer, agindo sempre em um sentido de dever, pois por meio da razão torna-se possível se chegar a um valor moral.
    Os seres racionais são encarados como um tipo de coisa valiosa entre outras. O resto do mundo são apenas meras coisas. Se o valor encontra-se “acima de tudo, conclui-se que os seres racionais têm de ser tratados sempre como um fim e nunca como um meio. Isto significa que temos que agir para atingir uma determinada finalidade, agir para proporcionar o bem as outras pessoas, temos de evitar a prática do mal, enfim, nos empenharmos para promover a realização dos fins alheios.
    Uma vez que racionais, os seres humanos devem ser tratados como fins e isso significa respeitar a sua capacidade racional, de modo que, não venhamos a usar as pessoas para atingir os nossos próprios objetivos, por melhores que eles sejam. Kant oferece o seguinte exemplo para a compreensão de sua idéia:
    “Suponha que precisa de dinheiro e quer um empréstimo, mas sabe que não será capaz de devolvê-lo. Em desespero, pondera fazer uma falsa promessa de pagamento de maneira a levar um amigo a emprestar-lhe o dinheiro. Poderá fazer isso? Talvez precise do dinheiro para um propósito meritório — tão bom, na verdade, que poderia convencer-se a si mesmo de que a mentira seria justificada. No entanto, se mentisse ao seu amigo, estaria apenas a manipulá-lo e a usá-lo “como um meio”.
    Por outro lado, como seria tratar o seu amigo “como um fim”? Suponha que dizia a verdade, que precisava do dinheiro para um certo objectivo mas não seria capaz de devolvê-lo. O seu amigo poderia, então, tomar uma decisão sobre o empréstimo. Poderia exercer os seus próprios poderes racionais, consultar os seus próprios valores e desejos, e fazer uma escolha livre e autónoma. Se decidisse de facto emprestar o dinheiro para o objectivo declarado, estaria a escolher fazer seu esse objectivo. Dessa forma, o leitor não estaria a usá-lo como um meio para alcançar o seu objectivo, pois seria agora igualmente o objectivo dele. É isto que Kant queria dizer quando afirmou que “os seres racionais […] têm sempre de ser estimados simultaneamente como fins, isto é, somente como seres que têm de poder conter em si a finalidade da acção”.
    A concepção de Kant no que diz respeito à dignidade humana, não é fácil de se compreender, esta foi apenas uma pequena abordagem de sua idéia.

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  170. Na obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes Kant trata a razão como o que distingue o homem dos demais seres vivos já que é regido pela racionalidade, as condutas humanas serão moralmente positivas somente se forem executadas com o ânimo igualmente positivo do agente, as pessoas já que são racionais devem ter boa vontade.
    Portanto essa obra tem como objetivo buscar um princípio de moralidade que fundamente os costumes e o agir de maneira moral.

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  171. Sara A de Paula RA:21041713
    Antiga filosofia grega dividida em 3 partes: física( filosofia natural) e ética (filosofia dos costumes) e a lógica (filosofia formal). Há com elas a certeza de que ele seja completa, e se necessário serem feitas as subdivisões. Kant tem uma concepção filosófica que se baseia na razão, ou seja, os homens distinguem-se de outros seres, por serem possuidores da razão.
    Os talentos do espírito, como a inteligência e a capacidade de julgar são coisas boas, a boa determinação deles influencia o caráter. Outro exemplo colocado por Kant, é que as riquezas da vida, que podem ser denominadas felicidade, podem partir para o ponto da presunção, ou seja, se houver falta de boa vontade na moderação dos dons, eles podem se tornar equivocados. Então a boa vontade é um ponto inicial importante para compreender o texto.
    Há uma divisão entre razão e instinto (no sentido de auto-preservação). Porém, a razão deve exercer maior influência que as vontades. A boa vontade faz com que uma ação seja considerada moralmente boa.
    No texto de Marilena coloca-se o fato de que por natureza, os seres são egoístas, ambiciosos e destrutivos, e que é preciso seguir o dever para que nos tornemos seres morais. Além de seres racionais e livre, somos também seres naturais (movidos por certas causalidades da natureza-desejos, impulsos), e para isso dependemos do dever. A razão deve de certo modo se impor perante essa questão natural do instinto, como já colocado anteriormente.
    O dever não é uma lista do que pode ser feito ou não, mas deve ser colocado em todas as situações, como uma forma geral das ações. Deste modo, Kant deduz as três máximas morais:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

