sábado, 20 de abril de 2013

4. TEMA 2 - O QUE A ÉTICA INVESTIGA?

 

Caros Alunos,
Após ler o texto: "O que é Ética" de Peter Singer, disponível em:
e o texto: “Teorias sobre a Ética” de Hugh LaFollete, disponível em:
http://criticanarede.com/teoriasetica.html

elabore uma postagem com seus comentários sobre o tema. Vc. tem até 24hs. do dia 26 de março para realizar essa atividade.

364 comentários:

  1. Bruno Mendes Cavalcante


    A palavra Ética admite três usos, que vão do mais empírico, até o menos, aumentando seu sentido de abstração. A palavra Ética pode ser vista com um conjunto de normas, ou conjunto normativo; como um estudo sistemático de conceitos (bem, mal, responsabilidade e liberdade), que é a Filosofia Moral; ou como estudo das condições de argumentação moral e ética, que é a Metaética.
    A principal questão neste debate está sobre se é possível resolver questões éticas partindo do ponto de que o ser humano é um animal, dentre muitos outros, portanto sua Ética está dentro na natureza das coisas; ou necessariamente necessitamos apelar ao sobrenatural, no sentido de o ser humano estar acima da natureza dos outros animais?
    David Hume propõe que o fundamento da moralidade são as emoções, portanto é inseparável o nosso desejo de ser um ser humano moral, trata-se de uma atividade automática, como respirar. Assim a nossa necessidade de buscar uma Ética vem da nossa própria constituição natural. Hume não propõe um modelo irracionalista, mas acredita no fato de as emoções tomam conta da razão, em muitos casos, diminuindo assim a importância da razão sobre a Ética, aproximando os humanos de outros animais, como os chipanzés, por exemplo.
    Já Kant oferta um ponto de analise distinto de Hume. Kant propõe um sistema de regras absolutas, onde o valor moral das ações provem das intenções com que são praticadas. As regras morais devem ser respeitadas independentemente das conseqüências, são leis que a razão estabelece para todos os seres racionais.
    A Ética de Kant possui características deontológicas, ou seja, agir moralmente consiste em respeitar direitos. Agir de forma a promover as melhores conseqüências não é permitido se implicar a violação de um direito. Para Kant a obrigação de não mentir não varia de acordo com as circunstâncias, sendo respeitada em uns casos e não em outros.
    Essa teoria deontológica contrasta com as teorias consequencialista sobre a Ética, pois para os consequencialistas, a Ética e suas ações estão relacionadas à nossa tentativa de promover sempre as melhor reações, ou conseqüências. Dessa maneira, a mentira poderia ser tolerada se evita-se algo pior como conseqüência posterior.
    Desse debate Ético surge uma nova subdivisão, entre Subjetivistas (David Hume), onde são as emoções que ditam as nossas atitudes, e dentro dessas emoções está vinculada a nossa necessidade de sermos seres humanos éticos; Objetivistas (Kant), onde nossas atitudes são guiadas pelo nosso juízo ético.
    Este é um debate ainda não encerrado, há diversas críticas aos dois modelos propostos, tanto os subjetivistas quanto os objetivistas ainda buscam a correção de problemas em suas hipóteses éticas.

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  2. A ética discutida sobre a questão da razão baseada no discurso de Emmanuel Kant versus emoção no contexto de David Hume aflora um debate muitas vezes repetitivo, sobre a definição da ética no comportamento humano, quais são as atitudes, pensamentos e ações que tornam um indivíduo ético, não podem ficar apenas restringidos unicamente na razão ou emoção. A intuição e emoção às vezes são validas no campo quando o conhecimento humano ainda não é profundo, e poderá ser benéfica se a pessoa que se vale destes sentimentos tive - lá bem desenvolvida.
    Fica evidente que determinadas atitudes são tomadas levando-se em consideração o peso maior de uma destas premissas. Não se pode negar que cada escola filosófica, nação ou qualquer outro grupo, deixa-se influenciar por uma destas correntes, e que o seu extremo muitas vezes se torna perigoso muitas vezes se confundindo. Um caso emblemático seria a utilização de pessoas racionais que utilizam discursos éticos que se valem da emoção para influenciar um grupo de pessoas a cometerem atos supostamente éticos.
    As ações tomadas pelo ser humano trazem conseqüências que não foram definidas, baseadas ainda sobre uma suposta moralidade. Os consequencialistas que agem de forma a produzir as melhores conseqüências para a felicidade de um número maior de pessoas, vejo neles a ética como perdurou até os tempos atuais pelo menos a ética por aqueles que detêm o poder. Os deontologistas buscam um senso comum sobre a ação humana seria este senso que a ética contemporânea se baseia.
    Concordando com o texto de Peter Singer, a ética encaminha para uma nova e esperada discussão na qual é preciso saber até quando os limites dos desejos podem ser considerados éticos acerca do que devemos fazer.

    Ricardo Seiti Kinoshita (rkinoshitaufabc@gmail.com)

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  3. As correntes filosóficas mais tradicionais, Hume e Kant, tendem a teorizar sobre o princípio da base ética, muitas vezes trabalhando de maneiras exclusivas entre elas. É fato que tomamos escolhas movidas pela razão ou pela emoção, e julgá-las como boas (tratando no sentido mais profundo da palavra, analisando suas consequências em todos os envolvidos na ação) ou ruins cabe a uma reflexão profunda, levando-se em conta que elas podem ter sido tomadas impulsivamente por alguma justificativa emocional. Neste último caso, aceitando-se uma teoria híbrida.

    A “intuitividade” humana também pode ser tornar um forte argumento no estabelecimento da base ética na medida em que pensamos que uma criança recém nascida, por exemplo, também dá risada de algo que seja embaraçoso a alguém mesmo que não a dissermos que aquilo é de fato engraçado. Uma criança pequena que chora ao ver seu cachorro sofrer pode ser outro exemplo dessa “intuitividade” humana.

    Devido a esses dilemas “fatais” em que a Ética se encontra, a análise e o estudo sobre o tema possuem fundamental importância, mesmo caminhando devagar e abordando com um espírito bastante crítico este tema nada simples.

    William Brandão (williambrandao1@gmail.com)

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  4. No texto de Peter Singer nos são apresentados alguns conceitos de ética com maior aceitação no meio filosófico. Primeiramente ele menciona que alguns autores relacionam a ética com a conotação de moral onde as regras de conduta de um determinado grupo compõem um conjunto conceitos do que e certo ou errado. Depois ele aborda uma visão darwiniana onde o principio do conceito de ética é o resultado evolutivo que vem desde os nossos ancestrais não-humanos, assim como, outros animais de vida longa que vivem em sociedade. Nesta abordagem o conceito de correto ou incorreto teria origem nas intuições ou emoções como sugere David Hume. Finalmente apresenta a tese de Kant com a concepção do dever baseada nas nossas capacidades racionais para compreender o que é correto ou incorreto.

    O texto “Teorias sobre a Ética" de Hugh LaFollette começa propondo uma teoria para relacionar nossos interesses próprios como a noção do que é certo ou errado, moral ou imoral. O texto diz que nossas atitudes, aparentemente éticas, podem prejudicar outras pessoas mesmo que indiretamente. Menciona como rotulamos as pessoas e que nossas atitudes e julgamentos com elas depende de relações emocionais, intuitivas e afetivas. Menciona também de como um comportamento pode ser ético para um grupo de pessoas e e completamente imoral e irracional para outras.
    Finalmente ele aborda duas grandes classes de teorias éticas, a do consequencialismo e da deontológica. Os consequencialistas defendem a idéia de que devemos agir de forma tal que nossas ações tenham as melhores conseqüências para a coletividade. Já os deontologistas defendem que nossas ações devem ser relativas as obrigações morais independentemente das conseqüências.
    Edson Rodrigues

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  5. Não farei um quadro descritivo como foi apresentado acima sobre as linhas de discussão e seu conteúdo, contudo tenho a pretensão de concentrar o tema sobre o segundo texto e a necessidade da teoria.

    Teorizar de acordo com o texto "é apenas a reflexão cuidada, sistemática e bem pensada sobre a nossa prática.”.
    Porém essas reflexões podem não ser avaliadas criticamente, nesse ponto entra a consistência e a inconsistência de fatos. O que traz consistência a algo? Não foi uma questão que obteve muito progresso na conclusão do autor, entretanto e de acordo com o texto "Apesar de não termos uma maneira clara de decidir com toda a certeza que ações são as melhores, temos maneiras excelentes de mostrar que algumas são deficientes.", essas deficiências podem ser inconsistências?
    Essas questões ao serem respondidas de melhores e deficientes, consistentes e inconsistentes, podem e levam as discussões sobre certo e errado, que para o texto já não estão mais no papel da teoria que não é o de conhecer de forma precisa o que as pessoas pensam que é certo ou errado, mas os critérios que ela usa para chegar a essa conclusão.

    Será tudo uma questão de mera opinião? Na minha opinião acredito que não.

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  6. Os dois textos possuem pontos de concordância, como quando admitem que uma ação, mesmo que amplamente aceita dentro de varias sociedades, pode ser imoral.

    "A ampla aceitação de uma prática não garante a sua correção" Hugh LaFollete
    "Embora seja óbvio que sociedades distintas apresentam pontos de vista éticos diferentes em relação a muitos aspectos, é agora claro que, em alguns pontos importantes, quase todas as sociedades estão de acordo. Claro que isto não significa que devamos aceitar como correctos os pontos de vista éticos em que as sociedades estão de acordo. (...) O facto de uma prática ser universal não faz com que essa prática seja correcta ou com que deva ser o mais possível desencorajada, ou até mesmo proibida." Peter Singer

    O texto de LaFollete defende a importância da teorização: "Teorizar não é uma coisa divorciada da prática; é apenas a reflexão cuidada, sistemática e bem pensada sobre a nossa prática. Teorizar, neste sentido, não irá impedir-nos de errar, mas dá-nos o poder para abandonar considerações mal concebidas, desinformadas e irrelevantes."

    Me chamou atenção no texto “Teorias sobre a Ética” o equilíbrio que apresenta quando descreve como se agir para chegar (pelo menos próximo) a uma escolha moral. Não tem a pretensão de criar leis gerais mas sim que se leve em conta a peculiaridade de cada circunstancia que um sujeito se depare, a necessidade de se pensar, avaliar, repensar sobre consequências e inferir o efeitos dessas sobre outros indivíduos, admitindo que sempre nossas ações terão consequencias. E que mesmo que não se tenha certeza se a inferência sobre efeitos da ação seja completamente segura é preciso não abandonar o exercício de "prever" possíveis influencias de nossas ações sobre terceiros.

    "Não se deve igualmente ignorar o facto óbvio de que as circunstâncias exigem muitas vezes a nossa acção, ainda que não existe, ou não consigamos ver que existe, uma só acção moral apropriada. Contudo, a nossa incerteza não nos leva a pensar que todas as perspectivas são iguais, nem a agir como se o fossem. Não mandamos uma moeda ao ar para decidir se devemos desligar a máquina que mantém os nossos pais vivos, ou para decidir com quem vamos casar, ou que emprego aceitar ou se uma pessoa acusada de um dado crime é culpada. Devemos procurar tomar uma decisão informada, baseada nos melhores indícios, agindo depois de acordo com isso, ainda que os melhores indícios nunca garantam a certeza. Para tomar uma decisão informada devemos compreender as questões relevantes, adoptar uma perspectiva de mais longo prazo, pôr de lado parcialidades irracionais, e inculcar uma vontade de sujeitar as nossas conclusões hipotéticas à crítica alheia." Hugh LaFollete

    Considero essa visão muito pratica, aplicável, por isso preferi comentar mais sobre o texto de LaFollete.

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  7. Na abordagem de Peter Singer há a apresentação dos diferentes “usos” da ética, seja relacionado a um conjunto de regras e princípios que nos orientam, onde essas regras “classificam” como certo ou errado determinadas atitudes ou ao campo de estudos que abordam tais atitudes.

    Outro ponto que o texto apresenta é a visão Darwiniana, onde os princípios éticos não são considerados de origem divina e sim provenientes do processo evolutivo a qual nós humanos e outros animais fomos expostos.

    Já o texto de Hugh LaFollette inicia mostrando que os interesses dos indivíduos podem movê-los a realizar determinadas ações, levando assim, de certa forma, ao entendimento do que é certo e errado, moral ou imoral pelos próprios interesses e inclinações do ser humano.

    O texto também mostra como determinadas atitudes podem ser prejudiciais a uma pessoa ou a um grupo de indivíduos, onde destaca que as nossas ações não dizem respeito somente a nós, mas também aos outros, uma vez que estes serão afetados por elas, direta ou indiretamente.

    O texto de LaFollette apresenta também que a racionalidade é a melhor maneira de se pensar e realizar determinadas ações, levando assim a considerar a teorização dos conceitos éticos como uma necessidade.

    Por fim, há a apresentação dos principais tipos de teorias éticas, os consequencialistas e os deontológicos, onde os consequencionalistas defendem a abordagem de que as ações devem ser tomadas visando as melhores consequências para o coletivo, privando assim os interesses individuais. Já os deontologistas propõem que as ações devem ser tomadas sem levar em consideração as consequências, sendo as obrigações morais mais importantes que as consequências para os outros.

    ivanjoaojr@hotmail.com

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  8. Tive maior aceitação pelo texto do Singer, do que pelo do La Follette, talvez por ser menos denso e condizente com parte daquilo que eu penso.
    O que Singer retratou sobre a Teoria de Darwin é, em minha opinião, exatamente a história da sociedade humana. A necessidade do ser humano, como espécie e como indivíduo, assim como qualquer outro animal, se adaptou a situações que outrora deteriorariam a descendência e a vida presente do ser, por isso que racionalmente e intuitivamente agimos de tal forma a obter "um acordo acerca do que devemos fazer" e obtermos ganhos próprios.
    No próprio texto através do pensamento "...todas as sociedades estavam de acordo que uma mulher casada devesse obedecer ao seu marido..." me esclarece muito sobre o que Darwin postula, uma vez que em civilizações antigas a precariedade e insuficiência de insumos (em alemão ficaria perfeito este termo "Lebensmittel" - meios de vida, que aglutinam todas nossas necessidades básicas de subsistência, como água, comida), fez com que houvesse uma divisão hierárquica e de funções de acordo com a maior eficiência possível. O tempo passou e problemas relacionados a produção de meios de subsistência se foram (hipoteticamente, não vamos incluir agora os bilhões de flagelados em nosso mundo), e por isso a ética ou moral foram reformadas e trouxeram autonomia as mulheres. Ou seja, fica claro a não autencidade de questões imutáveis característica do ser humano. A ética não é atemporal. Ela se molda de acordo com o contexto e circunstâncias dadas.
    Outro ponto comentado em aula e que me encontro em desacordo é sobre a proibição do uso da Burca na França. Li uma vez um depoimento onde uma mulher árabe que vivia na França declarava que ela não se sentia obrigada a se cobrir, mas que moralmente sua escolha era aquela por se sentir segura e protegida. Particularmente acho aterrorizante, mas negar seu uso deliberado não me parece correto e distante da Liberdade de expressão do mundo Ocidental.
    Sobre o segundo texto, de La Follette, me identifiquei bastante com o pensamento "...podemos pensar que sabemos porquê, descobrindo depois de um exame cuidado que estamos apenas a papaguear "razões" oferecidas pelos nossos amigos, professores, pais ou padres.". Questões religiosas, discussão sobre o aborto, homossexualismo, política, futebol e todas as outras só podem nos levar a um senso comum, e nunca a soluções de certo e errado. O que o meu "eu" acha correto tem base na educação e cultura a que eu fui submetido.
    Resumindo e unindo os dois textos, a ética ancestral existe e o pensamento complexo deu ao ser humano a capacidade de moldar rapidamente o que lhe convém a curto e longo prazo através de um senso comum e um meio de regras e deveres com incentivos e punições que buscassem não prejudicarmos uns aos outros.

    Professor: Talvez eu esteja sendo muito pessoal nos meus comentários, por achar que a simples transcrição do que está escrito no texto não traga discussão alguma ao blog. Se o estiver fazendo de forma equivocada, por favor, deixe-me saber que altero meus próximos comentários.

    rsennas@hotmail.com

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  9. "Eu posso saber que não é delicado começar a comer antes de todos os outros convidados terem sido servidos, mas se não me importar com o que os outros consideram ser boas maneiras, e preferir a minha comida bem quentinha, então não tenho nenhuma razão para esperar." Essa frase citada no texto de Peter Singer, mostra que se eu me importo em comer na mesma hora que todos por educação, eu vou comer minha comida fria, então vai depender do que a pessoa acha ético, ou seja, a ética pode investigar o comportamento, a razão, o sentimento como mostrado nos textos. A ética pode investigar tudo, mas como depende muito do ponto de vista da pessoa, ela nunca vai estar completamente certa e nunca completamente errada, como foi visto em sala de aula há diversos ramos sobre os estudos da ética (o que ela é, o ela estuda, como age na sociedade, se é uma coisa inconsciente ou consciente e etc.) e cada ramo irá dar enfoque nos seus estudos e não estarem errado. O que a ética investiga é algo bem amplo e sem uma resposta única, o que pode ser visto desde de tempos antigos essa divergência.

    favif16@gmail.com

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  10. Ao explicar a importância da teoria da ética, Hugo LaFollette utiliza como exemplo o critério de avaliação de uma turma de alunos. E ressalta a importância da consistência. Concordo com a importância de se manter a consistência para encontrar o 'agir com ética'. No mundo contemporâneo somos varridos pelo excesso de informação e não dedicamos muito tempo refletindo sobre as ações humanas, e assim é difícil se manter sempre consistente. Pessoalmente, quando encontro uma pessoa assim, passo a admirá-la. Exemplo de pessoa consistente é o Prof. Milton Santos, e um exemplo de inconsistência seria a maioria dos políticos do país. Eu acredito que ter consistência é o primeiro passo para que a ética seja atingida.

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  11. Nesse capítulo, com os textos de Peter Singer e Hug LaFollette a discussão sobre ética toma vários rumos (Kant, Hume, objetivistas, subjetivistas, etc) e, pelo que entendi, a conclusão é que a ética investiga os comportamentos humanos e os desejos e anseios que levam a esses modos de agir.

    No texto de LaFollette o debate parte para a dificuldade de concluir o que é uma conduta imoral – o que o professor coloca sempre em aula -, sendo que devemos atentar principalmente as “decisões” morais que não são fáceis de tomar e lembrar que as consideradas fáceis podem não ser tão simples assim de distinguir, e se hoje são consideradas fácies, ou “claramente” imorais, é porque a humanidade evoluiu no debate de tal questão a ponto de considerá-la imoral. Lembrando, como LaFollette coloca em seu texto, que uma ampla aceitação de uma prática não garante sua correção.

    Para fechar meu pensamento, acredito que o debate sobre a moralidade dos comportamentos humanos é de extrema importância, só que nunca chegaremos a verdades universais em muitos casos e, utilizando outro pensamento de LaFollette, lembro que a história prova que a sabedoria coletiva e a sabedoria individual está por vezes errada. Existe a necessidade das teorias (e nos textos são apresentadas uma grande quantidade delas) para avaliação moral das questões, só que essas teorias podem e muitas vezes apresentam falhas, deixando a questão de que será que um dia a humanidade conseguirá impor definições claras e corretas acerca de todas as condutas e definir quais são morais ou imorais?

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  12. O texto "Ética-introdução" nos apresenta duas formas de ver e discutir ética. Uma baseada na teria de Hume. Em que a base da ética estaria nas emoções. Sendo assim ela seria encontrada tanto em humanos como em não humanos. E outra baseada em Kant. Em que as raízes da ética estaria na racionalidade. Descartando assim os não humanos.
    No texto "Teoria sobre a ética" o autor explora a subjetividade do tema a partir dos nossos comportamentos. Que são influenciados por diversos fatores e opiniões. E sempre afetam outros. Ele nos fala que devemos avaliar moralmente nossas ações afim de evitar erros éticos. É mostrado duas das principais teoria sobre o tema. Consequencialistas, que acreditam que as melhores ações são aquelas que geram melhores consequências globais e as deontologicas, que nos dizem que as melhores ações são aquelas dirigidas por regras e direitos, independentemente das consequências.
    A partir dos dois textos podemos inferir que a grande questão é: "Qual o papel que a razão desempenha na ética?" Singer, Peter. Pois definir universalmente o que é ético e quais são as formas de se identificar isso ainda não temos.

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  13. No texto de Hugo LaFollette, o trecho que mais me atraiu foi aquele no qual o autor discorre sobre a frase “Tudo é uma questão de opinião”.
    Essa frase, como LaFollette observou felizmente, em geral é usada para encerrar discussões. Quando um dos debatedores se mostra desgastado pela discussão, ou percebe que seus princípios morais estão “em perigo”, ele simplesmente diz “que opinião é opinião, e não se discute”. O(s) outro(s) participante(s) da conversa também aceita(m) tal afirmativa, o debate termina e a vida segue normalmente. É até compreensível o uso de uma frase ou expressão para encerrar um assunto polêmico, dado que a conversa pode se prolongar quase que indefinidamente. Porém, creio que se defendemos a ideia de uma ética objetiva, por questão de coerência, devemos escolher outro modo de pôr fim a um debate controverso.
    No texto de Singer, o destaque fica por conta da discussão relativa a “ética dos primatas”.Ética que,aliás ,não se restringe aos primatas,e nem mesmo aos mamíferos.É muito comum a ideia de que somos seres mais evoluídos que os demais pelo fato de termos a razão altamente desenvolvida.Mas afinal,sabemos usar essa racionalidade a nosso favor?De que vale esse diferencial em relação aos bichos se, muitas vezes, os animais ditos irracionais vivem de forma mais harmônica do que os humanos?A razão, embora tenha nos favorecido em muitos pontos, também nos tem levado a muitas incoerências. Se ela tem mais ajudado do que nos prejudicado (ou vice-versa) é outra discussão, mas o fato é que podemos sim aprender (e muito) com os animais e até mesmo com sociedades humanas “menos civilizadas” (indígenas).
    Uma última ideia que também me chamou atenção e está presente em ambos os textos defende que nem sempre algo universalmente aceito como ético é o que realmente deve ser feito. Isto é interessante, pois se trata de um convite para refletirmos a respeito dos padrões atuais de moralidade, de modo a conquistarmos novos avanços no campo da ética.

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  14. A ética investiga como deve ser o comportamento humano de modo que sua ações sejam sempre boas. No entanto há muitas variações na elaboração de um código de conduta, a ética pode variar e evoluir de acordo com a sociedade, o tempo, o contexto histórico. A base para a formulação de uma ética se divide entre os grupos teleológicos e deontológicos que se utilizam de princípios diferentes mas com o mesmo proposito. Não existe apenas uma ética e não é possível classificar uma como certa e outra como errada, por isso é um tema tão discutido e nunca terá uma conclusão.

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  15. Vejo os conceitos, tanto de Kant, como de Hume, muito consistentes, pois os dois se baseiam em um principio bem fundamentado para o julgamento ético. Ainda que sejam bem conceitos abrangentes, comoque nos princípios de Hume, em que a emoção seria o ponto de partida para um julgamento moral, independente de que ação essa emoção possa gerar, existe um único mecanismo que garante consistência a esse julgamento, que é a emoção. Já nos princípios de Kant, que vê a razão como princípio desse julgamento, o que restringe bastante o leque de ações e deixa o argumento com uma consistência bem sólida.
    Ainda que os argumentos de Hume sejam gerados por princípios emocionais, vejo as ações como consequencialistas, uma vez que a emoção só gera essa ação pela necessidade de uma conseqüência. Ou seja, se o indivíduo A matou o B, é porque o indivíduo A queria que o indivíduo B deixasse de existir.
    Por outro lado, aproximei as ideias de Kant à teoria dontológica, já que a razão, que é argumentada no texto como algo que existe por uma evolução e algo que existe em comum a várias comunidades, que move nossas ações e não visam a conseqüência. Ou seja, se entendemos que a dizer a verdade é um ato racional, ao contrário da mentira, este deve ser tomado sempre como ação para que a atitude seja ética.
    Não consegui adotar nenhum dos dois pontos, pois me identifico um pouco com cada um deles.
    Se pudéssemos afrouxar um pouco o conceito rígido de Kant, acredito que seria mais aceito. Já o conceito de Hume, ainda que seja muito atraente, é muito passível de mudanças e interpretações, então difícil de ser aplicado.

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  16. Peter Singer trata a ética como um fenômeno natural que existe em todas as sociedades humanas. Porém vários autores discordam sobre o significado e o surgimento do comportamento ético dentro da sociedade humana. Darwin descrevia a ética como um instinto herdado dos nossos antepassados não-humanos levando assim a possibilidade de existir uma ética universal. Por outro lado temos Kant um objetivista que defende que o fundamento ético está na racionalidade humana e seguindo a linha oposta Hume subjetivista dizendo que o fundamento da ética está nas nossas paixões.
    Após analisar as posições básicas dos objetivistas, subjetivistas e intuicionistas a questão final é a mesma: Nossas ações são independentes dos nossos desejos?
    O segundo texto de Hugh LaFollette fala sobre a importância de concentrar nossos debates em questões relevantes onde há desacordos genuínos. Posso citar a disputa entre as posições básicas de Kant e Hume (Texto Peter Singer) que apesar de não terem sido resolvidas nos levam a tais questões relevantes sobre ética.
    A ética é melhor entendida quando é teorizada, quando fazemos isso evitamos erros que podem nos afetar e afetar os outros. Não podemos decidir quais ações são as melhores, porém podemos mostrar quais são deficientes.
    As principais teorias éticas são a consequencialista que fala que devemos buscar e promover sempre as melhores consequências e a deontológica que diz que as nossas obrigações morais são de alguma forma independente das consequências.

    cgfirmino@aluno.ufabc.edu.br

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  17. O texto "Teoria sobre ética" é um texto mais didático/técnico que tenta mostrar como funciona as discussões éticas e suas teorias. Não entrarei mais em detalhes pois as "escolas éticas" já foram explicados em aula por isso vou me focar no segundo texto "Ética-Introdução". Esse segundo texto é, claramente, mais simples e resume o cenário da discussão ética contemporânea.

    A Ética não se trata de descobrir regras universais e coloca-las como corretas.A submissão da mulher ao homem era uma regra universal que se mostrou errada.Mas o problema da ética é da onde ela viria. Para os kantianos a ética vem da razão,para os humeanos ela vem das paixões e desejos. Entretanto já foram feitos avanços dos dois lados: os humeanos não dizem que todos os julgamentos éticos tem relação com emoções e os kantianos não usam estranhos fatos morais de intuição para explicar a Ética.

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  18. O texto "O que é Ética" de Peter Singer volta-se a famosa discussão entre Hume e Kant para definir o que se ações humanas são boas ou más.
    Para Kant, a bondade ou maldade das ações é decorrente da própria natureza racional dos seres humanos, ou seja a razão. Já para Hume aquilo que devemos fazer é apontado pelo nosso sentimento, ou emoção moral.

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  19. No primeiro texto, há uma tentativa de explicar de onde e como a ética surgiu. Acho que a ética tanto nasce conosco para determinados assuntos, como que para outros é a razão que nos conduz a agir de uma forma "correta", digamos assim.As comparações feitas com os animais acabam por nos confundir, pois os seres humanos não agem o tempo todo instintivamente.
    Isso fica evidente no segundo texto, que tenta nos mostrar que nossas decisões podem afetar outras pessoas mesmo que indiretamente, e isso sempre nos faz refletir diante de nossas futuras ações, ou seguimos nossos desejos particulares, ou o bem da maioria. O prolema é que o bem da maioria pode ser um mal terrível umas poucas pessoas, de modo que mesmo em assuntos corriqueiros, tomar uma decisão não é simples e com certeza afetará alguém.Achei interessante o exemplo em que é dada uma nota 20 para alguns alunos utilizando critérios diferentes de avaliação,sei que isso acontece na vida real porém discordo dessa prática, que ao meu entender não tem nada de ética nisso.

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  20. Entendo que a ética investiga o motivo das escolhas de conduta dos seres, podendo ser fundamentadas na razão ou na emoção, e as suas conseqüências. Já que nossas ações podem afetar outros direta ou indiretamente, propositalmente ou não. Desta forma é interessante estudar como somos afetados e afetamos terceiros.
    Um ponto de partida para uma melhor investigção é teorizar sobre a ética, onde podemos encontrar meios que facilitem o entendimento dessa, formulando padrões consistentes. Mas ainda há quem diga que ética é apenas uma questão de opinião, apesar de existir bens inalienáveis e outras provas mais de que a ética é um conceito coletivo.

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  21. A Ética investiga a bondade ou maldade das ações. Para Hume o que importa são os resultados das ações, não interessando se há uma intensão ou não. As ações podem ser elogiáveis ou censuráveis, mas nunca racional ou irracional. Já para Kant, a razão demanda a moralidade. É ela que avalia nossos atos que devem ter um sentido de dever para ser uma ação correta e não de inclinação.

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  22. Lendo os dois textos, percebemos o quão necessário é o debate ético e se não concensos, ao menos a busca pela convergência de opiniões sobre as condutas morais dos seres humanos. Se a discussão ética é importante maneira para avaliar criticamente as nossas perspectivas; teorizá-la não a divorcia da prática, do inato, mas se apresenta como deliberada reflexão sobre a própria prática.

    Confrontando os dois textos, o de Singer e o de LaFollete, temos que o debate ético, desde os primórdios não tornou-se uma disciplina de uma teoria. O papel das paixões e desejos e a razão que os adequa ou da racionalidade que delibera sobre o certo e o errado, sendo a ética própria da racionalidade tomaram as mais diversas vertentes na discussão contemporânea. Hume e Kant ainda não se diluiram em certezas. Se há ou não imperativos, o que os Kant e os deontologistas afirmam ou se o agir deve ser voltado para o bem comum o que quer que isso seja, ainda não se sabe. Sabemos que algumas condutas são reprováveis por quase todos os sistemas éticos atualmente, tais como o não escravizar o próximo ou não matar membros do próprio clã, mas também esses nem sempre o foram, portanto nem mesmo a conduta aprovada ou reprovada pela maioria das sociedades é a correta.

    Entendo daí que mais é necessário procurar consistência nas nossas deliberações, moral e direito; de modo a não repetir as falhas que atualmente condenamos nos povos que nos precederam que certamente afirmariam estar agindo dentro da mais estrita ética e moral.

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  25. AQUI TERMINAM OS COMENTÁRIOS DA TURMA DE 2012 E INICIAM OS COMENTÁRIOS DA TURMA DE 2013.

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  26. Os textos colocam em avaliação o que incita no ser humano o desejo por ser moral, mesmo que a ética ligada a perfeição seja independentemente de um conceito único. Se pudesse conceituar a moral estaria relacionada à ética e sua definição previamente estabelecida, porém o ponto distinto de um conceito seria a avaliação de que é possível ser feita, descrever o que é correto em diversas civilizações. Ou seja, o emprego que uma das definições de ética mais ‘populares’, o do julgamento de uma ação como correta ou incorreta. Pela aula e no texto “O que é ética” de Peter Singer, apresenta-se duas variáveis para a explicação do desejo em ser moral do ser humano. A primeira está ligada a religião e a passagem ligada a criação de um paraíso, no qual, os humanos não tinham discernimento sobre o que é “bom” ou “mal” e após consegui-la almejar ser mais perfeito qualificaria um ser imperfeito. A sociedade foi construída a partir de valores ligados a religião e talvez essa hipótese satisfizesses alguma parcela de pessoas, entretanto há uma segunda correlação, ligada a simbiose da vida. E admitir que nos ancestrais do homem também se manifestem a moralidade e que pode ser muito semelhante ao homem.
    Entretanto, acho que não existem apenas duas explicações para a necessidade do homem em ser moral. Talvez esteja além de influências religiosas e da biologia, mas também ligada a psique do homem, como ser dotado de razão. Se colocarmos a ética como a realização de ações perfeitas e tal perfeição como conceito não universal e sim individual, ou seja, diferentes noções do que é perfeito, então não existem seres antiéticos e sim seres que detêm de uma noção diferenciada do que se pode chamar de uma ideia de verdade. O conceito da perfeição, pra mim, está intimamente ligada a Verdade de Platão, a qual existe um conceito “universal”, mas há degraus para atingi-la.

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  27. Caros Alunos,
    Aqui estão alguns links para serem vistos e discutidos em aula.

    VÍDEOS SOBRE COMPORTAMENTO MORAL ANIMAL

    MORAL BEHAVIOR IN ANIMALS:
    http://youtu.be/GcJxRqTs5nk

    MONKEYS’ SENSE OF JUSTICE:

    http://www.youtube.com/watch?v=aAFQ5kUHPkY&feature=share&list=PLF89CAFE153BA15E7

    MONKEY’S SENSE OF END:
    http://youtu.be/LThJWvJ2YNI

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  28. Conceituar a palavra '' ética '' não é simples , para isso , podemos considerar o conceito desse termo em duas abrangências : particular e coletiva , sendo essa constituída através de sistemas normativos que regem um grupo ou sociedade ; já aquela é uma análise do modo como o '' eu '' deve agir , partindo de uma reflexão do que somos e em que podemos melhorar .
    A '' ética '' está intimamente ligada à '' moral '' , o que torna por vezes desnecessária a separação conceitual de ambas , entretanto , muitos teóricos optam por essa separação , passando a considerar a '' moral '' como o sistema normativo , exposto através de leis de conduta , a fim de organizar e controlar o modo de agir dos indivíduos sociais ( abrangência coletiva ) ; enquanto que a '' ética '' é designada como um estudo '' intelectual '' da forma como devemos agir corretamente ( abrangência particular ) .
    Um dos grandes questionamentos acerca do porquê de sermos seres morais pode encontrar respostas em diferentes teorias , como a do Criacionismo , que postula a existência de um '' ser superior '' ( Deus ) , considerado o máximo da '' perfeição ética '' e criador de toda a humanidade , a qual , em decorrência disso , busca , segundo o Criacionismo , a '' ética moral '' com a finalidade de se '' aproximar '' desse '' ser superior '' . Contrapondo essa teoria temos o Evolucionismo cuja argumentação para o questionamento citado anteriormente é a de que nossa '' moralidade '' foi herdada de nossos parentes mais próximos , como os macacos ; essa teoria encontra respaldo em experimentos realizados com esses animais , experimentos esses que demonstram a existência , nesses seres , de um '' senso de justiça '' , reciprocidade e empatia , sendo essas duas últimas consideradas '' pilares da moralidade '' .
    Dentro desse contexto de teoria éticas , que tentam identificar critérios morais através de juízos éticos , encontramos dois grandes filósofos : Kant e Hume ; segundo Kant , a base de '' ser ético '' é a razão , controladora de nossas ações , e que nos leva à praticar atos morais ; essa seria uma visão objetiva do que vem a ser ética . Já para Hume , nossa '' ética '' é produto de nossos desejos e emoções ( visão subjetiva ) . Nota-se , portanto , que existem inúmeras teorias dedicadas à '' investigação ética '' , essas teorias podem ter divergências ou convergências , mas o que realmente importa é a avaliação moral , por parte dessas , das ações que afetam o '' outro '' dentro de uma sociedade .

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  29. Jessica Mayumi Tomigawa4 de maio de 2013 às 16:41

    Por que somos seres morais? Esse questionamento realizado em sala nos faz refletir sobre o próprio conceito de ética e moral. Somos morais devido a uma base religiosa? Em que Deus criou o homem (Gênesis) a sua imagem e perfeição, o colocou no Paraíso, onde ele comeu do fruto do conhecimento e começou a discernir o bem e o mal. Ou somos éticos devido à evolução biológica do homem? Em que Darwin afirma que a ética humana é uma herança de instintos sociais de nossos antepassados.
    O texto de Peter Singer apresenta dois autores que possuem opiniões distintas e contrastantes sobre esse objeto. Kant acredita que devido a nossa racionalidade somos capazes de compreender as leis morais, portanto a ética é um conceito puramente humano. Hume acredita que a ética está nas nossas paixões, aproximando-nos aos animais. Há, então, diferentes linhas de pensamento que tentam explicar o porquê de sermos seres morais e o porquê de sermos tão obcecados em praticar o bem.
    Para que servem as teorias morais? Esse segundo questionamento realizado em sala remete ao texto de LaFollette. Nossas ações e escolhas são sempre influenciadas por outras perspectivas. Porém, por várias vezes, essa sabedoria coletiva e individual que nos influencia está errada. É por isso que teorizar sobre a ética é tão importante, é “pensar sobre questões morais de forma mais abstrata, mais coerente e mais consistente. (...) é apenas uma reflexão cuidada, sistemática e bem pensada sobre a nossa prática. Teorizar, nesse sentido, não irá impedir-nos de errar, mas dá-nos o poder para abandonar considerações mal concebidas, desinformadas e irrelevantes”. O autor em seguida caracteriza os principais tipos de teorias.
    Analisando o texto de LaFollette, acredito que não podemos refletir sobre nossas escolhas utilizando apenas uma teoria e abdicar completamente da outra. Por exemplo, mesmo que a teoria deontológica contrasta com a teoria consequencialista, não posso defender que minha obrigação moral, o que devo fazer, é independente das consequências que meus atos podem tomar. Teorizar sobre ética, então, torna-se tão difícil quanto conceituá-la.

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  30. No texto de Singer é relatado que uma teia de aranha não pode ser considerada uma obra de arte; como é possível que uma aranha, que é capaz de produzir uma estrutura que nem a mais poderosa indústria química pode fazer, não poder ser classificada como uma obra de arte? Se a nossa sociedade coloca tantos entraves para a afirmação do que é arte, jamais alguém poderia afirmar que algo não é arte.
    No texto do LaFollette, ele questiona se a ética não seria uma mera questão de opinião. Ele acaba por discordar dessa idéia pelo fato de que é possível perceber quando um juízo ética é falso se ele se basear na falta de compreensão ou em princípios completamente bizarros. Mas nesse ponto surge um problema, pois são os pontos de vista formados pela opinião de cada pessoa que determinam se há falta de compreensão e algum princípio bizarro envolvido na situação. Não é coerente se estabelecer que a ética convencionada na nossa sociedade atual é possivelmente o mais próximo da perfeição somente porque aparente ser. Todas as sociedades sempre imaginaram que agiam de forma ética, mesmo tendo atitudes irracionais. Quando alguém chega a conclusão de que os problemas da ética são uma questão de opinião, é simplesmente porque é o máximo que se pode alcançar, não há como usar um argumento que esteja fora do padrão aceitável de comportamento da nossa sociedade. Isso faz com que os argumentos sempre estejam dentro da opinião de cada um.
    Ainda no texto do LaFollette, é possível conectar a idéia de que a ética é uma questão de opinião com a afirmação utilitarista de que “devemos escolher a opção que maximiza a maior felicidade para o maior número”, sendo que claramente se vê que a felicidade apenas pode ser maximizada dependendo do que esta determinada sociedade considera felicidade.

