sábado, 20 de abril de 2013

7. TEMA 5 - DAVID HUME

 

Caros Alunos,

Após ler o texto: “Tratado da Natureza Humana”, Livro Terceiro: ‘Da Moral’, Parte Primeira: ‘Da Virtude e do Vício em Geral’, Seção I : ‘As distinções morais não derivam da razão’, Seção II : ‘As distinções morais derivam de um sentido moral’. Tradução para o espanhol disponível em:
pp. 330 até 345.
e examinar o material disponível em:
elabore uma postagem, até 24hs. do dia 16 de abril, com seus comentários sobre o tema.

337 comentários:

  1. Para Hume:

    A moral tem influência sobre as ações e afecções (i.e., propensão à prática de alguma ação) e por isso não pode derivar da razão. A razão não pode ter influência sobre as ações e afecções. A moral excita as paixões e produz ou evita as ações. A razão é completamente impotente quando se trata de predispor os agentes a certas práticas. As regras da moralidade, portanto, não são conclusões de nossa razão.

    Um princípio ativo não pode fundamentar-se em um inativo. A razão é inativa por si mesma e deve permanecer sendo assim em todas as suas formas e aparências, seja em assuntos naturais, seja em assuntos morais, quer se considere as propriedades dos corpos externos ou as ações dos seres racionais.

    As ações podem ser elogiáveis ou censuráveis, porém não podem ser racionais ou irracionais. Nesse sentido, não existem ações racionais. E, portanto, dizer que uma ação é moralmente preferível não significa que ela seja racionalmente justificada.

    A razão, em um sentido filosófico, pode ter uma influência sobre a nossa conduta somente de dois modos: 1. quando excita uma paixão, informando-nos da existência de algo que é um objeto próprio dessa paixão; 2. descobrindo as relações de causa e efeito de tal forma que nos proporcione os meios para exercer uma paixão. Estes são os dois únicos gêneros de juízos que podem acompanhar nossas ações, ou os que se pode dizer que as produzem de um certo modo. É necessário, entretanto, considerar que estes juízos podem ser, freqüentemente, falsos e errôneos.

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  2. Acho difícil traçar comentários sobre os pensamentos de Hume sobre ética e moral porque acredito que a matéria está bem entendida e fica clara a posição do filósofo. O mais importante acho que é ressaltar a importância do trabalho realizado por Hume em seu livro “Tratado da Natureza Humana”, obra constantemente citada nas disciplinas do BCH (o que mais me chamou a atenção foi ver agora que ele terminou a obra com apenas 26 anos).

    O Tratado da Natureza Humana foi publicado por Hume em 1739-1940, época em que os filósofos tratavam as questões humanas separadas dos fenômenos naturais. Hume propôs que a natureza humana fosse investigada por métodos já testados em outros formas de investigação (uma tentativa de introduzir o método experimental de raciocínio nos assuntos morais, como ele mesmo disse), rompendo com as concepções da natureza humana que vigoravam, e inaugurando uma nova forma de pensar o homem.

    Acho importante ressaltar isso pois talvez ao experimentar esses novos métodos Hume provavelmente elevou as questões sobre ética e moral a outro patamar (isso foi o que pensei, não sei se é verdade ou não). Ao tratar a natureza humana com métodos semelhantes de análise que por exemplo Isaac Newton utilizou para as ciências naturais, criando leis e princípios que descrevem os modos de pensar e agir humanos, o filósofo escocês contribuiu de forma fundamental para os debates éticos.

    Até onde li sobre pensadores posteriores a Hume que falam sobre moral e ética, como Kant e os filósofos utilitaristas, fica meio claro que todos parecem levar em conta a natureza humana da mesma forma que do autor escocês, com divergências apenas no modo de pensar sobre a influência da razão na moral.

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  3. A razão humeana é puramente instrumental. Ela não possui nenhum sentido metafísico como em Kanta. Para Hume a Metafísica não passava de um pseudo-estudo, já que de maneira "a priori" nada seria contraditório e tudo seria possível.

    A moral humeana se baseia nos desejos e paixões, esses que são governados pela dor e pelo prazer. As duas sensações, então, determinariam os desejos e paixões e, consequentemente, a moralidade.

    O Ceticismo na obra de Hume é bem elevado, mesmo eu não o considerando como um verdadeiro cético. Hume não só tira o grande valor da razão da discussão moral como põe em dúvida até o próprio empirismo, sendo ele científico ou não. Mas ao contrário da Metafísica, Hume acredita em resultados científicos, já que esses se baseiam no que é empírico.

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  4. "Human Nature is the only science of man; and yet has been hitherto the most neglected." D. Hume
    Essa citação de Hume ilustra seu pensamento em relação à Ética e a moralidade humanas. Sob essa ideia notamos o homem como sendo um ser muito mais sensitivo do que racional.
    Partindo do princípio de que buscamos o prazer e fugimos da dor, ele sugere que a natureza das ações das pessoas são resultantes basicamente de suas feições, ou o que ele descreve como paixões. A racionalidade é apenas utilizada como uma ferramenta, que possa calcular através de que meios poderemos maximizar nosso prazer, felicidade. Surgem então questionamentos do tipo: "Mas porque trabalhamos, um vez que o ser humano tende a preferir o descanso?". Ele sugere que através da razão, calculamos e maximizamos cada ação que seja revertida em maior prazer possível, portanto o trabalho de agora resultará em maior prazer, mesmo que futuro, do que o descanso.

    O pensador escocês retrata em sua obra o pensamento iluminista, que após o período da Idade Média, trouxe à tona o Humanismo e deixou de lado "a verdade revelada", dogmática da Igreja, colocando o ser humano em primeiro plano. No áudio disponibilizado no Blog, o narrador cita o pensamento crítico de Hume sobre o misticismo das religiões então vigentes da época. Ao resgatar a ideia de moral humana e não divina, tratou de um tema que por aproximadamente 2000 anos, desde a civilização grega antiga, esteve intacto.

    Seu trabalho resultou em importante influência em autores estudiosos posteriores de diversos temas, desde Economia (no qual o chamado fundador da ciência econômica Adam Smith foi seu amigo pessoal) até a própria Filosofia.

    Pessoalmente, as ideias de David Hume preencheram minhas lacunas sobre o tema Ética e Moral, me deixando do lado do Ceticismo sobre sua discussão racional. Sua forma de pensar ilustra perfeitamente a forma como as pessoas agem, através das pulsões e parcialidades individuais, utilizando a razão como instrumento. De uma maneira prática, o Utilitarismo vindo posteriormente a Hume, também me agrada.

    Rafael Senna de Souza

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  5. "Human Nature is the only science of man; and yet has been hitherto the most neglected." D. Hume
    Essa citação de Hume ilustra seu pensamento em relação à Ética e a moralidade humanas. Sob essa ideia notamos o homem como sendo um ser muito mais sensitivo do que racional.
    Partindo do princípio de que buscamos o prazer e fugimos da dor, ele sugere que a natureza das ações das pessoas são resultantes basicamente de suas feições, ou o que ele descreve como paixões. A racionalidade é apenas utilizada como uma ferramenta, que possa calcular através de que meios poderemos maximizar nosso prazer, felicidade. Surgem então questionamentos do tipo: "Mas porque trabalhamos, um vez que o ser humano tende a preferir o descanso?". Ele sugere que através da razão, calculamos e maximizamos cada ação que seja revertida em maior prazer possível, portanto o trabalho de agora resultará em maior prazer, mesmo que futuro, do que o descanso.

    O pensador escocês retrata em sua obra o pensamento iluminista, que após o período da Idade Média, trouxe à tona o Humanismo e deixou de lado "a verdade revelada", dogmática da Igreja, colocando o ser humano em primeiro plano. No áudio disponibilizado no Blog, o narrador cita o pensamento crítico de Hume sobre o misticismo das religiões então vigentes da época. Ao resgatar a ideia de moral humana e não divina, tratou de um tema que por aproximadamente 2000 anos, desde a civilização grega antiga, esteve intacto.

    Seu trabalho resultou em importante influência em autores estudiosos posteriores de diversos temas, desde Economia (no qual o chamado fundador da ciência econômica Adam Smith foi seu amigo pessoal) até a própria Filosofia.

    Pessoalmente, as ideias de David Hume preencheram minhas lacunas sobre o tema Ética e Moral, me deixando do lado do Ceticismo sobre sua discussão racional. Sua forma de pensar ilustra perfeitamente a forma como as pessoas agem, através das pulsões e parcialidades individuais, utilizando a razão como instrumento. De uma maneira prática, o Utilitarismo vindo posteriormente a Hume, também me agrada.