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  172. Em “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, Kant afirma que o conhecimento formal é representado pela lógica, enquanto a física e a ética fazem parte do conhecimento material. O primeiro conhecimento é apenas formal, e o segundo possui a parte prática, ou seja, empírica.
    Sobre a filosofia, Kant separa em dois grupos: a filosofia natural, cuja regra é o “ser”, e a filosofia moral caracterizada pelo “dever ser”, relativo à vontade do homem. Assim, afirma-se que existem duas metafísicas, a saber: a da natureza (com partes empíricas e racionais definidas), e a dos costumes (parte empírica, por meio da ética, e uma parte racional, que corresponde à moral). Para ele, Metafísica pressupõe um conhecimento não empírico, chegando ao conceito de Metafísica dos Costumes, que é o estudo de leis avaliadas segundo o ponto de vista racional, e não contaminado pela empiria.
    Entendi que a boa vontade é essencial para que o homem, e, se este não a possuir, todas as suas qualidades não terão valor. A razão está atrelada ao instinto, pois enquanto aquela exerce influência sobre a vontade, este garante, ou pelo menos tenta garantir a melhor opção a ser adotada.
    Além disso, o autor separa a ação conforme ao dever (praticada por inclinação, interesse ou por egoísmo) da ação praticada por dever (tem seu objeto na vontade).
    A título de conclusão, o autor afirma que, para classificar uma conduta como moral, deve-se observar se determinada conduta adotada pode ser universalmente utilizada. Ou seja, se a conduta só trouxer benefício ao agente, ela não é moralmente aceita. Kant utiliza como exemplo uma promessa que uma pessoa faça sabendo que não poderá cumprir, concluindo que a conduta não é moralmente aceita como boa. Em suma, para o autor, a razão é o que distingue o ser humano dos demais seres, e, além disso, as condutas serão moralmente positivas somente se a elas for atribuída boa vontade.
    Já no texto “A ética de Kant”, parte-se do pressuposto de que, para Kant, os homens são maus por natureza, sendo guiados por egoísmo, ambição, etc. E, por essa razão, todo homem precisa de deveres para ser moldado, ou seja, para se tornar um ser moral. Kant faz duas distinções:
    1. Entre razão pura teórica ou especulativa e razão pura prática;
    2. Entre ação por causalidade ou necessidade e ação por finalidade ou liberdade
    As de número 1 são universais, podendo variar somente os conteúdos com o passar do tempo, mas não as formas. A razão teórica baseia-se na realidade exterior a nós, ou seja, que depende de outros fatores que não só nós mesmos, enquanto a razão prática cria sua própria realidade, sendo isto o dever, que é um imperativo categórico. Isto é, o dever não admite hipóteses, não possui exceções, é incondicional. A partir disso, tem-se a fórmula: “Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal”. Como consequência dessa fórmula, deduz-se três máximas morais, a saber:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza. Ou seja, todas as pessoas agir respeitando uma lei inquestionável, que não possui variações.
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio. Isto quer dizer que os seres humanos devem agir com dignidade, nunca moldados por seus interesses individuais.
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais. Isto é, o reino natural das causas é diferente do reino humano dos fins.

    Diante do que foi exposto, entendo que a bondade dita por Kant é resultado do respeito pelo dever e pela lei moral vigente. Por fim, Kant sugere que o dever seja interiorizado em nós, ou seja, que já esteja devidamente enraizado dentro de nós e se manifeste em qualquer ação que executarmos.