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  31. Que existe ética é inegável. No embate entre a teoria de David Hume e a teoria Kantiana, entre razão e emoção, tomo a liberdade de assim chamar, acredito que não haja lado que sobrepõe a outro. Em diversos momentos estamos diante de dilemas que resolvemos com o uso da emoção e em outros momentos, dilemas que resolvemos com o uso da razão.

    Acredito que o nosso meio, a nossa formação, afeta também o que chamamos de moral e de ética. E que de inato temos pouco ou muito pouco. Crescemos em um mundo ocidental, com uma formação judaico-cristão e querendo ou não, muito dessa forma de se ver e viver o mundo nos molda. Molda nossas percepções e escolhas. Por outro lado, o conhecimento empírico, a nossa experiência vai nos trazer informações acerca de efeitos que nossas decisões irão nos levar.

    Ao que me parece, a Ética funciona como uma espécie de mecanismo de análise entre ação e consequencia, onde nos deparamos com o ato de realizar uma ação que nos leva a reflexões onde levamos em conta nosso conhecimento do mundo empírico e também o que nos é passado desde que nascemos. Sendo assim, realizar ou não uma ação seria resultado de avaliar se as consequencias nos seriam mais ou menos benéficas em um determinado sentido.

    Precisamos destrinchar a ética e analisar quase que "de fora" essa relação de análise e consequencia. E o texto de LaFollette me esclarece muito em relação a isso.
    É necessário uma consistência nas nossas ações e para isso precisamos da teoria, precisamos de algo que saia tanto do senso-comum como se torne algo sólido a ponto de moldarmos nosso comportamento. O texto deixa claro que o conhecimento passado de geração em geração é importante, mas também esclarece que nem sempre o que é praticado durante décadas, ou até mesmo séculos, é algo que esteja correto.

    Portanto, é necessário uma "visão de fora", se isto for possível para criarmos uma consistência em nossas ações para que o nosso mecanismo de análise entre ação e consequência crie resultados que nos levem mais próximos da "Ética", no sentido de perfeição.

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  33. O texto de Singer procurou situar o debate sobre Ética dentro de uma pespectiva mais dicotômica com alguns eixos isolados: ética kantiana versus ética de David Hume; objectivistas éticos versus subjetivistas éticos; ética proveniente da evolução dos seres versus ética como algo relativo às épocas. Já o de LaFollete procurou apresentar questões sobre a moralidade e teorias éticas de um ponto de vista mais popular com fins didáticos para depois colocar teorias mais consagradas atreladas ao que seria agir de forma ética.

    A Ética, sendo o estudo sobre como agir da forma mais perfeita possível e o que é atingir a perfeição, permite colocar algumas coisas. Tanto a razão quanto a emoção são importantes instrumentos de avaliação sobre como tomar uma decisão acertada ou perfeita, mas a primeira aparenta ser mais adequada para o contexto humano , pois, dado o aparato e a capacidade humana, talvez seja possível por racionalizações, teorias ou sistematizações, chegar a um consenso sobre que ações estão mais próximas de serem perfeitas. Não desconsiderando, por exemplo, a capacidade de animais de serem, até certo ponto, éticos como visto nos vídeos em sala de aula, mas o ser humano neste ponto está em um patamar acima de qualquer forma e isso deve ser usado como vantagem...

    Até certo ponto parece viável colocar a evolução das espécies como a desenvolvedora dá ética ou da noção de ser moral em seres humanos, mas a partir do momento que as pessoas passam a se organizarem de maneira mais numerosa e complexa, fica díficil ignorar a importâncias da cultura ou dos costumes formados ao longo do tempo nas diversas civilizações sobre a Ética. Aqui não é questão de uma eliminação, mas sim de sobreposição.

    Sobre os objectivistas contra os subjetivistas éticos, estes tem um raciocínio mais próximo da realidade, pois não negam que, por exemplo, cada povo ou cultura tem seus princípios éticos que mudam ao longo do tempo, mesmo que alguns princípios sejam compartilhados de maneira mais global, portanto eles reconhecem uma certa relatividade dentro de um eixo espaço-tempo da história. Isso só faz perceber que a Ética está em constante evolução, buscando paridade, justiça ou atributos semelhantes.

    Falando sobre o texto de LaFollete e pegando as três principais teorias sobre agir eticamente - Consequencialismo, Deontologia e Teoria das Virtudes - , o que é dito no final do texto sobre cada vez menos as demarcações entre essas teorias serem evidentes parece ser o caminho, pois se o Consequencialismo trabalha, obviamente, com as consequências de uma ação buscando resultar o melhor possível, a Deontologia com regras morais que determinam as ações sobre as questões éticas e a Teoria das Virtudes com a formação de um cárater equibrado capaz de realizar boas decisões, por que não juntar agente, ação e reação?

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  34. Denis Henrique de Miranda5 de maio de 2013 às 01:24

    Quando nascemos, logo nosso corpo é coberto, e somos atendidos, visitados e criados por pessoas com seus corpos cobertos. Por mais que este cidadão torne-se alguém questionador, habitualmente é difícil para ele ficar nu em frente a qualquer pessoa, desconhecida ou não. É parte da nossa ética subjetiva, imagino eu, ser criado nu, portanto ser algo completamente comum conviver com os demais nus, porém não estamos nem um pouco habituados a isso, porque pessoas anteriores a nós disseram que é imoral andar nu, endo passível até de prisão. Fomos forçados a nos submeter à ética subjetiva, porém a aceitamos como algo completamente natural.

    LaFollete utiliza uma linguagem clara, redigindo um texto não tão complexo e interessante para qualquer pessoa. Entretanto, ele mesmo abre espaço para questionamentos. Falando sobre escravidão, por exemplo: "Agiram de forma errada porque não foram suficientemente autocríticas. Não avaliaram as suas próprias crenças; adoptaram sem questionar a perspectiva dos seus antecessores, líderes políticos, professores, amigos e comunidade." E se os escravocratas sabiam o que estavam fazendo? As ideias de moral variam conforme o tempo, então não é possível julgar se "agiram de forma errada" ou de forma certa, porque amanhã a concepção sobre a escravidão pode mudar novamente, muito embora seja considerado imoral cogitar qualquer pensamento sobre um homem escravizar o outro.

    Não foi dada, à maior parte das pessoas, a oportunidade de estudar a ética e suas teorias no ensino fundamental e/ou médio. Vários aspectos, em especial da chamada ética objetiva, poderiam ser ao menos questionados com mais fundamentos por nós.

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  35. Como seres humanos , segundo Aristóteles, por natureza tendemos, desejamos, ao saber. Nossos questionamentos nos tornaram aquilo que somos hoje, ainda que por muitas vezes não conseguimos dar a eles respostas suficientemente satisfatórias, sobre o universo a nossa volta e até mesmo sobre nós mesmos. Nestas investigações, talvez as mais importantes e inquietantes não são aquelas que começam com quando, onde, como, e sim as que se iniciam com porque, afinal, quando nos perguntamos o porque de algo estamos nos relacionando diretamente com a origem do objeto em questão, estamos em certo grau nos perguntando sobre a real natureza das coisas, e a partir disto conhecer estas por inteiro.

    Estas questões também se fazem presente na discussão de ética e moral humana, afinal, porque realizamos tais ações hoje? O que condicionam estas? Filósofos como Kant e Hume, como bem elucidado no texto de Singer, se contrastavam em suas visões acerca da ética humana, racionalidade condicionando nossas leis morais contra emoções, a objetividade contra a subjetividade, talvez o mais acertado e menos polemico seria assumir que na ética estariam presentes todos estes elementos, e que estes também que muitas vezes nos levam a questionamentos acerca do nosso “como agir”, mas inegável que tudo isto fomenta os embates do porque somos seres éticos, e se somos os únicos seres éticos na natureza.

    A ultima questão nos veio em aula após a exibição dos vídeos sobre o comportamento dos macacos, podendo nos levar talvez a assumir que a ética seja natural, que no reino animal pilares fundamentais da moralidade, a reciprocidade e a empatia, estão presentes nas ações dos nossos parentes mais próximos, e de como estes pilares podem estabelecer níveis de moralidade e guiar ordens desse ciclo da vida, a natureza sábia como sempre. Mas inegável a diferença da ética humana com a dos macacos, talvez por uma reflexão interna e externa mais apurada sobre nossas ações, ou nossa compreensão mais vasta de linguagens e códigos que criamos ao decorrer do tempo, acabamos por estabelecer novos pilares em nossa ética em busca da perfeição.

    E sobre isto o texto de LaFollete discorre, de como nós adquirimos ou nos inserimos nas leis morais, na ética que rege nossa sociedade e de como ela pode mudar de curso partindo de análises mais “abstratas” sobre os assuntos, dando o exemplo do nazismo e da escravidão, e também de como temos de conciliar nossos desejos e interesses dentro de nossas ações e as implicações que a ética em nossas ações causa em nós mesmos e nas outras pessoas. Também acerca dos papéis das teorias e correntes da ética, podemos dizer que tem como objetivo primeiro, mesmo acima de definir alguma verdade absoluta a respeito da ética, conferir a todos uma consistência na justificação e rumos de suas ações, como nas diferentes abordagens entre Consequencialismo, Deontologia e Teoria das Virtudes.

    Obviamente, seria ótimo conseguir conciliar todos estes fatores a nossa volta, seria finalmente o perfeito agir, porem acredito que por mais que desejamos isto, na natureza de todo ser e de toda ação vai existir inevitavelmente uma bondade e uma maldade, seja em suas implicações ou em seus objetivos. Mas nada evita de tentarmos melhorar cada dia mais nossas ações perante a nós mesmos e aos outros.

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  36. Como pudemos ver em classe os vídeos dos macacos e seu comportamento em relação ao outro, os humanos certas vezes se comportam do mesmo modo porém baseado em interesses algumas vezes e não a reciprocidade em si, um dos pilares da moralidade.podemos ver a atitude do macaco ao ajudar o outro a receber comida como uma forma, mesmo que inconsciente, de utilitarismo(subgrupo do consequencialismo), ou seja, a promover maior felicidade a ambos, pois o macaco teve a empatia com seu amigo de cela, apresentando outro pilar da moralidade.
    Nos humanos, tomando como exemplo o texto de Lafollete, o atributo de dar nota, requer imparcialidade e ética, pois o que vemos na prova são o conhecimento aluno apresentou em uma prova ou trabalho e não o caráter, relação pessoal ou outro tipo de relação que possa fazer o mesmo a atribuir de forma inconsistente essa nota, pois esse tipo de influência provoca, mesmo que inconsciente, a ausência de ética e tendeciosa na correção.

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  37. Inúmeros debates são travados sobre o que é ética. A ideia mais aceita sobre ética é de que ela é um conjunto de regras, princípios ou modos de pensar que orientam ou deveriam orientar as ações humanas.
    As pessoas questionam a si mesmas sobre as suas ações, se suas atitudes são éticas, se as que serão tomadas poderiam não ser. Muitas vezes somos influenciados por fatores externos, ou melhor dizendo, por pessoas ao nosso redor, porém não podemos ser ingênuos e aceitar qualquer ideia que nos é passado. Erros podem ser cometidos se não formos críticos sobre as nossas próprias atitudes.
    É necessário que teorizemos (como é dito em um dos textos) sobre os princípios éticos, é necessário que pensemos sobre os nossos atos, se irão eles afetar outras pessoas, se afetarão de forma positiva ou negativa, ou se essa atitude é correta. É necessário se questionar se a decisão que está sendo tomada está baseada em princípios consistentes, corretos e com uma vasta gama de informação.
    Entra-se em dúvida então se a ética é baseada em emoções ou na razão, debate este encabeçado por Hume e Kant, porém ele acaba por não ter fim, pois cada pensador possui seus seguidores, e consequentemente cada um defenderá uma ideia como certa.

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  38. Tivemos a oportunidade de explorar como a ética existe até inerente a seres não-humanos, e na forma primária de empatia e compassividade, acabam impondo questões morais para com o seu grupo. Mas é percebida uma relação somente quando consideram os próximos como sendo "seres morais" tanto quanto eles. É sempre necessária uma relação de identificação para que exista práticas éticas. E é me baseando na "identificação" ou "pertencimento" entre seres que explorarei alguns pontos expostos nas leituras indicadas.

    O que anteriormente chamávamos de perfeição e excelência, agora as abandonamos para partir a uma ramificação de nossa teoria sobre ética, daremos o pilar de sustentação e justificativa ao "padrão".

    Todos queremos justiça. Ela é a base para saciar nosso sentimento de pertencimento. Ninguém pode possuir algo a mais do que a mim. Seja um tratamento, uma posse, uma qualidade reconhecida ou uma precedência a um tipo de ação. Nos remetemos sempre as nossas origens biológicas que dizem e provam cientificamente que somos claramente iguais uns aos outros, portanto isso deveria ser levado em conta ao raciocínio anterior e a qualquer ação universal, queremos que isso seja imposto as nossas relações interpessoais.

    Isso objetiva e gera uma padronização de comportamento. É muito mais seguro nos apoiarmos naquilo que já é de nosso conhecimento, pois conseguimos nos preparar ao dia que há de vir. Isso põe em pratica teorias evolucionistas onde proprõe ações como sendo premeditadas por razões de privação ao perigo. Seríamos seres preocupados com a sobrevivência, primeiramente de nós mesmos e em seguida de nosso grupo ou família - isso tem acoplado interesses emocionais e também de cautela. É claro que isso se torna dubitálvel e facilmente posto a prova com exemplificações, mas o pensamento subjetivista dispõe de explicações empiristas para cada caso.

    A montagem ética de cada humano pode ser dada por questões racionais, mas que construímos ao decorrer de nossa vida. E ela é moldada aos padrões definidos em nosso redor, é qualitativo válido quando se leva em consideração a primazia dada a nossa necessidade animalesca de formação de grupos. É quase que automático pensarmos em consequências (ou reações) para cada ação que realizamos, e essa forma de pensar consequencialista que acaba moldando nossa ética.

    Mas e quando simplesmente não seguimos aquilo que é notado como agir corretamente, e infringimos tais padrões de comportamento? É reconhecida uma origem e formação única de cada pessoa e podemos ser todos iguais, mas mentimos e cometemos atos contra os outros, e muitas vezes isso é visto com bons olhos pelos mesmos seres que se dizem morais. Isso prova uma certa peculiaridade que devemos levar em consideração ao falarmos sobre ética.

    Repensarmos sempre o que é vigorado como sendo correto é importante. Não podemos negar que somos imperfeitos - como discutido anteriormente - e carregamos essa cruz em nossa trajetória, logo não podemos aceitar tudo como é imposto só porque é dado pelo senso comum. Talvez seja esse sentimento de raciocionar e criticar o que é imposto por natureza, que os objetivistas propõe. É válido achar que talvez haja um sentido para pensarmos ao fazer o que fazemos, e isso teria uma origem única, um imperativo que impulsiona esse comportamento igualitário a todo ser humano. Essa abstração também cai na questão da padronização humana, mas foge a somente um comportamento preocupado com as consequências, e avança até a unidade psicológica de cada ser.

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    1. (Continuação)

      Podemos muito bem ditarmos como devemos agir da mesma forma que montamos uma fórmula matemática, mas infelizmente não temos ainda o controle total sobre as incalculáveis possibilidades de ação inerentes na consciência de cada pessoa, muito menos ditar como qualquer fato social se dará. O que nos resta, portanto, seria uma teorização que simplifica diferentes tipos de ações e as qualifica como sendo certas ou erradas. Isso é a base de todas nossas teorias da justiça, e é claro que elas não se encontram livres de falhas, a ponto de dizermos não pensar ao realizarmos um ato unilateral - ou que só tem como objetivo alcançar algo que só beneficia a mim -, então se impõe a necessidade do pensamento multilateral e é aí que adotamos normas a serem seguidas para melhor convivência com o próximo.

      Creio eu que o objetivo dos dois autores - principalmente LaFollette - é rebater o determinismo dado aos pilares morais, e explorarmos as variações e junções que toda teorética pode ter. E isso iria de encontro aos comportamentos gerais humanos e alcançaria certas explicações relativas a cada situação proposta.

      É clara a relação da ética com identificação ao próximo, mas muitas vezes, ao ser humano, isso acaba fugindo da padronização de fato. Puramente queremos ser seres morais, mas da mesma forma que inventamos a palavra "imoral" podemos muito bem nos dar o direito ao que é errado. Explorando as complicações que existem nesse raciocínio, acabamos muitas vezes caindo no dilema da melhor utilidade da ética. Ela é somente uma ferramenta para encontrarmos uma ligação entre realizarmos uma ação e lidarmos com sua consequência? Aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve?

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  39. Se partirmos do conceito que a ética é utilizada para se referir ao conjunto de regras, princípios ou modos de pensar que orientam as nossas ações, podemos dizer que a moral está inserida nesse contexto da ética no ponto de definir as condutas boas ou más, corretas ou incorretas.
    Observando melhor esse ponto da ética estar relacionada a moralidade, ou seja, ao conjunto dos deveres que subordinamos os nosso desejos naturais de maneira a obedecer uma lei moral e que, se houver o fracasso, ficaremos com um sentimento de culpa, percebemos que este conceito nos leva ao principio do criacionismo, ou melhor, da moralidade sendo explicada pela religião.
    Para essa explicação de moralidade que nasce com todas as pessoas explicada pela religião, partimos da bíblia, na passagem em que é falado do jardim do éden, que a moralidade parte da busca entre o bem e o mal ou o proibido, visando sempre o ser superior.
    Outra forma de falar sobre a moralidade é pela explicação evolucionista, de que o homem aprimora seus mecanismos morais, que leva a crer na existência de condutas adequadas e inadequadas.
    Nessa teoria encontramos a moralidade respaldada em dois pontos: o da reciprocidade ( que provocamos nos outros o que os outros provocam em nós mesmos, ou seja, se uma pessoa me dá um abraço eu retribuo com um outro abraço) e a empatia ( que é um sentimento de compaixão quando o próximo encontra-se em uma posição menos favorecida ou miserável).
    Com essas duas teorias, a baseada na religião e a baseada na evolução, percebemos que a ética em cada grupo social acaba sendo uma ética universal, pois todos os seres conseguem com que aflore esses sentimentos de moralidade em suas condutas.
    Continuando esse debate entre ética e moralidade, encontramos dois filósofos que discorreram sobre essas teorias do principio da moralidade.
    Um deles foi Kant, que dizia que a moral da ética baseava-se na razão, ou seja, a existência de um paralelo entre ética humana e ética animal era totalmente superficial. O outro foi Hume, que discutiu que a base da ética era encontrada nas emoções, sendo que a razão tinha menos significado dentro da discussão de ética. Assim, o paralelo entre ética humana e ética animal passou a ficar mais próximo.
    Trazendo essa discussão para o texto de LaFollette, percebe-se que o principal debate é como definir as questões morais e imorais, sendo que o autor parte de duas vertentes para explicar essas ações.
    A primeira vertente é a consequencialista, que defende que as ações devem ser tomadas visando as melhores consequências para o coletivo, onde se exclui e priva os desejos individuais. Já a segunda é a deontologista, que defende que as ações devem ser tomadas sem levar em conta as consequências, sendo que a obrigação moral é mais importante que a consequência para os outros.
    Assim, nessas três discussões percebi que nunca chegamos a uma verdade universal em ética, pois sempre vão existir vertentes teóricas que se contrapõem e tentam explicar de uma maneira diferente o que é ética.

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  41. Muito se debate sobre quais seriam as definições e usos mais adequados para as terminologias, ÉTICA e MORAL. Ambas tratam de um aspecto corriqueiro em nossas vidas, que é o ato de decidir, sobre o que certo e errado, mediando tal decisão com os interesses e os conflitos de viver em sociedade de crenças e valores.
    O ethos como campo de estudo, procura trazer uma orientação, a partir de um estudo sistemático sobre a razão humana, seria uma herança da humanidade.A mores deveres baseados em emoção, que fica subordinada aos desejos naturais e possui uma proximidade com os animais.
    Para Kant a lei moral esta entrelaçada com a razão, em uma divisão entre imperativos Hipotéticos e Categóricos, que requer do homem a capacidade de ser imparcial e razoável em suas decisões.
    Antagonicamente as concepções de Hume, que concebe os juízos éticos a partir da intuição. O que proporciona um atrito sobre o ético objetivo e o ético subjuntivo.
    Hugh LaFollete, sabiamente, acredita que a mediação entre o que é moral ou não, se observa com a analise do ferir, afetar, o outro. Em um contexto de falta de autocrítica de nossas ações, que são cada vez mais automáticas, ou e, repleta de falacias e motivações, devemos ser mais ponderados. Aprender a usar a consistência de tratar os iguais com igualdade, e os que não são, com tal apropriamento.
    A ideia de separação entre os que são Deontologistas ( mediação por regras), e os que são Consequencialistas ( melhores consequências globais), não parece eficaz, já que acredito que ocorra uma união das duas teorias, uma que nos regre normativamente em sociedade, que nos limite a respeitar o espaço do outro, e uma que estaria no que definimos como certo e errado, e nessa ultimas somos bem mais parecidos com os animais chamados irracionais.

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  42. O movimento de conhecer, querer conhecer, já é tido como intrínseco ao homem desde Aristóteles, e esse movimento também abarca conhecer o bem e o mau.
    Remetendo à perfeição, como visto em aulas anteriores, o homem é considerado o “mais perfeito” na escala de perfeição dos seres vivos e, no texto de Peter Singer, a teia de aranha é considerada algo que não arte, ou seja, não perfeito; seria essa uma atribuição “correta” ao feito das aranhas?
    Animais também possuem ética, chamada moralidade mínima (como ilustram os vídeos dos macacos). Reciprocidade, compaixão, empatia, resultado e interesse são termos que se relacionam estreitamente quando o assunto é ética e/ou moral, bem como alguns questionamentos como: Moralidade é algo estabelecido? É sabido quando há ação de acordo com o bem ou o mau?
    Pode-se considerar que há uma “paz na consciência” em relação à moralidade, pois existe um conceito pré-estabelecido a certos temas, ou seja, não embasados em nada mais concreto do que o senso comum.
    A moralidade se encontra em pilares religiosos ou, como afirma Darwin, instintivas? A ética se encontra como um conceito humanizado, como Kant afirma, ou há uma aproximação com os animais, segundo Hume? Não se atando somente a tais possibilidades, existem outras interpretações e isso dificulta, ainda mais, a teorização de termos como esses. O texto de Hugh LaFollete nos conduz à ideia de que nossas escolhas possuem influências das mais distintas, ao mesmo tempo não se sabe se essas influências são boas ou más (recorre a discussão em aula), e isso fomenta a importância de discussões sobre tais abordagens. De novo encontramos certo grau de subjetividade, pois a maneira como entendemos, interpretamos e vivemos o mundo, certas situações, acaba nos dando ferramentas para que nos situemos em determinados embates.

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  43. Aluno: Lucas Romano
    RA : 21059812 Email: lucasromanolopez@hotmail.com

    Muitos autores classificaram a ética como “uma virtude unicamente humana”, já que esta é um conjunto de regras e princípios que procuram moldar o comportamento humano, através da razão. Entretanto, como vimos em aula há como refutar tais argumentos através do estudo do comportamento animal, em um dos vídeos fica evidente que os macacos entendem minimamente o que venha a ser justiça, assim até os animais seguem determinadas regras de comportamento.
    Kant representa um dos autores que considerava a ética um conjunto de princípios e regras, chamados pelo autor de “imperativo categórico”, segundo ele, a lei moral é baseada na razão, logo os animais não seguem nenhum tipo de lei, seu comportamento é meramente instintivo.
    Hume por outro lado, afirmou que a ética é baseada nos sentimentos. Se considerarmos que certos sentimentos são comuns aos homens e aos animais, podemos dizer que a ética de Hume é em certos aspectos, comum a homens e animais. As teorias de Darwin a respeito da evolução parecem sustentar o posicionamento de Hume, já que podemos considerar que “a ética se desenvolveu a partir de instintos sociais que herdamos de nossos antepassados não-humanos” (Singer,1994).
    Em síntese, acredito que o posicionamento de Hume é que o mais se aproxima da realidade, a moralidade não é única, esta é derivada de certos costumes e é consensual, já que nem tudo que é considerado moral para nós é moral para outros povos.

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  44. O debate sobre as origens da ética se divide entre uma ética vinda da cultura ocidental, baseada em livros religiosos como a Bíblia, com valores morais que permearam em nossa sociedade, e a evolução biológica, defendida principalmente por estudos como os feitos nos vídeos assistidos em aula.

    A natureza humana almeja a perfeição e disso vem a busca por comportamentos que seriam aprovados moralmente e, dada a imprecisão disto baseado em diversos fatores, nos é aqui apresentado diferentes linhas de pensamento sobre a ética e, no texto de LaFollete, a necessidade de uma teoria e um pensamento crítico das situações para não criar inconsistencias e buscar agir de forma "correta".

    O texto de Paul Singer faz uma apresentação comparativa das éticas de Kant e Hume, a primeira guiada pela razão e a segunda pelo desejo (ou paixão) humano(a).
    Por serem linhas de pensamento contrárias, é feito um debate sobre os aspectos positivos e negativos de ambos os filósofos e seus seguidores.
    Saber se a ética é tal como dita por Kant ou por Hume é algo ainda sem resposta certa, dado o aspecto impreciso e variante do conceito, no entanto, é certo que ela não é constituida por extremos. Da mesma forma que não é totalmente guiada pelo objetivismo - pela razão - e apresenta aspectos vinculados ao desejo humano, também o subjetivismo não pode ser só baseado na paixão e precisa passar por um filtro racional e de imparcialidade.

    No texto de LaFollete, após a discussão sobre os problemas que a não teorização da ética pode apresentar e a necessidade de uma reflexão cuidadosa e sistemática - que não impede erros uma vez que pode-se aplicar um pensamento correto de forma inconsistente - o autor apresenta rapidamente o deontologismo e o consequencialismo, o primeiro mais baseado na razão das ações, e o segundo na ação que gerar "a maior felicidade para o maior número".

    Ambos os textos nos levam a concluir que, mesmo existindo linhas de pensamentos diferentes sobre o que é ética, esta não é uma separação precisa a qual escolhemos agir entre a razão e o desejo, ou entre a mediação por regras e as ações que gerariam maior felicidade a maioria, e sim um equilibrio entre todos esses fatores.

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  45. Questões morais estão presentes diariamente na vida de um ser humano, algumas de fácil compreensão geral para avaliarmos como sendo corretas ou incorretas, sem que haja grande uso da razão, é o caso do homicídio, por exemplo. Entretanto outras questões envolvendo a moral são de difícil compreensão, e por isso se tornam 'polêmicas', é o caso do suicídio assistido, legalizado em alguns países e visto como crime por outros.

    Fica evidente, que o código moral, um código ético, é visto de diferentes modos por cada indivíduo, havendo sim algumas questões com respostas praticamente globais, favoráveis ou contrárias. Essa variação presente nos indivíduos está diretamente relacionada a casos como valores, interesses próprios, interesses da sociedade, cultura e sujeito à inúmeras mudanças ao longo da História.

    A ética trata de investigar o comportamento presente em questões morais, em decisões que envolvam a moral, possuindo algumas diferentes linhas de pensamento do que seria o melhor moralmente, a ética guia as ações para um conceito de perfeição nas ações. Entretanto as compreensões de perfeição nas ações, melhor moralmente e até mesmo de ética não têm uma única verdade, o que fica claramente exposto nos textos lidos. Se algum dia esses conceitos forem definidos e aceitados globalmente, provavelmente muitas outras questões polêmicas também deixarão de existir.

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  46. Toda tomada de decisão ou ação gera conflitos, desde os mais “simples” aos mais “complexos”; é necessário afastar-se temporariamente da “ética prática” para pensarmos na “ética teórica”, pois assim conseguiremos refletir melhor a partir das observações do ambiente. Todos são influenciados por gerações anteriores; costumes; valores de uma dada época e sociedade, e com a observação buscamos a verdade mais imparcial, “limpa” das influências incongruentes do nosso objetivo ou do que consideramos como certo. Nem tudo que admitido como certo em dada época, permanecerá com o decorrer dos anos, por isso, é importante reavaliar nossos juízos constantemente. Embora não se deva simplesmente refutar toda informação passada pelos mais antigos, pois será mais sábio lidar com os erros e acertos dos que possuem mais experiência.
    Não é imaginável que toda ação tenha tempo necessário para reflexão anterior. A partir das circunstâncias, as decisões são tomadas pelo conhecimento moral pré-definido que possuímos. Muitas vezes determinados por leis e regras, como não matarás, ou roubarás, cabíveis de punição, ou tácitas, respeitará seus pais, seus filhos.
    Teorias surgiram com o pensar sobre a ética desde os primeiros tempos, com as incertezas, as teorias servem como guias, entretanto estão longe de serem exatas.
    A comparação entre as duas teorias de Kant e Hume nos permite identificar as principais diferenças: Kant através dos imperativos hipotéticos (desejos) e categóricos (razão) tenta guiar a forma ética que a sociedade deve agir. Já Hume admite que as pessoas sejam influenciadas pelas suas paixões, ou seja, interesses muitas vezes plenamente emocionais do que racionais.
    Apesar da diferença notada através da comparação simplista, os seguidores desses pensamentos cada vez mais repensam e veem certa proximidade entre elas. A razão não pode ignorar completamente as paixões, pois eu posso saber através da razão qual atitude seguir, mas o meu interesse poderá ser diferente, e mesmo com a certeza da razão, ajo da forma que quero, não da forma que é considerada correta. Além disso, há o conflito individual versus o coletivo, o meu desejo beneficiará apenas a mim, e a razão me guia a agir de forma a propiciar menos desconforto aos outros, objetivamente ou não.
    Quando uma teoria é debatida, os argumentos mais consistentes e mais próximos dos princípios corretos, julgados a partir dos juízos morais, se estabelecem perante as outras, mas isso não garante que elas tenham mais seguidores, em números, ou influência sobre a forma que sociedade age.
    As teorias modernas: as consequencialistas e as deontológicas são as correntes que mais influenciam o pensamento da época, convém informar que teorias alternativas como “teoria das virtudes” e o feminismo crescem a cada dia.
    A teoria consequencialista julga como mais importante durante uma tomada de decisão ou ação, levar em conta quais são as consequências que seguiram. Dentro dessa corrente, há os utilitaristas que consideram que as consequências devem trazer felicidade para um maior número de pessoas, sendo que erros, mentiras seriam permitidos se isso maximizasse a felicidade. Já os utilitaristas de regras acreditam que as consequências devam ser medidas nos aspectos individuais e coletivos, pois uma mentira de uma única pessoa pode trazer felicidade momentânea, sendo que coletivamente possa se tornar algo ruim.
    Já a teoria deontológica considera que as ações devam ser feitas de maneiras semelhante a toda instante, conforme as regras, não variando com as consequências que possam seguir. Ela retira o poder de tomar decisões dos indivíduos, já que os mesmos agiriam conforme as regras, sem se importar com os erros ou acertos. Não acho cabível essa teoria devido os interesses pessoais, muitas vezes, mais predominantes que os coletivos, seria difícil seguir regras dessa forma.

    Convém lembrar que a exposição acima foi feita com base em conhecimento ainda impreciso e simplista do tema.

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  47. João Lucas Moreira Pires5 de maio de 2013 às 22:10

    Ao longo da história a ética foi assunto constante em trabalhos filosóficos , dois ganham destaques, os filósofos Hume e Kant dedicam grande parte do seu trabalho para esse assunto em específico, Kant fundamenta seu argumento alegando que a lei moral aparece ao ser humano sob a forma de um imperativo categórico, por ser um ser racional, o ser humano é dotado de vontade: ele é capaz de agir de acordo com as representações das leis da razão. Mas na medida que ele também é um ser sensível, sua vontade jamais é pura, porque sujeita à influência da tendências ou inclinações. Não há senão a vontade de um Deus ou de um santo que seja determinada exclusivamente pela razão e imediatamente de acordo com a lei moral. No ser humano, a lei moral se impõe à vontade sob a forma constrangedora do dever, exigindo que ele lute contra as suas inclinações.
    Hume vai coloca-la da seguinte forma, a moral não se baseia na razão , a moral, que guia nossa conduta pela distinção do bem e do mal, não se baseia no exercício da razão, mas num sentido moral. Com efeito, a argumentação racional não pode decidir sobre o valor de um ato nem motivar nosso comportamento: são os sentimentos de prazer ou de dor que suscitam a aprovação da virtude ou a condenação do vício e que constituem o motor de nossas ações. A moral se enraíza portanto na afetividade, e tem por principio as paixões. No entanto ele não se reduz a um instinto: o sentido moral tem a necessidade de ser esclarecido e aperfeiçoado pelas análises da razão, como Hume vai mostrar através da distinção entre as virtudes naturais ( a benevolência) e artificiais ( a justiça).

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  48. O que seria "ética"? Ao longos do anos, filósofos como Hume e Kant debateram ideias quase que contrárias sobre este mesmo termo. No sentido subjetivo, a ética se basearia no sentimento e na emoção, enquanto o objetivo, nas leis da razão.
    Além deste embate, teríamos um divisão de dois significados desta palavra, uma seria a ética como uma lei moral e a outra como uma filosofia moral, uma baseada na religião e outra existente em todas as sociedades humanas e ensinada nas universidades.
    Estas discussões sobre ética, nunca realmente concluídas, só nos deu um leque de opções para se conseguir julgar algo ético, ou seja, podemos usar tantos argumentos,teorias, consistências, que nos levaria a uma questão: "Seria tudo uma questão de opinião?"
    Esta é uma das questões levantadas ao longo do texto de Hugh LaFollette, a qual gostaria de dar devida atenção.
    No debate, o autor cita diversas teorias, ideias e concluí com certas alternativas de se pensar. Porém, será que esta questão levantada ao longo do texto, não seria a chave para o desfecho? Como o próprio cita, temos que "fazer a melhor escolha que nos for possível", admitindo que somos falíveis, que nem sempre as consequências serão as melhores. Sendo assim,isto me leva a pensar se seríamos capaz de agir contra a ética agindo por nós mesmos?
    E é neste ponto que talvez, na minha humilde opinião, conseguiríamos chegar em alguma conclusão sobre o debate.

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  49. No tema 01, foi discutida qual é a mais próxima definição que se poderia sucintamente obter sobre a ética: que ela é, certamente, um “conjunto de regras, princípios ou modos de pensar, os quais orientam ou pretendem ter autoridade para orientar as ações de um grupo particular” (Singer, 1994), no sentido de estabelecer qual seria o padrão “perfeito” a se seguir.

    No tema 02, por sua vez, ainda são discutidas as definições e as diferentes “abordagens” sobre a ética e a moral, no entanto entra agora em debate de que maneira exatamente os diversos conceitos éticos teriam surgido, ou seja, qual seria a melhor explicação para o gênesis/origem do comportamento “perfeito” com o qual estamos habituados a sermos cobrados – e a cobrarmos também.

    Isso porquê uma vez que há diferentes culturas – e consequentemente diferentes crenças éticas, assim como diferentes crenças religiosas -, o que explicaria o fato de dentro de uma espécie terem sido desenvolvidos diferentes padrões éticos? Seria o meio/o ambiente? O tempo? E em que medida os nossos parentes mais próximos chimpanzés – comprovadamente seres sociais também – não possuem capacidade ética, como muitos defendem? Isso, é claro, considerando que dentro de uma mesma espécie de seres sociais e racionais (humanos) há certos grupos para os quais muitos conceitos “complexos” de ética sequer são inteligíveis.

    Dessa forma, um dos debates mais importantes acerca da ética e da moral jaz na dicotomia objetivo/subjetivo, ou seja, se seus conceitos estariam mais diretamente relacionados com a capacidade racional daqueles que os criam – e portanto conscientemente criados e também instituídos ao longo dos séculos; ou se seriam “emocionalmente” criados, ou seja, a partir de características sentimentais e específicas a cada um, a cada sociedade, a cada cultura. Ou ainda podemos adicionar também a sua origem instintiva: através de instintos naturais seriam produzidas tendências naturais de julgamento ético – ao menos na sua essência mais básica, como por exemplo o senso de justiça, a reciprocidade e a empatia –, os quais possivelmente estariam presentes também nos chimpanzés, seres “obviamente” não racionais e portanto considerados por muitos incapazes de julgamento ético.

    Seria então a ética uma tendência “biológica” que existiria naturalmente em todos os seres de capacidade social, e que se aperfeiçoaria e se tornaria mais complexa conforme o desenvolvimento e crescimento de tal capacidade social – e diferentemente em cada sociedade? Ou seria um fruto subjetivo, de desejos – e portanto muitas vezes incontrolável? Mas, se for assim considerada, então seria a ética imperfeita também, uma vez que os desejos nos impulsionam algumas – “tantas” - vezes a exatamente aquilo que é contrário ao que conhecemos como virtuoso? Ou, por fim, seria a ética mera e simplesmente social, um produto do raciocínio humano? E sendo racional, por que então há diferenças entre as culturas, quando a ética deveria definir o “perfeito”?

    Filósofos discorreram durante séculos acerca dessas contradições e contraposições, e embora pareça que somente dúvidas foram deixadas como legado, suas descobertas e argumentos têm esclarecido fortemente muitas questões acerca das diferenças e semelhanças entre os sistemas éticos nas mais diferentes sociedades (e mesmo entre as sociedades humanas e as dos outros animais sociais), e têm como consequência contribuído para que se torne mais fácil se escolher um caminho.

    Afinal, “saber mais acerca das bases pré-humanas da ética será, seguramente, uma ajuda para compreender e ter acesso aos sistemas éticos que se desenvolveram a partir dessas bases; e as melhores pistas para sabermos mais ou menos como terá sido a ética pré-humana virão das observações daqueles animais com os quais partilhamos antepassados comuns relativamente próximos, tais como os chimpanzés” (Singer, 1994).


    kamila.star.p@hotmail.com

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  50. Jessica Raissa Oliveira Laureano6 de maio de 2013 às 02:01

    A ética é algo que existe em todas as culturas e, talvez, até mesmo nos animais, como visto nos vídeos apresentados em sala de aula.
    Com base nos textos lidos, é possível afirmar que Hume diz que a moral caminha junto com nosso desejo, uma vez que esta é baseada nas emoções, já que todos almejam ser dotados de moralidade. Em contraposição, Kant acha que a moral é um conjunto de regras, onde as ações derivam do ato que deve ser tomado para com o outro. Essas regras devem ser respeitadas e praticadas independentemente das consequências que elas podem gerar.
    Kant está mais ligado as praticas deontologicas, onde agir moralmente, eticamente, é agir de acordo com as regras propostas. Essa teoria difere da teoria consequencialista, onde a ética visa promover as melhores reações para o outro com as decisões tomadas, isto significa que o consequencialismo está ligado a promover o maior número de satisfação para o maior número de pessoas. Então, por exemplo, se para os deontologistas mentir é algo indiscutivelmente imoral, para os consequencialistas, a mentira pode ser tolerada desde que não cause nenhum dano grave como consequência.
    Com isso, vale lembrar que ética, moral, se tais ações são boas ou más varia de acordo com a sociedade, com o meio em que se vive e com que corrente você segue, uma vez que, como LaFollette diz em seu texto: “Tudo é uma questão de opinião”.