    Rafael Senna de Souza

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  6. Ao analisarmos “ O Tratado da Natureza Humana” de David Hume, percebemos suas idéias empíricas do conhecimento ligadas à moralidade. Para Hume, a razão não é uma fonte de determinação das vontades humanas. As vontades humanas funcionam através de sentimentos, paixões e suas experiências de moralidade.
    As ações humanas, são apenas aprováveis ou reprováveis, e a razão assim, não tem influências sobre nossas ações e afecções.
    A idéia central passada por Hume é que não é através da razão que tomamos conhecimentos do nossos vícios e virtudes, mas através de um sentimentos que pode ser prazeroso ou não, unindo suas idéias de causa e efeito e ao limite do entendimento humano.

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  7. Para Hume, os princípios motivacionais da conduta humana seriam inatos. O homem zelaria pelas suas ações na busca pela maximização do prazer. As ações éticas, portanto, seriam execuções de acordo com os juízos morais recebidos inatos pelos seres que intuitivamente buscariam sua satisfação emocional.

    Entretanto, a razão também é considerada por Hume. Apesar de seu papel secundário, a racionalidade humana serviria de mecanismo de reflexão para nossas escolhas em busca do prazer. Logo, este ponto de vista nos aproxima dos animais, visto que a função elementar da reflexão é apenas casualista nas condutas éticas.

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  8. Resumidamente podemos dizer que a idéia central do pensamento de David Hume, no que se refere a ética e a moral, tem origem nos mais profundos sentimentos humanos. Antes mesmo que possamos pensar ou refletir se uma atitude é imoral ou não, no imo de nosso ser, um sentimento de aversão ( ou aprovação ) aquela ação já estava direcionando, ou tomando partido, de “argumentos” que levariam as ferramentas da razão a concluir o raciocínio de forma pré-concebida, ou seja, a razão só confirmaria a decisão tomada por um sentimento inicial.
    Além disso, sua obra abrange uma investigação do entendimento humano tomando como base a maximização dos prazeres e a diminuição da dor. Para Hume a razão tem um papel secundário, uma ferramenta que pode obter conhecimentos absolutamente seguros sobre os poderes secretos da natureza e dos objetos.

    Edson Rodrigues

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  9. Analisando o texto “O Tratado da Natureza Humana” e as consequentes ideias defendidas por David Hume, absorve-se que para Hume, diferentemente de Kant, as emoções e percepções motivacionais do indivíduo o movem a agir de forma moral ou imoral.

    Para Hume a classificação de algo como moralmente correto parte da concepção emocional do indivíduo, enquanto ser movido por paixões e emoções.

    A razão na abordagem de Hume não é o ponto central das ações e classificações morais, é somente um meio reflexivo de auxílio ao homem, assumindo assim um papel secundário, tendo a emoção como principal premissa para a realização de algo considerado moralmente aceitável.

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  10. O pensamento de Hume, pelo seu cetiscimo elevado, tudo aquilo que podemos vir a conhecer tem origem em duas fontes diferentes da percepção, a impressão fornecida pelo sentido e as idéias como impressões representadas na mente. De acordo com o filósofo, as idéias são menos vívidas que as impressões, por serem secundárias. Acredito que dessa argumentção ele chegou conclusão de que a experiência seria a base de todo conhecimento.
    Essa conclusão teve tanta relevância, porque abriu caminho à aplicação do método experimental aos fenômenos mentais, esse desenvolvimento foi de grande importância para os próximos pensadores e toda a forma como se discutia o assunto até então, as explicações sobre a moral vindas do divino... e de teorias a priori..., essa importância provocou profunda influência sobre Kant, especialmente no papel da razão.

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  11. Na aula do professor Roberto Bolzani Filho, que explica o empirismo e o ceticismo de Hume, uma das ideias centrais é de que este filósofo considerava um grande equívoco a tentativa de explicar fatos que estão além de nosso entendimento. Não somos capazes de afirmar verdades a respeito de experiências que nunca tivemos. Assim, as afirmações metafísicas são totalmente arbitrárias e infundadas, de modo que a filosofia humeana apresenta um caráter claramente cético e antirreligioso, e afasta da metafísica o status de ciência.

    Quando Hume fala na nossa ignorância perante alguns fatos do mundo, tive uma lembrança imediata das ideias de Wittgenstein, que dizia sobre a incapacidade que temos para tratar de certos assuntos.

    Outro enfoque dado pelo professor foi a relação entre nossos pensamentos acerca dos fatos naturais, nossas experiências e as noções de causa e efeito. Segundo Hume, fatos cotidianos que nos parecem óbvios, - como a satisfação da sede decorrente da ingestão de água – não seriam tão óbvios caso não tivéssemos uma base empírica suficiente grande para corroborá-los. Logo, dizer que a água satisfaz a sede não seria claro se NUNCA tivéssemos uma experiência que confirmasse isso.

    Ainda é dito que, quanto mais experiências temos em relação a algo, mais nos convencemos de que esse algo é verdadeiro. Porém, essa proposição de Hume é muito susceptível a refutações baseadas em argumentos lógicos. Popper*, por exemplo, cita um interessante contraexemplo: “Seguramos um cigarro aceso perto do focinho de cachorrinhos... eles aspiraram uma vez e fugiram; nada podia induzi-los a retornar à origem daquele cheiro. Alguns dias mais tarde, apenas ao ver um cigarro ou mesmo um pedaço de papel branco enrolado, reagiam, fugindo e espirrando.” A partir da citação de Popper, fica claro que nem sempre um número grande de experiências é necessário para que algo seja tomado como verdadeiro. Às vezes, somente uma experiência já é capaz de mostrar claramente o efeito de algo.



    *Conjecturas e Refutações (O Progresso do Conhecimento Científico) – Karl R. Popper

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  12. Hume defende que as ações humanas são guiadas pelas paixões, emoções. Não tendo a razão qualquer influencia sobre nossas ações, serviria apenas parar inferirmos as consequencias de tais ações. O que nos faria diferenciar o bem do mal seria nosso sentimento moral. A razão é regida pelo principio de causalidade.

    Essa distinção moral seria algo dado a todos, já que uma ação moralmente aceita é quase um consenso, sendo aceitas por grande parte da humanidade.
    A moralidade se baseia na busca pelo prazer e fuga da dor. Procurando agir de forma que garanta uma vida com prazer, felicidade. O prazer é o bem e a dor é o mal e a razao examinará que açoes possibilitarão o bem ou o mal.

    Sendo assim não agimos por que a razão nos dizer para fazer de tal forma, mas sim, porque temos a necessidade de buscar prazer. A moralidade se dá em agir de forma a alcançar prazer e a razão será ferramenta para distinguir entre varias opções a ação que nos trará prazer, a que é moral.

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  13. A ética estudada por pensadores como David Hume, afirma que as emoções e paixões humanas são responsáveis por definir os conceitos de ética, a razão com seu papel secundário na qual seria apenas um meio para entendermos as causalidades que as paixões e emoções nos leva. É fato que para se chegar a ética o individuo que se vale das emoções e paixões precisa te-lá bem desenvolvida. E se discute também até quando os limites dos desejos podem ser considerados éticos acerca do que devemos fazer.
    As emoções errôneas ou desejos imorais podem ser mais prazerosos levando um individuo a cometer atitudes absurdas, com isso às pessoas que se levam do discurso da emoção para se chegar a atitudes éticas concisas precisam ter um conhecimento de vida, do ser humano e inteligência emocional apurado.

    Ricardo Seiti Kinoshita (rkinoshitaufabc@gmail.com)

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  14. No Tratado da Natureza Humana, David Hume enfatiza que o homem é movido pela pulsão e não pela razão, e é essa busca pelo prazer que nos identifica. Hume diz que a razão apenas pode nos mostrará que tipo de ação nos trará o prazer ou a dor.
    Toda a sua explicação está fortemente baseada no empirismo e ele acredita que não existe pensamento antes da experiência. Nesse sentido ele propõe que a percepção forte que é a impressão como a dor por exemplo, precedem as percepções fracas que são as idéias como a saudade. Hume explica isso dizendo:" todas as impressões sempre precedem as idéias e toda idéia contida na imaginação apareceu primeiro em uma impressão correspondente".