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  173. Kant inaugura uma nova concepção filosófica, baseada na razão. Diz que o que distingue o homem dos outros seres é a razão; a ação humana elevada a condição de universalmente aceita, se torna lei moral, devendo ser observada por todos.
    Na primeira seção, Kant diz que as leis morais orientam o agir humano, sendo o ínicio da boa vontade. As ações humanas relacionam-se com a moralidade das condutas, concluindo que a única coisa que pode ser classificada com boa ou má é a vontade humana. Diz que o instinto garantiria ao sujeito a adoção da melhor opção, o que poderia ser taxado como conduta moralmente boa. A razão não seria suficiente para guiar o homem para a satisfação de suas necessidades. Porém, a razão foi dada como faculdade que deve exercer influencia sobre a vontade. A razão deve prevalecer sobre o instinto.
    Na segunda, diz que a razão não determina a vontade. Só pela razão é possível se tirar das leis ações efetivas. É de se esperar que somente a razão pura prática determine a vontade humana. A obrigação coloca um princípio objetivo em conformidade com a subjetividade humana, e a representação desse princípio objetivo dentro da subjetividade constituindo a Vontade, chama-se mandamento. A fórmula do mandamento é designada por Imperativo, que é dividido em: Imperativos de Habilidade, que servem como meios para atingir um fim, considerados bons por sua eficácia; Imperativos de Sagacidade, preocupados com a melhor maneira de se atingir um fim, que se relaciona com a melhor escolha dos meios para um fim específico e são considerados bons por sua eficiência; e Imperativos da Moralidade, considerados bons em si mesmos e independem dos resultados obtidos. Toda ação que seja desejável que se torne lei válida para todos os seres humanos é uma ação moral. A vontade se constitui uma legisladora universal. O homem é autônomo e pode agir segundo sua vontade, já que ela está submetida, quando regida pela razão, à Lei Suprema da Moralidade.
    Na terceira, Kant lembra que nem sempre a vontade pode ser satisfeita em toda sua determinação, e se isso ocorre é porque não há liberdade participando de sua propriedade. Só é eficiente a Vontade que tem em suas propriedades a liberdade. Acrescenta: “O dever moral é, pois, um querer próprio necessário seu como membro de um mundo inteligível, só sendo pensado por ele como dever à medida que ele se considera, simultaneamente, membro do mundo sensível.”. Kant parece render-se à impossibilidade de explicar a liberdade da vontade assim como à impossibilidade de descobrir como se dá o interesse humano pelas leis morais, e aceita o suposto fato de que seja uma tendência natural nossa denominada de sentimento moral.
    No texto de Marilena Chauí, afirma –se o papel da razão na ética; diz-se que somos egoístas por natureza, e por isso precisamos do dever para nos tornarmos seres morais. A exposição de Kant tem duas distinções: entre razão pura teórica e razão pura prática; e entre ação por causalidade ou necessidade e ação por finalidade ou liberdade. Razão pura teórica e prática são universais: são as mesmas para todos os homens em qualquer tempo e lugar. A razão prática tem o poder para criar normas e fins morais e também de impô-los a si mesma. Essa imposição é o dever. Por dever, damos a nós mesmos os valores, os fins e as leis de nossa ação moral e por isso somos autônomos. Quem se submete a eles não pode possuir a autonomia ética. Em outras palavras, o ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si mesma. As três máximas morais são:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Logo, para Kant, a conduta moral deve ser inquestionável; as leis éticas se aplicam apenas para os seres racionais.

    RA: 21019613

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  174. Luize Gonçalves Fernandes21 de abril de 2014 às 23:08

    Kant afirma o papel da razão na ética, diferente de Hume. Para ele, o homem é mau por natureza, pois não existe bondade natural. Por essa natureza ruim é que precisa-se do dever para tornar-se moral. O dever vai de encontro com a nossa natureza, fazendo com que nossas ações e comportamentos sejam guiados pela racionalidade.

    O filósofo define dois tipos de razão: a razão teórica, que é externa a nós e opera com as causalidades da natureza e a razão prática que é aquela interna a nós que opera com uma determinada finalidade, o dever, que é a própria expressão da lei moral em nós. Kant diz que a razão prática cria normas e fins éticos e tem o poder de impor isso à sociedade, na forma de dever.

    A razão seria essencial para que as ações humanas fossem guiadas pelo dever interno e autônomo e não pelos interesses pessoais. Só quando o homem é capaz de agir pelo próprio dever e não pelo interesse é que ele age como ser moral.