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  51. A busca pela definição de ética acontece desde tempos muito antigos, sempre gerando intensas e divergentes discussões. Não foi possível ainda, e acredito que nunca será, definir o que está certo e o que está errado quando falamos sobre ética. Não conseguimos nem ainda dizer se ela existe ou não em outros seres vivos, ou se é um ideal unicamente humano. Testes e experiências para isto é o que não faltam. Mas como podemos tentar achar algo em outros seres, que não temos certeza do que é para nós? A mais importante discussão começada por Kant e Hume, que reside até hoje, é sobre a natureza da ética, se esta é uma ideia objetiva ou subjetiva. Neste caso, tendo mais para o lado de Hume, que diz que a ética é subjetiva e depende de nossas emoções e desejos. Concordo que nem todas nossas emoções e desejos possam criar um senso ético, mas creio que estas sejam essencialmente necessárias para tal. Não creio que conseguimos ver a ética em ações que pré-definimos como "boas", acho que depende muito da opinião de cada indivíduo, e isto é algo que difere muito entre nós, devido a nossa natureza de pensar.
    Outra discussão sobre a ética decorre sobre esta ser consequencialista ou deontologista, presente no segundo texto, nesta concordo mais com a parte consequencialista, que diz que devemos agir de forma que traga a felicidade para a maioria, mesmo achando que existem exceções para algumas destas ações, as quais não acho necessário citar. Porém concordo também com uma parte deontológica que diz que não conseguimos definir universalmente se uma ação é boa ou ruim, seja ela matar ou salvar uma vida, tudo depende do ponto de vista e opinião. Outro grande problema dentre esta formação da ética, é o fato de que somos influenciados pela informação a que nos foi passada durante nossa formação, seja esta moralmente correta ou não. Portanto, dependendo da forma como certo indivíduo foi criado, este pode ter plena certeza de que matar é algo moral e ético, assim como pode achar que deve agir de forma a ser útil ou benéfico à sociedade. No final, tudo depende mais uma vez de como formamos nossos ideais e senso moral, desde o momento de nosso nascimento.

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  52. A definição da ética é muito difícil de se encontrar, pois não conseguimos distinguir a melhor forma na qual a ética se encaixa. Assim, procuramos significados nos quais se aproximem mais da nossa realidade, ou dos nossos pensamentos.

    Nisso, podemos debater sobre as teorias de Kant e de Hume, no qual o primeiro acredita que o que movimenta a ética é a razão, e o segundo acredita que a emoção é a melhor ferramenta; Assim, temos dois pontos distantes, duas visões distintas sobre a mesma "palavra", a mesma forma de se entender a moral e o correto.

    Quando lemos o texto do Singer, vemos a comparação entre Kant e Hume, e como são idéias muito diversas, vemos um conflito entre os pontos negativos e positivos que cada linha de raciocínio tem. Porém, mesmo sendo ambas distintas, nenhuma pode ser levada por completo como a correta, pois quando praticamos ações "corretas", nunca estamos sendo guiados apenas por uma dessas idéias, pois o homem não é uma máquina mas também não se deixa levar totalmente pela emoção do momento.

    Já no texto do LaFollete temos que ter mais cautela, pois ele tenta resolver a discussão fora do modo das idéias, não que não existem erros, mas devemos tentar resolve-los de forma mais cuidadosa. No texto, ele apresenta o deontologismo, baseado na forma de usar a razão para concluir ações, e o consequencialismo como sendo a forma de realizar ações para que a felicidade ocorra para a maioria.

    Dessa forma, concluo que a ética deveria ser uma mesclagem de todas essas teorias, de forma que nunca seja extremista mas também não muito abrangente, pois assim nunca teríamos um ponto de vista diferente no caso de situações distintas com resultados iguais.

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  53. Ao longo da história, influenciado principalmente por conceitos religiosos, o homem sempre preferiu se distanciar dos outros animais ao analisar si próprio, numa profunda busca em reprimir qualquer instinto que remeta comportamentos mais 'selvagens', por assim dizer. Afinal de contas, o homem seria o ser mais perfeito do planeta e comparações com os seres inferiores que também o habitam seriam dispensáveis e inúteis.
    Entretanto, hoje, tendo em vista os avanços científicos, mais especificamente nos campos da biologia, sabemos que somos mais um animal dentre tantos outros, um grande símio de postura ereta e pouco pelo aparente, cujo a característica evolutiva mais notável é a razão. Sabe-se também que uma classificação dos seres vivos numa escala de complexidade é arbitrária e não evidencia qualquer avanço numa escada evolutiva, porque simplesmente não existe uma escada evolutiva, as espécies não incrementam sua complexidade com o passar do tempo em direção a perfeição.
    Tendo isso em vista, porque ainda hoje nos causa tanta estranheza encontrar vestígios do comportamento humano em nossos parentes mais próximos? Nada mais natural, considerando que parte do nosso comportamento social tenha sido moldado muito antes de surgirmos como espécie, nas interações entre nossos ancestrais. Então, essas características em comum são nada mais que uma herança compartilhada.
    Claro, não se pode negar que em nós esses mecanismos sociais atingiram um nível de sofisticação único. Mas há de se considerar que outros animais também apresentem algum senso de justiça, como mostrados nos vídeos em aula, entre outras características que costumamos reservar exclusivamente como nossas.
    Agora, partindo para os textos disponibilizados aqui, não se esquecendo do que já foi dito. Sermos dotados da razão, e de qualquer outra 'vantagem' em relação às demais espécies tem um preço, e esse preço é lidar com questões de natureza ética. Para isso muitos teorizam e dedicam árduo trabalho em busca de um conceito universal do que é certo. O resultado, porém, são vertentes de pensamento que resultam em diferentes teorias.
    Acredito que deontologistas, consequencialistas e outros teóricos devam ser analisados de modo a aproveitar as convergências de pensamento e o melhor de cada teoria. Não vejo como definir qual é a linha mais correta e, tendo em vista tamanho debate sobre o tema, um consenso ainda parece distante. Talvez o mais plausível fosse adotar uma relação de complementariedade para esses raciocínios diferentes, haja vista não podermos eliminar completamente um ou outro ponto de vista.

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  54. No primeiro texto são apresentados alguns conceitos de ética com maior aceitação no meio filosófico. Primeiramente ele menciona que alguns autores relacionam a ética com a conotação de moral onde as regras de conduta de um determinado grupo compõem um conjunto conceitos do que e certo ou errado. Depois ele aborda uma visão darwiniana onde o principio do conceito de ética é o resultado evolutivo que vem desde os nossos ancestrais não-humanos, assim como, outros animais de vida longa que vivem em sociedade. Além disso ele também aborda duas idéias de duas figuras com prestígio no meio filosófico, Kant e Hume, explicitando suas divergências de onde próvem nossa moral, nosso discernimento do que é certo e errado. Em Kant nossa moral estaria baseada na razão, enquanto para Hume nossa moral é fundamentada pela emoção/paixão. Sem ter a pretensão de chegar a uma conclusão de qual seria a correta Singer nos guia a pergunta que segundo ele é a fundamental, das que podem ser levantadas acerca da natureza da ética: “saber se a ética é obectiva ou subjectiva”. Mais à frente ele ainda nos explica uma outra concepção acerca da ética, que é a ética intuitiva. Enfim, ao conhecer todas essas correntes e teorias acerca da ética, nosso embasamento teórico para uma escolha dessas correntes nos é facilitado, apesar de ao meu ver não haver uma única explicação para nossos atos e nossos pensamentos.
    O segundo texto começa propondo uma teoria para relacionar nossos interesses próprios como a noção do que é certo ou errado, moral ou imoral. O texto diz que nossas atitudes, aparentemente éticas, podem prejudicar outras pessoas mesmo que indiretamente. Menciona como rotulamos as pessoas e que nossas atitudes e julgamentos com elas depende de relações emocionais, intuitivas e afetivas. Comenta também como um comportamento pode ser ético para um grupo de pessoas e e completamente imoral e irracional para outros. Ele aborda duas grandes classes de teorias éticas, a do consequencialismo e da deontológica. Os consequencialistas defendem a idéia de que devemos agir de forma tal que nossas ações tenham as melhores conseqüências para a coletividade. Já os deontologistas defendem que nossas ações devem ser relativas as obrigações morais independentemente das conseqüências. Mais uma vez duas grandes teorias com conceitos razoáveis na qual nenhuma pode ser completamente negada, por isso o debate sobre a ética humana perdura tanto tempo e provavelmente não se encontrará uma resposta, pelo menos não tão cedo, já que ainda falta muito para que a origem e os motivos do comportamento humano ser como é seja perfeitamente esclarecido.

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  55. A ética investiga a motivação das nossas ações, o porque de que as escolhemos da maneira que as escolhemos, porque as valorizamos de forma que as valorizamos como eticamente corretas. O autor Peter Singer entende a ética como muito próxima da moral, e compreende-as como o julgamento a cerca das ações humanas e que o seu surgimento é natural e nasceu a cerca da evolução dos mamíferos. A grande questão apresentada por Singer é a cerca de que se esse ímpeto natural é baseado na razão, assim como afirma Kant ou se é baseado nas emoções ou paixões, como defende Hume. A grande questão desse debate sobre a origem da ética é que se ela baseia seus julgamentos e escolhas a partir de um ímpeto racional que nos é naturalmente dito pela razão ou se as emoções determinam essas escolhas éticas.
    O autor LaFollete também concorda que a ética investiga as ações humanas, porém somente as ações que tem uma influencia, direta ou indireta, sobre outras pessoas. LaFollete defende que há ações morais que não nos questionamos uma vez que nos parecem naturais, muito próximo do que Kant afirmava sobre os imperativos categóricos que são os determinantes de uma ação moral. Para o mesmo, as teorias éticas vem para organizar a maneira de se qualificar a ética, mesmo que não venha a trazer o consenso, que ele afirma ser dificil, uma vez que escolhe-se as filiações que se faz ao analisar a ética.
    Em suma, a ética mesmo que parta de pressupostos diversos e alcance conclusões diversas sobre o que se é considerado ético ou não, antes disso, a ética busca entender o que levam as pessoas à considerar o que consideram como éticas ou não, e desse ponto, começam as divergências a cerca dessa explicação, seja baseada em uma princípio último, uma intuição, ou adquiridas socialmente ou adquiridas a partir da evolução biológica dos mamíferos.

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  56. Quando pensamos em ética, podemos construir nossas ideias em três pilares diferentes. Portanto, a resposta da pergunta “O que a ética investiga?” é composta e não única. Referindo-nos ao “Primeiro pilar”, podemos pensar a ética como orientadora de ações, mostrando aos indivíduos o que é considerado “bom” ou “mal” em termos de conduta. O segundo pilar está relacionado ao primeiro, entretanto, está baseado em entender como a orientação das ações foi dada. O primeiro está focado em “ser a conduta”. “Vou realizar tal ação, pois ela é ética”. O segundo está voltado a entender a razão pela qual essa ação é ética. “A partir de qual raciocínio posso estabelecer que essa conduta é ética? Como esse raciocínio foi feito?” O terceiro pilar está relacionado ao exercício de debate sobre as questões morais. Seria um estudo dos argumentos das “teorias éticas”, se assim podemos chama-las.
    Exposto os “significados” da palavra ética, e mostrando os direcionamentos de estudo para os quais somos levados quando abordamos esse assunto, vamos expor dois grupos que “são criados” quando a ética é estudada. Para todos os direcionamentos vistos acima, temos em mente ações que são impulsionadas por ideias. Essas ideias trazem o conhecimento de “o que seria uma boa ação ou uma ação ruim”, de acordo com a moralidade e com a ética, entretanto, quando pensamos no papel que razão humana tem sobre esse tema, há uma divergência de ideias.
    Os textos sugeridos nos mostram que, de um lado, temos a ideia de que a emoção e a paixão são mais significativas do que a razão, na ética – e, portanto, animas que não são humanos poderiam “ser dotados” de ética. Essa ideia é abordada por David Hume. Por outro lado, temos também o debate de que a ética seria baseada na própria racionalidade humana. Essa ideia é abordada por Emmanuel Kant, a partir da compreensão intelectual.

    Ainda não se chegou a uma conclusão sobre o papel da razão – ou da emoção – na ética. O fato é que humanos praticam ações éticas – e quando não praticam, sofrem suas consequências ou têm consciência de que estão praticando ações imorais. E animais não humanos também praticam ações que parecem seguir padrões éticos. E dentro desse contexto, tanto kantianos com Humeanos estão caminhando em um debate no qual o diálogo entre as ideias se torna presente.

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  57. Mateus Baeta Diógenes6 de maio de 2013 às 15:43

    Os textos sugeridos avaliam e comparam a moralidade principalmente em objetiva e subjetiva, consequencialista e deontológica.Dependendo de quais correntes filosóficas sigamos, nos tendenciamos para um ou outro pensamento.E portanto, podemos nos posicionar de maneira diferente a questões morais. O texto diz que a maioria das questões são intuitivamente morais, mas eu o questiono quanto a isso, porque a nossa vida não está baseada em fatos e sim em incertezas, a nossa vida não está pronta, temos que decidi-la a cada instante pois está baseada em valores complexos, valores oposto que se apresentam mutuamente como referência para a vida.Isto ocorre pelo fato de sermos seres complexos em que não nos basta suprir nossas necessidades, temos anseios muito maiores que isso, por isso, mesmo que macacos, chimpanzés e elefantes demonstrem sinais de moralidade, estes sinais são correspondentes evolutivamente a vivência em grupos e não pode ser comparada integralmente com nossa realidade humana pois temos dilemas que eles não tem, e queremos a perfeição porque achamos que podemos "tocá-la" em certos momentos enquanto que os outros animais só tem dimensão do que é bom ou ruim para eles e não consegue extrapolar o que seria a perfeição, portanto não se frustam com a vida e esta se apresenta bem mais simples a eles.

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  58. Na procura por desvendar o que é a ética, caímos na questão: por que somos seres morais?
    Ora, segundo as tradições históricas que nos são transmitidas através de gerações, vemos um forte vínculo com a história bíblica: a busca pela perfeição divina, o conhecimento do bem e do mal; do certo e do errado.
    O perfeito seria algo metafísico, intocável. Parte-se do principio que a perfeição provém do não-fazer, da proibição de certos atos.
    Essa cultura foi inserida de tal forma, que é difícil se desvincular dela.
    A moralidade começa a entrar em pauta na área cientifica na tentativa de mostrar a evolução humana, e, apesar da antiga crença de que, por definirmos o que é certo e o que é errado - o que é moral e imoral -, seriamos seres melhores, mais evoluídos e, portanto, superiores às outras espécies, ao observarmos outra espécies, isso entra em questionamento.
    Apesar de termos a ética como uma questão de decisão - portanto, de âmbito racional -, observamos o que seria um comportamento 'moral' em outras espécies, como apresentado no documentário sobre o comportamento dos primatas.
    Sobre isso dialogam Kant e Hume: afinal, a moralidade tem raízes em que âmbito? Seria algo da nossa natureza, ou que nos seria impelido a fazer?
    Bem, por sermos seres dotados de razão, Kant defende que a raiz está em nossas vontades e, logo, nossas escolhas.
    Já, Hume, defenderá que nosso sentimentos são os guias de nosso sentido moral, como vimos no documentário apresentado em sala , a questão da benevolência, Hume coloca-a desta forma, a benevolência , origem da moral a primeira qualidade universalmente aprovada pelos seres humanos é a benevolência, que é a “generosa solicitude com nossos semelhantes”. Trata-se de um virtude natural, isto é, de uma disposição afetiva inscrita na natureza do ser humano, que o torna capaz de uma simpatia geral para com a humanidade e lhe inspira atitude altruístas. Oposta ao egoísmo, a benevolência mostra que o ser humano não é somente movido pelo amor de si mesmo, ao contrário do que afirmam as morais do interesse, assim reforça a concepção de um sentimento moral, mostrando que ele tira sua origem desta paixão.
    tendo em vista estas análises, podemos, sim, ter, em âmbito biológico, um certo feeling, algo que nos impulsione a fazer o certo. Seja por questão de ordem, justiça, ou, ainda, aprovação social. Aqui, entra o fator racional: usamos esse instinto em prol de algum interesse pessoal, algo que buscamos, que nos beneficiará. Assim conforme a análise e preferencias filosóficas, talvez, ambos estejam corretos.

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  59. A partir da observação dos vídeos apresentados em aula, se torna impossível afirmar que animais não possuem senso ético, apesar de se tratar de uma ética primitiva. Dessa forma, a relação entre razão e ética se torna falha e nos permite questionar até que ponto a ética depende de teorização?
    Acredito que, no caso da ética humana, a teorização se justifica por causa da análise e observação de evidências e aspectos não considerados que podem alterar aquilo que se considera correto. Assim, a ética humana se aproxima mais de uma visão deontológica de moral, já que somos capazes de encontrar razões para não realizar determinadas ações antes de visualizar suas possíveis consequências.
    A ausência de teorização não pode desclassificar a ética animal, que me parece explicada pela teoria de moral consequencialista, já que pudemos observar que os primatas buscam a reconciliação e o bem estar do grupo.
    Acredito que a ética seja subjetiva, não apenas no sentido individual, mas também num sentido social da palavra. Porque a ética, como a etiqueta, se justifica na medida em que se vive em sociedade. Partindo desse princípio, acredito que exista algo de evolutivo na forma como lidamos com ética. Obviamente, a observação dos erros passados nos faz alterar a forma como olhamos e reagimos em relação ao outro.

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  60. Isabela Biscalchim6 de maio de 2013 às 16:24

    Nessa aula sobre ética moral, discutimos um pouco do que é ser um ser moral, do que consideremos como ações morais. Assim assistimos ao vídeo que nos mostrou os pilares da moralidade (reciprocidade, empatia, entre outros), nesse vídeo pudemos ver que até os animais praticam a moralidade. Então o que exatamente entendemos por ações morais?
    O que eu li no texto do Peter Singer e que me chamou mais a atenção foi à questão moral para cada sociedade, ele diz que mesmo que algo seja aceito dentro de uma sociedade não necessariamente será aceito por todas as outras sociedades. Assim, cada sociedade possui sua cultura, sua forma de avaliar se uma ação é moral ou não. Contudo, também encontramos ações éticas iguais a todas as nações, que não quer dizer que são adequadas para os dias atuais, muitas são ultrapassadas.
    Podemos além de ter as ações éticas impostas pela sociedade que vivemos, as nossas próprias ações morais, que muitas vezes vem dos nossos pensamentos, das nossas razões e emoções.
    Para Hugh LaFollette, ser um ser moral é agir sem afetar o outro. Em seu texto, LaFollette ensina como expor teorias sobre a ação moral. Na qual tem que argumentar com alguém sobre as ações, chegando a argumentos mais complexos, a um nível de conversa mais elevado. Existindo vários tipos de teorias, nos mostrando que existem diferentes meios de se pensar sobre ética. E mesmo pensando em nossos atos, discutindo com os outros, vamos cometer erros, que são necessários ao nosso aprendizado.
    Assim a moral investiga as ações humanas mais complexas. Com isso precisamos refletir essas ações, ir além das que cometemos por nossos instintos.

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  61. O que a ética investiga? A ética investiga formas de guiar o comportamento humano.
    Mas os animais também são éticos. Os animais têm senso de grupo, juntando-se eles aumentam suas chances de sobrevivência, e para conviver em sociedade, eles precisam de ética para se relacionarem. É a evolução biológica em ação.
    Mas os seres humanos se diferenciam dos animais pelo telencéfalo altamente desenvolvido e pelo polegar opositor. O ser humano se pergunta coisa como "quem eu sou?" e tenta agradar outros seres humanos e tenta ser aceito por esses outros seres humanos.
    A ética é um "manual" para quando o ser humano se depara com problemas, barreiras, confusões. Mesmo quem acredita que a vida é melhor sem manuais, que os manuais colocam os seres humanos em caixas, em algum momento, quando se encontrou em uma situação de encruzilhada, pensou que a vida seria mais fácil com um manual. E todos, de alguma forma, tentam encontrar esse manual, mesmo que diretamente ou indiretamente.
    O texto de Peter Singer diz: "(...)Mas será que podemos conhecer alguma coisa através da intuição [ consciência imediata da verdade ou falsidade de uma dada proposição] ? Os defensores do intuicionismo ético argumentaram que havia aqui um paralelismo com o modo como conhecemos, ou podemos imediatamente compreender, as verdades básicas da matemática: por exemplo, a de que um mais um é igual a dois. Este argumento sofreu um grande abalo quando foi mostrado que a evidência [ self-evidence] das verdades básicas da matemática pode ser explicada de uma maneira diferente e mais parcimoniosa, vendo a matemática como um sistema de tautologias, cujos elementos básicos são verdadeiros em virtude do significado dos termos usados. Deste ponto de vista, agora largamente, se não mesmo universalmente, aceite, não se requer nenhuma intuição especial para estabelecer que um mais um é igual a dois - trata-se de uma verdade lógica, a qual é verdadeira em virtude do significado que atribuímos aos números inteiros ‘um’ e ‘dois’, assim como a ‘mais’ e ‘igual’.Assim, a ideia de que a intuição nos fornece algum tipo substantivo de conhecimento do que é certo e errado perde a sua única analogia.(...)"
    Se chamamos a cor azul de preto, ela ainda continua sendo azul. A cor não mudou, o que mudou foi o nome. Mas números são abstrações humanas, dizer que um mais um é igual a dois não é tão óbvio assim. Do mesmo modo, conceitos universais de o que é ético não é tão óbvio assim. Por exemplo, antigamente era normal ter escravos, uma pessoa que tinha escravos poderia ser considerada ética, hoje em dia não é mais assim.

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    1. (Continuação)
      O texto de Hugh LaFollette diz: "(...)O papel argumentativo da consistência é evidente na discussão de todas as questões morais práticas. Considere-se o papel que desempenha no debate sobre o aborto. Quem disputa este tema passa grande parte do tempo a defender que as suas próprias posições são consistentes, ao mesmo tempo que acusam os seus opositores de ter posições inconsistentes. Cada lado da disputa procura mostrar por que razão é (ou não é) análogo de forma relevante a casos canónicos de assassínio. A maior parte das pessoas que pensam que o aborto é imoral (e muito provavelmente todos os que pensam que deve ser ilegal) afirmam que o aborto é análogo de forma relevante ao assassínio, ao passo que quem pensa que o aborto deve ser legal afirmam que o aborto é relevantemente diferente do assassínio. O que não encontramos é pessoas que pensem que o aborto é um assassínio e, contudo, totalmente moral.(...)"
      As pessoas podem de diferentes maneiras tentar argumentar e justificar os seus pensamentos de forma ética. E como decidir o que é certo? Aqui é onde seria necessário um manual, mas como tal manual não existe, e nem pode existir, precisamos tentar entrar em um consenso.
      Hugh LaFollette ainda fala acerca das teorias do consequencialismo e da deontologia. E apesar do benefício da maioria, desde que não prejudique a minoria, deve ser procurado, pois vezes é possível pensar e pesar todas as consequências.
      A ética é um equilíbrio de questões pessoais e questões sociais. A ética investiga uma forma de evitar erros, de sermos exatos, mas nem sempre podemos ser assim. Somos humanos, e aceitar a nossa condição é o mais ético que podemos ser.

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  62. Boa tarde professor!

    A pergunta “O que a ética investiga” pode ser respondida por diversas formas, já que a ética não é a mesma para todas as sociedades apesar de todas convergirem em certos pontos. Há portanto, muitos universais éticos questionáveis.
    A origem da ética por exemplo, um dos assuntos investigados, tem várias vertentes de pensamentos. Há aqueles que veem a mesma como uma busca de perfeição de caráter divino, claramente influenciados pelas religiões, em especial a cristã que durante tantos anos de existência tem inegável contribuição histórica e social para a sociedade. Outros já contrapõem tal afirmação com as ideias Darwinianas que consistem em termos herdado a ética dos nossos antepassados. Essa ideia por sua vez pode ser exemplificada pelos vídeos assistidos em sala sobre a ética e os macacos, que mesmo sem carregarem bagagem teórica sobre o assunto, agem de maneira parecida com a nossa forma de pensar e decidir sobre nossas ações.
    Isso porque ao realizarmos uma ação, buscamos pensar no que é “bom” ou “ruim” como forma de justificar nossas decisões. Essa situação é um dos principais objetivos de estudo da ética. De forma a complementar tal ideia, temos a inserção da razão. A razão se faz necessária ao estudar a ética, uma vez que se quer buscar os porquês de uma ação ser “boa” ou “ruim”. Sendo assim, as razões que promovem as decisões humanas também são objeto de estudo da ética.
    Kant em seus estudos diz que a ética é baseada primordialmente na racionalidade humana, sendo ela portanto, um privilégio dos seres humanos. Hume por sua vez, crê que somos guiados por nossas paixões, sendo elas a composição da base ética, através dessa visão, a razão se torna menos significativa na ética de modo que a ideia darwiniana se mostra possível, já que é possível se aceitar uma ligação entre a nossa ética e a de outros animais.
    Um ponto também estudado é sobre a subjetividade e a objetividade da ética, há vertentes que dizem que essa discussão é acerca do papel a que a razão desempenha na ética. Os que acreditam na objetividade da ética a veem como sistema de conduta, já os que se identificam com a subjetividade da ética veem a intuição como uma considerável forma de delimitar a conduta de certa forma.
    Ao meu ver, tem de haver o meio termo entre tais concepções, pois não temos tanta solidificação de todas as nossas ideias que nada possa as modificar, as mudanças de ideia são sempre constantes, já que estamos em contato com diferentes opiniões e situações todo o tempo, e não somos somente influenciados por nossas paixões nas nossas decisões.

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  63. Fernando Santiago Moraes da Rocha6 de maio de 2013 às 19:23

    No texto de Peter Singer, ética é definida como uma palavra usada para se referir ao conjunto de regras, princípios ou modos de pensar que orientam as ações de um grupo particular. Porém ética também pode se referir ao estudo do modo como devemos agir. No primeiro sentido de ética, alguns usam a palavra moral como um sinônimo. A moral não é um sinônimo de ética, mas sim está inserida no primeiro contexto de ética, no sentido de definir ações corretas ou incorretas, sendo, dessa forma, passível de um sentimento de culpa ao fazer uma ação incorreta.
    Em seguida, o autor coloca que a ética está presente em todas as sociedades humanas e talvez entre sociedades não-humanas também. Sendo assim, a ética humana pode apresentar duas origens: a evolutiva e a com base na religião. A evolutiva tem como base a afirmação de Charles Darwin de que a ética humana se desenvolveu a partir dos instintos sociais herdados dos antepassados não-humanos. Sendo assim, espera-se que haja universais éticos, ou seja, princípios de alguma forma presente em todas as sociedades humanas. Como foi apresentado no vídeo em sala de aula, há princípios presentes em chimpanzés e macacos-prego que também estão presentes nos humanos, como a reciprocidade. Já a outra origem ética, a baseada na religião, diz que a ética origina-se no gênesis da bíblia sagrada. Desta forma, a origem da ética teria se dado quando Adão e Eva comeram o fruto proibido da árvore do conhecimento, e puderam distinguir o bem e o mal.
    A partir disso, o autor compara a concepção de ética descrito por Kant e Hume com a aceitação ou não da similaridade com os chimpanzés. Kant dizia que a ética era baseada na razão, sendo assim impossível de se assemelhar com os chimpanzés, sendo qualquer semelhança uma mera coincidência. Já na linha seguida por Hume, a ética é baseada nas emoções, tornando a razão muito menos significativa na ética, e, por consequência, possível de assemelhar a ética humana com a dos chimpanzés.
    No texto de Hugh LaFollette é proposto que as nossas atitudes que aparentemente são éticas podem prejudicar a outros direta ou indiretamente. Sendo assim, as atitudes que para um indivíduo ou grupo são éticas, podem ser prejudiciais a outro indivíduo ou grupo, o que se aproxima da teoria proposta pelo autos no texto de que os nossos interesses próprios se relacionam com a ideia de certo e errado. O autor também defende a importância das teorias, dizendo que a teoria não é algo totalmente desvinculado da prática, mas sim uma reflexão muito cuidadosa sobre a prática. Dada a importância da teoria, são apresentados dois grupos teóricos em seu texto: os consequencialistas e os deontologistas. Os consequencialistas defendem que as ações devem sempre ser tomadas visando uma consequência melhor para um coletivo, sem levar em conta os interesses pessoais. Já os deontologistas defendem o oposto, que as ações devem ser tomadas visando primeiro o individual, sem levar em conta a consequência para os outros. Ainda são apresentadas duas teorias alternativas, que não têm tanta influência na ética moderna: a teoria das virtudes e a feminista. A teoria das virtudes é anterior às duas teorias anteriormente citadas e segue uma linha de crítica a alguns pontos delas, e a teoria feminista segue na linha do movimento feminista, de reivindicar o lugar da mulher, chegando a ter uma teoria específica dizendo que a ética feminina é diferente da ética convencional citada pelas teorias mais influentes.

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  64. Após ler os textos e ter um período pra refletir, acho que a tal dicotomia Kant x Hume é desnecessária: ao meu ver, ambos tentaram negar por completo a influência que a "antagonista" possuia na formação e atuação da ética. Considerando-a algo intrínseco aos seres humanos (como me pareceu implícito em todos os textos), tentar negar a influência da emoção e/ou da razão na construção da mesma me parece em vão, pois ambas possuem traços contundentes de ambas. O fato de podermos refletir sobre ela e como nossas ações podem ser, ou não ser, direcionadas e influenciadas e a sensação que costumamos ter quando nos deparamos com algo desconhecido a ela me levam a crer que ambas possuem esses traços, tornando impossível negar a influência de um ou outro.

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  65. A ética é um estudo sobre o modo como devemos agir e, ao mesmo tempo, é os próprios preceitos morais que nos levam a agir.
    Peter Singer não faz uma distinção clara entre Ética e Moral, tomando-as como termos muito próximos, e nos apresenta duas visões diferentes para o assunto, a visão de Kant – que afirmava que a ética é baseada na razão e acreditava que havia princípios éticos universais (o que chamou de imperativos categóricos) – e a visão de Hume – que, em contrapartida, acreditava que a ética é baseada nas emoções (nos sentimentos).
    Para Hugh LaFollette a ética e/ou a moral têm a ver com ações que necessariamente prejudiquem direta ou indiretamente à outras pessoas – deixando de lado o questionamento, presente em Kant, sobre as ações que prejudicam a nós mesmos.
    LaFollete ainda nos diz que é preciso refletir sobre a ética para avaliarmos criticamente nossas ações e modos de agir.

    Não há um consenso sobre a origem da ética – se ela se dá pela razão ou pela emoção, se é adquirida pelos instintos sociais, como propunha Darwin, ou se tem origem divina -, mas, para além dessas divergências, a ética como estudo busca compreender o que nos leva a dar valores “bom” ou mal” para dizer que uma ação é ou não ética.

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  66. De acordo com o texto de Peter Singer e os vídeos apresentados em aula, de fato podemos diferenciar ética de moral apesar de ambas significarem a mesma coisa, mas em línguas diferentes. A moral tem uma base religiosa onde há um severo conjunto de leis morais que é imposto. A ética já não tem essa base religiosa e segundo Darwin ela é uma herança de nossos antepassados existe em todos os seres humanos e não-humanos, caso mostrado nos vídeos em aula. No texto de LaFollette ele nos responde pra que serve as teoria da moral, aonde ele coloca que nossas escolhas sempre sofrem influencia de outros que podem estar certas ou erradas, daí a importância da teoria. Mas não podemos utilizar uma teoria e jogar fora a outra, temos que saber utilizá-la da forma mais racional.

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  67. Os textos propostos buscam ampliar a noção habitual que temos em relação à ética nos revelando diferentes vertentes e pontos de vista sobre um tema que a meu ver esta longe de chegar à unanimidade devido a sua vasta amplitude e especificidade de cada homem. No primeiro texto, é muito interessante o debate entre Kant e Hume a respeito se a ética é racional ou emocional, podemos inclusive estabelecer um paralelo com o comportamento dos macacos (visto em aula) que mesmo não sendo tidos racionais como os humanos, conseguem se comportar de maneira semelhante, talvez baseado na compaixão e reciprocidade. Os argumentos de ambos os pensadores parecem plausíveis e acho que ambos se complementam, afinal, podemos utilizar aquele que achamos melhor dependendo da situação. Muito interessante também o ponto que trata da aplicação da ética, que só tem sentido se fazemos uso dela na pratica e não a limitamos a teorias, pois isso a aproxima de outra questão muito importante que é a influencia de nossas ações nas outras pessoas.

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  68. Willian Habermann
    RA: 21084012

    No texto de Peter Singer é abordado diferentes usos da ética, uma ética relacionada a um conjunto de regras e princípios que nos orientam, onde essas regras classificam algumas atitudes como certas ou erradas. É abordada também a visão Darwiniana de ética, onde segundo Darwin esses princípios éticos sao provenientes do processo evolutivo, afirmando que a ética humana se desenvolveu a partir dos instintos sociais que herdamos dos nossos antepassados não-humanos, podendo assim colocarmos de lado a hipótese de uma origem divina para a ética. O texto ainda faz uma comparação entre as éticas de Kant e de Hume, a primeira guiada pela razãoe a segunda pela paixão, desejo humano.
    Já o texto de Hugh LaFollette propõem uma teoria que relaciona nossos interesses próprios, como as noções do que é certo ou errado, moral ou imoral, dizendo que nossas atitudes, aparentemente éticas, podem prejudicar outras pessoas, direta ou indiretamente. O texto de LaFollette defende também a importância da teorização, segundo o texto: "Teorizar não é uma coisa divorciada da prática; é apenas a reflexão cuidada, sistemática e bem pensada sobre a nossa prática. Teorizar, neste sentido, não irá impedir-nos de errar, mas dá-nos o poder para abandonar considerações mal concebidas, desinformadas e irrelevantes."
    Dessa forma mostra que não se há um consenso sobre a origem da ética, os comportamentos éticos ou morais mudam de acordo com a época ou com a vertente de pensamento, o que concluo das leituras dos textos que o senhor passou, e do seu livro “Ética para principiantes” é que a ética investiga os comportamentos humanos e os desejos que nos levam a esses modos de ação.

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  69. As primeiras aulas cujo o tema abordado foi sobre a relação entre ética e perfeição elucidaram, ainda que de maneira simples, a ação ética: a ação perfeita. Ético é o indivíduo que age de maneira como se deve agir. À vista disso, toda a problemática desse tema vem à tona. Como estabelecer quais são as ações perfeitas tendo em vista a intensa diversidade entre os indivíduos? Como é possível um indivíduo ser totalmente ético visto a inumerável quantidade de ações que ele executa por dia? Arrisco-me a dizer que questões como estas sempre acompanharão esse debate. Mas então, considerado esses entraves, para que continuar esses estudos? Surgiu-me exatamente essa dúvida. Segundo LaFollette, seria cometer um grande erro reduzir os julgamentos éticos a uma questão de opinião, pois então, todos eles seriam igualmente falíveis. Dessa forma, cairíamos num relativismo que nos incapacitaria de tomar importantes decisões de maneira racional. Por conta disso, a teoria ocupa uma posição de grande destaque, sendo o meio pelo qual somos capazes de aprimorar o processo de avaliação das ações, evitando julgamento inconsistentes e distorcidos, mesmo que não sejamos capazes de ter certeza sobre qual ação tomar. Entretanto, seria ingenuidade acreditar que tais teorias convergem para uma mesma direção. Tanto o texto de LaFollette, como o de Singer, esclarecem a complexidade da teorização em Ética e relatam as divergentes correntes teóricas. Em todas elas é possível identificar lacunas que as impossibilitam, como diria Kant, de entrar num caminho seguro da Ciência. Mas, embora a hibridização das principais teorias como por exemplo a de Kant e a de Hume seja a direção mais provável nos debates atuais, parece-me que tal discussão nunca chegará numa resolução segura.

    Gustavo de Campos Pinheiro da Silveira
    gustavo.silveira@aluno.ufabc.edu.br

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  70. No texto “O que é a Ética” de Peter Singer, o autor inicia com a definição da palavra ética como um conjunto de regras, normas e princípios que norteiam o ser humano, e também por outras vezes utilizada como o estudo do pensamento de que forma se deve tomar a ação. O autor não faz distinção entre as palavras ‘moral’ e ‘ética’, pois diz que alguns autores relacionam a ‘moral’ como distinção do que é certo ou errado, e a palavra ‘ética’ apenas para os estudos acadêmicos de Filosofia, no entanto afirma que atualmente há uma distorção da palavra ‘moral’ como um conjunto de deveres de forma a conter os desejos naturais obedecendo às leis morais, e que muitas vezes apresentam uma origem religiosa.
    Entretanto, a ética não necessariamente apresenta uma ligação com a religião, e também parece que a ética existiu e existe em todas as sociedades humanas e igualmente nas não-humanas, pelos vídeos “Frans de Waal: Moral behavior in animals”, “Monkey tool usage: Flint knife and probe” e “Monkey cooperation and fairness”, podemos ver claramente que nos experimentos realizados, os macacos também apresentam comportamentos que antes eram considerados apenas cabíveis aos seres humanos, com isso podemos dizer que há uma relação evolutiva nos mamíferos acerca dos instintos sociais, e logo é possível descartar a hipótese da criação divina sobre a ética.
    Para o filósofo inglês, David Hume, as emoções, paixões e intuições originariam o conceito da ética, e consequentemente os animais seriam “éticos” de certa forma, por outro lado, para o filósofo prussiano Immanuel Kant, a ética teria origem através da racionalidade humana. Apesar desse debate se alastrar por vários anos, não se chegou a uma resposta de fato, no entanto abriu-se uma nova discussão acerca dos limites dos desejos humanos que podem passar a serem considerados éticos e uma abertura de uma gama de possibilidades de tais limites para se alcançar uma concordância sobre o que devemos fazer.
    No texto “Teorias sobre a ética” de Hugh LaFollette, o autor apresenta a idéia de que ações que são tomadas, e que em primeira instância apresentam ser éticos, podem prejudicar outras pessoas seja diretamente ou indiretamente. LaFollette expõe duas classes teóricas, uma delas é a deontológica e a outra é a consequencionalista, há um contraste ideológico entre fazer o que considerar correto e fazer o que considerar melhor para a sociedade.