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  15. O que me chamou atenção neste capítulo do Tratado da Natureza Humana foi ver a aplicação da filosofia humeana no campo da Ética. O método defendido ao longo da obra, o empirismo, torna-se evidente na leitura. E é sob esse ponto de vista que o autor formula seus argumentos - é certo que isso torna-se um pouco óbvio já que a obra é justamente para marcar esta posição, mas como tive leitura de Hume em outras matérias, ao ler o capítulo e ver a forma que ele conduz sua argumentação no campo da Ética é que torna o capítulo, para mim, muito interessante.
    Como por exemplo quando afirma: "Todos los seres en el universo, considerados en sí mismos, nos aparecen completamente desligados e independientes los unos de los otros. Sólo por experiencia conocemos su influencia y conexión, y esta influencia no podemos extenderla más allá de la experiencia." (Hume - Tratado de la Naturaleza Humana)
    Isto é, a razão não é capaz de produzir um juízo de bem ou mal apenas através do pensamento. É a ação o campo onde se colocará em prática, e aí sim a razão poderá avaliar a conduta. Não é possível a razão determinar qual condutas devemos tomar a não ser depois de uma ação prática, pois: "la razón es inactiva por sí misma" (ibid.).
    Outro ponto que chamou atenção é, novamente, sobre o papel da razão: "Puesto que la moral tiene una influencia sobre las acciones y afecciones, se sigue que no puede derivarse de la razón, y esto porque la razón por sí sola, como ya hemos probado, no puede tener esta influencia. La moral excita las pasiones y produce o evita acciones. La razón por sí misma es completamente impotente en este respecto. Las reglas de la moralidad, por consiguiente, no son conclusiones de nuestra razón."(ibid.)
    Finalmente, cito o último ponto, para não cansar o estimado leitor que já deve conhecer o texto, onde o autor evidencia a primazia do prazer no que se trata as nossas condutas:
    "Nada puede ser más real o interesarnos más que nuestros propios sentimientos de placer y dolor, y si éstos son favorables a la virtud y desfavorables al vicio no puede ser requerido nada más para la regulación de nuestra conducta y vida." (ibid).
    Enfim, as dicussões em classe sobre Hume são, neste texto, bebidas na fonte. Aí é possível ver a importância dessas discussões, pois o texto é muito pesado, sob o ponto de vista de riqueza de argumentos e encadeamento destes.

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  16. A razão pura teórica para Hume é o mundo dos objetos que acontecem de forma determinada. É o reino da natureza.

    Ou seja, para Hume o homem age por impulso, desejos e paixões, naturalmente; as noções de bem e mal são primarias, as de certo e errada secundárias, e derivadas das primeiras. Uma ação ou intenção certa é simplesmente aquela que leva, ou tende a levar a um bom resultado.

    Através de nossas paixões é que conseguimos diferenciar o bem do mal. O principio de causalidade é que sempre rege a razão. São os sentimentos morais que determinam que o prazer seja o bem e o sofrimento seja o mal.

    Esse prazer é algo que todo ser humano deseja movido por uma paixão, impossível de ser evitado.

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  17. Para David Hume, o homem é movido por suas paixões humanas. Está sempre em busca de prazer e evitando a dor , desta forma é através dos nossos sentimentos que existe um discernimento moral. São eles que vão avaliar se uma ação é boa ou má.

    "... a moralidade se traduz na busca do prazer e na fuga da dor. E o objetivo de todas as ações humanas é a obtenção de uma vida de maximização do prazer, ou a de felicidade."
    (Peluso, Luis Alberto. Ética para principiantes. p.31)


    A razão para o autor empirista é apenas uma ferramenta para nos dizer se aquilo é verdadeiro ou falso. Podendo também por meio da ideia de causa e efeito nos mostrar o caminho para atingir uma paixão. Não será a razão a definir se uma atitude é moral ou não.

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  18. O que me chama a atenção em David Hume, é como ele segue um lado mais prático (empírico) do raciocínio ético. O sentimento, prazer, as coisas que sentimos nos direcionariam para a "verdade", já que evitaríamos as sensações que causam repulsa, guiando nosso modo de agir perante os outros. Mas o que tem que ser levado em conta são os sentimentos, prazeres de cada ser, onde um pode ter um prazer diferente dos outros que não é aceito pelos demais, por exemplo, necrofilia, pedofilia, etc. São coisas que a maioria da sociedade não iria aceitar por entrar em consenso quase geral, separando as coisas "boas" das "ruims".

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  19. Hume nos mostra que não é possível colocar a razão na frente na experiencia, de modo que agimos movidos por nossas paixoes e não por nossa razão. A busca pelo prazer e fuga da dor vão ser os impulsos de todas as nossas açoes e nos mostrar o que é certo e errado, visto que esta busca faz parte da natureza do homem, que não é capaz de evitá-la. As ideias que temos, ou seja, o pensamento racional, é sempre derivado de uma experiencia real vivida anteriormente

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  20. Em seu trabalho Hume nos mostra que o homem é guiado por suas paixões, anseios e sentimentos. Para ele o que determina a moral são os desejos do homem que na maioria das vezes coincidem por terem vivido e tido sentimentos semelhantes. Na busca constante pelo prazer e fuga da dor a razão não interfere na moralidade, nem nas ações das pessoas o que ocupa esse lugar são as paixões humanas.

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  21. Segundo Hume o homem busca sempre o seu prazer, sendo assim suas ações são movidas pelas paixões. As nossas paixões sempre triunfam sobre a razão. A razão apenas serve as nossas paixões.

    Cristina Gomes Firmino

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  22. Para Hume, não é a razão que nos fornece juízos morais, mas as emoções. A razão não seria capaz de mostrar ao homem o que é bom ou mal; essa resposta seria conseguida instintivamente, através das emoções. Assim, para Hume, a razão está submetida à paixão no que concerne à conduta moral, e agir eticamente seria agir de acordo com o desejo que o ser humano tem fazer o bem e evitar o mal. A razão pode servir de instrumento de reflexão sobre as consequências de determinada ação, nos mostrando se ela seria capaz de satisfazer a uma paixão, mas é essa paixão que “dirá” se tal ação é moral ou não, de acordo com sua capacidade de causar prazer ou dor, o que conhecemos através da experiência.

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  23. Pelas ideias apresentadas por Hume, o sentimento é o ponto de partida um julgamento ético. Todo sentimento, a priori, deve ser utilizado para entender a ação, de forma que a ação tende a maximizar os prazeres (benefícios).
    Acredito que essa ideia de Hume é bastante interessante, a medida que entende que exite uma ideia que satisfaria, não apenas um, mas uma gama de indivíduos, na medida em que uma ideia deveria minimizar o sofrimento ao máximo.
    Por mais que possa parecer um ideal individualista, acredito que seja a mais coletiva de todas, uma vez que levando sua teoria para o âmbito coletivo, ela deve minimizar o sofrimento geral e, portanto, a ação de cada indivíduo conta para essa maximização, ao passo que é possível que um indivíduo tenha que desenvolver uma ação, contrária a sua contade, para a satisfação do prazer geral.

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  24. João Lucas M. Pires19 de maio de 2013 às 20:14

    Analisando o conteúdo de nosso espirito para extrair dele os materiais elementares, Hume enumera duas categorias de percepções que ele distingue segundo seu grau de vivacidade: as percepções menos vivas, que ele chama “ideias”, e as percepções mais vivas, que ele chama “impressões “. Essas ultimas vêm dos sentidos ( sensações ) ou da reflexão (sentimentos ). Todas as ideias derivam das impressões, das quais são copias ou imagens. Por conseguinte, elas têm por origem a experiência sensível.
    A moral que guia nossa conduta pela distinção do bem e do mal, não se baseia no exercício da razão, mas num sentindo moral, Com efeito, a argumentação racional mão pode ser decidir sobre o valor de um ato nem motivar nosso comportamento: são os sentimentos de prazer ou de dor que suscitam a aprovação da virtude ou a condenação do vício e que constituem o motor de nossas ações. A moral se enraíza portanto na afetividade, e tem por princípio as paixões. No entanto ela não se reduz a um instinto: o sentido moral tem necessidade de ser esclarecido e aperfeiçoamento pelas análises da razão como Hume vai mostrar através da distinção entre as virtudes naturais ( a benevolência ) e artificiais ( a justiça ).