    Em “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, Kant acredita ser a razão aquilo que distingue o ser humano dos demais seres. Mais que isso, para ele, uma conduta só é considerada moral se ela puder ser universalmente utilizada - não trouxer benefícios só para o agente da ação.

    Como consequência disso tudo, surgem as três máximas morais de Kant:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza. (Que quer dizer que todos devem agir respeitando uma lei maior que é igual para todos).
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio. (Nunca deve-se agir guiados por interesses pessoais).
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais. (Para Kant, o reino natural das causas é não é o mesmo que o reino humano dos fins).

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  175. Kant procura estabelecer uma moralidade "perfeita" fazendo - se valer do uso da razão para determinar a priori uma universalidade de conduta. Kant parece ser um entusiasta da liberdade e dos princípios burgueses que emergiam em sua contemporanedade, como a prevalência da racionalidade e a possibilidade de se universalizar as atitudes humanas. O uso da liberdade como axioma de alguma forma contradiz a idéia de determinação a priori defendida por ele, sendo a liberdade como capacidade espiritual humana de distinguir entre entre duas ou mais vontades requer, para que assumamos esse pressuposto, que abramos mão daquilo que é fundamental no pensamento kantiano: um juízo sintético a priori que a justifique. O conceito de liberdade como cumprimento da lei, assim como a não consideração das particularidades dos sujeitos no mundo (padronizados por uma medida comum: a razão), traz a tona uma correlação entre a suas ideias filosóficas e a sua base ideológica puritana praticada durante sua vida. Idéias que utilizam a racionalidade humana como axioma principal fundamentam muitas teorias na atualidade, como a dominante no Mainstrem da economia e influenciam decisões em política e vida dos cidadãos muito diretamente.
    21056212

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  176. Tatiane dos Santos Moura22 de abril de 2014 às 14:58

    No texto da Marilena Chaui, ela aponta que Kant afirma o papel da moral na ética, e que por natureza, todos são egoístas, ambiciosos, capazes de fazer inúmeras crueldades, e que justamente por isso precisa-se do dever para a formação de seres morais. Afirma que imposição que a razão prática faz a si mesma daquilo que ela própria criou é o dever. E que por dever, damos a nós mesmos os valores, os fins e as leis de nossa ação moral e por isso somos autônomos.
    Kant ainda aponta que o dever é uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral. Essa forma não é indicativa, mas imperativa. O dever é um imperativo categórico, ordena incondicionalmente. E assim, Kant deduz as três máximas morais que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever: 1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza; 2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio; 3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    As máximas deixam clara a interiorização do dever, pois este nasce da razão e da vontade legisladora universal do agente moral. O acordo entre vontade e dever é o que Kant designa como vontade boa que quer o bem.
    Em “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, Kant faz considerações sobre a moralidade humana e sua relação com a razão. Expõe que a razão é o motor que diferencia o homem de todos os outros seres. O uso prático da razão conduz à necessidade absoluta das leis das ações de um ser racional, como tal, livre. Por serem regidas de acordo com a racionalidade, as condutas humanas somente serão moralmente positivas se forem executadas com boa vontade. Dessa maneira, a lei moral é cumprida decorrente do pensamento racional positivo humano. Também é buscado um princípio de moralidade que fundamente os costumes e o agir moral.

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  177. A razão prática é a liberdade como instauração de normas e fins éticos que impõe a si mesma pelo dever que expressa a lei moral em nós. Obedecer o dever é obedecer a nós mesmos. Porém, somos movidos á desejos, paixões, impulsos e apetites que são mais fortes que a razão por isso é necessária a existência do dever que revela nossa verdadeira natureza.
    O dever vale para todas ações morais, sem exceções, é o imperativo categórico, o ato moral que se funciona como acordo entre vontade legisladora e leis universais, agem pelo respeito ao dever produzido pela razão, esta é a vontade boa que quer o bem. As máximas morais tratam da universalidade da conduta ética, da condição de não usar ser humano como instrumento para nossos interesses e da diferença e separação entre reino natural das causas e o reino humano dos fins e da vontade legisladora dos deveres. O imperativo categórico nos leva a sermos éticos pela indagação de que estamos seguindo o dever pelas três máximas morais.