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  71. A etica permeia a sociedade e serve como garantia para manutenção da ordem e inibidor de comportamentos imorais. Para cumprir essa função função e´rpeciso saber o que é ou não um comportamento/conduta moral.
    Um dos pontos que difere o ser humano dos animais é o fato de sermos seres racionais, contudo - como está no texto de Singer - é possível haver um sistema ético que rege o comportamento entre animais irracionais também. Muito do que entendemos por moral está ligado aos costumes judaico-cristãos da sociedade ocidental. Como é apresentado no livro de genesis, o homem passou a questionar aspectos morais quando provou da arvore do conhecimento do bem e do mal. Antes disso não seria dever so homem lidar com questões de bondade e maldade, pois no estado perfeito ninguem seria mal, ou seja, não haveriam situações que colocassem em discussão a moralidade. Esse episódio biblico é uma das explicações para o inicio da investigação ética, mas Singer nos apresenta outras possibilidades. Segundo Darwin o nosso comportamento ético é herença dos nossos antepassados e então há uma certa homogeneidade. Como foi discutido em sala, as percepções individuais e os costumes regionais podem influenciar algumas interpretações, mas a análise ética não muda e é universal. Já Kant não imagina possiveis relações de compartilhamento ético em comunidades de animais irracionais se não aqueles que tem algum antepassado comum com os seres humanos, pois é uma elaboração altamente sofisticada de comportamentos comuns condensados em uma lei moral. "O comportamento dos animais tem tanto a ver com a ética quanto uma teia de aranha com uma obra de arte." SINGER
    Entendo que a investigação ética só pode ser feita por nós seres humanos, mesmo que alguns comportamentos que antes jugássemos exclusivos foram observados em animais não-racionais. Exemplo claro disso são os jugamentos apresentados por LaFollette em assuntos dificies como o aborto, a pena de morte e a pornografia. Tanto defensores quanto os contrarios, tem bons argumentos em suas posições, mas é dever da ética mensurar qual é a melhor escolha.

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  72. Para analisar a ética como uma condição, não apenas como algo edificante ao homem em particular, mas também fundamental dentro de qualquer sociedade, é necessário entender os diferentes pontos de vista relacionados à ética ou à moral dentro de cada uma delas. Peter Singer explana esse ponto de vista demonstrando - os não somente como princípios ou regras, mas como um princípio natural ao homem, no sentido de definir ações corretas ou incorretas a respeito de como esses princípios serão aplicados à sociedade. Podemos entender essa preocupação se analisarmos casos particulares, como a aprovação do casamento gay em países europeus, a legalização da maconha na Holanda ou a forma como a mulher é vista dentro dos países muçulmanos mais radicais, casos que exploram a ética do ser humano,observando a preocupação e a repercussão em outros países e outras regiões de costumes diferentes. Essa análise nos dará a comprovação de que a ética pode ser considerada um conceito universal, que diz respeito não somente ao individual, mas ao direito do outro e ao que diferentes sociedades consideram certo ou passivo de culpa.
    Hugh LaFollette propõe que a ética está mais ligada à atitudes que podem afetar, ou não, negativamente outros grupos e, portanto, a ética assume um ponto de vista individual, variando de indivíduo para indivíduo. Assim, o autor defende que nossos interesses estão relacionados ao conceito de ética, ao entender que temos o poder de decidir o que é ético e o que não é, de acordo com nossas vontades.

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  73. Os textos e os vídeos colocam em questão o que leva o ser humano e os animais a serem éticos, seres morais. Esse questionamento foi feito em sala pelo professor, e os textos e vídeos nos fazem questionar o mesmo. É difícil afirmar que somos éticos por questões religiosas, pois há pessoas éticas, que não possuem religião. Outra hipótese levantada é a da evolução do homem, por sermos seres com razão.
    No texto de Singer dois autores possuem opiniões diferentes. Kant acha que somos seres morais por sermos racionais, que a ética se baseia simplesmente por sermos humanos e racionais, o outro autor (David Hume) diz que a ética está ligada a emoção, aos sentimentos.
    LaFollette diz que a ética relaciona-se com ações que não prejudiquem o próximo, que devemos pensar nas nossas ações. É um texto mais direto que tenta explicar ética de uma maneira mais “simples” e apresenta a teoria da moral.
    Creio que o meio que vivemos influencia o que achamos ético, que não só a questão da evolução do ser humano, mas também pelos nossos costumes. Talvez os animais tenham se ajudado no vídeo por questões éticas, mas também pode ter sido simplesmente para manter a espécie. O que é ético para uma determinada comunidade que tem uma cultura, não é necessariamente para outra. São vários fatores influenciando o que ético e o que não é.

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  74. Paula Endriukaitis


    Durante a leitura do texto de Singer, nos deparamos com o seguinte fragmento "O que é a ética? A própria palavra é por vezes usada para referir o conjunto de regras, princípios ou modos de pensar que orientam, ou pretendem ter autoridade para orientar, as ações de um grupo particular". Partindo dessa ideia, enxergamos a ética como uma convenção baseada nos ditames de uma determinada sociedade, podendo se repetir ou não em outras organizações sociais. Ainda assim, o autor nos apresenta dos conflitos, a visão de Hume - as paixões nos aproximam da ética ao mesmo tempo em que nos tornam tão instintivos quanto os animais - e a de Kant - na qual somos racionais, ou melhor, temos um nível de racionalidade que nos isola como humanos e seres mais desenvolvidos intelectual e moralmente; possui características mais deontológicas. Analisar ou agir com base em uma dessas "vertentes" apenas, talvez comprometa nossas ações, afinal, somos seres racionais e passionais, está na nossa essência; negar nossa natureza pode acarretar em danos até mesmo de caráter organizacional.

    LaFollette expõe em seu texto a necessidade que vê em teorizarmos nossas ações, refletirmos para que eliminemos considerações mal concebidas, no entanto, talvez teorizar seja tão complicado e arriscado quanto conceituar a ética/moral.

    Quanto a discussão em sala de aula, temos Darwin, com o âmbito da ética como uma herança biológica - os dois pilares (reciprocidade e empatia) seguem seu desenvolvimento junto com a evolução humana - e a questão bíblica do fruto do conhecimento e a expulsão do paraíso por se passar a saber sobre o bem e o mal. Logo, o dilema da eterna dúvida sobre como tudo teve início.

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  75. É difícil definir o real significado de ética, pois existem diversas definições e significados diferentes de acordo com o contexto na qual ela está inserida.
    No primeiro texto o autor cita que alguns atribuem a ética o que que é moral ou imoral através de costumes tendo em base uma ideia de valores baseados na religião. Segundo o autor, a ética não tem uma conexão "direta" com religião, mas sim com um fenômeno natural, que herdamos dos nossos antepassados não-humanos, dos quais nos evoluímos.
    Mas levarmos em conta isso como uma verdade universal, como podemos explicar que a ética pode ter diferentes aspectos ou significados dependo do contexto no qual está inserida.

    Hugh LaFollette defendo que não podemos nos apoiar apenas em uma teoria em detrimento de outras, o mesmo defende ainda que a ética tem mais a ver com as atitudes de um individuo que podem afetar outras pessoas, mesmo a primeira vista as ações sendo "boas", e que o ato de teorizar nos da o poder de avaliar criticamento nas nossas ações.

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  76. Os vídeos apresentados durante a aula de certa maneira me impressionou, pois eu não tinha essa concepção de que além do ser humano (“o ser mais perfeito”), outros animais vivem de maneira ética. De certo modo, essa convivência dos macacos nos mostra o quanto somos próximos deles.
    É interessante ressaltar que Singer, expõe pensamentos de Kant e Hume, abordando as diferentes visões que ambos fazem sobre ética, onde o primeiro cita que a ética provém da razão e o segundo diz que a ética é fundada, nada mais, nada menos que pela emoção.
    Já no texto de LaFollete, o autor explicita que para todas as ações que são tomadas, por mais que você considere ética, você muito provavelmente estará atingindo e/ou prejudicando a outra pessoa, de maneira direta ou indireta. Outra parte do texto que julgo importante, é a que o autor separa a ética em dois grupos teóricos, sendo eles os consequencialistas e os deontologistas, que tem visões totalmente opostas. O primeiro grupo, tende a se preocupar que no momento de agir, que se pense primeiramente no bem da maioria, depois à si próprio. Já os deontologistas, pensam que acima de tudo, deve-se pensar a priori em si mesmo, e agir de maneira que você seja o beneficiado principal, e os outros, serão direta ou indiretamente afetado por sua ação.

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  77. A palavra Ética pode ser usada de três maneiras distintas: um conjunto de normas e leis,como um estudo de conceitos como bem ou mal (englobada como Filosofia Moral) ou, como estuda a Metaética, as condições de argumentação moral e ética. A parte fundamental dessa discussão é a admissão da ética como propriedade natural do homem, e portanto de outros seres vivos, ou como uma faculdade pertencente apenas ao ser humano quanto animal racional, podendo ser considerada um tipo de herança divina.

    Hume e Kant discorrem sobre o tema com diferentes pontos de vista. David Hume argumenta que a base fundamental da ética é a emoção, tornando impossível que sejamos separados da nossa necessidade de sermos seres morais. Dessa forma, uma vez que a ética é uma qualidade advinda da constituição natural, isso aproximaria o ser humano de outros seres vivos.

    Kant, por sua vez, coloca a ética como um conjunto fixo de normas absolutas, em que a moral de uma ação pode ser localizada a partir da intenção com a qual tal ato foi praticado, de forma que essa ação respeito os outros. Esse respeito pode ser visto como uma característica deontológica na filosofia de Kant, de forma que basicamente, não importando as consequências, uma ação é imoral ao passo que desrespeito os direito de outros.

    Esse ponto de vista deontológico contrasta com a visão consequencialista, que argumenta que um ato ético é aquele que visa as melhores consequências. Por fim, desse debate surgem duas correntes, a primeira com base na filosofia de Hume é chamada de Subjetivismo, argumentando que a ética está fundamentada em nossas emoções. A corrente Objetivista, inspirada por Kant, propõe a Ética como ações guiadas pelo juízo ético.

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  78. Nas aulas anteriores, a Ética foi tratada de uma perspectiva mais individual, a nossa perseguição em busca da conduta que se aproxima o mais perto possível da excelência e da perfeição.

    O texto de LaFollete discute o mesmo assunto de uma visão mais ampla. Como a nossa tomada de decisões influencia terceiros, direta e indiretamente. Expõe as teorias mais relevantes, como o consequencialismo, que propõe que os nossos atos devem ter consequências que não só me benificiem, como indivíduo, mas também deve favorecer todos os outros indivíduos envolvidos na situação (Porém nem sempre o bem comum é ético: Por exemplo, Robin Hood para ajudar os pobres, roubava dos ricos. O ato de roubar é anti-ético em qualquer cultura do mundo, creio eu). Já o deontologismo defende a ação por dever, e não baseada em alguma consequência futura.
    Essa teorização da ética é o rompimento da barreira do senso comum, no qual debates são encerrados com a alegação de que os juízos morais são apenas questões de opinião que variam de pessoa pra pessoa. A teorização permite uma estruturalização mais racional das nossas reflexões sobre a ética.

    Kant e Hume, ao realizarem esse processo de teorização, elaboraram linhas de pensamento distintas; um se aproxima mais do lado da razão, e outro, da emoção, da intuição. Em minha opinião, as nossas decisões se baseiam nas duas coisas, tudo depende da circunstância. Até diria que nós, humanos, nunca agimos de forma 100% racional; não acredito que em minha vida, tomei uma decisão totalmente isento de emoções e baseado somente na razão.

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  79. Bárbara da Silva Miranda6 de maio de 2013 às 23:36

    Como alcançar os objetivos de forma moral? Como escolher a ação que tenha as melhores consequências? A obrigação moral é independente das consequências? Quais os limites que devem ser estabelecidos para que determinados desejos sejam éticos? Essas são algumas das perguntas que a Ética procura responder, ou melhor, isso faz parte do campo de estudo e investigação da Ética. Quando Peter Singer introduz seu texto com a explicação do que é Ética, ele a coloca como um modo de orientação (por meio de regras, princípios ou modos de pensar) às ações de um grupo, e que ela faz parte de todas as sociedades humanas.
    O autor do primeiro texto acredita que a ética é um fenômeno natural que surge na evolução dos mamíferos. Além desta forma, acredita-se que a ética possa ter vindo de mandamentos divinos, assim como foi mostrado na sala. Abro aqui um parêntese e acredito que é plausível acreditar nesta segunda opinião, pois ao analisarmos o fato que Deus pediu a Adão e Eva para não comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mau, e ainda sim eles o fizeram ao dar ouvidos à serpente, é perceptível que o homem demonstra (desde seus primórdios) características como a da desobediência, o desejo de mais conhecimento, a vontade de assemelhar-se a Deus. Ao desobedecer a ordem dada, Adão e Eva se mostraram antiéticos, até mesmo imorais por não considerarem que suas ações prejudicariam (condenariam) todos aqueles que viriam após eles.
    Além deste ponto, quero somente citar que Peter Singer nos apresenta dois filósofos que dividem as opiniões a respeito de Ética. Kant sustenta que a lei moral é baseada na razão e que intuitivamente nós podemos saber se uma ação é correta; porém Hume se coloca do lado oposto desta ideia e acredita que a base da ética está em nossas emoções. Estes aspectos de opiniões distintas também são retratados por LaFollette que nos mostra teorias e suas ramificações. As subdivisões que surgem se mostram diferentes, mesmo vindo da mesma teoria.
    As questões colocadas pelas subdivisões teóricas nos direcionam para algumas perguntas feitas no início do texto, a divisão de opinião sobre o surgimento da ética, o antagonismo entre Kant e Hume sobre o que se baseia a lei moral, todas essas coisas nos mostram que muito mais será estudado, discutido sobre a Ética. Sua investigação será contínua e também a busca do homem pelo conhecimento do bem e do mau.

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  80. Louis Phelipe Cardoso de Oliveira6 de maio de 2013 às 23:42

    Mais uma vez nos deparamos, no primeiro texto, em uma explicação quanto ao que se refere ética e moral e o posicionamento do Singer a ideia de que ambas tragam consigo a mesma ideia. A ética, assim, tratará sobre os modos de ação humanam que são orientados pelo que entendemos ser o correto, o melhor, o “perfeito”. Tal forma de entender esta necessidade de assim agir se dá no que norteia nossas ideias.
    Olhar para o texto de Peter Singer, nos abre duas opções para entender o que nos motiva a “agir de maneira perfeita de agir”. Remete-nos a encontrar as respostas de nossas ações na razão, maneira defendida por Kant e que assim nos coloca como únicos serem vivos capazes de exercer a ética, visto que somos os únicos seres que podemos fazer associações, lembrar-se de atos já feitos e tirar conclusões sobre tais ações; E nos remete também as emoções/paixões, segundo defende Hume e assim abrindo o ato de ser ético aos seres não humanos. E após anos e anos de estudos, ainda não temos uma conclusão consensual de onde nossos atos de ação são orientados, mas fato é que isto ocorre conosco (e, como alguns inferem, com animais também ocorrem).

    Mesmo sem chegar a um consenso, o que não se discute é o que a ética deve compreender e que essa compreensão esta em como alcançar a excelência da ação. Seja ela um atributo tão somente humano ou não.

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  81. O nosso questionamento se inicia em "Por qual motivos somos seres morais?".
    Para explicar isso podemos partir de vários pontos. Irei começar pela a religiosidade. Podemos citar Gênesis, que logo em seus primeiros capítulos trata o homem como criação divina, a imagem e semelhança de Deus, deu-lhe o Éden, e a única obrigação que foi dada ao homem era não comer do fruto proibido. O homem desobedeceu as ordens divinas e comeu do fruto, assim foi capaz de discernir o bem e o mal. Partindo desse ponto, que é altamente questionável, e está apresentando uma concepção peculiar a tradição judaico-cristã, podemos induzir que a partir do momento da transgressão, tivemos que cumprir um conjunto de regras, princípios e condutas que iriam vir a reger a humanidade, e nos impondo a busca incessante para o bem e para a perfeição.
    Se for levar em conta que o Evolucionismo está correto, já não íriamos considerar a hipótese divina, e íriamos admitir que o homem herderam seus princípios éticos dos seus antepassados não-humanos, que já tinham traços de instintos sociais. Como podemos ver nos vídeos que os animais desde elefantes a macacos já possuem traços éticos, traços de cooperação e dominação assim podemos ver que estes traços não pertecem somente a humanos, que de acordo com a evolução estes traços ficaram ainda mais marcantes.
    No texto de Singer, ele irá falar de Kant que se refere a ética é um conceito puramente humano. E que a nossa racionalidade está intrínsecamente ligada a compreensão das leis morais.
    Já para Hume, ele enxerga a ética como a relação de nossa passionalidade e como está ligada e refletida nos animais.
    E talvez estas teorias expliquem talvez porque somos tão obcecados por fazer o bem e de ser éticos.
    Já no texto de Lafollette podemos ver questionamento "Para que servem as teorias morais?"
    No texto irá ser dito que as nossas atitudes que as vezes consideramos éticas podem prejudicar direta ou indiretamente os demais, as formas de julgamentos que geralmente fazemos. Além disso, ele apresenta atitudes atitudes que são éticas para um determinado grupo podem ser consideradas imorais, ato vil e torpe. E irá tratar também dos Consequencialistas admitem a ideia que devemos agir de uma forma que nossas ações tenham as melhores consequências para o coletivo, e os deontologistas, dizem que as nossas ações deve ser relacionadas as obrigações morais sejam quais sejam as consequências.

    E-mail: fernanda.nascimento.btk@gmail.com

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  82. Carolina Carinhato7 de maio de 2013 às 01:00

    Definir o que a ética investiga é uma questão que dialoga com o que é a própria – e, por isso, ainda há muitas visões diferentes sobre a mesma.
    Singer, por exemplo, adota o termo “ética” como tendo o mesmo significado de “moral”, porque ambas significam “costumes” – porém esta possui atualmente uma visão obscura por parte de muitas pessoas, que a enxergam como uma parte da religião – uma forma de conduta a ser seguida baseado nos princípios religiosos de uma sociedade. E a primeira palavra hoje gera inúmeros debates em torno da sua validade no mundo animal – seria ela uma exclusividade humana?
    Nos princípios de Darwin, a ética humana que temos hoje é herança de algo parecido que já era praticado por nossos ancestrais não humanos – já Kant diria que a lei moral é baseada na razão, logo, essa relação entre o comportamento “ético” do ser humano e de alguns animais é apenas uma casualidade – e Hume, ao afirmar que a ética é baseada nas emoções do ser, de certa forma se contrapõe um pouco ao último – e ainda torna essa aproximação entre animais nesse sentido mais viável.
    Não que a ética entre nós e entre eles seja a mesma – que tenha o mesmo raciocínio por trás das ações – mas é interessante vermos que podemos aprender com eles, ainda que sejamos intelectualmente mais desenvolvidos. Há estudos para analisar certos comportamentos dos chimpanzés, por exemplo. Alguns deles, como o que investiga a relação entre eles de reciprocidade e de parceria – além daqueles que parecem uma espécie de “justiça primitiva” mostram que os animais podem nos surpreender bastante de vez em quando; e há inúmeros debates sobre se esse comportamento seria algo baseado pela razão ou se seria apenas uma parte um pouco mais aguçada do instinto – havendo um abismo entre essas explicações e seus resultados.
    Na parte humana desse comportamento, também há vários embates – e estes vêm sendo aprimorados desde sempre, acompanhando a história da humanidade, como diria LaFollete. Muitas vezes o comportamento dos nossos ancestrais, ou sua ética, já foram diferentes daqueles que são aceitáveis atualmente. Por exemplo, a escravidão já foi algo normal e apoiado por eles – mas isso não significa que fossem pessoas ruins ou que soubessem que isso era extremamente errado – em muitos casos era apenas um costume, era algo corriqueiro e aceito socialmente.
    E a ética também tem a ver com prejudicar ou não os outros – e é claro que dificilmente encontraremos uma definição para esse termo “prejudicar” nesse contexto; há aqueles que creem que é ético garantir a felicidade da maioria de acordo com as consequências de uma ação, outros acham que esta pouco importa para que seja possível agir com ética. Há vários panoramas para este cenário, como por exemplo o individual e o coletivo – ambos com interesses diversos. Seria ético ou antiético mentir para agradar uma pessoa? E sobre ignorar situações que não são do nosso agrado?
    O que a ética investiga é algo bastante amplo – e para o qual há várias teorias que geram discussões e que terminam em mais discussões – no fim, é importante que haja vários debates para contrapor os inúmeros pontos de vista existentes no mundo. Afinal, estamos tratando de uma ciência humana; se não houvesse essa movimentação, seria exata ou nem haveria uma necessidade de maior análise.

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  83. Após os questionamentos feitos em sala, juntamente com a leitura dos textos propostos e observação doa vídeos, foi possível entender e refletir sobre aspectos ligados a ética
    e a moral. Ambos determinam e condicionam o comportamento humano, sendo que a moral carrega uma carga religiosa, ao contrário do conceito de ética. Um amplo debate então
    se inicia, já que a alegação Darwiniana alega que a ética vem da natureza dos seres, enquanto os sistemas filosóficos afirmam que esses conceitos são baseados na razão.
    Duas teorias se chocam, buscando entender se a ética é subjetiva ou objetiva. Acredito que esse debate seja realmente interminável, já que a construção da ética talvez seja estabelecida pelos dois conceitos, sendo impossível separa-los.

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  84. A discussão sobre a ética é aprofundada, então, a partir do conhecimento de suas abordagens. Entender qual o objeto de investigação da ética - em outras palavras, entender à luz de quais parâmetros é desejável que se realize um juízo apropriado para definir uma ação como em conformidade com a ética ou não - é mister para que se façam inferências acerca de questões dessa natureza.

    SINGER (1994), traz lucidez ao estudo ao propor um arcabouço conceitual que traga definições claras de expressões como ética e moral. Segundo o autor, ética pode ser definida como o conjunto de regras, princípios ou métodos de pensar que orientam as ações de um grupo em particular ou o estudo sistemático do raciocínio sobre o modo como devemos agir. À primeira acepção, contudo, também se relaciona o conceito de moral. O autor também tem o cuidado de eliminar qualquer ressonância que possa causar confusão ao entendimento das acepções de moral e ética, visto que, por vezes, pode parecer que estas se definem por um conjunto severo de deveres que pressupõe a subordinação dos desejos naturais de forma a obedecer a norma, o que, de fato, é uma conotação particular característica de uma concepção ligada à tradição judaico-cristã e que não é característica inerente a qualquer sistema moral.

    A partir da hipótese darwiniana de que a ética humana teria se desenvolvido a partir dos instintos sociais herdados de antepassados não-humanos, Singer ainda discute a existência de universais éticos (princípios que sejam universais e se evidenciem sem exceção na sociedade) e realiza a contraposição entre a ética sob ponto de vista de Kant, com pressupostos de racionalidade para a compreensão da lei moral, e de Hume, para quem a base da ética deve ser encontrada nas emoções.

    LAFOLLETTE (2001) capta a questão na dimensão de sua complexidade e aponta para a necessidade de se recorrer à teoria para o estudo de questões de natureza ética. Visto que existe o risco de, na ausência de bases teóricas, o debate se circunscrever a questões de opinião (que, dada a natureza subjetiva das mesmas, podem limitar-se à classificação de "igualmente boas" ou "igualmente más", impedindo a evolução do debate), LaFollette evidencia erros de deliberação e, por contraste, traça os pressupostos nos quais devem ser calcados a discussão que, em linhas gerais, se definem por questões de lógica argumentativa formal e informal, como a consistência e a pertinência do discurso. Por fim, o autor ainda oferece alternativas teóricas, descrevendo-as detalhadamente, como o consequencialismo, orientado pelas consequências, e a deontologia, orientada pela regra.

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  85. Anteriormente em nossas aulas, a Moral e a Ética foram abordadas de maneira mais pessoal, tendo um indivíduo como foco, em busca da conduta que se aproxima o máximo da perfeição.

    Hugh LaFollete trata o assunto de forma mais ampla. Como a tomada de decisões interfere terceiros, direta e indiretamente. Aborda também as teorias mais relevantes, como o consequencialismo, que enfatiza os atos em que as consequências não beneficiam ao ator, como indivíduo, mas deve favorecer todos os outros indivíduos envolvidos na situação. Já o deontologismo defende a ação por dever, e não baseada em consequências futuras.
    Essa visão da ética é a quebra da barreira do senso comum, no qual debates são encerrados com a afirmação de que juízos morais são apenas questões de opinião, variando de pessoa pra pessoa.

    Kant e Hume, ao realizarem esse processo de teorização, elaboraram linhas de pensamento que seguem diferentes rumos; um se aproxima mais do lado da razão, e o outro, da emoção. Na minha visão, as nossas decisões são tomadas dependendo da situação, podendo tender ao Kantismo ou às teorias de Hume, dependendo das circunstâncias. Acredito também que nós humanos nunca agimos de forma 100% racional; não acredito que em minha vida, a tomada de uma decisão foi totalmente baseada em razões e isenta de quaisquer sentimentos e emoções.

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  86. Arthur El Reda Martins

    art.erms@gmail.com


    Pelo que pude absorver do primeiro texto, me ficou a impressão de que Singer é mais pragmático em sua exposição sobre o que é a ética e expõe uma visão bem diferente do que abordamos na última aula, a de que a ética é um conjunto de princípios que regem certo grupo a agir como agem.
    Achei especialmente interessante o gancho com a última aula no que se refere à associação da ética com a moral. O que me capturou foi o adendo para o fato de que a definição do que é moral ou não normalmente está atrelada a conceitos religiosos, coisa que eu nunca havia parado para pensar. De fato, o que é moral atualmente e que cai no julgamento de certo ou errado na grande maioria das vezes está sob julgamento de alguma base religiosa. Já a ética é desatrelada dessa visão, inclusive ele expõe uma visão Darwiniana dela como herança de nossos antepassados. E ela se desenvolveu como herança de comportamentos sociais não só do homem, mas como também dos seres que o cercavam. O autor inclusive atenta sobre a possibilidade da ética estar presente, inclusive, nesses seres que cercavam o homem, as ‘sociedades’ não humanas (como vimos nos vídeos sobre os macacos na semana passada).

    Já o segundo texto se foca um pouco mais na moral e questiona como adquirimos nosso julgamento e as regras para podermos definir o que é ou não moral. Normalmente é uma análise subjetiva, e conversando com a última aula e inclusive com meu último comentário no blog, reitero que é muito fácil julgar o que é imoral, porque é fácil julgar o que sai do que é considerado como perfeito. Agora julgar e regrar o que é moral é difícil, por isso buscamos padrões. Muitas vezes nem ao menos sabemos o que é moral ou não, mas as atitudes dos que convivem ao nosso redor acabam por moldar o nosso comportamento, entretanto isso está sujeito ao meu julgamento de se vou ou não me importar com o que quem está a minha volta pensa. Logo no começo do texto: eu sei que preciso perder peso, e nem sempre necessariamente por razões de saúde, mas sim por julgamento social. Mas caso eu não me importe com isso eu posso decidir comer uma torta.
    Enfim, os textos abordaram muitos conceitos, mas me atentei aos pontos que eu achei mais interessantes e que pudessem ser linkados ao que foi discutido nas últimas aulas.

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  87. Ao longo dos anos o ser humano, como um ser racional e sociável, sentiu a necessidade de estipular normas para que seu convívio com o próximo fosse harmonioso. Esse sistema normativo que visava a vida em sociedade foi nomeado como moral – mores, do latim que significa costume – e suas teorias se tornaram parâmetros.

    Ao se discutir as bases do convívio criou-se uma dicotomia entre o Bem e o Mal. Independentemente do contexto, atitudes morais estão sempre relacionadas ao Bem, mesmo que nosso intelecto tenha dificuldade em conceituar universalmente tanto o Bem como o Mal. Embora a crença seja um instrumento que valida nossas atitudes como morais, a razão ainda pode mostrar atitudes nossas como injustificáveis, pois as crenças são feitas para evitar o caos e por vezes são pautadas em decisões desinformadas.

    Essa necessidade de harmonia em nossa convivência se mostra necessária em termos de sobrevivência. Continuaríamos vivos se estivéssemos em constante guerra, não só com nossos predadores, mas com indivíduos da nossa própria espécie? Dificilmente sim. Nossa capacidade de abstração nos levou a antecipar o real e analisar os costumes de nossos antepassados, tomando os costumes, que nos levaram à sobrevivência, como morais e, posteriormente, aprimorando suas teorias.

    As teorias morais servem para nos guiar em momentos no qual é necessária uma atitude. Muitas vezes não temos clareza no nosso modo de agir e a razão pode nos ajudar nesse caso. Por vezes não conseguimos enxergar nossas ações como conflituosas a nossa conduta e a discussão sobre a moralidade é deixada de lado por acreditar-se que ela é dependente da cultura ou de um determinado momento, mas o que de fato observamos é que certas atitudes há um consenso em ser imoral, como um assassinato por diversão.

    Encontramos algumas teorias que buscam definir algumas atitudes como morais. Há o consequencialismo que coloca nas consequências das ações um peso maior – ou até mesmo como a única determinante- e há o deontologismo que afirma que há regras implícitas que são mais fortes e independentes da consequência dos atos. Mais recentemente surge também a teoria feminista na qual mostra a necessidade de rever os conceitos morais atuais, pois estão impregnados da cultura machista da época e que não representa o gênero feminino dentro da espécie humana.

    Independentemente da teoria, a moral busca estar sempre do lado do Bem e a nossa reflexão sobre o assunto se torna necessária para nosso bem-estar.

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  88. Este comentário foi removido pelo autor.

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  89. O texto de Singer fala principalmente do embate das noções de ética colocadas por Kant e Hume. Para o primeiro, a ética depende da razão para existir, não podendo ser aplicada a animais. Já para o Hume, a ética é fortemente liga às emoções, o que não é exclusivo a nós humanos. Minha visão é parecida com a apontada no fim do texto, uma mistura das duas: faz parte de nossos impulsos emocionais, e até animais, cooperar, ajudar. O trabalho em equipe é visto em muitas espécies de animais. Não podemos, porém, dizer que isso, por si só, é uma ação ética. Só passa a ser no momento em que pensamos nos motivos por que tomamos certas atitudes (que beneficiam ou não a si e aos demais)e nas consequências, positivas ou negativas, dessas ações. A razão funciona como filtro de nossas emoções, orientando nossas noções de ética.

    O texto 'Teorias sobre a ética', de LaFollette fala sobre a teorização da ética e a formação de suas teorias. Trata da necessidade dessa teorização, já que sem ela, corre-se o perigo de o debate se torne uma "conversa de bar", sem base,consistindo apenas em opiniões (o que na minha opinião é a mensagem mais importante do texto). O autor ainda fala da moralidade, e como ela depende do quanto, e de que maneira, nossas ações afetam aos outros. Também são apresentadas duas grandes teorias éticas, que foram tratadas em aula: o Consequencialismo e a Deontologia.

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  90. Confirmar a origem exata do por quê o ser humano busca seguir regras e tradições éticas e morais põe em pauta uma difícil problemática sobre o assunto. O conjunto de princípios que nós determinamos, o agir corretamente, são manifestados de diferentes maneiras, ao passo este está intimamente ligado aos costumes de um determinado povo. Entretanto, como Singer expressa em seu texto, a ética não seria própria da religião, embora essa tenha grande influência na ação humana, a ética estaria em um patamar ainda mais elevado do que essas meras concepções particulares, ela simplesmente existiria em cada ser humano.
    Há contraste nessas visões. Se do ponto religioso nos consideramos humanamente imperfeitos, o agir moralmente sugeriria o compromisso em que nos impomos na busca do “ser perfeito”. Do ponto de vista científico, sugere-se que nossa própria composição biológica guie-nos gradualmente para o aperfeiçoamento do ser.
    Embora essas convergências sejam notáveis, o agir eticamente em sua maioria tem pontos comuns. O que mostra que ser ético não se trata apenas de cometer uma ação em detrimento de seu posicionamento em uma sociedade, ainda mais pela multiplicidade de abrangências sobre o tema, mas praticar aquilo que você julga ser o correto e perfeito.
    A respeito dessa posição, nossas práticas geram consequências, as quais influenciam não apenas a nós mesmos, mas também outras pessoas, direta ou indiretamente. LaFollette descreve que, ao passo que objetivamos nossos interesses, podemos encontrar conflitos ao tentar desdobrá-lo; meu modo de agir pode me beneficiar, mas pode também não beneficiar ao outro; podemos saber qual a melhor escolha, mas optar por não segui-la; como também ser levados à agir a partir do conhecimento geral (o que nem sempre é o correto). A teorização da ética, parte do pressuposto de abstrair a ideia geral do conceito ética, de encontrar consistências teóricas para que haja uma “norma” comum a fim de evitar os nossos erros.
    Em discussões sobre o caráter objetivo ou subjetivo de nosso modo de agir, Singer delineia as diferentes visões sobre o assunto. Pessoalmente, não acredito na radicalização de pender para uma das extremidades, agimos de modo racional em diversas situações, mas não quer dizer que não haja uma influencia por parte do lado subjetivo, e vice e versa.

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  91. * Considerações Iniciais

    Podemos observar que a primeira parte do texto de Peter Singer, seguindo a definição inicial de Ética e Moral, traz-nos questões como: “Como entender de onde vem nosso comportamento ético? E qual a importância disso?”. Os desdobramentos dessas questões levantadas sutilmente pelo autor são a introdução e a contextualização de um debate sobre a maneira como entendemos (e se não entendemos, sobre a maneira como pensamos) Ética – faço aqui um elo com o texto de LaFollete (em que se discute, arrisco dizer que com mais propriedade, as Teorias sobre a Ética) não me restringindo ao debate entre Hume e Kant que é apresentado em seguida por Singer. Este debate, inclusive, é o início de toda uma discussão acerca do caráter da Ética e de seu papel: a Ética é objetiva ou subjetiva? Deste debate surgiram ainda outros, confrontando diferentes Teorias Éticas.

    * Da importância da Teoria (de pensarmos “ÉTICA”)

    Após a leitura dos dois textos, concluo que independentemente das nossas filiações (se identificamo-nos com o Consequencialismo, com a Deontologia, com a Teoria das virtudes, com a Teoria feminista, ou qualquer outra teoria ética), é necessário PENSARMOS em Ética e, portanto, TEORIZAR, para agirmos eticamente. Sustento minha posição no excerto: "Teorizar não é uma coisa divorciada da prática; é apenas a reflexão cuidada, sistemática e bem pensada sobre a nossa prática. Teorizar, neste sentido, não irá impedir-nos de errar, mas dá-nos o poder para abandonar considerações mal concebidas, desinformadas e irrelevantes".

    Entendo que o debate sobre a Ética do comportamento do homem seja de extrema importância, ainda que possamos não atingir Verdades ou Princípios Universais em muitos – talvez na maioria dos – casos. Lidamos, sim, com a necessidade das Teorias Éticas para podermos avaliar questões morais. Creio que haja uma relação necessária entre a “Teoria Ética” e o “Agir Segundo a Ética”, que ao meu ver ocorre da seguinte maneira: a teoria nada mais é do que o resultado do esforço filosófico de atribuir critérios que identifiquem nossas ações como boas ou más; agimos eticamente independente de nossas filiações teóricas; mas os nossos “compromissos teóricos”, como os chamou LaFollette, dizem de que forma pensamos nas questões morais (quais os critérios segundo os quais julgamos as ações como boas ou más).

    Voltemos rapidamente à ideia de que talvez nunca possamos chegar a Verdades ou Princípios Universais – em decorrência das contradições das diferentes linhas de pensamento, e até mesmo da influência da subjetividade no julgamento do bom e do mau. Ainda assim é claro que muitos avanços já foram feitos pensando-se em diferentes sistemas éticos e, com estes progressos, novas respostas para as mesmas perguntas que nos cercam há tanto tempo (entre elas, “Por que somos seres morais?”) foram dadas. Como escrito no livro Ética para Principiantes, “Em Ética, por incrível que pareça, não se dão juízos finais”, mas isso não significa que não seja importante discutirmos esses temas e acumularmos conhecimentos sobre o objeto de investigação da Ética

    Giovana Cavaggioni Bigliazzi

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  92. São abordados alguns conceitos de ética no texto de Peter Singer, primeiro
    é dado alguns autores que relacionam a ética com a com a conotação
    moral, onde o conjunto de conceitos certo e errado é dado por determinado
    grupo. Após ele aborda uma visão Darwiniana, na qual nossa ética e resultado
    de um processo evolutivo que esta presente mais primitivamente também em animais
    que possuem um nivel mais alto de inteligência que vivem em sociedade.Compreender
    o que é certo ou errado para Hume tem origem nas intuições e emoções, enquanto
    que para Kant esta baseado em nossa concepção racional de dever.

    No texto de LaFollete apresenta-se a necessidade de Teoria, pois esta não
    esta divorciada da prática e se trata de uma análise sistematica e cuidadosa
    da nossa prática.Não é a pretenção criar Leis gerais de como se deve agir mas
    chama a atenção para a peculiariedade de cada caso. Para os consequencialistas o sujeito antes de tomar a
    atitude deve pensar e avaliar as consequências do ato e imaginar efeitos que este
    tera com os outros indivíduos, mesmo que uma inferência extremamente precisa
    sobre as consequências do ato sejam difíceis, é importante prever a influência para
    terceiros. Para deontologistas nossas ações devem ser relativas as obrigações morais
    independentemente das consequências.