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  25. João Lucas M. Pires19 de maio de 2013 às 20:29

    assim como colocado no comentário anterior e usado nesse para definir Hume podemos usar algumas frases centrais para compreender sua obra:
    " O poder do espirito se mostra precisamente na faculdade de compor, de transpor, de acrescentar ou diminuir os materiais que os sentidos ou a experiencia nos trazem"
    "Pela estrutura original de nosso comportamento , podemos sentir um desejo da felicidade ou do bem de outrem, o qual, pela via desta inclinação , se torna nosso próprio bem"

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  26. O capítulo sexto do livro “Ética para principiantes” traz o seguinte título: “David Hume: Somos seres morais porque não podemos evitar o desejo de ‘ser bom’”. Isso se justifica no pensamento de Hume da seguinte maneira: nenhuma ação pode ser virtuosa ou moralmente boa, a menos que haja na NATUREZA HUMANA algum MOTIVO que a produza.

    David Hume defende a ideia de que seja “impossível que a distinção entre o bem e o mal morais possa ser feita pela razão, já que essa distinção influencia nossas ações, coisa de que a razão por si só é incapaz”. Assim sendo, para Hume, a moralidade não é um objeto da nossa razão.

    David Hume acreditava que as ações humanas eram motivadas pelas nossas paixões (ou seja, pelas emoções, e não pela nossa racionalidade). As ações são determinadas MORAIS pelas paixões, que fazem com que se perceba a realidade dentro dos padrões do que se considera bom ou mal. Para Hume, a moral nasce no homem, e ele age de acordo com suas emoções (Ideia de que são as paixões que determinam quais ações são morais).

    O que é moral para Hume, então, é aquela conduta aprovada por grande parte da humanidade (vale lembrar que para o filósofo, todos os seres humanos possuem distinções morais semelhantes) e que proporciona ao indivíduo prazer. Entende-se moralidade como busca pela concretização do prazer, dos desejos inescapáveis que são frutos das paixões humanas. E dessa maneira, é fácil perceber que a moral humana precede a razão.

    Giovana Cavaggioni Bigliazzi

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  27. David Hume nos diz que as paixões humanas motivam as ações dos indivíduos. Os seres humanos possuem desejos e buscam realizá-los. Nossas paixões nos fazem buscar o prazer – e fugir da dor - e nos fazem considerar como corretas, no sentido moral, as ações que nos trazem o prazer.

    Hume relata que todas as ações humanas são realizadas em busca da felicidade, ou seja, do prazer. Se algo nos proporciona dor, ele não será considerado moral, já que as distinções morais existem graças à ideia de que prazer é bom e dor é ruim. E como todos os humanos buscam prazer, Hume nos diz que ações morais serão aprovadas por grande parte da humanidade, já aquelas reprovadas por um grande número de pessoas serão consideradas imorais.

    A razão, para Hume, só teria influencia nas nossas ações quando ela “instiga” uma paixão ou quando nos diz os meios para chegar ao que consideramos bom, de acordo com nossas paixões. Sendo assim, a “razão por ela mesma” não tem influência sobre nossas ações. Mesmo quando Hume considera as duas formas de influência dela diante nossas condutas, na verdade, ela está servindo de ferramenta, seja ela intensificadora, excitando nossas paixões, ou encontrando formas de se chegar a ela – a paixão.

    Sendo assim, a razão pode examinar nossas ações, no sentido de avaliar as consequências das mesmas, baseado o julgamento no prazer que elas conseguiram alcançar ou na dor, mas não motiva-las. A razão nos diz o que é falso e o que é verdadeiro, mas não nos diz o que é bom e o que é ruim. Já as paixões são o que motivam as nossas ações e nos mostram o que é bom ou não.

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  28. Hume acreditava que os princípios morais não tinham ligação com a razão, que só poderiam ser explicados dependendo da ação por si só. Em termos eu acredito que ele tentava provar que o mundo pode sim ser explicado somente pelas idéias matemáticas, onde a lógica é usada acima de tudo, e é completamente passível de mudança de acordo com diferentes situações. Porém, creio também que a razão pode sim interferir em decisões morais, uma vez que a razão também muda de pessoa para pessoa.
    Pessoas morais e pessoas racionais possuem claramente uma diferença no modo de pensar, mas creio que haja uma dada circunstância onde ambas decidiriam pelo mesma opção. Ligar razão e ética pode ser uma coisa bem difícil de se fazer, mas acredito ser possível uma vez que a razão pode mudar de acordo com a moral envolvida, e do pensamento da própria pessoa.

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  29. No livro, David Hume visa a justificação das nossas condutas assumindo que o ser humano tende a fazer o bem baseado na sua própria concepção de ´´bem´´ da natureza humana empírica- individual e que este busca fazê-lo, por meio das ações morais, tendo em vista a concretização de sua felicidade e como alternativa a fugir da dor; Hume vê nesse ato uma distinção moral muito semelhante entre os diversos indivíduos e toma como moral o que é aceito por grande parte da humanidade, e descreve como imoral o que é repudiado por ela. portanto, por meio dos nossos senso moral, ou paixão, é o que diferencia a ação boa da má e compõe a ação moral.
    A razão apenas tem como função, o exame das consequências que as ações, morais ou não, possam gerar(causa e efeito) ou quando move uma paixão, que são baseadas nas emoções ou sentimentos.

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  30. Na obra “Tratado da Natureza Humana” escrito pelo filósofo escocês David Hume, introduz-se o conceito de que não é a razão que exerce domínio sobre as ações ou nos princípios de um início de uma ação, mas sim a moral. As ações humanas são movidas pelas emoções e paixões, que seriam regidos pelas sensações de prazer e dor, a procura pela felicidade e a tentativa de fuga da dor, e que portanto definiriam o comportamento moral .
    Não é possível afirmar que a razão possa fazer a distinção entre o bem e o mal, pois esta é inativa por si mesma, ela não consegue instigar a fazer a ação, por fim a razão seria apenas um meio para raciocinar sobre as ações.

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  31. No Tratado da Natureza Humana, David Hume defende que as ações humanas são guiadas pelas paixões e emoções. Não tendo a razão qualquer influencia sobre nossas ações, serviria apenas parar inferirmos as consequências de tais ações. O que nos faria diferenciar o bem do mal seria nosso sentimento moral. A razão é regida pelo principio de causalidade.
    Essa distinção moral seria algo dado a todos, já que uma ação moralmente aceita é quase um consenso, sendo aceitas por grande parte da humanidade.
    A moralidade se baseia na busca pelo prazer e fuga da dor. Procurando agir de forma que garanta uma vida com prazer e felicidade. A dor é o mal e o prazer é o bem e a razão examinará que ações possibilitarão o bem ou o mal. Hume explica isso dizendo: "todas as impressões sempre precedem as ideias e toda ideia contida na imaginação apareceu primeiro em uma impressão correspondente".
    Para Hume, a razão está submetida à paixão no que concerne à conduta moral, e agir eticamente seria agir de acordo com o desejo que o ser humano tem de fazer o bem e evitar o mal. Sendo assim não agimos por que a razão nos diz para fazer de tal forma, mas sim, porque temos a necessidade de buscar o prazer. A moralidade se dá em agir de forma a alcançar prazer e a razão será ferramenta para distinguir entre varias opções a ação que nos trará prazer, é a que pertence a moral.

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  32. Segundo Hume o que está presente na nossa mente são as percepções, que tem a capacidade de julgar o certo e o errado, e dentro dessas percepções encontram-se as ações (ver, ouvir, julgar, amar e odiar), então o que determinaria nossas ações seria a nossa mente.
    Porém ser determinada por nossa mente não quer dizer que ela seja determinada pela razão, pois ela é a descoberta da verdade ou da falsidade, quanto a relação real de ideias, quanto a existência e aos fatos reais, o que acaba por não figurar as paixões.
    Outra ideia que reforça a ideia de que a razão não determina nossa moralidade é a ideia de que a moralidade exerce influência no comportamento humano, sendo em suas ações ou em suas paixões. Porém a razão não possui a capacidade de despertar paixões, e produzir ou impedir ações.
    Hume declara: “Os homens são frequentemente governados por seus deveres, abstendo-se de determinadas ações porque as julgam injustas, e sendo impelidos à outras porque julgam tratar-se de uma obrigação”
    Entretanto às vezes ações são tomadas com base nas paixões, e acabam por não gerar boas ações, e sim ações condenáveis, que vão de confronto aos juízos morais, podendo-se até se pensar que vão contra a razão.