    Thaís Fidelis Schaffer RA: 21070713

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  178. Kant é defensor da opinião que o homem não é bom naturalmente, e que precisamos do dever e da moral parar tornamos seres morais. Ele também distingue a razão pura teórica e a razão pura prática (que são universais, variam de conteúdo, mas não de forma). A distinção entre essas razões encontra-se no objeto delas. A razão teórica tem como objeto algo externo a nós, leis independentes da nossa intervenção e as ações para certa finalidade das ações por necessidade. A razão prática usa a própria realidade, e não o meio externo. Kant diz que a natureza é o reino da necessidade, onde tudo acontece porque há certa necessidade a ser saciada. Esse reino se difere do humano, onde ações acontecem para certa finalidade. A razão prática seria o que levaria a criação de normas, e com esse poder ela impõe as normas também a si mesma, assim criando o que chamamos de dever, a expressão da moral em nós mesmos. Quando a pessoa obedece ao dever, ele deixa de lado os interesses. Para Kant a moralidade não estaria somente no ato de fazer o que seria "certo", mas também em querer fazer o certo.
    No texto a "A metafísica da ética" Kant desenvolve três máximas morais que ele chama de "imperativos categóricos. A primeira dita que sua ação deve ser criada como uma lei universal da Natureza. A segunda que sua ação não deve tratar tanto a si como aos outros como finalidade. E a terceira que sua ação deve poder ser referência para uma lei universal para toda a humanidade.

    Jennifer Nogueira Martinuzo - RA 21081513

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  179. Na filosofia de Kant, observa-se um papel primario da razao. Segundo Kant, os seres humanos sao seres egoistas e maldosos por natureza, por esse motivo a razao é indispensavel pra nos tornar seres morais. Para compreendermos melhor, deve-se atentar aos dois tipos de razao que o filosofo estabelece:
    a razao teorica, que se exprime na Natureza, ou seja, no meio externo e a razao pratica que ocorre internamente nos seres humanos. A razao pratica se impoe aos homens, criando aquilo que vem a ser o ponto principal da filosofia kantiana, o sentimento moral de dever. O sentimento de dever, da ao homem a liberdade, pois ja que este deriva da razao pratica, o homem ao cumprir um dever moral, estaria respondendo a si mesmo. O dever age sobre nos de forma imperativa, porque é a unica forma de garantir a moralidade, já que somos passiveis de influencias da natureza, como paixoes, desejos etc. Dessa forma, a razao é necessaria para que o dever moral seja cumprido.

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  180. Kant se opõe a moral do coração (Rousseau) e volta a destacar o papel da razão na ética. Para Kant não existe bondade natural, as pessoas são egoístas, ambiciosas, destrutivas, agressivas..... e justamente por este motivo é necessário que o dever torne os seres morais. Resumidamente Kant não vê a humanidade com bons olhos, por não sermos essencialmente bons a razão é necessária para que possamos agir da forma correta(boa), sendo assim a razão impõe um certo tipo de “dever” que deve ser seguido e levará a pessoa agir moralmente.
    Para definir uma atitude como moral ou imoral Kant formulou as três máximas morais, que caso fossem contrariasse uma dessas três máximas o comportamento seria caracterizado como imoral, e elas são:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    As ideias de Rousseau e de Kant, embora diferentes, procuram explicar por que o dever e a liberdade da consciência moral são inseparáveis e compatíveis. A solução de ambos consiste em colocar o dever em nosso interior, desfazendo a impressão de que nos seria imposto de fora por uma vontade estranha à nossa.

    Guilherme Allan I. C. da Fonseca - RA: 11131211

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  183. Kant aborda em seu texto, "Fundamentação da Metafísica dos Costumes", o agir humano e moralidade, fazendo uma crítica a Razão Prática, que não tem nenhum tipo de determinação sensível. Se preocupa com o problema da moralidade humana, procurando identificar o juízo sintético e ao supremo princípio da moralidade (Imperativo Categórico). Kant acredita que a lei moral parte da ideia de liberdade, sendo uma união da razão pura (aquilo que se pode saber antes da experiência) e prática (como deve ser a conduta humana). Na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, a lei moral comanda a ação, sendo por meio da vida moral o conhecimento da liberdade; a razão prática busca a razão pura para os fundamentos que validem a autonomia da vontade (que é a liberdade).