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  93. Inicialmente (Singer) nos é trazido uma explicação sobre ética e moral e a posição do autor.
    A ética, segundo Singer, aborda mais a ação humana que é direcionada para o correto e o perfeito (tema discutido na primeira aula).
    Entende-se que para Singer e Kant o único ser capaz de atingir tal perfeição é o homem por possuir a capacidade de fazer associações e ter consciência sobre os atos praticados no passado. Mas discordo desse ponto de vista pois acredito que ele seja muito influenciado pela visão de que o homem é um ser superior a todos os outros (chegando, por alguns, ao ponto de negar o fato de ser um animal), essa visão tem muita influência da igreja pois a mesma coloca o homem como o favorito de deus.
    Algo que reforça a minha visão de que outros animais podem sim ter uma "ética e moral" são os vídeos mostrados pelo professor em sala de aula, eles apresentam atitudes que para muitos são exclusivas do ser humano e impossíveis em animais "selvagens".
    Para mim a ética é uma noção de certo e errado que existe não só no ser humano mas também em alguns outros animais, essa noção serve mais como um mecanismo de ajuda na convivência e na preservação da espécie. Perceba que os atos corretos para a ética sempre são os de preservar a vida e o próximo (ajudar uma pessoa e no animais o exemplo dos macacos em celas separadas onde um podia escolher em receber comida apenas para ele ou receber comida para os dois), ser justo com os outros (o exemplo dos macacos com as avelãs no pote) e por ai vai.
    (Se estiver enganado ou tiverem opiniões diferente comentem... To com um pouco de dificuldade e um ponto de vista ajudaria)

    Guilherme Noronha de Arruda Melo
    RA: 21050512

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  94. A ética investiga a forma pela qual as decisões morais se relacionam com a liberdade e com o determinismo de nossas atitudes. O estudo da moral e da ética questiona porque existem as disparidades de comportamento e se o que é imposto pela coerção social é o comportamento mais apropriado.
    Saber se a ética é objetiva ou subjetiva está diretamente ligado a essas questões já que não existem definições que se sobrepujam sobre as demais á respeito de qual a maneira de agir ideal.
    Sendo assim conclui-se que ao buscar a moralidade na conduta é propício que se faça um exame racional e que se avalie criticamente a questão utilizando-se de abstração e ao mesmo tempo com pertinência.
    Não obstante ainda que se teorize sobre a moral, as virtudes, os hábitos e os costumes ideais, a possibilidade de erro não está eliminada. A reflexão ética através de algumas correntes teóricas – consequencialistas, deontológicas ou alternativas - tem por objetivo reduzir a possibilidade de que se adote concepções equivocadas.

    Rosangela de Paula
    rose_@outlook.com

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  95. Logo no início do texto de Singer, somos arrematados para nossa pergunta iniciai do curso: “O que é a ética?”. Eis então que ele alega que há duas concepções:
    1ª Que pode ser definida como um conjunto de regras e normas que nos orienta como agir;
    2ª A ética ensinada nos departamentos de Filosofia das universidades.
    Para o autor, tanto o termo ‘ética’ quanto o ermo ‘moral’ possuem em suas raízes os costumes. Eis aqui também o qual o autor menciona que, em muitas vezes, a moral possui sua base na religião judaico-cristã. O sentimento de culpa o qual sentimos quando fracassamos ou comentemos algo “errado”, segundo o autor, está mais ligada a uma concepção particular da ética do que uma característica inerente do sistema moral em si.
    Então, Singer desvincula a conexão de ética a qualquer base religiosa, alegando que a mesma está presente em todas as sociedades humanas e até mesmo nos não-humanos, decorrente da “evolução dos mamíferos de vida longa, sociais e inteligentes, que possuem a capacidade de se reconhecer entre si e recordar o comportamento dos outros”. Neste trecho em si, acaba por remeter aos experimentos dos macacos, os quais reagem de acordo com suas experiências anteriores.
    Logo, ao ter como base a teoria de Darwin a respeito que a ética humana desenvolveu-se a partir dos instintos sociais dos antepassados não-humanos, devemos acreditar nos universais éticos, presentes em todas as instituições sociais humanas, Estes universais éticos, por sua vez, são muito questionáveis ao se recordar do passado e olhar práticas que eram aceitas se tornarem incabíveis no decorrer do tempo, ou o inverso.
    Então, tendo como base que as regras de conduta não são puramente insitintivas, Singer então apresenta as visões de Kant e Hume. O primeiro tem em sua percepção que as leis morais são baseadas na razão e que as atitudes éticas em comum com os animais não-humanos são apenas coincidências. Já o segundo, apresenta que a base da ética está atrelada com as emoções, tornando mais próximos os paralelismos entre humanos e não-humanos.
    Eis então dois pontos o qual muito se discute: se a ética é objetiva ou subjetiva. Os objetivistas, norteados pelas alusões racionais de Kant e os subjetivistas, sustentados por Hume e suas emoções. Vale ressaltar que o embate e as discussões, que se perpetuam há dois séculos, não se resolveram. Mas nota-se uma convergência entre ambos, ao passo que apesar de sentirmos desejos, há uma reflexão sobre as causalidades que as ações resultam. Logo, o embate não está mais voltado se somos seres racionais ou emotivos, mas os limites que devemos estabelecer para sermos considerados éticos.
    LaFollete aborda e faz uma maior reflexão referente as causalidades decorrentes das nossas ações. Estas ações apesar de serem norteadas por desejos e interesses individuais, interferem direta ou indiretamente no nosso entorno. Muitas vezes temos consciência que algumas ações são erradas, principalmente quando denigre outra pessoa em prol do seu bel-prazer. Mas outras vezes não temos a noção que nossas atitudes fazem algo “ruim”, pois estamos agindo de acordo com os “Universais éticos”, assim como descrito por Singer. Assim como Singer, Lafollete também explicita que as ações podem ser consideradas certas e erradas de acordo com seu tempo e que sempre sofrem mutações. Então, para não cair o erro de utilizar de atitudes antiéticas, faz necessário o uso de teorias éticas. Eis então a importância de pensar sobre ética e refletir. Há várias teorias que ele salienta, como o o utilitarismo, que é a forma mais comum do consequencialismo, o qual tem como pressuposto inicial a maximização da felicidade para o maior número.
    Há outras teorias salientadas pelo mesmo, mas o principal enfoque também é que, sem uma base teórica, tudo vira “questão de opinião e ponto de vista”, adentrando em casos exclusivamente particulares.

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  97. A ética tem a sua inspiração na tradição judaico-cristã e embora não esteja, necessariamente, relacionada a nenhuma religião, ao analisarmos alguns versiculos da Bíblia podemos entender que a origem da moral está ligada com a busca da perfeição divina, com o conhecimento do bem e do mal, ou seja saber definir o que está certo e o que está errado. Já em uma visão científica do nascimento da moral, podemos dizer que veio da evolução biológica. através das observações, percebe-se as condutas mais ou menos adequadas a se ter em determinadas situações.
    No debate sobre as decisões éticas temos Kant e Hume, que dialogam em diferentes lados. Kant diz que a ética e as nossas decisões morais são baseadas na razão e a semelhança com os animais não-humanos é uma mera coincidência. Hume por sua vez, diz que a moral está encontrada nas nossas emoções, sendo que a aproximação com os primatas uma correspondência.
    Esse debate reflete a uma questão que é discutida até os dias de hoje, se a ética é objetiva ou subjetiva. Os objetivos estabelecem razões para agir que aceitaríamos se raciocinássemos sob certas condições ideais. E os Subjetivos não acham que a ética é inteiramente ligada a uma questão emocional, analisando argumentos racionais acerca da moral.

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  98. A ética se apresenta como o estudo da forma que devemos agir e das influências que nos levam a agir de tal modo, buscando alcançar a excelência na ação. O conceito de ética é mutável, podendo variar de tempos em tempos, além de não ser o mesmo para todas as sociedades.
    A partir do texto de Peter Singer, parto do princípio de que o conceito de ética está diretamente ligado ao de moral, tendo a ética subjetiva e a moralidade como ponto mais intenso dessa ligação. Quanto ao debate entre Kant e Hume, acredito que tanto a razão quanto a emoção influenciam a ética de modo direto, sendo difícil a separação de ambos na idealização da ética, tornando esse debate sem fim.
    No texto de Hugh LaFontelle, o autor afirma que a ética investiga as ações humanas que sofrem influências distintas, porém a questão a ser discutida é se essas influências são boas ou más, afinal, tais influências nos tornam voluntaria ou involuntariamente, parciais.

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  99. A Ética é definida por Singer como algo que nos orienta para o certo ou o errado. É uma orientação, sobre o modo como se deve agir, para um determinado grupo. Kant tinha a visão de que a ética era baseada na razão, e semelhanças entre a nossa ética e de animais não-humanos era uma coincidência superficial. Já a tese de Hume era que, a ética se encontrava nas nossas emoções, assim nos assemelharíamos mais aos animais não-humanos. Neste contraste das idéias de Hume e Kant questões foram levantadas, por exemplo: saber se a ética era objetiva ou subjetiva.
    No texto “Teorias sobre a ética” LaFollette é discute decisões morais, que nem sempre são fáceis de tomar. A teorização da ética, quando pensamos sobre questões morais de forma mais abstrata, mais coerente e mais consistente, isso não pode nos ajudar a decidir quais são as melhores ações e sim nos ajudar a distinguir quais são as mal concebidas e assim evitar erros que podem nos afetar e afetar aos outros. No texto do Singer é dado o exemplo de que não é delicado comer antes que todos os outros convidados terem sido servidos, pode-se com esse exemplo fazer um paralelo com a teorização da ética do texto de LaFollette, começar a comer antes de todos os convidados é colocado como um erro que pode me afetar e afetar aos outros, porém não é algo que se deve ser seguido, já que é você que define se essa ação é moral ou imoral.

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  100. O saber como agir é fundamental atualmente,porém como ter certeza de que se esta fazendo a coisa certa?
    Fazer o que é certo,provavelmente refletira em consequências boas,já quando fazemos uma escolha errada ela provavelmente ira resultar em uma consequência ruim,e entao chegamos ao principal conflito da ética,ao meu ponto de vista,quando uma consequência é boa pra mim,mas ruim para o outro,foi uma decisão correta e assim uma decisão ética ?

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  101. Sabrina Nascimento7 de maio de 2013 às 18:25

    Singer traz em seu texto questões muito pertinentes para a nossa discussão introdutória sobre Ética, tais como o que é de fato a Ética e o que a diferencia da Moral. Explica que ambas têm suas origens em palavras que significam “costumes”, e desta maneira, não deveria haver tamanha distinção de sentido entre elas. Este já é um aspecto interessante, pois vai de encontro com a ideia comum de moral, que por vezes é associada aos costumes religiosos.
    Outra importante questão que nos é apresentada é relativa à existência da concepção de ética em outros animais além dos seres humanos.
    Kant admite a semelhança do comportamento humano com o comportamento de outros animais, porém ressalta que quaisquer uma dessas semelhanças de comportamento não devem ser vistas como atitudes providas de valores éticos, e sim, como atitudes realizadas por extinto, a partir das suas observações sobre o meio. Já Hume analisa esta questão de maneira diferente. Acredita que as decisões éticas são baseadas em emoções, e desta maneira, admite uma aproximação maior entre a ética das atitudes tomadas pelos humanos e pelos animais.
    Com base nos vídeos apresentados em sala, acredito que a concepção de Hume seja mais condizente com a realidade observada nos experimentos realizados, pois percebemos claramente nestes casos a noção de igualdade e justiça tida pelos primatas em todos os testes, caracterizando assim comportamentos éticos, independentemente destes possuírem a mesma noção que nós seres humanos temos do que a Ética significa.
    Em LaFollette é ressaltada a influência das nossas atitudes, até mesmo as mais “inocentes” e “simples” na vida das outras pessoas. Por mais singelas que certas ações possam parecer, elas nunca deixam de interferir de alguma maneira na vida de outrem, e é por isso que sempre buscamos agir “da melhor maneira”, da maneira mais ética, mesmo que inconscientemente. Desta forma, ao agirmos estamos respaldados de nossas crenças, nossas concepções de certo e errado, que nem sempre correspondem a um conceito real e justo, e é por isso que devemos sempre nos certificar se nossos conceitos sobre ética e moral estão sendo apropriados ou não antes de aplica-los.

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  102. Luis Alfredo da Silva7 de maio de 2013 às 18:32

    Ao ler os textos disponibilizados no blog e acompanhar as explicações dadas em aula pude ter uma melhor reflexão do que é ser ético, a visão explorada em ambas as obras propostas se aproxima muito mais das experiências empíricas que defrontamos no dia-a-dia do que o ideal de perfeição guiado pela prática da melhor ou mais exata execução dos atos ligada quase sempre a traços herdados da perfeição divina.
    O que observo é que o estudo da ética como forma de interação e equilíbrio de interesses individuais em relação aos interesses coletivos e as possíveis implicações sociais que o não uso de um padrão ético coerente à torna muito mais próxima do cotidiano e mais plausível de aplicação, vale salientar que ao abrir este campo de vista sobre a ética, podemos enxergar como que diferentes casualidades culturais e religiosas podem levar a diferentes perspectivas do que é a ética em sua forma mais perfeita o que pode ser uma das explicações para diversos conflitos entre sociedades e pessoas.

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  103. Após ler os textos e ver os vídeos apresentados em sala de aula posso chegar a tal comentário.
    Algumas espécies de animais, como os chipanzés, apresentam um senso ético que apesar de extremamente rudimentar pode ser comparada com o senso ético dos seres humanos. As questões morais dos seres humanos com toda certeza são mais elaboradas e complexas, mas sinais de cooperação entre os indivíduos para o bem do próximo pode ser encontrado nos animais. A meu ver a apresentação de certos níveis de padrões éticos dos animais que se assemelham ao dos seres humanos, nos mostra que muito do nosso comportamento ou das nossas leis morais são instintivas. Muitos das nossas leis morais tendem a um histórico religioso, porem não são determinados por alguma divindade, mas sim na sua essência são provenientes de um instinto do ser humano, que pode ser encontrado mais rudimentarmente em determinados animais.
    Outro ponto apresentado que me chamou a minha atenção foi a questão de como o nosso ambiente interfere no nosso conceito do que ético e do que não é. Podemos observar que muito do nosso jeito de pensar e de agir é influenciado pelo meio externo em que vivemos. Muitas das nossas certezas vêm de conceitos dos nossos pais por exemplo. Muito do que consideramos ético vem das leis morais adotadas na nossa sociedade. Influências essas que devem ser tomadas com cuidado, pois muito do que gerações passadas ou até a as atuais consideram como éticas, na verdade, apresentam ser profundamente questionáveis, como o apedrejamento de mulheres.

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  104. Gustavo de Souza Bruschi7 de maio de 2013 às 19:12

    No texto de Peter Singer temos diferentes abordagens do conceito de ética, aonde o autor mostra a visão de alguns autores que a definem como 'moral' aonde essa moral se baseia no que seria certo e errado por um grupo em particular. Essas 'morais' geram um conjunto de deveres morais aonde o certo é cumprir com seus deveres e o errado o oposto. A moral muitas vezes provém da religião como no caso da judaico-cristã citada pelo autor e também é considerada um fenômeno natural pois outros animais dotados de inteligência possuem capacidade de julgar comportamentos próprios e de membros do grupo. O autor segue o texto elaborando um modelo de ética com uma visão Darwiniana aonde a ética seria algo natural que adquirimos dos nossos ancestrais, partindo desse princípio o autor cria uma ideia de ética universal que vai contra a ideia de diversidade ética. O texto segue com o debate de Kant e Hume, aonde Kant propõe uma lei moral baseada na racionalidade que é o que nos diferencia dos demais animais e Hume propõe que a base da ética está nas emoções (paixões).


    O texto de Hugo LaFollete nos propõe responder para que servem as teorias da moral através de uma visão mais ampla que foge do senso comum. Isso se dá criando um espécie de "rede" aonde as escolhas dos indivíduos influenciam as dos outros que podem estar moralmente certos ou errados e daí a importância de uma teoria, pois ela é uma análise da prática. Porém algumas leis propõe o modo de como devemos agir o que é o contrário da criação de uma teoria que provem da prática. O que gera um debate que os consequencialistas e os deontologistas, aonde um defende que o sujeito deve pensar nas consequências do seu ato e como irá influenciar o outro indivíduo e o outro defende que nossas ações devem ser baseadas nas nossas obrigações morais independentemente de como irá influenciar o outro.



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  105. Gustavo Siqueira

    Acredito que conceito de "certo e errado" ainda é um tanto quanto abstrato, e está contido em diversas camadas que determinam a influência do indivíduo. Sendo tal influência provocada pelo meio sociocultural, a internalização do pensamento ético, ou seja, na dimensão contida na mente humana para teorização da moral e aplicação em um indivíduo externo, trazendo uma concretização da ação individual. Levando o elemento humano a refletir sobre o que, em sua mente, é correto e incorreto, dentro das ações que ele decidir tomar, por menores que sejam.
    De uma forma tida como universal, a religião universaliza certas condutas tidas como éticas para padronizar seus seguidores, e facilitar assim, uma dominacão e limitação do pensamento radical e opositor, e também ao pensamento natural do indivíduo. O comportamento social pré-humano, proposto por Kant, seria um dos fatores que abraçaram o desenvolvimento de uma ética desenvolvida por padrões criados pela convivência animal, em um estudo etológico da ética e moral. Tudo isso movido por uma razão, ou seja, um motivo pelo qual é realizada a ação. Já David Hume, crê na abstração da razão e coloca a emoção, ou seja, a sensação, o experimento, como uma ferramenta de socialização e da interpretação das decisões tomadas de maneira que não seja prejudicial ao mundo externo, ou seja, ações tidas como morais.
    Com diversas interpretações e teorizações, o conceito de ética e moral, de "certo e errado" ganha muita reflexão, e tem seu resultado direto na análise de ações externas que podem trazer consequencias internas ao indivíduo. Dessa maneira, o conceito de ética e moral, também se liga diretamente aos conceitos de causalidade, o que abstrai ainda mais a padronizacão de atitudes humanas, de forma que é uma conceituação tida como universal, que rege a atitude individual, com a sua maioria em validade. Sendo assim, a relativização da ética e da moral no "certo e errado" é uma tentação entre os indivíduos desconhecedores das teorias filosóficas, sendo esses os que possivelmente serão atingidos por uma ideia padronizada universal. E essas atitudes, não ferindo a liberdade coletiva e sua causalidade sendo livre de consequencias que prejudiquem o meio social, podem ser, mais do que nunca, indiscutivelmente, consideradas morais. Porém, nem sempre serão éticas.

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  107. Marcus Vinicius Innocenti Oscar

    Seguindo a linha do texto “O que é ética”, do Peter Singer, o significado de ética é compreendido por um princípios de modos a se seguir, ou seja uma regra geral de convivência, já a palavra Moral carrega um significado mais particular e mais intenso, sugerindo uma lista de costumes e deveres que obrigam que nossos desejos naturais sejam suprimidos.
    A ética não apresenta uma conexão com nenhuma religião em particular, sendo existentes em todas as sociedades humanas, talvez até mesmo em outras espécies de animais, nesta mesma linha Darwiana a ética desenvolveu-se a partir desenvolvimento dos instintos sociais já que se adotarmos a origem da ética advinda dos antepassados deveríamos esperar que existissem universais éticos, algo que contrasta em muito com a realidade vivida.
    Kant dizia que uma lei moral é baseada na razão, qualquer semelhança entre a ética humana e a dos animais é mera coincidência, já para Hume a base ética deve ser procurada nas emoções individuais sendo assim a razão torna-se menos significante que a ética e assim a ligação entre ética humana e animal muito mais próxima e aceitável.
    Analisando tudo, vejo que a ética é baseada em fatores comportamentais, que ser ético era uma vantagem evolucionaria com o aumento das relações sociais entre os animais, já que sociedades de mutua-ajuda tendem a vigorar e possuir maior resistência contra fatos adversos.

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  108. Mais uma vez um impasse, ética não é apenas o código de conduta de uma determinada categoria, moral precisa ser desvinculada da visão judaico-cristã do que é certo e do que é errado, os animais agem de modo inexplicado, uma vez que os consideramos apenas instintivos e incapazes de agir de acordo com sentimentos, sendo restritos ás sensações e ao instinto...curiosamente, não consigo deixar de pensar em dois documentários que assisti que ainda hoje me fazem tentar entender (sem muito sucesso) o que ví, num deles um grupo de leões marinhos se agrupam num espaço para cuidar dos filhotes recém nascidos, e uma das fêmeas , ao perceber que seu filhote havia morrido, pega o filhote de outra fêmea e o joga num buraco nas pedras onde o filhote morre ao som dos gritos de desespero da mãe...em outro documentário, ví um grupo de orcas torturando uma vítima antes de se alimentarem dela...vingança e crueldade não são exclusividade dos humanos, mas, quero muito acreditar que dentro de cada pessoa , pelo menos das pessoas que não sofrem de nenhuma patologia psiquiátrica, existe um alarme que avisa quando algum pensamento ou ação não são bons.

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  109. Ao ler os textos, pude me identificar principalmente com Peter Singer, e mais precisamente com uma frase, "A ética seria então um sistema de conduta, algo como hoje é a etiqueta para a maior parte das pessoas." A partir desta frase e de toda a dúvida que o autor coloca sobre o que realemnte é ética, pude formular um pensamento. Na sociedade, não existe certo ou errado, e ninguem tem o poder de julgar ninguem, o que existe é o que convém ao indíviduo e o que não convém. Partindo deste raciocinio, poderemos explicar algumas questões abordadas no texto, como por exemplo comer a comida quente. Comer a comida quente é algo que me convém, e por isso farei deste modo, e não cabe a ninguem, que não seja eu mesmo, julgar minha atitude. No caso dos vídeos passados em aula, como por exemplo o do macaco que divide a comida com o outro, ele apenas faz isso por que isso convém a ele, provando assim, apenas que macacos são seres solidários, que sabem dividir. Teoricamente a éspecie humana também surgiu assim, solidária, porém com o passar do tempo, houveram mudanças que nos tornaram, com algumas ressalvas, menos caridosos!

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  110. Ana Jacqueline O. R. Nunes7 de maio de 2013 às 20:37

    Por que somos seres éticos, ou melhor, desde quando somos seres éticos? Sua justificativa, ainda desconhecida, pode estar fundada em diversos fatores: explicação bíblica (Adão e Eva passaram a discernir o bem e o mal após comer o fruto da árvore proibida), biógica (os seres, em escala evolutiva, tem sensos de moralidade e justiça - como apresentado nos testes com macacos) e outros.

    Retomando o pensamento da ética e a perfeição, se definirmos a ética como um consenso entre os seres sobre o conjunto de regras e princípios que orientam nossas ações em busca da perfeição (já entendida por mim como inalcansável), teríamos uma questão a ser pensada. O grande problema desta definição é justamente encontrar o consenso do que é moral ou imoral diante da infinidade de mentes pensantes: haverá quem julgue o aborto moral e quem o julgue imoral; haverá quem afirme que a eutanásia é um ato moral ou imoral e milhares de outros questionamentos são possíveis; podemos julgar os atos (e até mesmo os indivíduos) segundo nossas afinidades ou percepções (baseando no fato de que teríamos o mesmo nível de conhecimento sobre um determinado assunto, sendo capazes de julgá-lo então); além disso, temos um enorme leque de possibilidade de como se agir sobre determinada situação. Este impasse pode ser resolvido com a teorização da ética, em duas grandes classes de teorias: consequencialismo - escolher as ações que tem as melhores consequências para todos ou para maioria, que deriva da teoria do utilitarismo - ou deontologia - nossas obrigações morais são independentes das consequências

    Em busca de resposta sobre a ética, dois grandes filósofos formularam suas teses: Segundo Kant, as leis morais são baseadas na razão; para Hume, são baseadas em nossas emoções (o que chama de paixão). Se associarmos as teorias às aplicações vistas nas experiências com os macacos, veremos que Hume está, de certa forma, mais correto em sua explicação, já que entendemos que somente os seres humanos são capazes de realizar seus atos baseados na razão - não os primatas e seus antecessores cronológicos.
    Além disso, como podemos deduzir que algo é ético ou não? Ao meu ver, cada um dos seres humanos pensa e age de acordo com sua própria percepção, algo como a intuição ética pregada por Hume. Suas atitudes estão baseadas, em geral, em dois extremos: fazer o que é certo ou o que é errado, embora o que seja certo para um, não necessariamente - ou mesmo provavelmente - será certo outro. Assim, para solucionar o problema, acredito que podemos simencaixar as atitudes dentre as teorias éticas, separando as opiniões por evidências explicitas em ambas as teorias.

    Ana Jacqueline Olanczuk Raiser Nunes
    RA 21067912

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  111. A capacidade de pensar, de raciocinar e lidar com a representação do real e assim ter a noção de possibilidade de diferentes condutas e poder escolher entre elas, é, de acordo com a visão cientifica, resultado da evolução que possibilita maior chances de sobrevivência.
    Nós herdamos essa capacidade e, como vimos no tema primeiro tema, buscamos agir da melhor maneira possível, no entanto ao decidir como agir podemos cometer vários erros, como visto no texto de LaFollette, usando princípios inconsistentes, padrões morais inapropriados, ou simplesmente aplicando estes princípios de forma inapropriada.
    Assim aqui a Ética investiga qual a melhor conduta a ser seguida, abstraindo estas questões e as examinando de forma critica, empregando a inteligência para assim revelar a moralidade ou imoralidade das ações.

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  112. Nome: Bruno Euzébio Cont RA:21003012

    Textos interessantíssimos, os quais abordam o tema da ética com profundidade e maestria. Nos textos de Peter Singer e Hugh LaFollete a ética é abordada desde o seu significado até sua aplicação na vida cotidiana, tendo o primeiro abordado temas como a possibilidade de existência de uma ética em animais não-humanos, e também se o ponto de partida da ética é a razão ou os nossos desejos com as respectivas implicações de escolher um desses caminhos. Já no segundo, são abordadas, entre outras coisas, as formas e condições de pensar e agir eticamente, com uma breve passagem pelos diferentes tipos de teorias éticas, destacando-se o deontologismo e o consequencialismo.

    Após a leitura desses dois textos e algumas reflexões, dentre diversas conclusões possíveis, uma delas é que, independentemente da teoria e/ou abordagem que se queira adotar para refletir sobre a ética, parece não ser plausível ignorar o indivíduo (entendido aqui como ser que age sob os princípios éticos) para tratar desse tema como um todo. Até mesmo abordagens que estabelecem que certos princípios devem ser absolutos, como o imperativo categórico de Kant, ou até mesmo a ética judaico-cristã, a qual é pautada pelo sobrenatural, necessitam dar alguma importância ao agente, mesmo que de forma secundária. Isso se dá porque o fim da ética é a própria ação, ou mais precisamente, as formas corretas de agir, independentemente desse agir ser entendido num sentido absoluto, deontológico, ou num sentido mais relativo, consequencialista. Ora, num sentido ontológico, pensar a ética separadamente do indivíduo, o único que pode desencadear o agir e, consequentemente, o agir corretamente, é analisá-la apenas como potência, ou seja, o que ela pode vir a ser. Porém, tomando o indivíduo juntamente com a ética, além da potência, temos a possibilidade de atingir, ou ao menos nos aproximarmos, de seu significado em ato, o que seria a perfeição.

    Em termos mais simples: Existe alguma forma de melhor avaliar uma ação em termos éticos do que a análise dessa ação no momento de sua ocorrência, sendo esta somente percebida graças ao indivíduo que age?

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  113. Comumente, conceitos religiosos difundidos em uma sociedade baseada em tal, dá sustentação para a concepção do conceito de moralidade, no entanto tais conceitos são passíveis a uma série de questionamentos. Somente seres humanos são morais? Ou é a moralidade que se manifesta de modo distinto aos animais? Há opiniões as quais particularmente compartilho, de que em determinadas ocasiões a ética pode ser natural, algo como a ação a partir do bom senso.
    A ética levanta uma série de questões justamente por ser vista não como um termo único, mas sim um termo com possibilidades de distinção, de modo a poder ser analisada como ação ou como estudo, sendo algo que funciona de acordo com o contexto. Darwin levantou a hipótese de que os instintos sociais é que levaram à ética, tornando alguns dos conceitos éticos universais, no entanto algo ser universal não garante que seja correto.Mas o que vem a ser o correto? O autor LaFollete admite algumas orientações que podem levar ao correto, tal como ser consistente e usar diretrizes,padrões e princípios apropriados. E admite que de fato a moralidade será discutida acerca de algumas questões que geram discordância , pois algumas outras questões são tão óbvias que não necessitam discussões a seu respeito.O estudo acerca da ética é considerado amplo pois pode analisar tanto questões óbvias quanto questões de discordância.De fato, algumas posições afetam outras e então é mais coerente que se avalie de formas críticas certas condutas, pra que se tenha certeza de que não se segue crenças ou morais falsas.Para tal podem ser utilizadas algumas teorias éticas tais como consequencialismo e deontologismo, que orientam as pessoas ao entendimento do conceito e reflexão da ética.

    Raquel Ribeiro Rios

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  114. No texto de Singer, temos um debate sobre as ideias de Kant e Hume. O primeiro acredita que a moralidade é uma característica estritamente humana, enquanto ser racional. O segundo acredita que a ética está naquilo que sentimos, o que ele chama de “paixão”. Portanto, podemos dizer que existem diferentes linhas de pensamento sobre o motivo de sermos seres morais.
    Enquanto seres éticos, criamos algumas teorias que nos ajudam a escolher a melhor decisão. Teorizar, no entanto, não nos impedirá de errar, mas nos auxiliará a representar ideias diferentes e a trabalhar com diferentes situações sem envolver os indivíduos, de fato. Conforme visto em sala de aula, a ética trata-se também de realizar escolhas “perfeitas”, as teorias e representações teriam o papel de nos ajudar a tomá-las.

    victor pinho de souza

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  115. Carolina Fátima de Oliveira e Marques Paula
    RA 21006412
    Primeiramente, é necessário que se defina o que é ética. Segundo Peter Singer, em seu texto “O que é Ética”, há duas definições para tal termo. A primeira é o conjunto de regras, acordadas pela sociedade, que orienta nossas ações do mesmo modo que um manual. A outra definição de ética é o “estudo sistemático do raciocínio sobre o modo como devemos agir”, ou seja, um dos vários ramos de estudos humanos. Pode-se ou não fazer a distinção dos termos “moral” e “ética”, contudo, ambas significam “costumes”.
    No desenrolar do texto, Singer afirma que não há ligação direta entre ética e religião, uma vez que qualquer que seja o grau de religiosidade de um determinado povo, sempre haverá ética nas sociedades humanas. Da mesma forma ocorre com os seres não-humanos mais próximos do homem: os macacos. Assim como Darwin havia afirmado, nós herdamos dos macacos nossos instintos sociais. Isso faz com que, mesmo que haja diferentes modos de se pensar eticamente certos assuntos, há aqueles aspectos que são universais e imutáveis. Nos três vídeos assistidos, observa-se como os animais reagem ao serem colocados em situações de injustiça e dificuldade. No 1º vídeo, Frans de Waal estuda o comportamento moral nos em macacos e elefantes. Muitas atitudes tomadas por eles, como a cooperação, por exemplo, são parecidas com aquelas tomadas pelo homem. Como se explica a reação do macaco quando o outro recebe uva ao invés de biscoito? E no 2º vídeo, no qual dois macacos pregos se ajudam na obtenção das avelãs? Como essas reações são explicadas pelos cientistas sociais? A ética é de fato um comportamento exclusivamente humano? Há contradições com relação à resposta dessa pergunta. Tal questionamento não é recente, haja vista a discussão ocorrida entre Hume e Kant. Hume acreditava que a ética baseava-se nas nossas emoções, fazendo com que a razão não tivesse grande significância nos atos morais. Kant, por outro lado, acredita que a lei moral baseia-se exclusivamente na razão. Assim, segundo a filosofia kantiana, os animais não seriam capazes de tomar decisões morais, uma vez que eles não são dotados de razão. Apesar de ser uma questão antiga, nunca se encontrou uma resposta conclusiva a respeito.
    No segundo texto, de Hugh LaFollete, discute-se se nossas decisões morais afetam o próximo. Hugh afirma que todos os nossos atos atingem sim – direta ou indiretamente – as pessoas que conosco convivem. Ele ressalta também o fato de que boa parte das nossas decisões são extremamente fáceis e óbvias e, para tomá-las, sequer pensamos. Ocorrem também situações contrárias nas quais se acredita ser fácil fazer uma escolha, quando de fato não o é. Contudo, o mais importante é o interesse pessoal. É ele quem determina nosso comportamento decisório. Se realmente quisermos algo, mesmo que esse algo prejudique outra pessoa, é provável que o escolhamos. Assim, o conhecimento do que é moral ou imoral pode não ter efeito algum em determinadas situações.

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  116. Tendo a visão bíblica da ética poderíamos dizer que a ética teriam a intenção de imitar o que o ser Criador tinha em mente no momento do surgimento do homem, seria como um código de conduta ou a busca da perfeição que o homem seguiria inatamente e essa visão está até hoje dentro da sociedade em que vivemos.
    Olhando a ética agora como algo mutável de sociedade para sociedade, posso fazer uma antologia com a teoria da evolução de Darwin de que certas características ou então peculiaridades de uma ética ou moral vigente em uma região poderia aumentar ou diminuir a possibilidade da sobrevivência dessa cultura e isso também poderia ser aplicado a outros seres vivos não apenas aos homens se utilizando de dois pilares básicos da moralidade a reciprocidade e a compaixão , parafraseando Peter Singer a ética seria então um sistema de conduta, algo como hoje é a etiqueta para a maior parte das pessoas e para os animais uma forma de organização social que busca a harmonia e um sistema de ajuda mutua.
    Porém não devemos acreditar que essas decisões sobre a ética e moralidade são fáceis de serem tomadas pois devemos ter uma visão critica sobre a moral vigente na sociedade em que vivemos pois a mesma pode não estar correta e não devemos nos influenciar por crenças pré estabelecidas.

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  117. No texto de Peter Singer (1994), o autor faz uma introdução à ética em que aborda questões consideráveis como: De onde vem o comportamento ético do homem? Qual a importância de compreender sua origem? Logo no início, o autor discorre sobre a definição do termo ‘ética’, que é usado para referir-se a um conjunto de regras, princípios ou modos de pensar que pretendem orientar ações de um grupo particular; ou ainda, designa o estudo sistemático do raciocínio sobre a maneira com que devemos agir.

    Os termos ‘moral’ e ‘ética’, embora tenham origens distintas, mostram-se muitas vezes como sinônimos na medida em que são empregados com o objetivo de significar ‘costumes’. Ainda assim, ‘moral’ está mais para uma definição ainda mais particular sendo considerada como originada a partir de uma base religiosa. Isto é, a moralidade é tida como uma concepção particular da ética, cuja tradição ocidental é assentada na crença judaico-cristã.

    Contudo, há uma explicação para a concepção de ética adquirida na tradição ocidental: a noção religiosa de bem e mal advinda da Bíblia representa o anseio tipicamente humano de aproximar-se do conhecimento pleno de tudo que existe, o que significa aproximar-se da sabedoria divina. Uma vez que o pecado original tenha sido cometido por Adão e Eva, toda a geração humana estaria inserida no âmbito da moralidade e, portanto, obrigada a lidar com questões de bem e mal.

    No entanto, a ética não está necessariamente conectada a quaisquer religiões em particular ou em geral visto que ela existe em todas as sociedades humanas. Sendo assim, Peter Singer apresenta um caminho científico para a moralidade: baseia-se na evolução das espécies, segundo Darwin. Nesta concepção científica, as atitudes adequadas e inadequadas são tiradas a partir da observação do comportamento da natureza, mais especificamente dos animais evolutivamente mais próximos aos humanos, os chimpanzés (animais sociais). Nota-se a partir daí que a moral não é exclusiva ao homem – considerado mais perfeito na escala evolutiva.

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    1. (Continuação)

      Nesse sentido, se a ética se faz como parte da herança humana comum, então se espera que haja Universais Éticos – mesmo que existam divergências entre os pontos de vista éticos presentes em cada sociedade. Ainda assim, o fato de uma prática ser universal não faz com que seja considerada correta ou até mesmo necessária de se proibir. Nessa perspectiva, inicia-se uma discussão acerca da natureza da ética: Seria a ética objetiva ou subjetiva? - Questão esta que é iniciada no debate entre Hume e Kant. É possível verificar que não há um padrão por meio do qual possamos julgar respostas como certas ou erradas em relação as nossas condutas – o que gera problemas éticos.

      Sobre a importância da teoria, no texto de Hugh LaFollette, é possível aferir que é necessário pensar em Ética e, portanto, teorizar, para que possamos agir eticamente, independentemente da filiação a qual nossa noção de ética se aproxime - seja ela pertencente à Consequencialismo, à Deontologia, à Teoria das virtudes ou à Teoria feminista. Isto porque a prática de teorizar requer uma reflexão cuidadosa e sistemática das nossas práticas. Por outro lado, teorizar não nos isenta do erro, mas sim nos dá o poder para abandonar considerações irrelevantes.

      Vemos-nos atrelados à importância de se discutir a Ética do comportamento do ser humano, ainda que não cheguemos a Verdades Universais e incontestáveis. A Teoria Ética se faz necessária no processo de avaliação das questões morais; a teorização se define como um esforço filosófico praticado com o objetivo de identificar critérios morais relevantes que nos permitem classificar nossas ações como boas ou más. A partir disso, definimos nossas ações e agimos eticamente, mas são os nossos “compromissos teóricos”, como denominou LaFollette, que dizem de que forma pensamos sobre as questões morais.
      Contudo, devido às contradições que as diversas diretrizes de pensamento podem apresentar e também da influência que a subjetividade exerce no processo de julgamento sobre o que é bom ou mau, temos que as Verdades Universais sejam talvez inalcançáveis. Ainda que as discussões sobre Ética e aplicação de seus juízos sejam complexas, nota-se a importância de refletir a respeito dos temas que a ética traz, de acumular os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo para que possamos discutir a natureza desse fenômeno e, assim, ampliar nossa compreensão sobre o objeto de investigação da Ética.

      Andrezza Gonçalves.