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  33. Em seu livro, Hume defende que as ações do homem são guiadas pela emoção e pela paixão, ou seja, elas não derivam da razão.
    Assim, os seres humanos buscam o prazer e ao mesmo tempo tentam fugir da dor.

    Nesse contexto, ele descreve que a razão só pode influenciar nossas condutas em dois casos:

    1- quando se excita uma paixão, informando a existência de algo.

    2- quando relaciona causa e efeito, para exercer uma paixão.
    Se a influencia da razão não for nesses dois contextos citados a cima, a razão não tem influencia sob as nossas ações.

    Sendo assim, a razão julga o que é falso e verdadeiro, porem ano diz o que é bom ou ruim para um ser, já a paixão é a motivação das nossas ações em mostrar o que é bom ou ruim para uma pessoa.

    Portanto, para Hume ser moral é ter sua conduta aprovada por grande parte da humanidade e buscar ações que proporcionam prazer.

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  34. Este comentário foi removido pelo autor.

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  35. David Hume trata da razão como um caminho para a verdade, e não como a verdade em si própria. Isso porque os nossos sentidos impõem um obstáculo a interpretação total do universo, ou simplesmente não são capazes de absorver todas as informações pertinentes ao que nos rodeia.
    Desse modo, ele tenta provar que não é possível ir além do que se conhece sobre a física e a matemática porque nossos sentidos não são capazes de ultrapassar os conhecimentos a priori; ele tenta transportar o método experimental das ciências para o conhecimento da moral e por conta disso usa-se da razão para construir os mesmos critérios de avaliação para se chegar a conclusões mais próximas da verdade assim como Newton.
    Um ponto que me interessou na obra é que ele cita o fato de que a física explora o mundo dos fatos enquanto a matemática é apenas ferramenta para explorar esse mundo. De fato a matemática existe independente ao mundo a sua volta, o Teorema de Pitágoras existiria mesmo se não existissem triângulos.

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  36. No Tratado da Natureza Humana, David Hume, será afirmado que todas ciências são compreensíveis pela ciência da natureza humana; que a única finalidade da lógica é a possibilidade de explicar as operações e princípios da faculdade humana de raciocínio, e a natureza de nossas ideias.
    A obra trata que sendo possível entender o homem , será possível entender sobre todas as ciências.
    Um dos pontos na minha opinião que se torna mais evidente no decorrer da leitura é que o método empírico, e o fato do ser humano ser movido por suas paixões. O fato de estar sempre buscando o prazer e evitando a dor e o sofrimento, e é através da das paixões que desenvolvemos o sentido de discernimento entre o bem e o mal. Sendo que a causalidade sempre irá reger a razão.
    E esta moralidade que nos irá guiar na incessante na busca do prazer e na constante fuga da dor.
    Esta moral é baseada nas emoções e não na razão.

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  37. Jessica Raissa Oliveira Laureano20 de maio de 2013 às 23:57

    David Hume, em ‘O tratado da natureza humana’ enfatiza que o homem é movido a praticar suas ações baseado no que concebe como bem e não pela razão. Toda sua explicação está baseada no empirismo e para ele, o pensamento só ocorrerá após a experiência. Cito Hume: ‘Todas as impressões sempre precedem as ideias e toda ideia contida na imaginação apareceu primeiro em uma impressão correspondente’. Hume diz que tudo que o individuo faz é baseado na busca pela felicidade, pela satisfação e por isso pratica ações morais, para fugir da dor. Pratica a ação moral para ser aceito e admirado pela sociedade e julga como imoral aquilo que a sociedade repudia. A razão serve apenas para nos mostrar que tipo de ação será benéfica ou não ao ser praticada.

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  38. Ao verificarmos “ O Tratado da Natureza Humana” de Hume, suas idéias empíricas do conhecimento ligadas à moralidade ficam explicitos para os leitores. Para Hume, a razão não é uma fonte de determinação das vontades humanas. As vontades humanas funcionam através de sentimentos, paixões e suas experiências de moralidade.
    As ações humanas, são apenas aprováveis ou reprováveis, e a razão assim, não tem influências sobre nossas ações e afecções.
    A idéia central passada é que não é através da razão que tomamos conhecimentos do nossos vícios e virtudes, mas através de um sentimentos que pode ser prazeroso ou não, unindo suas idéias de causa e efeito e ao limite do entendimento humano.

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  39. Analisando o texto de D. Hume “ O tratado da Natureza Humana”, notamos que a ideia central é que o homem é um ser mais sensitivo que racional. Segundo o autor as paixões e sentimentos são predominantes sobre as vontades humanas nas quais ele busca a maximização do prazer muitas vezes agindo por puro impulso e evitando a dor e a razão fica em segundo plano.
    Para o autor o que determina o que é moral ou imoral pode ser definido por ações que nos trazem prazer e satisfação, as ações são determinadas morais pelas paixões, por fim a razão carrega apenas a função de racionalizar as consequências das ações.

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  40. Thirza Nakayama RA 2106581221 de maio de 2013 às 11:53

    Para Hume a base de todo o conhecimento consiste de percepções; as impressões e as idéias. Sob isso, podemos classificar o homem como um ser mais sensitivo do que racional, onde as ações das pessoas são resultados de suas feições com grande influência da nossa moralidade. Podendo também a razão ter influência na nossa conduta, quando esta excita uma paixão ou por relações de causa e efeito, entretanto, não é a fonte de determinação das vontades humanas, sendo um grande equívoco qualquer explicação de fatos que estão além do nosso conhecimento.
    Logo toda e qualquer ação do indivíduo é baseada na busca do prazer, felicidade e satisfação com atos morais para a fuga da dor

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  41. Fernando Santiago Moraes da Rocha21 de maio de 2013 às 13:56

    Segundo David Hume, as ações do ser humano sempre buscam a moralidade e são motivadas pelas suas paixões, e não pela razão. Isso se da dessa forma pois o ser humano sempre busca em suas ações algo que fará bem a ele. Sendo assim, algo que não proporciona o bem para o ser humano não é moral, já que o conceito de moral está ligado a ações que fazem o bem ou o mal para o homem. Portanto, uma ação moral é uma ação moral se é prazerosa ao homem, e se é prazerosa ao homem, é proveniente da emoção, do sentimento.
    Para Hume, a razão só tem influência no comportamento do homem como um plano de fundo da emoção, de uma maneira muito indireta. A razão age de maneira que ela ou incentive uma paixão, indicando a existência de um objeto próprio dessa paixão, ou mostrando o caminho para chegar a algo que é considerado bom para o homem, segundo suas paixões.
    Portanto, a razão só examina as ações do homem para avaliar as consequências dessas ações em prazerosas ou não prazerosas, mas nunca motivando as ações. A razão apenas informa da veracidade ou falsidade de algo, mas não se é benéfico ou não, isso é dito pelas paixões.

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  42. Hume, em seu Tratado, indica que a base das distinções morais é o sentimento, e não a razão. Isso leva a pensar que os vícios e virtudes são nada mais que percepções que temos sobre determinados comportamentos, chamados no texto de sentimentos morais, e não um conceito fixo, que se dê pela razão. É marcante uma frase que Hume usa para negar o papel da razão como formadora do senso moral: "... a razão é completamente inerte, e nunca poderia ser a origem de um princípio tão ativo como a consciência ou um senso moral". O autor coloca que nossas paixões e percepções, que são subjetivas, não podem ser colocadas como verdadeiras ou falsas, o que tira o 'fator razão' da discussão. Os vícios e virtudes, tratados no texto, dizem respeito ao que o indivíduo percebe como positivo ou negativo. A razão não é desconsiderada, porém. Ela entra, de acordo com Hume, para entender e relacionar o sentimentos e percepções que vem da emoção.

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  43. Para David Hume, as nossas decisões são guiadas pelas emoções e não pela razão. As emoções nos levam a buscar o prazer e evitara dor, e nos dizem se uma ação é boa (se nos proporciona prazer) ou má (se nos faz sentir dor). A razão não tem influência na motivação das ações humanas, serve apenas como ferramenta para avaliar as consequências delas.

    Hume acreditava que o pensamento sobre os fatos eram derivados da experiência. Segundo ele, não é possível prever as consequências de uma determinada ação sem antes ter alguma experiência em uma situação semelhante. A experiência seria, então, algo necessário e indispensável para prever o efeito de uma ação.