    No texto de "A Ética de Kant", Marilena Chauí diz que na visão de Kant, por natureza, somos egoístas, cruéis e movidos pelo prazer (que é o motivo de matar, mentir e roubar). A razão prática é algo que instaura normas e fins éticos, sendo ela um dever, a expressão da lei moral dentro de nós (devendo obedece-la).

    Por que as leis morais não são espontâneas, mas sim um dever? Segundo Kant, é porque não somos somente seres morais, mas também naturais, feitos de apetite, impulso, desejo e paixões. Para o autor, o dever é uma forma de valer qualquer ação moral.

    Existem três máximas morais: (1) universalidade da conduta ética (aquilo que todo o ser humano racional deve fazer como algo inquestionável); (2) tratar o outro como fim da ação, não como instrumento para interesse; (3) exprime a diferença ou separação entre oreino natural das causas e o reino humano dos fins. "Mentir é imoral": o motivo é que os mentirosos transgridem as três máximas morais.

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  184. Kant propõe que o ser humano é egoísta por natureza, logo age em função de seu benefício, muitas vezes tirando vantagem onde possível. Utiliza qualquer coisa ou pessoa como meio para chegar até seus fins e isso se torna uma necessidade justamente por ser um instinto. Porém, existe uma “força” moral, o dever, que impede essa necessidade de acontecer. Esse dever é chamado de “imperativo categórico” e é instituído de “três máximas morais”:
    1. “Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza.” Isso nos proporciona a ideia de que a regra é universal (ou seja, válida sobre quais queres circunstâncias, não sujeita a interpretação), atemporal e em qualquer lugar.
    2. “Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio." É através dessa afirmação que o homem quebra com seu instinto egoísta.
    3.”Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais." Determina que o ser racional é aquele que cumpre e age conforme o descrito até então.
    A ação é ordenada como boa em si, incondicionalmente e, por isso, deve ser realizada como fim em si mesmo, independentemente de qualquer outra finalidade, tornando quem agir dessa forma um ser ético.
    Parece um tanto quanto utópico pensar que todo ser humano age dessa forma, mas categorizar o ser humano ético de acordo com suas ações e deveres é interessante. A meu ver, é uma forma de analisar e criticar nossas próprias ações e serve de boa orientação.

    Guilherme santucci 11119211

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  185. Andréa Aline de Faria R.A.: 21039713

    Diferentemente de David Hume, que destaca o papel das paixões como motor da conduta humana, para Kant a moralidade é a atividade prática da razão pura, chamada “boa vontade”. Até porque, segundo ele, o homem é naturalmente cruel e egoísta e precisa da razão e do dever para impor a moralidade.
    Essa maneria de impor moralidade aparece em Kant na divisão de três máximas que deveriam ser seguidas pelas pessoas. Apesar de seu caráter de obrigação, ao ler essas máximas percebe-se mais uma preocupação com o bem-estar do ser humano do que leis rígidas. São como tentativas de regulamentar as ações humanas.
    Como a Marilena Chauí expôs, esses deveres não são uma exposição externa, mas a mais alta demonstração de humanidade e possuem um caráter incondicional.
    Marilena também enfatiza muito o aspecto interior de tais deveres, ou seja, oriundos da boa vontade humana e não, como dito anteriormente, de uma imposição externa.

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  186. Para Kant, a razão tem um papel decisivo na ética. As leis da moralidade devem ser buscadas na razão e não nos sentimentos ou inclinações naturais. Kant vê o homem como um ser mau e egoísta por natureza, que só está inclinado a realizar aquilo que o satisfaz. A razão seria o fator que permite ao homem dominar este estado natural. Por isso, o ser humano seria habitante de dois mundos: o inteligível, onde a razão reina; e o sensível, onde as leis naturais sujeitariam o homem. A razão poderia então ser levada a um nível elevado de perfeição.