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  118. É muito claro em ambos os textos que tanto para o campo de estudo sobre o modo que devemos agir - campo de estudo da ética - e os problemas e questões que orientam o conjunto de regras, princípios e modos de pensar que orientam as ações de um grupo - problemas éticos, ambos estão relacionados a capacidade de reordenar o comportamento dos outros.
    Percebemos no texto do Peter Singer que as visões no passado entre Kant e Hume eram bem distintas: o primeiro tinha que a lei moral era baseada na razão, já o segundo a base ética deveria ser encontrada nas nossas emoções ou paixões.
    Provém dessas contradições então que juízos éticos estão relacionados ao conhecimento dos mesmos leva a ação de agir corretamente.
    Porém, atualmente há duas correntes: subjetivistas que reconhecem um espaço de desacordo e para a argumentação racional a cerca da ética - desconsideram os sentidos e desejos. E, os objetivistas, desconsideram a visão unicamente através da intuição, mas tentam estabelecer razões para agir que aceitaríamos certos para agir em condições ideais.
    Por fim, o autor relata a necessidade de ter imparcialidade e razoabilidade nas discussões a respeito da ética.
    Já no texto do Hugh LaFollete, temos um panorama de que realmente há incertezas e conflitos nas discussões a respeito de: como devemos agir? Afinal, minhas ações afetam outras pessoas. Compreendi com esse texto a necessidade de termos teorias que reforcem nossa argumentação a respeito das questões morais, pois se elas são realmente importantes, “devem ser tratadas com um certo nível de complexidade e sofisticação” – e isso é dizer que temos, estamos ou identificamos a necessidade de uma teoria.
    Portanto, aprendi que teorias éticas são “discussões formais e sistemáticas” dessas questões de segundo nível, ou seja, se é moralmente certo ou errado. Finalmente, conhecendo os compromissos teóricos de uma pessoa, podemos compreender que “critérios de relevância e o peso que ela lhes dá”.

    pollyyhelena@gmail.com

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  119. Muito frequentemente ouvimos falar que ética refere-se a certo conjunto de regras que orientam ou procuram orientar as ações dos indivíduos. Logo no início do texto de Singer vemos que muitas vezes é usada a palavra “moral” para se referir a esta ideia de ética, e por isso que ao pensarmos sobre o que a ética investiga, é interessante que também nos perguntemos o que faz de nós seres morais. Existem várias maneiras de se encarar esta pergunta, como as visões vistas em sala do Gênesis e da Evolução Biológica.
    A primeira explica que esta busca por sermos éticos começou depois que Eva comeu o fruto proibido, o fruto do conhecimento, e apenas depois disto o ser humano começou a distinguir o que é bom do que é mau. Desde então se busca a ética, pois esta é a busca pela perfeição, por ser o melhor que se pode ser. A segunda encara a moralidade como uma estratégia de vida, escolhemos a moral pois percebemos que ela nos é vantajosa e porque procuramos cooperar com os outros, tentando passar para eles comportamentos que nos agradam. Por isso, como vimos no vídeo mostrado em aula, os pilares da moralidade são a reciprocidade e a empatia, e esta moralidade está presente tanto em humanos quanto em outros animais. O texto de Singer também apresenta uma comparação entre as éticas de Kant e Hume. Enquanto o primeiro preza a razão, a racionalidade humana, a ética de Hume é guiada pela emoção e pela paixão.
    O texto de LaFollette fala sobre a importância das teorias. A capacidade de criar teorias é uma estratégia de inteligência, pois ajuda a criar cenários que nos dão uma melhor visão de nossas escolhas, o que por sua vez ajuda na sobrevivência dos seres. Ética tem a ver com examinar as nossas crenças, e por isso o uso da ética é uma estratégia inteligente para sobreviver. LaFollette também comenta sobre as classes de teorias morais, o consequencialismo e o deontologismo, e sobre as novas teorias morais, como a ética das virtudes e a ética feminista.
    Apesar das ideias em ambos os textos e discutidas em sala serem tão diversas, não podemos dizer ao certo qual é a melhor ou a mais correta, todas são formas válidas de se encarar a ética e o que esta investiga.

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  120. O que percebi nestas aulas e nos textos fornecidos foi a grande preocupação do ser humano em analisar as questões éticas e formular teorias a respeito. Enquanto vemos os animais agindo segundo uma ética instintiva, os seres humanos, movidos por sua enorme racionalidade, necessitam compreender e teorizar sobre isso. Percebemos essa diferença a partir dos vídeos assistidos em aula e do texto de Singer, que expõe a questão naturalista como ponto de partida para sua análise da ética.

    A questão da ética sempre movimentou os pensadores humanos em todas as épocas e locais, independente de cultura ou religião, como bem exemplifica os estudos de Confúcio e de seus seguidores na China. Fazer o “bem” ou deixar de fazer o “mal”, mesmo que favoreça o maior número de indivíduos como defende o Consequencialismo, citado por LaFollete, por si só não basta. É necessário que compreendamos suas razões e criemos teorias para entender sua aplicação e possível extensão a outras situações similares.

    Essas tentativas de se conseguir uma compreensão mais profunda e generalizada, criando uma teoria que possa ser aplicada a qualquer situação passível de implicações éticas, são frutos típicos da racionalidade humana.

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  121. Os textos debatem sobre a amplitude presente na ética, eles se perguntam se devemos analisar as situações somente pela razão e/ou pelo contexto. Dois pontos que considerei importantes é que, primeiro, nem sempre existe uma imposição real/material para que se aja de maneira considerada correta, por exemplo, um motorista pode dirigir bêbado sem sofrer nenhuma intervenção física. Segundo, o que é aceito pela maioria nem sempre está correto, como no texto do LaFollette é citado o caso das mulheres serem obrigadas a ser submissa.
    Assim sendo, juntando esses dois pontos com outras ideias contidas nos textos percebi que nós seres humanos devemos aproveitar a capacidade de raciocinar complexamente para entender que o emprego da ética não é algo fixo, como por exemplo, a utilização da matemática para construir edifícios. Mas sim uma ferramenta que seja capaz analisar as situações de uma maneira maleável. Por exemplo, julgar se um furto é compreensível porque o seu executor é desfavorecido economicamente ou se um assassinato é pode ser aceito moralmente em caso de legitima defesa.

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  122. Assim como o desenvolvimento dos valores éticos e morais das sociedades humanas tem
    como base a capacidade de lembrar as ações passadas e refletir sobre as mesmas, é importante
    perceber o quanto é necessário se manter esta reflexão constante e presente na rotina diária
    da sociedade. Da mesma forma que numa evolução natural, os valores foram se aprimorando
    e se ajustando com base na cultura e na mentalidade do momento histórico e se tornando
    mais justos com o que se considerava a correta base da contuda em sociedade, surgiram também
    "normas" que ao momento se consideravam corretas mas que ao longo do tempo se mostraram
    incompatíveis, insustentáveis ou prejudiciais de alguma forma.

    É possível se notar que ao longo da história da humanidade, em função do seu ego e de
    uma posição de superioridade, o ser humano sempre teve uma tendência a se distanciar o
    máximo possível dos ditos "animais não-racionais" como se eles não fossem dignos de tal
    comparação. Assim mesmo quando as evidência de sua própria ciência apontassem cada vez
    mais semelhanças e proximidades, o homem através de sua ciência e filosofia buscou argumentos
    tais que o permitissem sempre manter um grau de distanciamento, como se houvesse algum
    grande mal em se sentir próximo, unido ou semelhante à natureza a qual o homem inegavelmente
    pertence. Essa postura somente atrasou o próprio desenvolvimento ou a compreensão dele e das
    origens da ética e da moral como se conhece atualmente, pois como se bem conhece na
    produção científica, o viés adotado, os preconceitos e as intenções influem diretamente
    nos resultados, às vezes permitindo ou não que esses existam.

    Dado mais um passo histórico no que se discute as possiblidades dos seres humanos e do
    restante dos animais no que diz respeito à convenção do que se classifica ética, podemos
    notar que independente do posiocionamento, seja ele objetivista ou subjetivista, chegou-se
    a conclusão que o pensamento que induz à uma conclusão, ou a uma idéia que podemos atribuir
    um significado tal qual a ética é, é demasiado complexo para ser unicamente fruto da razão
    ou da emoção que poderiamos levar em conta ao formular tal significado.

    Para dar conta dessa complexidade e de desenvolver a ética de forma a que ela sirva à socidade
    como se propões é necessário se trabalhar e teorizar as questões, de forma reflexiva, contínua
    e criterioza. Se não se atentarmos aos devidos cuidados, podemos cometer erros de inconsistência
    entre outros no que diz respeito à formulação do julgamento ético independente do ponto de vista
    teórico que se adotar.

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  123. A ética pode ter inúmeras formas de ser abordada, a partir de diferentes concepções. O texto do Peter Singer nos remete a diversos questionamentos sobre essas concepções, na qual a ética estaria ligada a moralidade? Se o seguimento de Darwin está certo, teríamos herdado a ética de nossos antepassados, então outros animais também possuiriam está característica?
    Com base também no vídeo na experiência com os macacos, pode-se perceber que eles realmente têm um 'instinto' ético, e que essa hipótese da herança pode estar correta.
    Já no texto de Hugh LaFollette aborda as teorias morais, no qual suas decisões muitas vezes parecem ser complicadas,porém são tomadas de maneira simples.Porém deve ser considerados em casos comuns e casos extremos,afinal nossas ações geram efeitos posteriores que podem ou não prejudicar outras pessoas.Daí a necessidade de examinarmos criticamente as nossas escolhas,pois podemos partir de falsas crenças.
    São necessários princípios consistentes para que os argumentos sejam válidos,de forma que nossas atitudes sejam justificadas,segundo as teorias morais.

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  124. Após a leitura dos textos e da analise do material discutido em sala vemos que ao discurtirmos ética encontramos inumeras problematicas, onde não conseguimos definir duramente qual seria o principio do pensamento qual usariamos para discutir ética. É possivel até mesmo descutir-se se é possivel que discuta-se ou descorra-se sobre a ética.
    Para pensarmos sobre a ética, primeiramente temos de pensar o que é a ética, e sua resposta é extremamente entrelaçada com o objetivo da própria ética, onde pode-se definir esta por seu própio objetivo, discutir contudas humanas diante de dadas situações ou em abstrações em qual julgamos se esta seria a melhor (mais perfeita, perfeita e boa) contuda que possa-se ter tomada. Mas como definir qual conduta seria melhor ou "mais boa" que a outra? Como definir o bom dentro de uma conduta? É o melhor para a espécie? Para a sobrevivencia do ser ou da espécie? Ou partiriam de conceitos já dados previamente?
    Vemos nos vídeos que os animais também possuem um certo grau de eticidade, mesmo que menos complexo que o nosso. Podemos dizer que toda esa estrutura ética encontrada nos comportamentos animais é apenas um reflexo da habilidade social e de um baixo nível cognitivel que esses animais possuem, sendo assim toda essa extrutura é um comportamento social para a sobrevivencia da especie, assim como a divisão do trabalho e a hierarquia dentro de certas sociedades animais. O fato é, quando um animal realiza um ato ético, este esta a pensar se realmente é um ato ético ou o realiza por pura estintividade ou baixo grau de racionalidade? Se sim, tudo que baseia-se a ética também é baseada na capacidade cognitiva daqueles que a realizam e pensam, mas é inegavel que o ato de pensar éticamente destoa (e muito) daquele encontrado no reino animal, pois o homem quando pensa a ética não pensa em um nivel de abstração tão baixo quanto seu ancestral simeo, mas pensa a ético por si só, por ela mesma, de forma que pensa do proprio homem para com seus semelhantes, para consigo mesmo e naquilo que define e norteia a ética.
    No texto são nos apresentados diversos tipos de teorias éticas que pretendem tratar de tais questionamentos, com o tema de fundo a discusão entre a teoria kantiana que submete a ética a um racionalismo e que esta deve ser julgada pelo mesmo e Hume que propõe que a ética teria um viés mais emocional do que racional

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  125. Claro que a ética é vista de maneira diferente se nós sairmos de uma localidade e ir para outra, mas esta não seria apenas uma ética "superficial" ?
    Ao cairmos na discussão de ética, começamos a pensar que é fácil definir o que é ética, mas depois de racionar um pouco se percebe que não é, e de como é realmente difícil de decidir o que realmente é importa na ética, é o modo de agir? o modo de se comportar?
    No primeiro texto vemos que existe a procura do "surgimento" da ética em antepassados, e que ela não viria de um ser onipresente, e sim de uma maneira inata, ou, nos passada de uma geração anterior a do homem. Entrando nesta discussão, nos é apresentado dois pontos de vista, o de Kant, que fala que a ética tem uma natura objetiva, e a de Hume, que fala que a ética tem uma natureza subjetiva, ou seja, que ela vem de nossas paixões, são pontos bem diferentes um do outro, a critica a Hume, é que se a natureza é subjetiva, ou seja, que vem das nossas paixões, então não teríamos realmente uma escolha em sermos éticos ou não, ela já seria inata, como o exemplo do formigueiro que vemos no primeiro texto, mas então, se nós temos realmente a capacidade de escolhermos sermos éticos ou não, então essa é uma característica de que ela pode ser na verdade objetiva e então Kant estaria "certo", por outro lado, o que explicaria por exemplo, o ímpeto de salvar a vida de uma criança que estaria morrendo no meio da rua, se você não conhece a criança, ela não é sua filha, a sua escolha poderia ser muito bem a de simplesmente ir embora, mas ao salvar a criança, esta seria uma escolha subjetiva, que concordaria com a tese de Hume.
    A questão para mim realmente é saber o quanto a sociedade pode influenciar na formação da ética dentro de um grupo de pessoas.

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  126. Hugh LaFollette e Peter Sing, cada um em seu texto exemplifica a ética de diferentes pontos de vista existentes e como racionalizamos nossas atitudes e como atribuimos certa consistência a nossos argumentos quando nós próprios nos questionamos sobre como agimos ou então quando somos questionados por outras pessoas.
    No texto de Hugh é discutida as nossas atitudes em meio a razão e nossas crenças morais (o quão essas podem estar inerentes e inquestionáveis a nós, por exemplo: Podem ter origem por meio da religião greco-judaica e nos influenciar ativamente e inconscientemente em nossas ações), partindo de como decidimos tomá-las ou então consolidamos nossas crenças diante de assuntos tabus como o aborto e a eutanásia, considerando também uma classificação de teorias éticas, onde existe a consequente que nos faz pensar em como nossas ações interferem o meio, as pessoas e geram determinadas consequências e também da teoria deontologista, que surge da ideia de Kant por meio de uma razão abstrata, onde tomamos nossas atitudes por conhecimentos já inclusos na sociedade, como por exemplo leis ou ordens que são impostas por antepassados e muitas não a discutimos, mas somente a aplicamos em nosso contexto social, entre outras teorias existentes que são menos discutidas no texto e são menos influentes a cerca do assunto.
    Quanto a meu pensamento sobre o assunto, acredito que para tomarmos nossas decisões, tendo como premissa que em cada situação, reagimos de uma forma a qual decidimos, podemos ser consequentes, pensando em como nossas atitudes atingem positivamente ou negativamente todas as pessoas que estão ligadas a elas ou então se baseando em crenças de pessoas referências ou leis que existem ou existiram, partindo abstratamente do que é certo e errado por parte da sociedade, sem entrar no contexto da consistência das justificativas da tomada de partido referente a determinado assunto, o que nos assemelha das ações que são faladas de nossos antepassados primatas no texto de Sing e como é definida a teoria deontologista e também a crença de Hume (a ética por meio das emoções) quanto ao assunto, portanto temos várias opções de como justificar nossas ações quando pensamos na origem delas ou então quando de fato vamos toma-las, acredito que juntamos essas teorias e esses conhecimentos todo tempo, de forma que nos concretizem nossos conceitos de razão e moral, sabendo que nem sempre se assemelha ao que outras pessoas pensam e justificam diante de qualquer assunto, portanto temos vários artíficios morais, racionais, objetivos e subjetivos para tomada de decisões e devemos questionar-nos quanto a isso tudo e sermos consciente que a ética está ligada direta ou indiretamente a todos esses temas, pois se não fosse não haveria tal tipo de discussão.

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  127. Vejo a ética como maneira de orientação nas escolhas das ações, como moralmente corretas ou incorretas. Ela existe em todas as sociedades, talvez até em sociedades não humanas. A ética seria o estudo dos critérios que determinam a ação.
    Mas o modo em que avaliamos como devemos agir dependem de diversos critérios. Primeiramente temos a educação que recebemos de nossas famílias, que durante a maior parte da vida é o que nos influência em nossas decisões. Em seguida começamos a receber a educação nas escolas e aprendermos de maneira diferente o que é o certo e o que é o errado.
    A ética como mecanismos que age nas decisões das ações como corretas ou incorretas, leva em conta o que aprendemos ao longo da vida. Para a decisão de uma ação levamos em conta se ela é benéfica e avaliamos isso de acordo com o nosso conhecimento.
    Acho que além de definir se a ação é boa ou ruim, a ética define se os meios que usamos para avaliar são validos ou não. Como por exemplo para avaliar talvez se uma banda é boa ou ruim, que quesitos devemos levar em conta? Será que a aparência como os membros da banda se vestem é realmente relevante e deve ser levada em conta na hora da avaliação?
    Portanto, a ética está para analisar o modo do ser humano agir. Buscando agir sempre da maneira correta e melhor, tanto somente para o indivíduo como para o grupo.

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  128. A abordagem dos textos traz a veracidade com que a ética não pode ser colocada diante de parâmetros pré-moldados. Peter opta pelo uso da ética significando costumes de um povo, relacionando ao conceito de moralidade. Desvincula também a origem divina quando observada por um olhar darwinista, onde Darwin afirma que a ética humana se desenvolveu a partir dos instintos sociais que herdámos dos nossos antepassados não-humanos. Realiza ainda uma contraposição entre Hume e Kant.
    Hume traz explicações emocionais, naquilo que sentimos (paixão), fazendo com que a razão não resulte atos morais, sendo assim aflorado do sentimento e intuições o conceito do bem e do mal. Já Kant apresenta leis moralistas, onde a moralidade encaixa-se como algo estritamente humano, sendo que agir moralmente consiste em respeitar direitos.
    Já LAFOLLETTE traz duas grandes teorias, a do consequencialismo e da deontológica. Há uma grande dificuldade em julgar uma ação imoral, sendo que nossas ações são influenciadas por outras perspectivas. E diante das teorias citadas anteriormente trazidas por LAFOLLETTE, não necessita-se abdicar da outra.
    O objeto de investigação da ética não é fixo, entender qual seria ele, traz a ampliação do conhecimento relacionado a ética.

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  129. Os debates em torno da ética, definida como o conjunto de normas, regras e principio que orientam os atos humano, são comuns na área das ciências sociais. Isso pode ser justificado por ser um tema comumente presente na vida das pessoas.

    Como o vídeo apresentado em sala, o tema em relação as ações éticas podem ser estendidas até mesmo aos animais.
    Na concepção de Hume, a ação dos macacos é coerente, pois em sua tese, a ética humana está relacionada às paixões. Porém, Kant refuta tal tese, pois acredita que somos capazes de compreender as leis morais devido a nossa racionalidade, portanto ela (ética) seria um conceito humano.

    No texto de Singer, a comparação das ideias de Kant e Hume são evidentes, sendo possível identificar os ´pontos positivos e os negativos de cada um. Singer afirma que não podemos
    basearmos apenas na concepção de Hume (paixões) ou na de Kant (racionalidade), pois o homem não é nem completamente emocional nem completamente racional.

    O texto de LaFollete apresenta dois conceitos: o deontologismo, que é basicamente a forma de utilizar a razão
    a fim de concluir as ações, e o consequencialismo, que é a forma em que as ações são executadas
    visando consequências melhor para o coletivo, evitando individualidades.

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  130. Relacionando os dois textos sobre o tema: “O que a ética investiga?”, pude notar que a discussão sobre o significado tanto da ética em si, quanto da moral vão muito além do adquirimos pelo senso comum. Muitas vezes em nossa convivência, deparamo-nos com pessoas que dizem que nossas ações ou as ações alheia não são éticas, quando na verdade se tratam de questões morais, ou mesmo o contrario. A partir disso podemos perceber a importância de definir os conceitos de como se pode classificar o que pode ser considerado um princípio ética ou moral (independente da discussão de que principio ético ou moral está certo ou errado), porém isso não é simples.
    Mesmo as pessoas que não são adeptas aos dogmas religiosos tendem a pressupor que a maior parte dos princípios éticos provém de tais, e diversas vezes usam desse argumento para critica-los. Porém o que tais pessoas talvez não saibam é que a discussão sobre esse tema. O exemplo citado no primeiro texto é o dos argumentos de Kant e Hume para tentar definir da onde vem a ética humana. Resumidamente, para Kant existem características éticas que são comuns à todos os seres humanos, ou seja, os seres dotados de razão. Já para Hume, os princípios éticos são criados a partir do emocional e da necessidade individual. Essa disputa não foi resolvida, contudo esclareceu problemas que não antes não eram conhecidos.
    No segundo texto LaFollette menciona a importância de criar teorias sobre a ética para discutir o assunto de maneira prudente, demonstrando também diversos exemplos de equívocos que cometemos sem mesmo nos dar conta. Com isso podemos deixar escapar, ou seja, não questionar ou criticar algo que nos parece “obviamente” ético ou não, e supervalorizar aquilo que classificamos como complexo. Enfim, a ética pode ser questionada de várias formas, contudo é preciso determinar alguns conceitos e de onde surgiram as raízes de sua existência, para então iniciar os questionamentos e os debates em torno de tal.

    Beatriz Luzia de Campos Manocchi
    RA: 21076512

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  131. Pode-se inferir dos artigos apresentados que a Ética tem como objetivo investigar a conduta e os anseios humanos. A palavra ética carrega em sua essência o conceito de reciprocidade envolvido nas ações humanas, ou seja, denota quão atreladas estão as ações humanas e como condutas isoladas podem afetar diretamente outros indivíduos. Pelo fato da Ética estar vinculada com a conduta humana, ela é suscetível de avaliação, desta forma todas as ações são passíveis de serem julgadas como positivamente valoráveis ou não.

    Grande parte das decisões éticas já se tornaram corriqueiras no dia-a-dia das sociedades, podemos ir um pouco além e dizer que algumas questões éticas estão implícitas de tal maneira nos princípios sociais que se tornaram convenções entre os homens. Dentre essas questões não há motivos para debates ou dúvidas quanto a sua posição, tendo em vista que agir em desacordo com a convenção moral seria um ato antiético explicito e intolerável.

    Por outro lado, algumas indagações éticas são necessárias e imprescindíveis. Como LaFollette aponta, nem sempre a sabedoria coletiva, ou individual está correta, e por isso a ética deve ser tratada como uma ciência, precisa ser teorizada e avaliada de forma crítica e racional para que juízos morais errôneos não levem à condutas más.

    Thaís Regina Servidoni
    thais.servidoni@aluno.ufabc.edu.br

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  132. Lívia Maria Cianciulli RA: 21012612
    A busca pela perfeição já denuncia nossa própria imperfeição. A ética trata, em termos, deste assunto, em minha humilde opinião. O perfeito sempre nos é externo, o Ser Humano é de natureza persistente e apaixonado pelo saber. Não pretendo me ater a uma explicação que vá de encontro à criticas da moral judaico-cristã, mas há uma frase do texto de Peter Singer que, sintetiza bem aquilo que entendo pelo assunto: ''Não temos a necessidade de postular deuses que nos transmitem mandamentos pois podemos considerar a ética como um fenômeno natural que surge da evolução''. Há uma série de terminologias aparentemente perigosas que essa frase põe em pauta. O Ser Humano, dotado de uma capacidade imensurável de abstrações pode compor modelos externos a si próprio e enxergar situações hipotéticas para exercer um juízo ético sobre aquilo que deve ou não ser feito. Nossa racionalidade permite, ou melhor, exige esse tipo de procedimento, estamos eternamente em busca de melhorias. A Ética é, de forma bastante simplista como vejo, um mecanismo que criamos a fim de garantir que fiquemos mais próximo do ideal de nossas inclinações pessoais, porém com algumas ressalvas. Há certos pontos em ética que são elementares e inquestionáveis, independente de quais épocas ou quais seres pensantes nos refiramos.
    Há duas frentes bastante divergentes sobre a origem da ética. Se usada uma visão Kantiana, temos como a razão a origem das leis morais. Somos os únicos seres racionais, os únicos dotados de leis, portanto, nada mais justo. Em outro viés, existe a visão de Hume, segundo ele, nossa ética nasce dos sentimentos e emoções humanos, servindo de base para que saibamos distinguir aquilo que é certo daquilo que é errado. A intuição não nos fornece substantivos de conhecimento sobre o correto e o errado, mas a intuição ética é uma fonte de conhecimento genuína. A abstração humana toma lugar a serviço da manutenção ética.
    A natureza da ética exige sua aplicação, se fossem conhecidas intuitivamente ou genuinamente as diretrizes da perfeição humana, não haveria motivos para que fossemos imperfeitos, ou anti-éticos.
    O texto de LaFollette, com bem menos conteúdo, pauta a teorização das práticas para a garantia de ações éticas. É provavelmente, o que todos fazemos diariamente, em muitos momentos. Nós abstraímos nossas próprias ações para enxergarmos os valores que refletimos, ou até mesmo possíveis caminhos que venhamos a trilhar em função de escolhas mais ou menos éticas. É frisada a ideia de que é necessária uma consistência argumentativa que suporte nossas ações. O Ser Humano é bastante isso, tenta ser o máximo possível o maior número de vezes um ser ético, portanto, vive em eterno questionamento, afinal, unanimidades não são necessariamente escolhas éticas. Humanos, curiosos e persistentes.

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  133. Quando em frente a questões éticas e morais, tendemos a nos posicionar de acordo com os pensamentos filosóficos os quais aceitamos e julgamos corretos. O que leva cada pessoa a ter um pensamento e, logo, uma opinião diferente umas das outras acerca do tema.
    Como é dito no texto de Peter Singer, demoramos a aceitar as várias similaridades entre nós, seres humanos, e os animais. Quando em comparação a ética dos animais, por exemplo, os macacos dos vídeos, com a nossa, nos julgamos superiores ao afirmar que temos atitudes mais evoluídas, também em função da sociedade complexa a qual estamos inseridos e ativos.
    Pelo que pode ser visto nos vídeos, as ações dos animais, mostram um reflexo de um processo evolutivo ao se adaptarem às situações que foram submetidos, diferente do que ocorreu com os seres humanos. Eles, animais, “trouxeram” características simples de convívio, de acordo com Hume, uma ética subjetiva. Agindo assim pela emoção. Já nós, seres humanos dotados da razão, em minha visão, temos poucas atitudes influenciadas pela ética subjetiva como, por exemplo, a questão da nudez, tão discriminada a ponto de ser um crime em certas circunstâncias.
    Sendo assim, os seres humanos utilizam-se do termo “ética” de forma objetiva, como defende Kant, tentando, através da razão, resolver a maioria de seus dilemas morais e cotidianos.

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  134. Daniele Rodrigues de Faria7 de maio de 2013 às 23:26

    SINGER, Peter: Tanto a ética quanto a moral possuem uma relação estreita com a análise crítica das condutas e ações dos seres humanos (e até mesmo de não-humanos, como os símios), sendo tanto uma forma de orientação para a prática de ações corretas, quanto o estudo sistemático das razões e dos mecanismos que levam a agir desta maneira. De acordo com Singer, “[...] Podemos considerar a ética como um fenômeno natural que surge no decurso da evolução de mamíferos de vida longa, sociais e inteligentes, [...]” (p. 01), ou seja, é possível perceber que diversos comportamentos existentes em ‘não-humanos’, como chimpanzés e até mesmo elefantes, são muito similares a comportamentos considerados como pilares da ética (como a empatia e a reciprocidade), evidenciando a existência de uma ética pré-humana, a qual serve como norteadora para o entendimento de nossa própria ética humana. Contudo, Kant e aqueles que seguem sua filosofia alegam que esta comparação entre a ética humana e a dos outros animais é absurda, pois a ética baseia-se, sobretudo, na razão, que é inerente ao ser humano. David Hume, entretanto, possui a tese de que a ética provém de nossas emoções/paixões, o que, de acordo com Singer, aproximaria a ética humana da não-humana.
    A partir deste debate entre Kant e Hume infere-se que há, na verdade, um embate entre objetivistas e subjetivistas, ou seja, entre aqueles que acreditam que há uma resposta verdadeira para a pergunta ‘o que devo fazer?’, independentemente de quem a formula; e aqueles que sustentam que não há um padrão ou uma resposta mais correta para tal pergunta, uma vez que ela é formulada por diferentes sujeitos em diferentes sociedades.
    Ainda existem aqueles que defendem que a partir da intuição ética obtêm-se conhecimentos que nos mostram razões para fazer o correto, pois a partir destes é possível saber o que é errado.
    Hugh LaFollette
    A ética permeia tanto assuntos e condutas consideradas cotidianas e simples (que comumente não são questionadas), bem como ações tidas como complexas e difíceis de analisar. É interessante perceber que uma conduta tida como correta e moral por todos nem sempre o é: muitas vezes nós somos influenciados de tal maneira por outras pessoas que nem mesmo refletimos acerca da ação que estamos praticando. Por isto, de acordo com LaFollette, é importante que nós sujeitemos constantemente nossas ações e escolhas morais à reflexão sistemática e autocrítica, de modo abstrato, coerente e consistente. Deste modo será possível minimizar a possibilidade de uma conduta imoral, deixando de perpetuar comportamentos incorretos no ‘piloto automático’.
    As teorias éticas também são de extrema relevância, pois elas nos dizem qual deve ser o ponto de partida da análise moral, a interpretação que deve ser feita acerca do item anterior e, por fim, como se dá a aplicação disto em casos éticos concretos. Existem duas grandes classes de teorias éticas: as consequencialistas, que, como o próprio nome indica, analisam as consequências das ações para dizer se estas são éticas ou não; e os deontologistas, defensores de uma conduta regida por direitos morais e regras bem definidas, independente das consequências das ações produzidas a partir destas.

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  135. O certo e o errado sempre me pareceram conceitos relativos, passíveis de mudança de indivíduo para indivíduo. Isso porque tais conceitos dependem de nossas criações, experiências, crenças etc. Por exemplo, inúmeras interpretações surgem quando pessoas variadas analisam o comportamento sexual de alguém. E não é fácil decidir qual dessas interpretações está correta.

    Assim, achei o texto de Hugh bastante interessante, por falar sobre essa ideia que sempre tive. Ele ressalta que a ética muda de cultura para cultura, de povo para povo, de época para época.
    Um ponto interessante a ser notado: costuma-se pensar sobre como moral e correto aquilo que não ofende e prejudica ninguém - você pode agir como quiser, desde que não fira a vida e liberdade de outra pessoa. Porém, Kant segue outra linha de pensamento: a de que um ser prejudicar a si mesmo é um ato imoral. Isso gera uma grande discussão: se uma pessoa disperdiça seu potencial para medicina e assim deixa de salvar vidas, está sendo imoral? Ela não pode ter controle sobre sua própria vidae sua individualidade, tem que sempre pensar no bem do coletivo?

    No segundo texto, de Singer, o que mais achei interessante foi a comparação do comportamento dos seres humanos ao de animais no que se refere à moral. O ser humano sempre se achou uma espécie superior, e é chocante notar que animais também seguem princípios éticos. Isso gera uma ruptura com muitas ideias tradicionais, como as religiosas.

    Tomamos decisões éticas a todo momento e na maioria das vezes não é difícil fazê-lo, assim, é impressionante a quantidade de teorias a respeito deste tema.
    E é importantíssimo o questionamento sobre o que sempre pensamos através dessas discussões e teorias sobre ética, é importantíssimo que nos indaguemos porquê somos como somos e se podemos sermos melhores.

    gyelli@uol.com.br

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  136. Durante a leitura de ambos os textos, tive a oportunidade de aprender de dar nome aos conceitos que foram abordados durante a aula, mas não definidos, como por exemplo a questão dos subjectivistas e dos objectivistas, que tratam do tema ética de maneiras distintas. Começarei meu comentário de forma mais linear, ou seja, começarei escrevendo sobre minha primeira leitura, que foi a do Peter Singer e posteriormente sobre Hugh LafoLette.

    Ao ler o texto de Singer, pude definir em minha cabeça as visões distintas defendidas pelo filósofo Kant e o empirista David Hume. O embate de ideias subjectivistas e objectivistas me fizeram compreender melhor onde reside a ideia principal acerca de cada visão e suas “defasagens”. Enquanto Kant defende a ética relacionada à razão, Hume vai pro lado da emoção, trazendo diferentes concepções sobre o mesmo tema.

    Algo que me chamou atenção durante a leitura foi a reflexão que pude fazer ao tentar comparar ambas as visões. De acordo com o que foi visto em sala, como os vídeos e as explicações dadas pelo senhor, percebi que existe uma linha muito tênue dividindo o mundo “animal” e o mundo humano e que por esse motivo, o assunto se torna tão delicado, pois há indícios que aparentam comprovar as duas teorias.

    Já o segundo texto, de Hugh LafoLette tem um outro viés, descrevendo uma questão mais relacionada às nossas posições perante à sociedade e até a nós mesmos, de forma que até mesmo as ações tomadas por um só indivíduo podem afetar a outros de forma indireta. LaFollete também discorre sobre a questão da moral e todo o sistema no qual vivemos que remete ao certo e ao errado, demonstrando a relação entre ação e consequência, de modo que sempre agimos de acordo com certos pressupostos.

    Fernanda Sue Komatsu Facundo

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  137. Daniele Rodrigues de Faria7 de maio de 2013 às 23:28

    Continuação...

    A partir da análise conjunta dos dois textos percebe-se que a ética é, sem dúvidas, muito mais complexa e estruturada do que pensamos. Apesar de alguns defenderem que a ética trata-se de um conhecimento intuitivo, percebe-se que há um arcabouço teórico por trás dos mecanismos e dos critérios utilizados nas questões morais, bem como o uso da inteligência (através de representações que fazemos acerca da realidade) para nortear nossas condutas éticas. Por fim, acredito que a questão da ética feminista suscitou uma característica muito importante e, ao mesmo tempo esquecida da ética: a concepção de quais são as características básicas das condutas morais do ser humano, as quais estão profundamente calcadas na visão masculina, desconsiderando a contribuição feminina nos aspectos mais primordiais e universais do ser humano e que, sem dúvidas, refletem e impactam no modo como as questões morais e as teorias formuladas acerca destas ocorrem.

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  138. O primeiro texto aborda o conflito entre os objetivistas e subjetivistas. Pelo que pude entender, os objetivistas procuram agir de acordo com um raciocínio "ideal" e que não seja interferido por nossas opções pessoais, enquanto que os subjetivistas entendem que a ética se baseiam nos desejos pessoais, mas que precisam ser "filtrados" e eliminados os que não satisfazem condições razoáveis.
    Já no segundo texto, o autor aborda a ética com uma importância da conduta do homem com seus semelhantes, e não apenas a si próprio, e realmente não se pode pensar em ética pensando apenas em um único ser. Ele também cita a importância de se refletir antes de tomarmos atitudes e qual impacto que a atitude terá em todos os supostos envolvidos. Do meio para o final do texto, ele nos apresenta as teorias que podem ajudar o homem a "tomar a melhor ação", que possuem duas grandes classes - consequencialistas e deontológicas - e algumas outras que derivam dessas duas. O que eu notei é que cada teoria responde melhor determinadas questões éticas do que outras, então nenhuma seria mais importante ou irrelevante do que a outra.
    Ass. Helder Aires da Silva (helder.atreides@gmail.com)

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  139. Segundo as leituras realizadas há uma diferenciação entre ética e moral, apesar de as duas significarem a mesma coisa, a grande diferenciação é que a ética se inclui em um sistema moral, o qual todas as populações possuem. O autor Peter Singer busca mostrar a Ética de dois lados distintos, mostrando uma visão Kantiana, que sugere que a Ética é baseada na razão, e confrontando com a visão de Hume, que fala que os valores éticos vem através da emoção.
    Ja LaFollete busca mostrar em seu texto a importância da criação das teorias, as quais criam cenários e nos dão uma melhor visão na hora de tomar uma decisão. Ele também comenta sobre o deontologismo e o consequencialismo e sobre algumas novas teorias morais.


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  140. O texto de Singer trata das duas perspectivas através das quais se concebe a natureza da ética.
    Uma delas objetivista, que posiciona a ética como natural e inerente ao intelecto humano, um arcabouço de respostas verdadeiras lógicas e evidente. Essa perspectiva apresenta problemas conceituais de difícil resolução, uma vez que a Verdade é absolutamente discutível, sua existência o é, inclusive.
    A outra perspectiva, subjetivista, coloca ética como dependente de emoções, um construto próprio e individual produzido tomando por base o sensível. O subjetivismo ético enfrenta problema devido ao fato de banir a razão do domínio da ética, o que é inconcebível, uma vez que pode-se fazer uso da razão por exemplo, para tomar decisões em que há conflito de interesses próprios.

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    1. La Follete descorre sobre a influência da moral na decisão que precede o ato, sendo para ele de extrema importância a análise tanto do que nos é individualmente mais interessante, quanto no interesse coletivo. É a partir do resultado dessa análise que se toma a decisão precedente a qualquer ação.

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  141. Primeiro gostaria de dizer que essas aulas têm destruído tudo que eu entendia como "Ética", sendo impossível defender uma posição sem ter a certeza de estar num campo minado; e que lendo os textos, descobri que meu último comentário é objetivista. (risos)

    Entendo, a partir dos textos lidos e do conteúdo das aulas que a ética investiga porquês a partir de algum fundo mínimo de teoria. Esse fundo pode ser até mesmo totalmente abstrato e é feito definindo-se quais seriam os extremos 'ináceitável' e 'louvável', dado que não se pode relativizar totalmente um debate no campo das Humanidades porque assim não conseguiríamos buscar a lógica dos problemas.
    O grande problema de teorizar a lógica está, obviamente, nas diferentes concepções e interesses de sua definição. No entanto, como dito anteriormente, há consenso diante de situações extremas, como o limite do altruísmo inegável, em que, mesmo sem nenhuma vantagem aparente, o indivíduo ajuda outros diretamente (como ninguém pode negar que ajudar um cego a atravessar a rua sem nada em troca seja moral), e o limite do 'instintivamente reprovável' (não sei se posso chamar assim), em que, mesmo sem ser ajudado de qualquer forma comentendo uma ação má, o índivíduo a comete (como por exemplo matar alguém com requinte de crueldade simplesmente por matar). Provar que esses indivíduos empregaram as ações desta forma, cabe a quem realizará o julgamento ético dar sempre o benefício da dúvida e basear-se no máximo possível de informações.
    Ao meu ver,tudo o que sair disso gerará debates intermináveis e será muito difícil de julgar como sendo ético ou não. No entanto, aí entra o que é aceito como 'dado' pelas sociedades, uma aplicação mais profunda das teorias e o bom senso e nível de questionamento dos juízes sobre o que é 'dado'.

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  142. Singer diferencia os dois possíveis significados usados para determinar a palavra "ética". Caracterizado pelo senso comum, o primeiro significado apresentado é relativo aos conjuntos de regras vigentes numa determinada sociedade, as quais seus indivíduos estão submetidos a seguir. O segundo, diz respeito à ética como campo de estudo, atrelada principalmente aos departamentos filosóficos presentes nas universidades.
    Assim sendo, a ética não possui qualquer conexão direta com a religião, de forma que esta [a ética] se trata de um "fenômeno natural que surge no decurso da evolução de mamíferos de vida longa, sociais e inteligentes, que possuem a capacidade de se reconhecer entre si e de recordar o comportamento anterior dos outros. [ ...]" Desta forma, é possível fundamentar a teoria de Darwin, que defende que a ética humana foi herdada de nossos antepassados não-humanos. Portanto, se a ética se tratar de algo hereditário, é possível que hajam universais éticos presentes em todas as sociedades, mesmo se abordados de formas distintas. Todavia, segundo Singer, estes universais éticos não devem ser idealizados ao ponto de serem considerados as práticas mais corretas.
    Além disso, o autor contrasta o impasse na teoria de Hume com a de Kant. O filósofo escocês defende que a ética provém da paixão, ou seja, das emoções; enquanto Kant diz que a ética é estritamente ligada à razão, tornando impossível para os animais sintetizar e discernir um conceito ético. Logo, deparamo-nos com o seguinte problema: seria a ética uma prática apenas racional e exclusivamente humana?