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  44. David Hume, em “Tratado da Natureza Humana”, mostra a necessidade de distinguirmos a razão da emoção quando o assunto é moralidade. Ele argumenta que nossas ações estão baseadas na emoção, na busca pelo prazer, sendo assim, a moral é conduzida pelo “fugir da dor” e não está diretamente relacionada com a razão.
    A razão, por ser um princípio inativo, deve permanecer assim em todas as suas manifestações – sejam naturais ou morais – e, segundo a ideia de que um princípio ativo não pode se fundamentar em um princípio inativo, a moral preferível pode não ser justificada racionalmente.
    A razão pode estar presente em nossas condutas, quando nos informa de algo que é próprio de nossa paixão ou quando nos mostra uma relação de causa e efeito de modo que nos proporcione uma paixão; mas é importante ressaltar que por diversas vezes os juízos tomados podem ser errôneos.

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  45. Hume busca, eu seu texto "Tratado da Natureza Humana", entender a diferença entre razão e emoção na tomada de nossas decisões.
    Ele defende que a razão é um caminho para se chegar à verdade, e não é necessariamente a verdade em si. Da mesma forma, ela age como um ponto secundário nas decisões do homem, que é geralmente movido por suas paixões.
    Ele entende que o ser humano toma decisões buscando a moralidade, sendo movido por suas emoções e paixões, pois dessa forma, ele tomará atitudes que fazem bem pra ele. Sendo assim, Hume define que moralidade seja aquilo que proporcione bem ao próprio homem e, portanto, se não o faz, não pode ser considerada uma atitude moral. Essa proximidade das ações do homem com seus desejos e suas paixões permitem - nos entender quais são suas vontades e identificar se suas atitudes são corretas, morais ou não.
    Assim, para se entender a ciência como um todo, basta entender o homem.

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  46. Em seu “Tratado da Natureza Humana” David Hume nos mostra que as ações praticadas pelos seres humanos são motivadas por nossas próprias paixões e emoções, não pela racionalidade. Ele também relata que é impossível o bem e o mal morais sejam fruto da razão, já que sozinha a razão é incapaz influenciar nas nossas ações. A paixão é quem determina se a ação é moral, aonde se percebe se as ações são boas ou más, as paixões determinam se as ações são morais. A moralidade seria a busca pelo prazer, seria a idéia do que o homem pensa ser bom e mal e por ultimo veria a razão.

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  47. David Hume expõe que as paixões humanas seriam responsáveis pela formação da nossa moral. Nós seres humanos buscaríamos nossos desejos e por conta disso ficaria a encargo de nossas paixões a ascensão da busca pelo prazer como algo no plano do que é certo e correto, entrando assim, no sentido moral, numa fuga da dor pois é imoral.

    As ações relacionadas à moral - à felicidade - seriam adotadas pela maioria das pessoas por estar relacionado ao prazer. Sendo assim, essa busca comum tornaria a moral impositora da minoria imoral, fato a qual dispõe todas as outras ações que nos trazem sofrimento. Uma repulsão natural ao que é imoral nasce nisso.

    Dentro dessa proposta, a razão só exerceria influência em nossos atos ao nos remeter a uma paixão que nos impulsiona a busca do que é bom. Portanto, a ideologia puramente racional não teria o controle sobre nossas ações em campos morais. De tal maneira que, mesmo quando se considera as duas formas de influência dela diante de nossas condutas arbitrárias, onde serviria como ferramenta, para assim, ser intensificadora de nossas paixões, ou encontrando formas de se chegar a própria.

    Conclui-se que o papel da razão seria apenas de avaliador da importância da nossa paixão, que se transparece na ação moral, sendo a mesma a motivadora. Exemplifica-se de tal maneira, onde a razão prevê o que é verdade ou falsidade, mas não impõe os encargos morais do que é bom ou ruim. Função a qual é disposta pelas nossas paixões.

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  48. David Hume buscava entender as ações praticadas pelo ser humano, e estas, de acordo com ele, eram guiadas pelo sentimento das pessoas e não pela razão. Por mais que as pessoas tenham uma tendência a acreditar que as razões nos guiam, uma colocação feita por Hume, atiça bastante os “racionalistas”: “basta considerar se é possível, pela simples razão, distinguir entre o bem e o mal morais, ou se é preciso a concorrência de outros princípios que nos permitam fazer essa distinção.”(David Hume). Eu concordo com essa colocação de Hume, pois acredito que não há maneiras de distinção de ser moral ou imoral, apenas com o uso da racionalidade, ou seja, sem a atribuição de sentimentos para resolver tal questão.

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  49. David Hume aborda que o estudo da moral é muito complicado, afinal a cada decisão que tomamos sobre está, a paz da sociedade está em jogo.Ele trata a moral então como percepções. Os juízos que fazemos de bem ou mal não passam de percepções ou seja são impressões ou ideias. E por meio disse que observamos os vícios e virtudes, então julgando algo como condenável ou louvável.
    Outra ideia vista sobre moral é de que esta influência nossas paixões e ações e nada tem haver com a razão, porque a uma grande diferença do que é louvável ou condenável do que é racional ou irracional.
    A razão só influencia a conduta humana quando desperta então uma paixão ou quando se descobre conexão de causas e efeitos dando meios de exercer uma paixão.

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  50. Hume, em seu Tratado, analisa e estabelece a diferença entre razão e emoção no que diz respeito à tomada de decisões morais. Ele acredita que a moral não é baseada na razão, uma vez que esta sozinha é impotente. Razão é apenas uma ferramenta para descobrir ou refutar a verdade, mas não é a verdade em si. Ela serve para excitar uma paixão ou estabelecer uma relação de causa e efeito em relação a um objeto, o que poderá gerar uma paixão. A moral é melhor sentida do que julgada e portanto, ele defende que nossas ações estão muito mais baseadas nas vontades individuais e se elas irão gerar prazer ou dor, tentando fugir desta ultima.

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  51. Hume traz as possíveis influências que a moral e o emocional tem sobre a vida.
    Certamente, a partir do momento que alguém escolhe uma posição, seja esta ética ou anti ética, o ser sofrerá as
    consequências de seus atos. Na frase seguinte o autor retrata exatamente isso: "A moral excita as paixões e produz ou evita ações". A partir deste pensamento, e utilizando como base o sentimento da paixão, podemos refletir e perceber que tudo aquilo que gostamos ou somos apaixonados, reflete na nossa vivência e consequentemente nos ajuda a elaborar um conceito de ética para a vida!
    Antes de pararmos para pensar e estabelecer uma idéia sobre algo que executamos e sua moralidade, já estamos julgando a ação e aprovando-a ou reprovando-a, sem ao menos levar em conta qual seria o real peso disso no resto da nossa vida. Não é levado em consideração a moral do ato, apenas o quão benéfico isto é para o ser. Portanto para Hume, o homem não é levado pela moral para tomar uma ação, este é levado apenas pelo lado emocional!

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  52. Segundo Hume em: “Tratado da Natureza Humana”, aprovar ou condenar uma atitude depende, estreitamente, das diferentes percepções possíveis, ou seja, esse julgamento se restringe ao indivíduo o qual pode, naturalmente, se utilizar da moralidade para tal, já que a mesma possui influência sobre as ações humanas e pode atuar como "agente" motivador, ou não, de determinadas ações.
    Emoção, paixão e razão são termos que se relacionam ao ter "moral" como ponto principal.
    A razão também pode influenciar determinadas condutas, mas de uma maneira mais restrita quando comparada à moralidade.
    Hume aponta também que, se a moralidade não tivesse, naturalmente, influência sobre as paixões, bem como as ações humanas, seria inútil ter tantas abordagens acerca disso.
    É sabido que Hume considera o homem muito mais sensitivo do que, propriamente natural e, já conhecido seu trabalho, se torna mais conveniente ainda estabelecer parâmetros relacionados à ética, moralidade e razão com embasamento às ideias dele.

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  53. O texto de Hume apresenta as ações humanas como sendo guiadas pelas paixões, o bem e o mal seriam percebidos apenas pelo ponto de vista do nosso sentimento moral.
    A razão não influencia a razão, já que esta está intimamente ligada ao princípio de causalidade. Nesse aspecto, podemos observar que Hume separa as correntes deontológicas e consequencialistas dentro do próprio ser humano, ou seja, se uma atitude é tomada com base nas paixões ela tem origem deontológica e se é tomada com base na razão, tem origem consequencialista.
    Assim, a razão teria a função de teorizar as ações, tentando guiá-las para busca do prazer, que seria o bom e nos afastar do sofrimento, que seria o mal. Mas ainda assim, as paixões sobrepujam a razão, assim agimos para alcançar o prazer e não porque as razões nos parecem boas ou ruins.