    Kant não acreditava que as leis morais pudessem surgir de exemplos ou de experiências. Para ele, a razão pura tinha o papel de estabelecer as leis morais. Estas se constituiriam numa obrigação, numa necessidade. Assim, independentemente das consequências, uma ação moralmente aceita teria um fim em si própria. Mas como ser racional, o homem não teria que simplesmente se submeter a tais leis. Ao mesmo tempo em que as cria, ele também se submete a elas. O homem NUNCA pode ser visto como um meio, apenas como um fim.

    Desse modo, as leis da moralidade seriam universais. Para todo ser racional, a moralidade deve ser a mesma. Kant considera que existe um meio para avaliar se uma ação é ética ou não: a ação deve ser considerada como lei universal para todos os seres racionais; e a ação deve considerar o homem sempre como um fim em si mesmo, nunca como um meio para alcançar algum objetivo. O exemplo clássico é o da mentira. Supomos que para salvar sua vida ou a vida de outra pessoa, você deva mentir. Será que isso seria ético? Não para Kant, pois o ato de mentir (mesmo em caso de vida ou morte) não pode ser uma lei universal.

    É possível concordar com Kant de que o homem tem uma inclinação egoísta e má por natureza. Por exemplo, não precisamos ensinar uma criança a ser egoísta ou a bater em outras crianças. Muito pelo contrário, na maioria das vezes elas devem ser ensinadas a dividir e a respeitar o outro.

    Jacqueline Mendes 11038112

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  187. Para Kant os atos tidos como imorais transgridem as três máximas morais postas por ele:

    1) “Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza”;

    2) “Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio”;

    3) “Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais”.

    Sendo que a primeira máxima trata sobre a universalidade da conduta ética válida a todos em todos lugares e tempo, enquanto que a segunda máxima diz respeito a dignidade que o ser humano deve ter para não ser egoísta a ponto de tratar o outro como um instrumento para realizar determinada vontade/desejo próprio. Por último, a terceira máxima afirma que a vontade que age por dever institui um reino de seres morais porque racionais e, portanto dotados de uma vontade legisladora livre e autônoma.

    Entendo que para Kant nós seres humanos se não ultilizarmos da razão e nos impusermos deveres, somos seres animais extremamente propícios a praticar ações individualistas que teriam quase que um único efeito: beneficiar o praticante da ação, sempre se esquecendo que vivemos numa sociedade e que devemos fazer ações que visem o coletivo. Para evitar essa sociedade ‘animal’ Kant propõe duas razões, sendo ambas universais e válidas a todos os tempo e lugares:

    A) razão teórica- exterior a nós, com um sistema de de objetos que opera segundo leis de causa e efeito, independentes da nossa intervenção

    B) razão prática- cria sua própria realidade na qual se exerce.

    As duas razões podem variar nos conteúdos dos conhecimentos e ações, mas não nas formas (universais). Para atingirmos a ética e a moral Kant defende que devemos seguir os preceitos dos deveres (imperativos categóricos- vale para toda circunstância de todas as ações morais, diz para nós sermos éticos cumprindo os deveres) impostos a nós mesmo (que irão dar origem as três máximas), além disso e diferentemente de Hume, Kant diz que deve-se colocar a razão a frente das paixões, afim de agirmos de forma racional e não por impulso ou motivado por qualquer outro sentimento.

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  188. Immanuel Kant, parte do princípio que não há como dissociar razão de ética. Oposto a visão de Hume que dava destaque as nossas facções, na ideologia de Kant a natureza humana é corrompida e selvagem, e por isso precisamos nos valer da razão para agirmos moralmente.
    Para ele, a razão teórica são universais, ou seja, são comuns a todos os homens, sendo assim as formas da racionalidade e da ação social são as mesmas para todos os seres. E a razão especulativa tem como objeto de estudo o que é exterior a nós, objetos que operam em uma causalidade independente da nossa vontade, essa ocorrência ocorre devido a diferença entre finalidade e necessidade.
    Sendo que as necessidades de finalidades são referentes a natureza, e aos homens se destinam as ações que visam necessidade/liberdade. Assim, todas ações resultam em alguma consequência, e se essa ação é contrária ao parâmetro ético universal ela irá resultar em uma consequência contrária a ideia de ‘certo’, deste modo, o objetivo ético seria o fim desses atos, a ética seria como algo imposto por leis Naturais.
    Kant, então, acredita que a ética e a moral pertencem ao plano natural, e esse plano está inserido na mente de cada ser humano.