    LaFollette, por sua vez, explora as duas grandes teorias éticas: o consequencialistas e as deontológicas.
    As teorias consequencialistas se embasam no princípio de que as ações, somadas aos interesses alheios, são analisadas e tomadas de forma a propiciar os melhores resultados a todos (ou a maioria) os indivíduos; enquanto as deontológicas defendem que nossas obrigações morais independem das consequências.

    Em ambos os textos analisados é possível observar uma certa preocupação em determinar os primórdios éticos, de forma que estes revelem suas origens e ajudem a facilitar a compreensão e o estudo das mesmas, bem como a possibilidade de determinar um padrão de como a ética foi é formada e de como ela é utilizada pelos indivíduos da sociedade.

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  143. A resposta para o tema é: a ética investiga a moral. No primeiro texto, de Singer, ele levanta os possíveis intendimentos sobre o que significa moral, mas claramente para ele, esse termo vem com uma carga negativa, sobre moralidade que reprime os desejos e também moralidade relacionada a religião. O autor prefere o termo ética para os casos em que moral seria utilizada afirmando que tem raízes em comum. Até hoje, eu sempre fui apresentada à diferenciação de ética e moral. Moral seria subjetiva, mudando de cultura para cultura, enquanto a ética é universal, e seria o questionamento da moralidade, pois nem sempre o que é mais aceito, é o mais correto e prudente. Notei que os dois textos enfocam muito nessa parte, sobre a importância do questionamento dos conjuntos de regras e leis que regem a sociedade.
    No que diz respeito à distinção de moral e ética, vou sempre me lembrar do exemplo do Peluso, em relação a perfeição, no qual todos buscam a perfeição- como se fosse intrínseco do ser humano- e isso está relacionado à ética, mas o que é perfeição e quais são os seus padrões- isso muda de acordo com cada um- e representa a moral.
    A teoria de Humes se aproxima mais sobre aquela hipótese de que os seres já nascem sabendo o que é certo e errado, o que é bom ou mau. Como se a ética tivesse prioridade nas paixões e sentimentos, o que é mais instintivo que considerar a ética ligada somente a razão que foi evoluindo junto com o ser humano.
    Um trecho do me deu a entender que de alguma maneira é como se pudemos ter uma intuição que é ativada quando nos deparamos com uma questão ética, e de certa forma, dentro de nós já sabemos a resposta, assim como “um mais um é dois”, considerada no texto de Peter Singer como a ética sendo objetiva. Porém, será que ao afirmar isso, não estamos afirmando também que isso seria instintivo, o que nos leva novamente à comparação com os chimpanzés? De certa forma, ao alegar que essa consciência de certo e errado já nos é intrínseco, podemos considerá-la instintiva e assim, um ponto em comum com nossos parentes primatas. Ao alegarmos que a emoção conta mais que a razão, já que a ética é subjetiva, deixamos a razão com um peso menor nessa questão, o que também nos aproxima da chamada “ética dos primatas” no texto, ao meu ver.
    Em um dos vídeos apresentados pelo Peluso, é possível observar um primata escolher as ferramentas certas para resolver o problema dele para alcançar o mel. Ele sabe o que é ideal para usar e o que não é, tendo trocado as fichas exatas que estavam relacionadas ao que ele queria. Esse ato me lembrou os procedimentos no texto de LaFollette, sobre nossas prioridades e maneiras de proceder para alcançar os objetivos. Praticamente o texto de LaFollette prega que devemos ponderar sobre como agir, e é pra isso que a ética está aí. Nossas ações interferem diretamente em nossa vida, mas interfere direta ou indiretamente na vida de outros. E para tomarmos a melhor escolha, temos uma forma de raciocinar que nos mostrará a prioridade e a maneira de otimizar a escolha relativa à essa prioridade.
    Há momentos na vida em que não podemos agradar à gregos e troianos, e alguém sairá infeliz ou prejudicado de alguma maneira. Então nem sempre saber o que é certo ou errado nos ajuda a encontrar a resposta exata, visto que entendemos por errado prejudicar alguém de alguma forma. Então nesses casos, segundo o texto, supõe-se encontrar a atitude que mais otimiza o processo e com menos danos à todas as partes. Considerando os textos, uma frase martelava o tempo todo na minha cabeça, e associada ao conteúdo apresentado, faz mais sentido do que nunca...”A sua liberdade termina onde começa a minha”. Mas pensando melhor, acho que viver em sociedade significa “A sua liberdade termina onde a minha termina também”, porque queira ou não, somos regidos pelas mesmas regras, e se você não é livre, eu também não sou.

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    1. *Ops! Corrigindo: "Um trecho do texto me deu a entender que de alguma maneira é como se pudessemos ter ..."

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    2. E ainda continuo pensando que ética é um equilíbrio entre razão e emoção, pois há problemas bem-estruturados, com resoluções óbvias e até mesmo padrões, e problemas mal-estruturados, que de repente nem fomos preparados para resolver e temos que seguir a intuição.

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  144. No primeiro texto apresentado é exposto um conflito entre as idéias de Kant e Hume. Para Kant os indivíduos possuem características éticas comuns, e que essa se baseia somente na razão. Já Hume traz a ideia de que etica sr baseia nas emoções dos seres, tambem ira dizer que a razao nao tem grandes significados nos atos morais.
    Já no segundo texto é possível fazer uma reflexão entre o certo e o errado, o moral e o imora. Tambem sera trazido uma ideia de que uma ação que possivelmente para nos seria etica para outras pessoas poderia ser maléfica, porem não de modo direto. Outro tema abordado no texto sao du teorias sobre etica, a consequencialista e a deontológica. Os primeiros partem da ideia de que devemos agir de uma forma que nossas ações tenham uma melhor consequência para todos. Já a segunda dirá que as nossas ações nao devem ser baseadas nas consequências.
    Com isso mais uma vez pude me surpriender pelo fato de como o tema sobre a etica é curioso e interessante.

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  145. Logo na abertura de seu texto, Peter Singer nos remete a pergunta inicial de nosso curso: ‘O que é a ética?’. Ela, como o próprio autor faz, pode ser definida como “o conjunto de regras, princípios ou modos de pensar que orientam, ou pretendem ter autoridade para orientar, as ações de um grupo em particular” ou ainda como “um campo de estudos, e muitas vezes de uma temática ensinada nos departamentos de filosofia das universidades”. O termo ‘moral’, apesar de carregar uma ambigüidade no senso-comum - frequentemente ligado à religião e à sisudez com que regras e costumes devem ser seguidos, independente de nossas reais vontades –, compartilha das mesmas origens e aparece com um sinônimo do termo ‘ética’.

    Resumidamente, podemos entender então que a ética teria o papel de investigar a maneira como o homem lida com as tais regras que orientam seu modo de agir e como se dá de fato esse agir. Um ponto interessante explicitado por LaFollette em seu texto é que o agir humano não seria algo individual, isolado; na grande maioria das vezes, um ato cometido por mim implicará em benefício ou prejuízo para alguém, seja de maneira direta ou indireta, ou ainda, involuntária ou intencional.

    Desse modo, a ética nos parece – ou pelo menos a mim parece – algo extremamente racional. Existindo um grupo de regras que definirão como devo me comportar, me colocarei, por conseqüência, a refletir sobre minhas atitudes e daí já estarei utilizando de minhas capacidades racionais para decidir se seguirei tais normas ou não; algo que tenderia à visão kantiana da ética.

    Como poderia então explicar o comportamento – e não vejo outro termo aqui a ser utilizado – ético dos animais observado nos vídeos estudados? Talvez Darwin explique.
    Embora alguns acreditem que a origem de nossas faculdades morais esteja escondida através das páginas do livro bíblico de Gênesis, a evolução biológica surge como uma resposta. Características que já vinham se desenvolvendo em nossos ancestrais teriam adquirido amplitude com o uso da razão desenvolvida pelo Homo sapiens. Assim, ela seria algo anterior a razão... o que me afastaria de vez de Kant, me aproximando de Hume e sua teoria de que a ética estaria mais ligada à nossas emoções do que de à nossa razão.

    Admito ainda não ter deixado me convencer por completo nem por Kant, nem por Hume sobre as origens de nosso comportamento moral; ambos são intrigantemente cabíveis. Percebo, porém, que independente dessas origens, a ética é o código de leis que regem nossa conduta ao mesmo tempo em que cabe a ela própria buscar entender a maneira como essas leis influenciam e norteiam nossas ações.

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  146. Este comentário foi removido pelo autor.

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  147. Os textos deixam clara a existência de um grande debate em cima do tema "ética e o que ela é". Embora se assuma a existência de uma evidente e inquestionável qualificação moral/ética para um variado número de situações (como por exemplo: roubar um amigo - algo claramente imoral), existe, por outro lado, um imenso debate que circunda ações de difícil interpretação, onde se deve levar em conta o contexto em que uma determinada ação foi tomada, bem como suas consequências diretas e indiretas. Pois bem, acredito eu ser impossível chegarmos a uma conclusão absoluta em uma análise ética feita em cima de um grande número de fatos que permitem argumentos plausíveis para sustentar os dois lados da dualidade qualificativa de ser ou não moral/ético, ou seja, argumentos contrários e a favores com grande peso tornam a "ação" muitas vezes impossibilitada de receber uma taxação efetiva e inquestionável.
    A meu ver, não chega a ser necessária a existência de uma profunda discussão em busca de uma definição final para ética, ou de uma busca por uma descrição que se aproxima da "verdade" (embora reconheça a importância de tal pratica); porém, em minha opinião, deve-se lembrar de que a maioria de nossas decisões acarreta em consequências muitas vezes incalculáveis, o que por si só já elimina a possibilidade de uma rotulação precisa como "ético" ou "não ético" (embora não elimine a possível existência de um debate analítico em cima da decisão, o que eu, por sinal, considero positivo e essencial). Deve-se considerar ainda que muitas ações possuem consequências negativas inevitáveis, dando a seu praticante apenas a oportunidade de escolher qual dos males é o menor.... Enfim, existem diversos tipos de situações, imersos nos mais diversos contextos, e eu acredito que mais essencial que buscar uma rotulação para diferentes situações (que seria possível somente através do estudo da ética, sua natureza e sua definição) seria fazer uma análise, despreocupada com questões mais técnicas, e mais voltada para o ato em si, analisando suas consequências e buscando apenas entende-lo, e não “rotulá-lo” (isso dentro de um contexto filosófico), visto que a ética é algo que vai além das instituições humanas que pretendem direcionar e julgar o comportamento humano (como a religião, o Estado, e etc.).

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  148. Caroline den Hartog Batagini7 de maio de 2013 às 23:57

    Dado o ponto de partida, isto é, o consenso de que a ética está estritamente ligada ao conceito de perfeição, o debate passa então para outro nível.
    A problemática seguinte que nos é apresentada é: Como guiar nossas ações para que as mesmas se enquadrem no comportamento ético? Ou, em outras palavras, como definir o que é perfeito? A complexidade de responder a essas questões é evidente na medida em que é possível observar diferentes visões que tentam abarcar o melhor modo de proceder ou raciocinar para definir o que é bom.
    No entanto, fica claro em LaFollette que, reduzir tais questões a uma discussão das particularidades de opinião de cada indivíduo, relativizando as respostas, é tão errôneo quanto estabelecer uma lei moral que não consiga ser abstraída do pensamento do maior número de pessoas. Afinal, é praticamente inimaginável uma sociedade sem que vigorem algumas leis chamadas por Kant de “categóricas”. Do contrário, arrisco-me a dizer que é indubitável o fato de que teríamos um caos.
    É então que a medida de teorizar sobre nossas ações, isto é, estabelecer considerações relevantes para avaliar a melhor forma de agir, tenta resolver o presente debate, estabelecendo critérios pelos quais a ética deve julgar um comportamento.
    Porém, assim como outras questões filosóficas, a ética não aparece como um tema já resolvido e unidirecional. É por isso que, mesmo no que diz respeito à teorização, encontramos ainda divergências, como o embate estreito entre Kant e Hume. Enquanto o primeiro nos apresenta uma primazia da razão na definição do comportamento ético, o segundo defende que a ética se define pelas paixões. Mas à luz das ideias apresentadas por cada texto, concluo que não é possível dizer que uma teoria é melhor que outra, pois além de serem capacidades humanas incomensuráveis entre si – a razão e a emoção -, estamos sujeitos a situações diferentes que poderão determinar o melhor emprego de cada uma. E, em sua essência, as dissemelhantes teorias convergem para um objetivo comum: a busca pela perfeição.

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  149. A análise dos vídeos de experimentos com macacos apresentados em sala de aula, principalmente, e através da leitura do texto de SINGER, P., propõem que a ética mínima é algo inerente aos seres não-humanos e essa teoria defende que a reciprocidade e a compaixão foram desenvolvidas pelos mamíferos durante a sua trajetória de evolução. Neste caso podemos observar que a ética é algo natural, portanto, inata ao ser humano, e não algo imposto por uma suposta divindade, como acreditava-se até algum tempo.
    A ética em si não está ligada a qualquer espécie de religião, o que explica a existência de um conjunto de regras de condutas em todas as sociedades humanas e até em algumas não-humanas. - Neste caso, para a associação com a tradição judaico-cristã, utiliza-se ideia de moralidade, a qual está relacionada ao sentimento de culpa ou até mesmo à penitência quando determinadas normas são descumpridas - o que o SINGER, P. considera uma "concepção particular da ética".
    É claro, diz SINGER, P., que o comportamento consciente e/ou racional humano não se compara com o comportamento instintivo dos animais não-humanos, mas o estudo das "bases pré-humanas" pode delinear o entendimento da formação da ética humana.

    Ao se adotar essa teoria de que a ética é inata aos seres, SINGER, P. ressalta que então deve existir uma ética universal, ou seja, princípios que estão presentes em todas as sociedades. O debate acerca da natureza da ética busca identificar se existem ou não imperativos válidos para todos os seres racionais. As abordagens objetiva e subjetiva convergem neste sentido: ambas investigam quais são os limites que devemos colocar sobre nossos desejos e como isso poderia nos guiar a uma ética universal.

    Nossas escolhas de modos de agir, mesmo quando dizem, num primeiro momento, apenas sobre nós mesmos e nossos interesses, afetam direta ou indiretamente alguma ou muitas pessoas. Para condutas que prejudicam outrém há um consenso de que se tratam de ações inapropriadas, portanto a moralidade envolve o comportamento que afeta o outro. Mas ter a consciência disso ainda não resolve o problema "como devo agir?" e é nesse sentido em que se torna importante a teorização sobre a ética, pois é ela que pode nos dar a possibilidade de abandonar as tais condutas inapropriadas. (LAFOLLETE, H., 2001)

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    1. Camila Almeida A. de Souza
      almeidap.camila@gmail.com; ccamila@aluno.ufabc.edu.br

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  150. A ética é um conjunto de regras, normas, comportamentos e ações que são aceitos pela maioria grande maioria das pessoas, o que faz essas ações praticáveis, ou seja, se praticadas não sofrerão desaprovação. As investigações que compõem o estudo da ética não engloba apenas o homem, mesmo que essa seja diferente e mais primitiva, como pudemos ver com os vídeos em sala. Creio que muitas das ações irracionais dos animais podem ser levadas ao campo da ética devido ao que Hume chamou de paixões. Tais paixões seriam o combustível para a maneira como agimos, sem nos levarmos ao racional, sem examinarmos o que estamos fazendo. Os animais agem dessa forma, meio que por um instinto natural, que faz com que saibam o que podem ou não fazer, como por exemplo, que é melhor receber alimento juntamente ao seu companheiro de espécime do que comer sozinho, de maneira egoísta. Kant já permeia pelo campo da racionalidade, classificando o homem como um ser predominantemente acional e que, por sua vez, examina seus atos agindo da maneira mais correta possível. Possivelmente por essa racionalidade é que Kant defende a ideia de que o ético é o que foi a ação planejada, o que se quis fazer, em contraste com o que se fez, independente se ação ocasionou algo bom ou não.

    As investigações acerca a ética são necessárias para se entender a maneira que o homem age. A ética dita o que o homem deve fazer, seguir seu ideal de perfeito, e os estudos sobre ela servem para que entendamos de onde vem o esse perfeito, e porquê ele é tão importante. Particularmente para mim, o homem tem em si um composto de razão e emoção, razão proveniente da evolução humana e emoção herdada do seu lado animal. Agimos, na maior parte das vezes, com nosso lado racional ativado, examinando e observando o que é e deve ser feito, porém também agimos com o emocional, de maneira que, ás vezes, nos é muito mais apropriada.

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  151. Os textos analisam a ética por meio da análise de nossas ações. Estabelece a ética como um conjunto de práticas e modos que foram formulados para nortear um determinado grupo em relação ás suas práticas e atitudes diante da sociedade em que está inserido. Costumeiramente temos que tomar decisões, analisar os riscos e os benefícios ocasionados por elas e dessa forma nos deparamos com uma série de incertezas que nos geram dúvidas, dúvidas essas que nos faz refletir diante de determinadas ações que podem ser prejudiciais ou não. Para encontrar a solução para este constante questionamento, a ética recorre a teorias que ao longo do tempo foram criadas e dissipadas entre a população em relação a determinados padrões de comportamentais estabelecidos como corretos, e estas, acabam servindo como parâmetros do que deve ser ''seguido'' do que viria a ser realmente correto e tem de ser praticado.

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  152. As similaridades de significado entre os termos "ética" e "moral" foi um surpresa até então em sua forma de utilização. Sempre aprendi que cada palavra deveria ser utilizada para uma diferente situação e até mesmo fui procurar saber outras utilizações de ambos os temor. Achei, em conversas com outros professores, uma que tem uma base muito interessante e funciona como um simplificação e abrangência da amplitude que é tocada quando discutimos um assunto tão diversificado qual é a moral. A ética se diferenciaria da moral como uma ramo de seu estudo que a estuda, funcionando assim como uma examinadora da moral. Não vejo problema em tal divisão ou não, mas tenho um entendimento que torna o desenvolvimento do estudo da moral um tanto quanto mais delineado.
    A questão da religião na moral é um caso que me intriga muito na sua dificuldade de separação da moral judaico-cristã. Tenho certeza que é algo inerente ao ser humano contemporâneo, mas tenho me interessado muito por procurar um caminho que faça uma linha divisória de ambos no estudo da moral, que ultrapasse essa avaliação do bem, do mal, da teologia para além.
    Com relação às similaridades de comportamentos entre o chimpanzés e o homem, que poderia ter alguma relação com uma certa moralidade primitiva, nunca vi com tanta força de encontrar uma semelhança de comportamentos morais entrei animais e o homem através da observação, pois mesmo apresentando tal forma empírica sua idéia e observação final ainda está totalmente sujeita à subjetividade e até o ao metafísico. Acredito que realmente haja a necessidade de um comportamento ético em qualquer raça, mas como delimitar a causa se nem conseguimos sair de uma interpretação judaico-cristã da moral?

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  153. Guilherme Bocalini8 de maio de 2013 às 00:21

    Quando falamos sobre ética, existem dois possíveis significados. O primeiro é um conjunto de valores de uma sociedade que define, ou tenta definir, o que é certo e o que é errado; o segundo é o estudo filosófico do por que pensamos da maneira que pensamos, por que julgamos certas atitudes como boas ou más.

    Muitas vezes estes valores estão ligados à religião, é inegável que para muitos seres humanos a religião dita a maioria desses valores, muitas vezes tal influência não acontece diretamente, mas pela hegemonia por centenas de anos dos valores judaico-cristãos, por exemplo. Todavia a religião não é única forma de entender como esses valores se definiram. Muitos estudos mostram a “semelhança ética” entre os seres humanos e animais, geralmente as espécies mais próximas. Indicando assim que a ética pode ser uma característica evolutiva, mesmo que nosso senso de ética seja mais complexo não há como negar essas similaridades empiricamente observadas.

    Com esse fato levantado é possível indagar se existem princípios éticos universais, que se aplicam para qualquer sociedade. Desta maneira a ética, ou pelo menos parte dela, seria determinada pelas ideias, ou intuição, do que é certo ou errado.

    Este é um ótimo exemplo do que a ética estuda, se nossos valores são formados pelas ideias, que são inatas ao ser humano, ou então se esses valores são formados através das tradições e costumes aos quais somos expostos durante nossa experiência de vida.

    Por esses motivos que o estudo da ética é de suma importância. A teorização da ética ajuda a entender porque julgamos tais ações como as melhores, ou as mais corretas e assim tentamos chegar a um consenso mínimo sobre o que é correto, ou pelo menos o que não é.

    guilherme.bocalini@hotmail.com

    RA: 21033512

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  154. Várias coisas me chamaram atenção na leitura dos textos de Singer e do LaFollette, pois apesar de trazerem abordagens distintas ambos conversam entre si. Eu, por exemplo, nunca tinha olhado com atenção a distinção que tendemos a fazer entre “Ética” (como campo filosófico de estudo) e “Moral” (como conjunto de regras adotado por determinado grupo). Mas também sou da opinião que as duas coisas tem fundamentalmente o mesmo significado, então não vejo o porquê distingui-las.
    Através dos textos também somos apresentados a um panorama mais abrangente da ética, levando em consideração grandes grupos e não mais somente o indivíduo, como visto anteriormente. Aqui tanto Singer quanto LaFollette argumentam que não é porque certa conduta é amplamente aceita e considerada como moral que ela é precisamente correta (dando exemplos de como o nazismo era amplamente aceito, mas como sabemos hoje não era correto). Como Singer expõe em seu texto e também como o vídeo mostrado em sala de aula, os animais também possuem certo senso de ética (em seus pilares básicos – reciprocidade e empatia pelo próximo), então o que nos diferencia deles? Ora, a resposta é a razão. Razão que nos dá a capacidade de avaliar ações, consequências, possibilidades e de sermos autocríticos. Devemos apenas concordar com os conceitos morais incrustrados na sociedade? Devemos usar da razão, sermos autocríticos e de fato avaliar se o que praticamos é realmente válido para nós ou se só estamos no “piloto automático”?
    Também são expostas algumas visões diferentes de ética: a ética deontológica de Kant, apoiada na razão e em regras estabelecidas e a de Hume - uma visão consequencialista - que se baseia na observação das possíveis consequências das ações; apoiada na razão, mas com destaque para os sentimentos, nas emoções.

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  155. Dentre os questionamentos que há no debate sobre a moralidade dois serão aqui citados: O por que de sermos seres morais, e para que servem as teorias morais? Para ambas as respostas a razão está presente.
    Nós seres humanos somos seres considerados seres éticos pela nossa inteligência, pela capacidade de realizar escolhar em ações mais complexas. Ética é o resultado do exercício da inteligência.
    Para responder questionamentos como esses, a religião criou mitos que satisfazem uma parcela da população. Mas a ciência também tentou responder essas perguntas.
    Vimos em sala diversos videos sobre as escolhas morais que também existem entre grupos de animais, que são também possuídores de razão. Nestes vídeos, foram apresentados pilares da moralidade que estão presentes nos seres humanos e nos animais, sendo a reciprocidade e a justiça, a empatia e a compaixão. A empatia é o pilar mais complexo para se entender do que a reciprocidade, pois trata de um comportamento corporal emocional e também de idéias. A empatia trás o sentimento da compaixão que é característica entre membros de uma mesma espécie.
    Em experimentos com chimpanzés, elefantes e macacos-prego, o vídeo nos mostrou características como a cooperação, exploração protesto, e também como os animais são pró-sociais com outros membros do grupo.
    A moral vai se tornando mais complexa com a sofisticação da inteligência. Nós seres humanos devemos pensar sobre os nossos comportamentos, o bem e o mal de nossas condutas. A razão será a qual irá nos ajudar a conhecer nossas pretenções com as nossas ações, e a resolver problemas para identificar o que é moralmente correto e o que é moralmente errado.
    Nossas reflexões não podem se resumir em apenas decisões morais complexas, também temos que pensar e analisar o que levam nossas escolhas em questões cotidianas e mais "fáceis" de serem tomadas. Pois, a Ética não é apenas discutir as situações extremas. Mas, também não há um comportamento único em que todos irão adotar, a moral não é se comportar como todos se comportam. É necessário analisar o por quê de cada ação mas, geralmente, conhecemos quais ações são moralmente aceitas.
    Devemos pensar de que forma nossas ações podem afetar os outros, não apenas seguindo a moralidade atual que pode conter erros. Poderá haver confusões e conflitos que não são fáceis de se resolver. Por isso, é também necessário pensar sobre nossas condutas, pois nossas crenças morais podem estar erradas. Para avaliar essas crenças criticamente devemos ter uma análise mais abstrata e coerente sobre nossas crenças morais.
    Realizar abstrações irá criar uma linguagem comum a todos, onde se possa tomar um conceito em que haja concordância. Fazer ética é também fazer abstrações sobre questões morais.

    Ellen Cristine Aparecida Sales

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  156. O texto de Introdução à Ética, de Singer nos apresenta logo de início a disparidade que podemos concluir ao confrontar a ideia de ética sinônima à moralidade. Temos na concepção Darwiniana a moral como sendo algo relacionado à religiosidade, e a ética, como algo que se afirmou a partir dos instintos sociais que herdamos de ancestrais, refutando assim qualquer relação de surgimento da mesma por origem divina. Este mesmo texto tenta nos apresentar também a concepção de ética através dos filósofos Kant e Hume. Esse debate acerca dos dois filósofos, com o lado objetivista e o subjetivista sendo explanado, nos classifica as diferentes abordagens que pode-se dar para a ética. Este debate, atualmente, nos serve como base para que possamos formular as nossas próprias teorias sobre a ética. Cabe a nós estudarmos hoje em dia, até que ponto as concepções se confluem e até que ponto ainda se desviam.
    O texto de LaFollette nos mostra que o estudo da ética é complexo no sentido de que ela não é um comportamento previsível e de raciocínio certo. Um exemplo disso é ele nos explicar como existem pessoas que vão contra o que seria ético em pró apenas do seu benefício próprio, independente dos efeitos colaterais que isso teria no universo ao seu redor. Saber diferenciar, classificar e principalmente, escolher como agir, é o necessário para que possamos direcionar para onde irá a moralidade em questão, e concluir a nossa posição sobre algum assunto. O texto serve para pontuar-nos sobre até onde vai a questão da moralidade. Nos apresenta exemplos onde a linha de categorização entre “certo” e “errado” torna-se tênue para a sociedade, criando assim diferentes pontos de vista e opiniões.
    Eu, particularmente, apesar de ter sido sucinta no leve fichamento do artigo, preferi o texto de La Follette. O autor ao tentar estudar como se dá a questão da classificação das coisas, nos apresenta o significado da famosa expressão “tudo é relativo”. Esse estudo embasado na possibilidade de uma variedade de interpretações e opiniões quanto ao que pode ser considerado ético e antiético se aproxima mais da percepção de sociedade funcional que eu tenho em mente. Coerente e muito válido, LaFollette conduziu um texto explicativo que de fato relata afinco o estudo da forma comportamental do homem nessa sociedade.


    Gabriela Petherson Sampaio

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  157. Comentário do aluno Josias:

    TEMA 2

    Embora seja correto e necessário buscarmos alcançar os objetivos que
    aumejamos e assim defendermos nossos interesses, o que podemos afirmar
    que é uma formas de semos éticos conosco mesmo, é importante
    percebermos que na busca do que for melhor para satisfazer as nossas
    nescessidades,devemos estar atentos porque não temos o direito de
    prejudicar a quem quer que seja para atingirmos nossos objetivos.para
    isto é preciso que estejamos sempre refletindo a respeito das questões
    éticas porque estas reflexoes nos servirão de subs´´ídios nos momentos
    que tivermos de tomar decisões sobre o que é certo ou errado nas
    situações práticas de nosso dia a dia. Nas disputas que envolvem grupos
    de pessoas muitas vezes somos levados a acreditar que a verdade é apenas
    questão de ponto de vista entretanto se analizarmos a questão sobre o
    ponto de vista universal poderemos chegar a conclusão que a verdade
    aparece de forma cristalina.Muitas vezes podemos avaliar alguma questão
    do ponto de vista ético de forma incorreta,devemos por isto estar
    sempre aberto para avaliar e reavaliar as questões buscando respostas
    que mantenha o respeito aos legitimos direitos de todas as pessoas
    envolvidas.~

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  158. O texto de Singer oferece três significados para o conceito de ética, mostrando logo de início que não pode ser encarada como simples tarefa a própria definição de “ética”. O primeiro se refere ao conjunto de regras e princípios; o segundo, aos modos de pensar que têm a finalidade de orientar as ações de um grupo em particular; e o terceiro, ao estudo sistemático do raciocínio sobre como devemos agir. Particularmente ele adota a origem de ética como vinda dos costumes de um povo. Ela funcionaria sem a necessidade de um órgão regulador ou entidade superior na sociedade. A religião não seria fundamental na formação da ética, ficando em segundo plano.
    Singer questiona a origem da ética, colocando a visão darwinista no foco, onde se considera a religião ligada à moral, enquanto a ética viria dos comportamentos e atitudes ligados aos nossos antecessores, passados de geração em geração. Seria a ética natural a todos os seres humanos? Ela se limitaria apenas à nossa espécie?
    Posteriormente ele contrapõe a visão de Kant com a de Hume, onde o primeiro deriva a nossa existência como seres morais da nossa racionalidade, enquanto o segundo considera a razão menos importante, aonde a ética viria das emoções, como algo mais primal.
    O segundo texto, de LaFollette, mostra a importância da teorização da ética de modo racional, funcionando de início como um breve manual sobre seu funcionamento de comportamento diante da sociedade. Coloca em lados opostos o que seria ideal para o próprio indivíduo, segundo seus valores, com o que seria ideal para o meio externo. Em outras palavras, o que é considerado moral por um pode também ser considerado moral pelos outros?

    Felipe de Carvalho Pereira

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  159. Quando falamos de Ética, estamos normalmente sobre o que é certo e errado. O certo podendo ser, tanto o que desejamos, quanto o que acreditamos ou deduzimos. E o errado sendo o seu oposto, ou seja, aquilo que desgostamos ou que nos parecem incoerentes. Toda a discussão sobre a ética e a moral parecem seguir essa regra, independentemente de qual perspectiva se assuma.

    Esta tal perspectiva é o que foi colocado como ‘Teoria Moral’. Uma forma de abstrairmos e falarmos sobre as nossas atitudes; julgando-as boas ou más, de acordo com certos critérios. Assumindo perspectivas distintas, é claro que chegaremos a concepções distintas, com ‘conteúdos éticos’ distintos.

    As diferenças podem ainda ser derivadas da cultura em que estamos inseridos. Diz-se no texto sobre o caso de pais nazistas, que influenciariam o filho a crer que a ‘pureza racial’ é algo moral. A cultura, sendo atributo formador das pessoas, é de fato importante para a formação de nossas opiniões. E aqui há de se ressaltar que as várias culturas podem ter sistemas morais éticos diferentes, mas não se pode afirmar que o seu conteúdo é sempre certo ou errado.

    Não sabemos, muitas vezes, como se formaram certos conceitos e seguimos sempre a tradição. Mas o fato de algo ‘ter sido sempre assim’ não lhe dá nenhum grau de verdade, e daí a necessidade de se estudar cada uma de nossas crenças. A ética não é uma democracia, mas deve ser democrática, ou mesmo universal.

    Os meios que utilizamos para chegar às nossas conclusões são importantes. Um bom sistema moral deve dar conta tanto das consequências de nossos atos quanto das regras/razões que nos levaram a agir de forma x ou y.

    Implantar universalidade a um ato ou uma regra pode parecer difícil, mas é um caminho necessário para a bem vivência entre cada integrante da sociedade, afinal, não vivemos isolados e nossas ações todas se intercruzam e se influenciam. O sistema utilizado pode ser mesmo irrelevante, se estiver bem fundamentado.

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  160. Após a leitura dos textos e a minha percepção do que foi discutido em aula, tentarei em algumas palavras discorrer sobre o tema da postagem.

    Inicialmente gostaria de discorrer sobre a questão da ética e o estudos dos animais "não-humanos" que foi trazida no texto de Peter Singer e nos vídeos mostrados em aula. É evidente que temos uma diferenciação entre a nossa capacidade de abstração em relação a assuntos como o das 'ações éticas' com relação aos animais, mas isso não implica que sejamos totalmente indiferentes aos mecanismos que levam os mesmos a realizarem ações. Se considerarmos que Ética é também um assunto relativo ao nível de evolução (Darwiana) de um ser, e que "a ética humana se desenvolveu a partir dos instintos sociais que herdámos dos nossos antepassados não-humanos" então temos uma diminuição desse distanciamento do humano em relação aos animais não-humanos.

    Mas não somente com essa explicação de uma herança podemos explicar a ação da ética dentro de nós homens, dotados de racionalidade e de um nível de abstração maior que os símios apresentados. Somos capazes de refletir sobre os mecanismos que nos levam a fazer as ações, ou seja, abstraímos de um nível meramente usual do uso da palavra, ou de uma reflexão que transcenda a aceitação acrítica de um status quo do sentido de moral ou ética. Podemos levar o assunto para a um nível tal que conseguimos Teorizamos sobre este tema. Para que possa fazer essa teorização utiliza padrões como, consistência, bases ou princípios que sejam o mais corretos, e alguns outros parâmetros que não pretendo tratar pois o texto de Hugh LaFollete já traz a tona. Neste mesmo texto de Hugh vemos como essa teorização se fragmenta então apresenta algumas abordagens sobre o tema. Mas novamente, o sentido da postagem não será fazer um resumo dos textos.

    O que se montra interessante a ser discutido é o sentido que damos a essas palavras, e como agimos diariamente sem racionalizar a moral por trás de nossos atos. Trazemos normalmente a temática moral ou ética a assuntos que vão a um nível maior que as questões quotidianas, como o aborto, eutanásia, crimes que nos chocam e etc. Cabe agora refletir sobre as ações que não vão a casos “extremos” como esses. O simples fato de escolher prestar atenção na aula de dado professor é uma ação carregada de valor moral, mas fazemos essas e outras atitudes sem pensar no que há por trás das mesmas. Temos um status quo de aceitação (que já foi tratado acima) das nossas ações, e fazemo-las mediante alguns pressupostos no quais fomos criados. Ou seja, a formação da nossa moral tem como elemento a interação social que temos. Mas o que pode ser dado como uma boa ação ? Será aquela que segue a moral na qual fui criado, é a que segue princípios que irá agradar o maior número de pessoas a minha volta, é a que repensa o que sempre me foi dado ou é aquela tem como base alguma razão abstrata ou mesmo as minhas intuições?
    Independente de qual seja a sua resposta a esses questionamentos devemos nos atentar em algum momento a como chegamos aos nossos juízos morais. Creio que se os mesmos forem embasados em informações, crenças ou pressupostos teóricos/historicamente distorcidos, demasiados parciais, teremos pessoas que se fecharam, cada vez mais, com as suas próprias razões como verdades únicas. Ao invés de tentarem perceber o quanto poderão ampliar a sua visão olhando acima do seu próprio muro do conhecimento.

    Jonatas Silveira de Souza
    RA: 21040912

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  161. Este comentário foi removido pelo autor.

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  162. Muito se debate a respeito do que é a Ética e de onde viria o comportamento ético do homem. Filósofos renomados, como Kant e Hume, possuem visões completamente distintas sobre este mesmo termo. Para Kant, a lei moral é baseada na razão e, portanto, não seria possível que seres considerados como irracionais tivessem a noção do que são os princípios de moral e justiça (sentido objetivo). Já para Hume, a Ética deve ser encontrada nas nossas emoções, o que torna possível que tais seres possuam a noção de moral e justiça (sentido subjetivo).
    Além disso, é colocado nos textos a importância de se pensar em Ética, seja qual for a filiação que a nossa noção de ética se aproxime- Consequencialismo, Deontologia, Teoria das Virtudes ou Teoria feminista. Isso se dá, pois teorizar à respeito de ética nos permite uma reflexão cuidadosa a respeito das nossas ações.
    Sendo assim, sentimos a necessidade de discutir a Ética no comportamento humano, mesmo que não cheguemos a modelos universais e incontestáveis. Pois, só é possível determinar o que é Ético através das teorias e não pelo comportamento de uma maioria. Como colocado no texto, por diversas vezes no passado ações determinadas como corretas e adotadas por uma maioria foram rechaçadas posteriormente (como a escravidão, por exemplo). Mas, teorizar não nos isenta da prática, ou seja, pensar a respeito da ética não nos impedirá de cometer erros.
    Portanto, ainda que as discussões sobre Ética sejam complexas, é indiscutivelmente importante refletir a respeito dos temas que a ética trás, para que assim possamos discutir a natureza de tais fenômenos e ampliar nossa compreensão sobre as ações humanas.

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  163. O que vi nos textos foi uma preocupação muito grande do ser humano em estudar as suas próprias ações e formular teorias sobre sua ética. Como foi visto, os animais tem essa ética inerente a eles, e funciona muito bem. Aliás, tão bem quanto os seres humanos, mesmo com toda a teorização da ética.

    Essas tentativas de teorizar e generalizar a ética, apesar de ser natural do ser humano raciocinar e teorizar, é um pouco desnecessária. Muitas questões sobre ética não precisam de tanta carga de raciocínio e de estudo. Muitas questões sobre ética podem e são resolvidas naturalmente, ou quase que naturalmente.

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  164. Definir o que é corretamente moral ou não, decorre de uma série de fatores que ajudam na formação do caráter de um indivíduo, por exemplo, quando se é colocada uma ideia na mente de um indivíduo ao longo de sua formação, como foi exemplificado no texto, essa ideia irá absolutamente preencher a visão do mundo à sua volta, fazendo com que tome suas decisões baseadas em determinações impostas à ele.
    Portanto, na minha opinião agirmos de forma correta, moralmente falando, é algo totalmente levado pela razão,não algo instintivo e emocional, como as ideias de Kant mostram.
    A visão de Hume mostra-se interessante também por sua vez, levando em consideração que muitas vezes agimos em determinadas situações com nossas emoções afloradas, nessas situações, diferenciar a razão da emoção, de visões e prazeres individuais, torna-se algo de enorme dificuldade, mas agir emocionalmente, colocando valores individuais à frente de decisões éticas, direcionam nossas decisões, não à um bem comum, mas sim à um bem individual.

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  165. “[...] Os sistemas filosóficos éticos são elaborações altamente sofisticadas de conceitos mais comuns que, por sua vez, evoluíram a partir do comportamento social pré-humano.” SINGER 1994.

    Partindo desse trecho, podemos ver que para conhecermos a “evolução da ética humana” devemos saber mais acerca de “nossas bases pré-humanas da ética”. O autor usa de um método para nos levar a pensar sobre ética, que é olhar a ética dentro de um paralelo com a nossa ética (humana) e a dos não humanos.