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  54. Boa tarde Professor,

    Para Hume, o direcionamento de nossas atitudes se dá primordialmente pelas nossas paixões, de modo que a razão não seja essencial para determinar nossas ações.

    As nossas paixões guiam nossas atitudes em busca do prazer, e consequentemente objetiva fugir da dor e do que nos faz sofrer. De forma geral, acabamos relacionando as situações que nos proporcionam prazer como boas e as que nos causa sofrimento como ruins.

    Sendo assim, nota-se que o autor possui uma visão empírica, de modo que através da formação de um conceito sobre algo já vivenciado pelo ser humano, conseguimos caracterizar a bondade ou a ruindade das coisas.

    Rebeca Mario Martins.

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  55. Em seu “Tratado da Natureza Humana”, David Hume conclui que não há razão nas nossas ações e afecções, uma vez que há uma grande influência da moral. Isso ocorre porque a moral desperta em nós as paixões, tornando assim impossível o uso da razão nos nossos atos.
    Hume começa a analisar o conceito de razão. Ele chega à conclusão de que a razão nada mais é do que a descoberta da verdade ou da falsidade, que seria por consequência um erro. Mas para se analisar esses conceitos, é necessário que também se distinga o mundo das ideias e o mundo das impressões. O primeiro é aquele que somente imaginamos e nunca vivenciamos. O segundo é aquele no qual temos a experiências sensíveis, reais. Serve de base para tudo o que se encontra no mundo das ideias. Tudo aquilo que faz parte do mundo sensível não pode ser comparado a outras situações, uma vez que se trata de fatos originais, da realidade. Assim, não pode haver razão nos nossos atos e muito menos julgá-los verdadeiros ou falsos.
    Hume preocupou-se em abordar a necessidade de diferenciarmos a razão da emoção em termos de moralidade. Tudo o que buscamos está sempre associado à busca do prazer e à fuga da dor.

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  56. O autor nos mostra a sua teoria de que a razão não é quem comanda as nossas ações e sim nossas emoções é que o fazem.
    Segundo Hume, a razão nos serve apenas para encontrarmos o melhor caminho para se chegar a verdade.
    Já a emoção , nos conduz para o que nos torna felizes e nos afasta da dor.
    Me parece bastante próximo do que disse Aristóteles, quando dizia que deveríamos ouvir a voz interior que nos instrui sobre cada procedimento se é correto ou não .

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  57. David Hume na sua obra “Tratado da Natureza Humana” diz que nossas decisões estão ligadas as nossas emoções, logo a razão não influencia nossas ações. A razão para de David Hume não é o ponto que classifica algo como moral ou não, é apenas o ponto de reflexão que auxilia o homem a entender suas emoções.
    E através dessa ideia é interessante pensar que pode ser nossas emoções, sentimentos e paixões que nos direcionam para o que é ético e moral. A razão, portanto, não poderia dizer o que é bom ou ruim, mas as experiências vividas e as emoções que trazemos conosco.
    Que através dos sentimentos podemos buscar a "verdade" e o que seria "justo".

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  58. Para Hume não há separação entre Natureza e Cultura, o que não significa que uma coisa seja diferente da outra. A cultura é a projeção das nossas paixões em um todo artificial da sociedade, mas a paixão que é projetada não é representada em seu estado natural. O estado natural da paixão não se comunica com “o outro”, ele é um sentimento parcial que existe pelo “outro”, mas que só faz sentido pra si próprio. A cultura faz com que essa paixão parcial se estenda para os “outros”. O que acontece é que, apesar da cultura não representar o estado natural da paixão, ela só se constitui a partir das paixões humanas. Natureza e Cultura são interligadas, mas não são representantes uma da outra.
    A partir disso fica mais claro o que o Hume entende por Ética. Não é uma base natural, como prevê o direito Natural, que irá servir de referência para julgar o que é ético ou não. A Ética vai se constituir de acordo com as circunstâncias, e estas, que determinarão as formas da sociabilidade entre os homens. Mas isso não significa que, então, a Ética será meramente relativa e não haverá como julgarmos um ato ético, pois as circunstâncias formam as instituições sociais a partir da sua relação com as paixões parciais do homem. Cada instituição, assim, tem uma origem natural, apesar de diferir dela. Isso significa que podem existir diferentes tipos de instituições com diferentes valores Éticos e, em cada instituição, o valor Ético, determinado pelas circunstâncias que estenderam a paixão natural do homem para um todo artificial, é fonte para juízos. Entretanto, esses juízos não podem ser universalizados.
    Concluo que, se é verdade que a paixão é necessária para tornar possível todo juízo ético em geral, cada juízo de modo algum é representante da natureza. O que dá aos juízos sua razão são as circunstâncias. Hume redefine o significado de um juízo ético.

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    1. Caro Lucas,
      Seus comentários não revelam que Vc. leu o texto de Hume recomendado na Postagem acima.

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  59. As distinções morais (aquelas que nos dizem o que é o bem e o mal), segundo Hume, influenciam nossas paixões (sentimentos e sensações), e estas, por sua vez, nos levam a praticar ações. Elas não são determinadas pela razão, uma vez que esta, por si mesma, não é capaz de fazer esse discernimento entre o bem e o mal, assim como ela faz ao determinar o verdadeiro e o falso, e também porque ela consiste no que Hume chama de "princípio inativo".
    As nossas paixões e ações, que são influenciados pela moralidade, segundo ele, são "princípios ativos". Sendo assim, a razão nunca poderia influenciar ou determinar as nossas distinções morais, visto que estas últimas influenciam os princípios ativos e estes, por sua vez, não podem ser fundados em um princípio inativo.

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  60. Mateus Baeta Diógenes21 de maio de 2013 às 19:27

    Hume acreditava que as paixões determinam o fim moral a que queremos chegar, tendo em vista que a nossa vontade não pode estar alheia as nossas paixões, e estas são as bases para a nossa ação.

    A razão, no entanto, possui papel de análise e reflexão, situada num campo teórico e por isto não está ligada a prática da ação, e sim, em um julgamento lógico da mesma.

    Portanto a razão estaria subordinada as paixões, e a moral antes de ser exercida seria pensada, e as consequências da ação(recompensa ou reprovação) seria o julgamento moral que temos para guiar a nossa moral.

    Acredito que Hume vê a razão de forma limitada, somente de maneira instrumental, contudo é de extrema importância a ruptura que ele faz com uma moral pre determinada e estende para uma reflexão que a natureza é a base para nossa vida e assim, a moral está no âmbito de todos.

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  61. David Hume acreditava que o empirismo seria a base de todo o conhecimento, e que era através das percepções que seríamos capazes de conhecer plenamente o mundo no qual estamos inseridos.
    Em Tratado da Natureza Humana, Hume explica que nossas percepções podem ser classificadas como impressões ou ideias. As impressões seriam mais fortes, e estariam se referindo aos primeiros pensamentos e sentimentos que temos do objeto em questão, enquanto as ideias seriam formulações que viriam depois de examinarmos as impressões, nos dando uma concepção mais “pensada” sobre o que observamos.
    Para o filósofo, a razão seria um princípio inativo, ou seja, por si só não teria forças para influenciar nossas ações. Nas únicas situações nas quais a razão exerceria influência sobre nossas concepções esta estaria relacionada à paixão, o verdadeiro princípio ativo dos nossos juízos morais.
    A paixão nada mais seria do que o resultado das impressões sobre as ideias, e representaria a necessidade humana de se abster da dor sentida em seu interior. Não se trata aqui de uma dor física, mas sim de um estado de incômodo no qual a pessoa se encontra, e que busca constantemente agir de maneira a não provoca-lo. Deste modo, ao praticarmos nossa moralidade, estamos nos baseando principalmente em nossos desejos individuais, o que nem sempre representa uma ação racional e justa.

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  62. Daniele Rodrigues de Faria21 de maio de 2013 às 19:41

    A razão, de acordo com Hume, “é a descoberta da verdade ou da falsidade" e, como nossas paixões e ações são fatos originais, não podem ser declarados de acordo ou não à razão (ou seja, verdadeiras ou falsas).
    Uma vez que a razão por si só é algo inativo, ela não é capaz de influenciar nossas ações e fazer a distinção entre o bem e o mal morais. Portanto, segundo Hume essa distinção será realizada a partir dos nossos próprios sentimentos: ao sentirmos prazer com determinada ação a consideramos virtuosa e, quando há o sentimento de repulsa e dor por certa conduta esta nos parece como viciosa.
    Ainda, Hume irá dizer que a moralidade não é passível de demonstração: ela somente pode ser 'sentida'.