    Naara Campos RA 21050313

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  189. Diferente de David Hume, Kant afirma o papel da razão na ética. De acordo com o filósofo, não existe bondade natural nos homens, e por isso precisamos do dever para nos tornar seres morais.
    Para isso, o autor faz a distinção entre a razão pura teórica e a razão pura prática, que apesar de serem universais, tem objetos diferentes. A primeira é uma racionalidade exterior a nós, um sistema de objetos que opera segundo causa e efeito, já a segunda, cria sua própria realidade, na qual se exerce. Ambos os conceitos estão relacionados da diferença entre ação por causalidade e ação por finalidade ou liberdade: a natureza é o reino da necessidade, ou seja, acontecimentos regidos por necessidades de causa e efeito; o reino humano é o da finalidade, ou seja, ações realizadas racionalmente. A razão prática é a liberdade como instauração de normas e fins éticos, e tem o poder de impor normas morais a si mesmas, assim, é o que constitui o dever.
    Contudo, não somos apenas seres morais, mas também naturais. Visto que esse lado é mais forte, a razão prática precisa nos impor a moral, assim, o dever é uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral, um imperativo categórico, que se exprime numa fórmula geral: “age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal”.
    Disso, Kant deduz as três máximas morais:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Por fim, diz que o imperativo categórico diz para sermos éticos cumprindo o dever, e então coloca o dever em nosso interior, e não como algo imposto à nós de fora por uma vontade estranha à nossa.

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  190. Kant, nos trás a ideia de que as pessoas são ruins por natureza e são capazes de praticar atos cruéis e utilizar outras pessoas como meios para saciar seus desejos. Visando combater esses impulsos causados pela natureza cruel do homem, existe o dever, o qual é uma necessidade interna de realizar ações apenas por respeito à lei prática. Um ato só pode ser considerado moral se for realizado por dever, sem nenhum interesse pessoal.
    Dever não nos diz que devemos agir honestamente ou que devemos ser justos em tudo o que fazemos, ele na verdade é preponderantemente baseado nas três máximas morais kantianas. Dada determinada ação, se ela rompe com qualquer uma das máximas morais, então essa ação não é ética ou moral dentro da teoria de Kant. Para uma ação ser moral ,como dito anteriormente, ela deve ser praticada baseada no dever, nunca por inclinação ou cálculo interesseiro. A pessoa buscar felicidade é um exemplo de dever, infringir isso por qualquer inclinação que seja, é imoral.

    Por fim,um imperativo somente é considerado categórico se pode ser usado em qualquer situação, por qualquer pessoa, em outras palavras, é universal.


    Luiz Fernando B.F.Lima
    RA: 21035313

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  191. Kant entende que somos seres egoístas e, por isso precisamos do dever para nos tornarmos seres morais.
    Para ele, a razão é universal. A razão teórica é independente da nossa intervenção, depende da casualidade, da realidade exterior a nós. Ele dá importância, no entanto, à razão prática que é baseada na liberdade, a razão prática é a nossa necessidade de estabelecer um dever. Esse dever segue três máximas morais: “1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza. 2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio. 3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.”, essas máximas, o imperativo categórico, afirmam a que: a ética é universal, tornando-a inquestionável; os seres humanos não devem ser usados como instrumentos para nossos interesses; e que seres humanos seriam morais pela sua racionalidade. A moralidade de uma ação, estaria no porquê dela, cumprir o dever pensando na consequência, não tem valor moral. O dever deve ser cumprido pelo dever. Para Kant, uma ação que cumpra o dever somente pelo dever cujas consequências são ruins, não é moralmente errada. Pode-se, no entanto, entender que a vontade é uma condição necessária para todas as ações, o que impossibilita a razão pura de ser prática e levanta o questionamento da necessidade prática do imperativo.

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