    No texto “Ética – Introdução”, Singer faz uma coisa interessante que é olhar a ética pela visão de Kant e pela visão de Hume. Se partirmos de uma visão Kantiana, levar em consideração os comportamentos dos animais com a ética humana, ambas não se assemelham. Já do ponto de vista de Hume, os paralelos entre a nossa ética e a dos animais tornam-se mais próximas. Olhar a ética humana como uma ética desenvolvida através do tempo desde nossos ancestrais, trás a tona a questão de que há ética entre os animais ou não. Segundo Singer “[...] negar a possibilidade de uma ‘ética dos primatas’ por causa do papel desempenhado pela razão é assumir que é Kant, e não Hume, quem está correto acerca deste ponto”, e se nós, segundo o autor, levarmos em consideração a concepção Kantiana do dever, baseada na nossa capacidade racional para entender a lei moral, comparar o comportamento dos primatas com os nossos padrões éticos seria insultar a nossa espécie. Mas se aceitarmos a tese de Hume, em que a ética seria encontrada em nossas paixões, a razão seria menos significativa e a diferenciação entre a nossa ética e a ética dentre os não-humanos seriam mais próximas.

    A ética, como nos é imposta, sugere regras e deveremos, que nós como humanos devemos seguir mesmo passando por cima, muitas vezes, de nossos desejos. Ela, algumas vezes é considerada contendo uma base religiosa, porém não há necessariamente uma ligação estruturada e definitiva com alguma religião particular ou com a religião em geral. Mesmo com visões muitas vezes distintas sobre ética, dentre as comunidades e regiões do mundo – seja conduzida pela religião, crença, cultura, etc. – há práticas universais de ética. Porém ser universal, segundo Peter Singer, “[...] não faz com que essa prática seja correta ou com que deva ser o mais possível desencorajada, ou até mesmo proibida.” Mas mesmo sabendo o que é certo ou errado, podemos burlar a razão e seguirmos os nossos desejos, assim a ética seria apenas uma conduta.

    “Podemos confundir os nossos objetivos e os nossos interesses: queremos manipular as outras pessoas e inferimos que as relações pessoais mais chegadas são obstáculos aos nossos interesses.”

    Analisando esse trecho do texto “Teorias sobre a ética” de Hugh LaFollette, vemos, assim como no texto de Singer, que por mais que a ética seja uma “conduta”, podemos acabar não a seguindo, seja por não aceitarmos o que é imposto pela conduta ou simplesmente apenas para promover o nosso próprio interesse. Muitas vezes posso usar a ética como um simples rótulo, posso falar como ser ético, militar sobre o que deve o que não se deve ser feito, mas mesmo assim posso acabar fazendo tudo diferente, e essas minhas ações, podem tanto me beneficiar ou beneficiar outro alguém, como pode prejudicar direta ou indiretamente outra pessoa.

    Por fim, analisando os dois textos, ao escolher como agir, devo pensar de que modo minhas ações vão afetar ou não as outras pessoas, seja direta ou indiretamente, entendo ou não o início da “ética humana”. E mesmo se eu defender uma teoria julgada ética e outras pessoas julgá-las da mesma forma, podemos cada um acabar por não praticá-las ou mesmo termos outros juízos práticos.

    PS: Gostei dos dois textos, são textos gostosos de ler e de uma melhor compreensão.

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  166. A ética pode ser entendida de duas maneiras, primeiro como uma representação de regras e segundo pode ser entendida como um tema a ser estudado. Ao se referir ao primeiro exemplo de ética, pode ser usada a palavra moral para fazer sua representação e para o segundo exemplo pode ser usada a prórpia palavra "ética". Não há necessariamente uma relação entre a ética e a religião, mesmo ela representando normas que deveríamos seguir e desejos obscuros que deveríamos oprimir. Os textos ressaltam que por mais que costumes ou práticas sejam universais elas não são necessariamente corretas.
    Para Kant as leis morais utilizadas pelos humanos e as utilizadas por outros animais não são iguais e sua relação é somente a de coincidência. Mas se seguirmos o pensamento de Hume, onde acredita que a ética é baseada nas emoções, a razão perde sua importância e passa a ser maior a relação da ética realizada por humanos e animais. Há divergência de ideias entre os filósofos, mas cada um conseguiu esclarecer dúvidas ao seu modo.

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  167. O estudo da ética pode ser dividido em dois principais pilares: o primeiro, aborda a ética como um conjunto de regras pré-estabelecidas que devem ser seguidas para preservar o bom relacionamento e a harmonia social. O segundo, vê a ética como tema a ser discutido, ou seja, trocas de ideias que possibilitem e facilitem a organização deste conjunto de regras.
    Acredito que todos nasçam com um senso ético básico que vai sendo aprimorado ao longo da vida. A tentativa de teorização da ética pelo ser humano é algo natural, que segue os padrões humanos de tentar teorizar todas as coisas. No entanto, como vimos em aula, animais como macacos, por exemplo, também são dotados de ética, sem nunca terem teorizado isso, e evitam tomar atitudes que possam prejudicar desnecessariamente seus companheiros de bando.
    A reflexão acerca da moralidade talvez esteja mais no âmbito de trabalhar a tomada de decisões corretas em momentos de dúvida no convívio social.

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  168. A ética investiga qual escolha ou atitude é a mais perfeita ou correta a se tomar. Tanto na perspectiva de Kant quanto na de Hume, fica claro (na minha opinião, já que Hugh LaFollette parte do pressuposto que essa tarefa não é difícil) o quão difícil é a tarefa de identificar o mais perfeito e correto, já que determinada ação ou decisão será sempre apoiada em interesses de indivíduos.

    Kant acredita que a ética é determinada pela razão e que portanto, grande parte das decisões sobre o que é moral ou não são comuns e inerentes ao homem, e somente a esse ser vivo, já que o único que se utiliza da razão. Já Hume acredita que a decisão sobre o que é moral ou não é mais particular e dotado de "paixão", ou seja, do desejo de cada indivíduo, o que explica o por que de macacos se ajudarem ao obter comida (como vimos no vídeo em sala) e tribos indígenas serem canibais, por exemplo.

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  169. Boa tarde professor!

    Peter Singer afirma que a palavra ética é usada para referir um conjunto de regras, princípios ou modos de pensar que orientem ou pretendem ter autoridade de orientar, porém a ética também designa o estudo sobre o modo como deveríamos agir.
    Quando nascemos, diversos padrões já estão estabelecidos e somos convencidos a seguir essas normas e quando seguimos em um caminho contrário à elas somos criticados e, dependendo da situação, punidos.
    A ética não tem uma conexão necessária com nenhuma religião, porém as religiões também estabelecem padrões éticos para seus seguidores, e através desses padrões consideram o que é certo e o que é errado.
    A ética esta presente em todas as sociedades humanas, devido a isso se tornou um campo a ser estudado na filosofia. Kant elaborou estudos sobre ética, nos quais concluiu que a lei moral é baseada na razão, extinguindo assim a possibilidade de existir ética em sociedades de animais não racionais. Por um outro lado, Hume defende a idéia de que a base da ética é encontrada nas emoções, chamadas por ele de paixões e que a razão é menos significativa na ética. Sendo assim , existem duas vertentes diferentes que exploram a elaboração da ética, analisando a opinião dos dois filósofos, vejo a ética como o resultado da análise racional de atitudes que em primeiro momento foram tomadas movidas pela emoção, e que com uma analise racional foram consideradas certas ( éticas) ou erradas (anti- éticas).
    Hugh LaFollete mostra a dificuldade que temos de definir e entender nossos próprios interesses, pois muitas vezes eles são definidos pelo ambiente e pela forma como somos criados. Ele defende a idéia de que antes de tomarmos alguma decisão devemos nos informar, pois assim nos livramos de considerações mal concebidas, desinformadas e irrelevantes, tendo assim atitudes mais consistentes.
    Além disso, LaFollete discute a dificuldade de definir algo como moral ou imoral a partir de duas vertentes, a consequencialista e a deontológica . A primeira considera moral a atitude que gera melhores consequências globais, enquanto a segunda considera moral as atitudes que estão de acordo com as regras. Na minha visão seguir as regras é de extrema importância, porém eu procuro sempre tomar atitudes que se não tiverem como intuito uma melhora, que pelo menos ela não afete negativamente as pessoas que estão ao meu redor.

    Marina Müller Gonçalves
    R.A.: 21082512

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  170. Thaís Alves Villalobos2 de julho de 2013 às 18:35

    De acordo com Peter Singer, a ética assume diversos significados que variam desde um conjunto de regras que guiam as ações de certo grupo de indivíduos com alguma característica em comum a um sistema de raciocínio que nos leva a concluir quais ações devem ou não ser executadas, a partir de uma série de critérios.
    Durante um longo período, a ética sofreu a influência da religião, sendo considerada como um fenômeno divino exclusivo dos seres humanos. Foi só a partir da teoria da evolução de Darwin que a ética passou a ser vista como parte do processo evolucionário, passando a ser considerado como uma característica de animais dotados de inteligência e capazes de interações sociais.
    Na investigação ética, a razão possui papéis diferentes nas variadas teorias. Esses podem ser: o papel da razão na criação de normas e o papel dela na determinação se uma ação é considerada ética ou não.

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  171. Toda a ação humana está sujeita a julgamentos que denominamos como éticos. A ética é entendida como um conjunto de normas ou regras que orientam as ações humanas, mas ela também estuda os comportamentos humanos de forma a interpretá-los como comportamentos bons ou ruins (estudo dos seus conceitos) e estuda as condições dessa argumentação moral.
    Porém, o que nos torna seres éticos? A razão? Os seres vivos também não podem apresentar comportamentos éticos?
    Se interpretarmos a ética como um mecanismo de sobrevivência podemos palavra de ética em seres que não são humanos. Talvez tenha havido um momento em seres irracionais de tomada de decisão, no qual a escolha pelo caminho mais adequado tornaria possível sua sobrevivência e o caminho errado sua morte. A inteligência foi e é, então, uma estratégia de sobrevivência, agir corretamente garantindo a sobrevivência é uma maneira ética de agir, portanto, conhecer e estudar nossa conduta, ou seja, poder ensaiar situações e prever conseqüências é de extrema necessidade.
    Os julgamentos éticos são peculiares se comparados com outros tipos de julgamento. Na ética avaliamos as ações como boas ou más, morais ou imorais, porém como avaliamos isso? Qual mecanismo que utilizamos? A razão humana é um dos elementos explorados nessa tentativa, que separou as investigações éticas em dois principais eixos: deontológicos e consequencialistas, porém atualmente vemos crescendo outros tipos de investigação como a ética feminista.
    Bem resumidamente o deontologismo prioriza o exame do antecedente da ação, analisando a própria ação ou o agente. Para eles há ações que são más por si mesmas, então independente do resultado da ação, se ela for considerada ruim ela é condenável. Já os consequencialistas dão prioridade para examinar as conseqüências da ação, então apesar da ação ter sido uma mentira, por exemplo, ela pode ser considera boa quando o resultado dela beneficiou a maior parte dos envolvidos.

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  172. Thirza Hidemi P. Nakayama RA 210658125 de julho de 2013 às 16:51

    A ética investiga e explica as normas morais,leva o homem a agir não só por tradição, educação ou habito (moral imposta), mas por convicção e inteligência desta reflexão ética. O conhecer e agir não são possiveis de dissociar na ação humana, havendo uma relação decomplemento entre a moral prática e a ética reflexiva.

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  173. Leonardo Borges Bezerra Teixeira 210047115 de julho de 2013 às 18:27

    Singer nos induz a refletir sobre quais perspectivas devemos tomar conta para, assim, conceber uma ideia de natureza da ética. No caso da teoria Objetivista, temos a ética como instrínseca e natural aos homens, que nos leva ao pensamento prático e resoluto. O problema se encontra no fato de não termos um conceito único e universal de verdade, que é passível de questionamentos e diversas interpretações. Já pelo lado da teoria subjetivista, a ética já passa a se mostrar mais interpretativa e variável, dependendo de emoções e situação em que é proposta. O problema da subjetividade na época é a quebra da razão como princípio básico, podendo gerar conflitos de entendimento e dando liberdade demais para a aplicação de conceitos éticos, já que cada indivíduo poderia aplicar o seu conceito como sendo certo.
    La Follete entra na discussão com a questão de sociedade, da interferência da ética em um convívio. Na teoria Consequencialista, a evidência é que as ações, em conjuntura com interesses externos, são colocadas em cheque e manipuladas para que haja um benefício ao máximo possível de indivíduos a serem atingidos. Enquanto a Deontológica expõe uma indiferença às consequências, em que nosso dever moral independe de um produto final para ser moldado.

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  174. A ética investiga, de maneira geral, o bem. O bem pode ser entendido (ou sentido) como felicidade, plenitude, prazer...Enfim, não há uma definição exata, mas todos nós sabemos do que se trata. Para chegarmos a esse nobre objetivo que torna a nossa vida viável de ser vivida, nossas ações devem ser examinadas, refletidas e avaliadas, pois são elas as únicas responsáveis e capazes pelo provimento do bem. É aí que entra a importância do papel e da elaboração de teorias morais.

    As teorias sobre a ética são sistemas filosóficos elaborados que têm que por pretensão e objetivo levar o homem à perfeição de suas condutas, senão inteiramente, pelo menos o quanto possível.

    Em nosso cotidiano, geralmente quando nos deparamos com problemas e questionamentos (do tipo: o que devo fazer? Qual é a ação mais adequada a se praticar?), nós teorizamos sobre a ética visto que é muito normal nos flagrarmos, mesmo podendo não ter a consciência de que estamos tratando questões éticas, raciocinando a partir de questões dessa natureza.

    No entanto, há uma necessidade de termos uma teoria sobre esse âmbito tão importante de nossas vidas que seja de abrangência universal, que considere não apenas as nossas ações em si, mas também os outros, que também podem afetar e ser afetados por elas. Ou seja, uma teoria que se torne uma lei da felicidade humana.

    Nesse sentido, correntes de pensamento surgiram, ao longo da história, e se desenvolveram no intuito de se formular critérios e condições que tornem viáveis a implementação de uma regra (ou de princípios) que assegurem a plena felicidade de todos os homens.

    Atualmente, o debate entre as correntes de pensamento que procuram dar conta deste desafio se concentra, de maneira significativa, entre as teorias consequencialistas e o deontológicas. As primeiras, das quais a mais conhecida talvez seja a teoria utilitarista, defendem que a ação humana tem a obrigação de ser exercida visando às suas melhores consequências. As segundas, das quais um dos teóricos mais emblemáticos é o filósofo Emmanuel Kant, consideram que a ação deve ser governada por regras que determinam a moralidade das mesmas (obrigações morais) e que são independentes das mesmas.

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  175. AQUI TEM INÍCIO OS COMENTÁRIOS DOS ALUNOS DO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2014.

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  176. Os contraditórios do comportamento humano se colocam como o problema na distinção de Ética.

    “Como é evidente, a maior parte das ações- talvez a maioria- não dizem respeito apenas a nos; dizem respeito também aos outros e dizem-lhes respeito de muitíssimos modos diferentes.”

    A conduta humana no prisma de certos critérios e de certas medidas (conjunto de referências). O bem e o mal no seu conceito absoluto e universal, tendo a ética no sentido de aprovação de uma determinada conduta humana, coloca a avaliação moral constituinte, a partir do uso das características do ser humano com a ideia de expressar uma ética, ou seja, são as ações adequadas para uma situação, de forma universal.

    A ética não poder ser expressa através da ótica da sociologia, correndo o risco de traduzir a interpretação da conduta humana de forma superficial, em contrapartida a definição de ética apresentada em aula, há um sentido nessa forma superficial, no qual a ética pode ser empiricamente testável.

    “tomo determinada atitude porque meus pais me ensinaram ou porque a maioria das pessoas fazem”.

    A proposta do professor é discutir a conduta humana como um objeto do pensamento, enquanto ideia abstrata, aspectos da ação que só aparecem quando consideradas abstratamente, de maneira que a linguagem natural não é capaz de traduzir, ao ser construída em cima de uma estrutura que flexiona, levando a um uso relativo.

    O que me levou ao seguinte questionamento, da mesma maneira que a linguagem natural é uma ferramenta de expressam, e traduz a ética de forma flexiva, que distorce o entendimento de ética proposta em aula, a conduta humana também como ferramenta que traduz a ética de outra forma, também ela pode ser interpretada de maneira flexível e distorcida? E se sim, como podemos falar de uma ética real?

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  177. Alexandre S.M. Pereira23 de março de 2014 às 12:30

    A ética busca encontrar uma perfeição das ações humanas, fundamentada na razão e reflexão(Kant) ou nas paixões(Hume), de modo que estas não prejudiquem os atores e os receptores. Diferentemente da moral, que é baseada conforme os costumes de uma sociedade, a ética procura uma universalização de como agir da forma mais correta em determinadas situações. Nesta definição ele é tida como regras de comportamento independente da sociedade em questão. A ética é tida também como instrumento de estudo das ações e princípios morais baseados nos diversos costumes dos seres humanos.

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  178. No texto de Peter Singer, ética é definida como uma palavra usada para se referir ao conjunto de regras, princípios ou modos de pensar que orientam as ações de um grupo particular. Porém ética também pode se referir ao estudo do modo como devemos agir. No primeiro sentido de ética, alguns usam a palavra moral como um sinônimo. A moral não é um sinônimo de ética, mas sim está inserida no primeiro contexto de ética, no sentido de definir ações corretas ou incorretas, sendo, dessa forma, passível de um sentimento de culpa ao fazer uma ação incorreta.
    Em seguida, o autor coloca que a ética está presente em todas as sociedades humanas e talvez entre sociedades não-humanas também. Sendo assim, a ética humana pode apresentar duas origens: a evolutiva e a com base na religião. A evolutiva tem como base a afirmação de Charles Darwin de que a ética humana se desenvolveu a partir dos instintos sociais herdados dos antepassados não-humanos. Sendo assim, espera-se que haja universais éticos, ou seja, princípios de alguma forma presente em todas as sociedades humanas. Como foi apresentado no vídeo em sala de aula, há princípios presentes em chimpanzés e macacos-prego que também estão presentes nos humanos, como a reciprocidade. Já a outra origem ética, a baseada na religião, diz que a ética origina-se no gênesis da bíblia sagrada. Desta forma, a origem da ética teria se dado quando Adão e Eva comeram o fruto proibido da árvore do conhecimento, e puderam distinguir o bem e o mal.
    A partir disso, o autor compara a concepção de ética descrito por Kant e Hume com a aceitação ou não da similaridade com os chimpanzés. Kant dizia que a ética era baseada na razão, sendo assim impossível de se assemelhar com os chimpanzés, sendo qualquer semelhança uma mera coincidência. Já na linha seguida por Hume, a ética é baseada nas emoções, tornando a razão muito menos significativa na ética, e, por consequência, possível de assemelhar a ética humana com a dos chimpanzés.
    No texto de Hugh LaFollette é proposto que as nossas atitudes que aparentemente são éticas podem prejudicar a outros direta ou indiretamente. Sendo assim, as atitudes que para um indivíduo ou grupo são éticas, podem ser prejudiciais a outro indivíduo ou grupo, o que se aproxima da teoria proposta pelo autos no texto de que os nossos interesses próprios se relacionam com a ideia de certo e errado. O autor também defende a importância das teorias, dizendo que a teoria não é algo totalmente desvinculado da prática, mas sim uma reflexão muito cuidadosa sobre a prática. Dada a importância da teoria, são apresentados dois grupos teóricos em seu texto: os consequencialistas e os deontologistas. Os consequencialistas defendem que as ações devem sempre ser tomadas visando uma consequência melhor para um coletivo, sem levar em conta os interesses pessoais. Já os deontologistas defendem o oposto, que as ações devem ser tomadas visando primeiro o individual, sem levar em conta a consequência para os outros. Ainda são apresentadas duas teorias alternativas, que não têm tanta influência na ética moderna: a teoria das virtudes e a feminista. A teoria das virtudes é anterior às duas teorias anteriormente citadas e segue uma linha de crítica a alguns pontos delas, e a teoria feminista segue na linha do movimento feminista, de reivindicar o lugar da mulher, chegando a ter uma teoria específica dizendo que a ética feminina é diferente da ética convencional citada pelas teorias mais influentes.

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  179. No primeiro texto, o autor começa a descrever qual o significado da palavra ética, que tanto esta como moral tem suas raízes nos costumes. A Ética não possuí nenhuma conexão necessária com nenhum tipo de religião, logo não temos o motivo de postular deuses. Claramente, a sociedade possuí pontos de vistas éticos diferentes em relação a inúmeros aspectos, mas existem determinados pontos importantes que as sociedades estão de acordo. Porém, não devemos aceitar como correto esses pontos de vistas que se cruzam. O texto também cita um debate entre Kant e Hume (objetiva ou subjetiva), que é uma questão sobre o papel que a razão implica na ética. Os defensores da objetividade ética dizem que os juízos éticos derivam de uma compreensão intelectual. Já os defensores da ética subjetiva dizem que a ética se baseia no sentimento ou emoção. Ainda não houve uma resolução para essa disputa, mas percebemos que há sinais de convergência (objetivistas não procuram fatos morais estranhos, mas fazem uma tentativa de estabelecer razões para aceitarmos se raciocinássemos sob condições determinadas/ subjetivistas já reconhecem que há um espaço para argumentação racional sobre a ética).

    No segundo texto, Hugh LaFollette comenta sobre a confusão dos interesses a partir de incertezas, confusões e conflitos. “Posso saber qual é a melhor escolha, mas não posso agir de acordo com ela” (exemplo: torta). Ações podem beneficiar outras ou prejudica-las, diretamente ou indiretamente. A avaliação crítica das perspectivas exige uma reflexão cuidadosa e sistemática. Mas tudo é opinião? Juízos morais são opiniões, consideradas igualmente boas, implicando em não poder criticar racionalmente o os meus juízos ou de outras, pois não criticamos meras opiniões. Há circunstâncias exigem a nossa ação, pois não vemos somente uma ação moral envolvida (exemplo: jogar moeda para desligar aparelhos do seu pai vivo). Deve tomar uma decisão informada, baseada nos melhores indícios.

    Assim, devemos entender que os juízos éticos precisam de uma compreensão intelectual, junto com uma reflexão cuidadosa. Podemos ilustrar o exemplo das recentes críticas sobre a antigas posses de escravos e o não direito de voto para mulheres. Assim, o que nós aprendemos é que devemos analisar com minúcia as nossas crenças, escolhas e ações, para nos assegurarmos de que estamos informados, somos consistentes, pois podemos estar perpetuando males que gerações futuras nos condenarão. Não devemos tratar tudo como "questão de opinião", mas trabalhar os argumentos que estão por trás das ações que podem ser tomadas.

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  180. A etica investiga os princípios e valores que orientam as pessoas e consequentemente a sociedade.
    Desde a Grécia antiga o conceito de etica é estudado, grandes filósofos como Aristoteles, Kant e Hume, tentaram entender o que e ética.
    A etica busca compreender o bem e mal, mas como esses valores não tem caráter absoluto, por isso é tão difícil entender realmente a etica.

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  181. Sara Aparecida de Paula (RA: 21041713)
    Na leitura do texto de Peter Singer vê-se que o termo ética pode ser utilizado em diferentes modos. No primeiro, relacionado à moral, e a questões de bom ou mau, muitas vezes coloca-se os desejos perante as regras e leis morais. Já o segundo, vem de uma matriz filosófica. No texto a ética é colocada não como algo de vertente religiosa, mas sim algo que herdamos de nossos antepassados e relações sociais que vão se modificando ao longo do tempo, já que há uma grande diversidade ética, mesmo com essa diversidade, há certos universais éticos, porém não quer dizer que eles sejam corretos.
    Posteriormente, faz-se menção sobre ética entre seres não-humanos, no caso os chimpanzés, contrariando ideias de Kant. E entender o modo de agir deles é importante para entender os primórdios da sociedade e as mudanças, pelas quais, a ética passou.
    A ética dá-se de maneira impessoal ou pessoal? Acredito que de certa maneira, ela esteja relacionada aos dois, ou seja, muitas coisas são consideradas de maneira geral e outras, a partir da própria pessoa. Essa questão combina-se com a os fatores razão/emoção, e eu acredito que haja um pouco dos dois também, a ética não é inteiramente razão, nem apenas emoção, e o texto conclui-se no fato de entender os limites de cada um, para poder entender o que se procede depois na avaliação ética.
    No segundo texto, de Hugh LaFollette ele inicia com as incertezas que nos afrontam no momento de tomada de decisões, pois há um montante de interesses, prós e contras, e as consequências. É uma situação em que podemos ter ideias erradas, e consequentemente decisões erradas. Por isso o autor, coloca em pauta a importância da racionalização de determinadas situações, agir de maneira racional para encontrar melhores soluções para os conflitos decisivos.
    O modo de agir, também depende muito das pessoas envolvidas e do nível de moralidade. Prejudicar? Beneficiar? Quem? São questões importantes, e isto se torna ainda mais complicado. Porém, deve-se lembrar, que algumas situações são basicamente simples, nós que não nos atentamos ao fato de que elas são praticamente automáticas. E o mesmo acontece quando colocamos uma situação como fácil. Por isso o complicado é pressupor algo, é importante ampliar as ideias para ter uma noção maior do que está sendo avaliado.
    Como disse anteriormente, é necessário situar-se no fato que fazemos muitas coisas automaticamente sem questionar o por que, e isso ocorre porque temos em mente algo que já aconteceu ou uma sabedoria alheia a que seguimos. É essencial ver também que, nem tudo é certo, e nem tudo é errado, o autor exemplifica isso com os nossos antepassados que tinham escravos e a exclusão da mulher na sociedade. Seria interessante teorizar essas ideias, a fim de entender melhor o que se passa, e assim tomar decisões.
    A reflexão é maior do que se imagina e está cheia de pressupostos que merecem ser analisados de maneiras diferentes, entre o certo e o errado há um abismo de interrogações, assim como, o "agir de determinada maneira". Devemos seguir o que já foi feito? Devemos partir da questão emocional e intuitiva ou apenas utilizar a razão?

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  182. Tanto ética, quanto moral, são palavras que se originaram em conceitos da palavra costumes. Mas seus significados e aplicações se dividem entre elas, por exemplo, moral: sugere um conjunto de deveres (as vezes de cunho religioso) ao qual devemos sujeitar nossos desejos.
    Já ética não tem influencia religiosa, já que supõem-se que ela surgiu no processo evolutivo, e uma das "provas" disso é a relação de cumplicidade e empatia entre os mamíferos. Kant acha essa visão impossível, já que a ética seria algo exclusivo da humanidade, já que a ética se baseia exclusivamente na razão humana. Hume vê a ética como um resultado das nossas emoções sobre nossas ações, ela não seria 100% racional, já que grande parte de nossas atitudes e ações não são racionalizadas, pois agimos na maior parte das vezes, de maneira automática, desse modo, o modelo darwiniano de evolução da ética junto com os mamíferos, se torna possível. Ética pode ser um conceito empírico, quando se tratam de ações concretas, ou abstrato, quando pensamos a respeito dessas ações.
    Devemos sempre pensar nas nossas ações de modo que elas afetem da maneira menos negativa possível a outras pessoas, isso seria moralmente correto e determinaria os limites da moralidade, por exemplo Kant, para ele o ato de maltratar o próprio corpo é considerado imoralidade.
    Não podemos ignorar a sabedoria popular, mas também não podemos considerá-la sempre correta, um exemplo disso seria lembrar que, a apenas alguns séculos, a sociedade era escravagista. Isso não seria considerado moralmente correto em 1700, mas hoje, no século XXI, isso é pavorosamente errado.
    Quando fazemos uma argumentação e pretendemos que ela seja considerada moralmente correta, ela deve ser coerente, consistente e usar princípios corretos, já que, fazer algo considerado moralmente correto mas pelos motivos errados, é um exemplo de inconsitência.

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  183. A palavra Ética é usada principalmente em dois sentidos: como o conjunto de regras e princípios que orientam o modo de agir de um certo grupo, ou como estudo do raciocínio sobre o modo que devemos agir. De acordo com LaFollette, ainda, a ação ética, a moralidade, esta relacionada com o comportamento que afeta as outras pessoas. Nesse sentido, pode-se dizer que um grupo é regido por regras morais, certas leis que não foram escritas.
    A Ética não necessariamente deve estar ligada a uma religião, uma vez que todos são regidos por princípios éticos, algo obrigatório, e “crer” ser uma ação voluntária, o que tiraria, de alguma maneira, a necessidade de agir moralmente. Assim, está associada a uma estratégia de sobrevivência no mundo, como um fenômeno natural, que pode inclusive ser encontrado em outros animais, como chimpanzés, por exemplo.
    Os valores de cada sociedade, pessoa, grupo podem variar de acordo com sua família, país, período, mas ainda assim há pelo menos um consenso entre todos (ou, pelo menos, a maioria) sobre o que é ético ou não. Sendo assim, a real questão está em como se define o que é uma atitude ética de acordo com a sociedade. Nesse ponto entra o papel da razão e a discussão gerada entre seguidores de Kant e de Hume.
    A concepção Kanteana está baseada no fato de que a lei moral é baseada na razão, ou seja, não seria possível ser racional e imoral ao mesmo tempo. Essa concepção faria com que qualquer semelhança existente entre a nossa ética e a ética de outros animais fosse mera coincidência, uma vez que animais não-humanos não tem a nossa racionalidade. Já a concepção de Hume diz que a base da ética é encontrada nas nossas emoções, desejos, e esses devem passar por uma espécie de filtragem feita pela razão para determinar quais desses desejos podem ser considerados éticos. Essa concepção já permitiria que animais como os chimpanzés tivessem um senso de ética, o que a meu ver é uma concepção mais consistente com os experimentos realizados na atualidade.
    Ainda assim, como sabemos quais que critérios tomar para decidir o que é ético ou não? Não é possível termos certeza de que a decisão que tomamos é a melhor, contudo, para tomá-la devemos pensar racionalmente, e nos basear nos melhores princípios, afim de que seja consistente, apropriada e aplicada corretamente.

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  184. Sobre a investigação da ética temos interesse no que diz respeito à sistematização do pensamento sobre a forma como devemos nos comportar.
    Para tratarmos e estudarmos sobre o que é a ética devemos primeiramente desvinculá-la da ideia que temos dessa ligada à religiosidade ou a algo no âmbito sobrenatural, ainda que, porém, tenhamos de reconhecer que sua natureza é distinta da nossa natureza, do mundo real, dos sentidos. A ética se encontra num “plano” idealizado. O perfeito, o bom, enfim, o ético existe dentro de nós; sabemos o que ele é, mas não podemos representá-lo no mundo real, seja com palavras ou modo de agir, à semelhança da perfeição do que é perfeito em nossas ideias. Podemos representar nosso ideal de perfeito no mundo real, mas a representação nunca será o perfeito em si, até porquê nossa linguagem é formada de termos que no geral podem assumir diferentes sentidos, o que dificulta falar do perfeito, que é único, exato e inflexível.
    Essa ideia de perfeição ética é comum aos humanos (poderíamos ainda estender essa característica a todos os mamíferos), uma vez que cada um se reconhece em sociedade, recorda o comportamento anterior dos outros e dá-se assim por criado o principio de bem, de moral, ideia de conduta perfeita: a ética como estratégia de sobrevivência e preservação da vida.

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  185. No início do texto “Ética – Introdução”, de Peter Singer (1994) podemos encontrar dois significados para a palavra ética: O primeiro que diz que a ética é o conjunto de regras ou princípios que orientam, ou pretendem orientar, as ações de um determinado grupo, o que pode-se ser entendido como o conjunto de instruções certas para um feito; E o segundo significado diz que a ética é o que nos faz refletir sobre como devemos agir, e nos leva a pensar sobre o porque isto ou aquilo é considerado certo/bom para uma sociedade – sociedade que possui costumes.

    Ao longo do texto o autor pincela um pouco sobre a questão da moral e também nos mostra que a ética existe em todas as sociedades humanas e provavelmente até entre nossos antepassados não-humanos, ou seja, os animais. Deste modo, Singer mostra que existe sim um ética na natureza. Em aula, podemos ver exemplos de experimentos com animais e na maioria deles os animais mostravam certo grau de raciocínio para perceber ações que fossem injustas ou que pudessem ajudar o outro animal, ou seja, há uma moralidade existente entre os animais, contudo ainda não podemos afirmar com total certeza, principalmente olhando pelo viés de determinadas correntes filosóficas, que os animais possuam este senso de ética.

    Uma das correntes que afasta esta ideia da existência da ética entre os animais é a “OBJETIVISTA”, de Kant, já que a moralidade vem da Razão, logo qualquer comparação entre nossa ética e a que podemos ver entre os animais, é uma coincidência. Por outro lado, se tem a corrente “SUBJETIVISTA”, de Hume, do qual a moralidade estaria ligada ao desejo de todos nós de fazermos o BEM, o que propõe que a ética dos humanos e dos não-humanos estariam próximas.

    Voltando para a questão do segundo significado da Ética, quando refletivos sobre como devemos agir e porque devemos agir nos deparamos muitas das vezes com respostas prontas, como “Eu faço isso, porque minha mãe me disse para fazer”, ou “Isto está certo, pois todos nós pensamos assim”, e estas não devem ser a resposta apropriada a este tipo de reflexão. Nossas ações são fortemente influenciadas por outras pessoas e são justificadas por elas, o que não nos faz refletir sobre elas. Todo Homem deve pensar sobre suas ações e pensamentos e se perguntar “por que eu penso/ajo desta determinada maneira?”, e a resposta não deve ser esta exposta anteriormente, mas sim uma resposta baseada na nossa razão, na moralidade e na crítica a nossos costumes.

    A Ética vem para ajudar o indivíduo a criticar seus costumes e não dar mais respostas vazias, como as que foram demonstradas neste comentário. Assim, apesar de ser difícil dar este tipo de resposta, nos devemos busca-la e sempre critica-la para ver se ela não está submetida a uma outra resposta vazia.

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  186. O primeiro texto evidencia primeiramente os sentidos da palavra ética, que podem ser um “conjunto de regras” ou um estudo sistemático do raciocínio sobre o modo que devemos agir. Ao observar a ética no primeiro sentido, ela pode ser diretamente ligada com a “moral” que hoje em dia sugere um severo conjunto de deveres que subordinamos os nossos desejos naturais, de maneira a obedecer à lei moral vigente em determinada sociedade. Ao notar que a ética está em todas as sociedades humanas, e até mesmo em comunidades animais, percebemos que ela é um fenômeno natural.
    Sobre a ética humana, se a consideramos como parte da herança de nossos antepassados, podemos considerar que há universais éticos, princípios que estão presentes de alguma forma em todas sociedades humanas; esses universais possuem um conceito absolutos e as palavras que as definem em diferentes culturas são relativas, assim, compreender a origem da ética ajuda a perceber o fenômeno que estamos lidando, e para compreender o conceito em si, é necessário aumentar o conhecimento da diversidade e uniformidade dos sistemas éticos entre diferentes sociedades.
    O texto também apresenta duas diferentes visões no uso da razão relacionada a moral. Kant acredita que a ética é um fenômeno puramente humano e as coincidências com o comportamento animal é superficial; a lei moral é baseada na razão. Hume acredita que a ética deve ser encontrada nas emoções e assim, a razão se torna menos significativa. Essas duas visões leva a discussão sobe a subjetividade/objetividade da ética. Alguns defensores da objetividade ética argumentaram que podemos conhecer intuitivamente se uma ação é correta. Mas isso tem problemas, já que conhecer o que é correto não implica a tendência para nos motivar a fazer o correto.
    O segundo texto discute como as ações que tomamos podem afetar outras pessoas, já que, a moralidade, entendida tradicionalmente envolve o comportamento que afeta o outro. Assim, o autor evidencia a necessidade de teorizar a ética: pensar as questões de forma mais abstrata, corente e consistente para poder fazer uma auto crítica de suas atitudes e do statuo quo moral vigente. A assim, a teorização da ética é uma boa maneira de discernir os melhores padrões para identificar características moralmente relevantes das noções e aumentar a capacidade de fazer bons juízos, sendo necessário avaliar de forma racional nossas ações a favor das conclusões morais.

    Mayara Sanches - 21023913

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  187. A ética no texto "O que é Ética" de Peter Singer é vista como um sistema de conduta, em que mesmo conhecendo o que é certo ou errado, e esse conhecimento nos motivando a agir da melhor forma possível, é necessário incluir nossos desejos e preferências, mas sem nos esquecer que há razões para agir da melhor maneira. O papel da ética seria de nos motivar a fazer oque é correto, porque se conhecermos oque é correto devemos seguir essa conduta. Neste ponto entra os imperativos hipotéticos, que derivam da vontade particular, e há questão que se coloca é se existem imperativos que valem a todos, independente dos desejos individuais, sendo esses imperativos chamados de categóricos. Para Kant existem imperativos que sejam categóricos, uma vez que existe a moralidade que nos diz que devemos fazer o que é certo, apesar de nossos desejos. Enquanto que para Kant a lei moral é baseada na razão, para Hume a ética é encontrada na emoções (paixões). Para Kant, a moralidade é exigência para a racionalidade (ético), entretanto esse conceito fica restrito quando aborda os animais, pois Kant pressupõe que animais não possuem ética, pois não são racionais. Para Hume, a razão faz a avaliação dos desejos, para ver se são válidos ou não (ou seja, morais ou não), e por colocar a ética no âmbito das emoções, aproxima nós humanos dos animais.
    No texto fica claro que para que a ética possa ser discutida é necessário tira-lá do ambito religioso, afim de incluir toda as pessoas. A ética nesse ponto passa a ser uma estratégia, de forma que as ações boas tentam garantir a vida de um modo geral, e de maneira harmoniosa.
    O texto “Teorias sobre a Ética" de Hugh LaFollette demonstra que nossas ações ações, apesar de parecerem éticas, podem afetar outras pessoas diretamente ou não, e quando isso ocorre, nossas ações devem ser avaliadas moralmente. Além disso fica demonstrado a importância de teorizar sobre nossas perspectivas afim de abandonarmos concepções mal concebidas, irrelevantes. Teorizar é uma reflexão cuidadosa sobre as nossas práticas. O texto demonstra que os interesses individuais podem ser o motivo para agir de certa maneira, e de acordo com os interesses dos seres humanos, determinar oque é certo, errado, moral e imoral. No fim, o autor diz sobre duas principais teorias éticas a dos consequencialistas e dos deontologistas, sendo que a primeira defende que as ações devem serfeitas visando as melhores consequências para a coletividade, enquanto que a segunda diz que devemos agir de acordo com regras e direitos morais, e que essas regras e direitos se definem não importando as consequências.

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