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  63. Hume diz que nossas decisões são tomadas através das nossas paixões e não pela razão. Casualmente as nossas condutas são dirigidas pela razão, ou seja, a maioria das ações são influenciadas pela emoção e paixões que estão presentes em nós.

    A paixão nos conduz para o que achamos ser bom, agradável, prazeroso e que nos trás felicidade. Algo que nos trás dor não será considerado bom moralmente.

    A razão examina as consequências das nossas ações, se elas foram boas ou não, porém não nos motiva a faze-las. Ela busca o que é verdadeiro e o que é falso, mas não nos diz se é bom. O homem busca somente fugir da dor, que está ligada a moral.

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  64. Luis Alfredo da Silva21 de maio de 2013 às 20:07

    É complexo do ponto de vista de assimilação adotar a perspectiva de Hume de desprendimento da razão nas ações e consequentemente sobre a moralidade ou não das mesmas.
    Pelo que observo, a perspectiva de Hume sobre a impossibilidade do julgamento das ações de uma maneira correta- já que as mesmas podem ter sido afetadas pelo
    mau julgamento não proposital do sujeito, e ainda,
    em segunda estância pela visão moral equivocada daquele agente que analisa a ação-, concluo que a visão dada pelo autor se aproxima do “julgamento” de Sócrates no qual o mesmo se vê julgado moralmente por uma moral diferente da qual ele acreditava por questões intrínsecas de sua construção do conhecimento. De certa maneira, os conceitos morais e os julgamentos morais, em meu entendimento, são muito passiveis á pontos que fogem ao ponto teórico quando aplicadas aos casos empíricos e seus diversos pontos e considerações.

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  65. O que nos motiva, o que nos leva e induz rumo ao que temos como o bem sempre foi e talvez sempre será um grande mistério. Disposto a tentar dar uma resposta suficientemente aceitável, David Hume procura nos esclarecer esta questão caminhando pelo prazer e pela dor.

    O que realmente quis dizer acima é que Hume nos expõe a visão de que nossa moral é moldada por nossas paixões, por nossos vícios e virtudes, onde estas nos levam a adotar acões e posturas diantes das situacões em que procuramos o nosso prazer e evitarmos a dor, sendo esta ultima o que caracterizaria uma acao imoral.

    Dentro desta natureza de nossa moral, onde entraria a razão? Hume crê que esta vem como quase uma espécie de ferramenta que utilizamos em busca de nosso próprio prazer, que nos seria útil quando nos exita, instiga, nos conduz a identificar uma nova paixão ou também nos mostrar através de reflexões as condicoes de causa e efeito em busca do prazer, nos exibir o caminho a se seguir dentro da moralidade.

    Ou seja, a razão na visão de Hume não vem para nos dizer o que é o bem agir e o mal agir, que fica a cargo de nossas idéias e impressoes sobre dor e prazer, e sim vem para nos dizer como agir dentro desta moral instituida pelas paixoes, nos dizendo o que é verdade e mentira neste "panorama".

    Acredito que a explicacao de Hume é interessante pela visão do papel da lógica dentro do que considera moral, e o fato de sua moral ser baseada em paixões exibir o caráter múltiplo das visões éticas, afinal nossas impressoes e ideias, nossas paixoes são muitas vezes visões individuais que podem corresponder ou não com outras visões acerca do que nos proporciona prazer.

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  66. Hume, nas páginas lidas de o Tratado da Natureza Humana, mostra que o conceito de moralidade não é derivado, somente, da razão, e sim seria provido principalmente de questões mais sensitivas, até mesmo subjetivas, como as paixões e as ações. A razão só poderia estar ligada a conduta humana em casos que estimula uma paixão ou nos mostrando os meios para realizar tal paixão.
    Somos guiados para a felicidade, a moralidade, a virtuosidade, e a busca por interesses pessoais, evitando as sensações ruins como a dor, sendo então que a aprovação de um caráter seria diretamente proporcional ao prazer e agrado que um ato é capaz de reproduzir. Por isso, por vezes precisamos aprender a separar a razão e a emoção para que possamos conseguir aceitar e admirar atos por mais que estes não nos tragam as tão almejadas sensações de prazer.




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  67. Hume evidencia, no trecho posto, que no que ele acredita ser a moral, a razão é algo que passa longe. Ao descrever que a moral seja algo que é influenciado pelas paixões e vícios que nós temos, a razão não pode fazer parte desta moral pois, segundo Hume, a razão é algo que está desprovida de paiões que possam influencia-a e que a torne sempre justificável frente as diferentes facetas de uma atitude regulada por esta paixão.

    Quer dizer então que a razão não tem nenhuma ligação com a moral? Não. O papel da razão influenciaria nossa ação remetida pela paixão que nos leva a buscar o bem. Porém, não poderemos colocar como racional uma atitude que esteja no controle moral.

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  68. Em nossas mentes encontramos as percepções, no qual, segundo Hume tem a capacidade de determinar o que achamos que é certo ou errado em algum ato, e dentro dessas percepções encontramos todas as nossas ações.
    Hume, em seu livro, separa a moral da razão. Assim nossas ações são influenciadas pela moral, não derivando da razão. Portanto as decisões que tomamos são determinadas pelas nossas emoções (paixão) e não pela razão.
    Com isso, a razão é analise de fatos reais, no qual você separa entre o que é verdadeiro do que é falso, esse é o papel da razão. Já na moral, cada um tem sua concepção do que é imoral e do que é moral de se fazer, não temos como julgar alguns atos só porque no nosso ponto de vista esses atos são imorais. Para julgarmos algo como imoral temos que analisar os fatos, entender o que fez aquela pessoa cometer aquilo, discutir. Assim a moral é influenciada por nossas paixões, desejos, que às vezes podem ser errados.

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  69. Para Hume todas as ações são percepções, incluindo julgar algo como bom ou mau. Ele questiona se somente a razão já é suficiente para definir se uma ação é boa ou ruim. Na verdade, para ele, a moral deriva muito das paixões e afeições por algo. Se fosse somente derivada da razão, então a moral seria um mero conjunto de regras. O que a razão busca é fazer juízos sobre a veracidade ou falsidade de alguma coisa baseados no conhecimento que se tem estabelecido consensualmente sobre esta coisa, que por sua vez procura ser baseado o máximo possível na realidade. As nossas paixões, que estimulam as nossas ações, não podem ser fruto da razão, pois não são passíveis de serem falsas ou verdadeiras. Elas só podem ser desejadas ou censuráveis. Uma ação pode ser feita baseada em um juízo, mas este só é carregado de um valor verdadeiro ou falso, nunca de um vício ou uma virtude, logo um juízo nunca vai ser capaz de dizer que se uma ação é moral ou imoral.

    O prazer e a dor são duas percepções muito importantes pra Hume, pois é através do balanceamento entre elas (se direcionando muito mais para o lado do prazer) que o ser humano busca guiar as suas ações. A partir daí, pode-se dizer a moralidade é algo muito mais sentido do que passível de julgamento. Os sentimentos ou impressões que surgem da virtude são agradáveis(prazer), enquanto que os do vício, são desagradáveis(dor). É através desses dois, e dos tipos de percepções atreladas a eles, que as ações são ditas morais ou imorais.

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  70. No "Tratado da Natureza Humana", David Hume traz uma análise curiosa acerca das motivações que nos levam a praticar ações. O autor defende que as ações não são movidas pela racionalidade, mas sim pelas nossas paixões.

    O prazer é o que norteia nossas ações, de forma que a busca por ele define a moralidade, determinando que por meio de nossas paixões definimos o bem e o mal. No entanto, Hume não deixa a razão de lado, apenas a coloca em segundo plano, demonstrando que ela seria uma forma de reflexão em campo teórico, afastando-se da prática direta.

    Fernanda Sue Komatsu Facundo

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  71. Hume entende que nossas ações são tomadas por causa das paixões que elas nos transmitem e não pelo emprego da razão. Assim sendo, uma ação não pode ser considerada moral ou imoral, mas elogiável ou censurável/ aceitável ou recriminável.
    Assim sendo, seguindo a ideia exposta pelo professor de que uma ação moralmente preferível não é necessariamente uma atitude racionalmente justificada, eu apresento o exemplo de uma mãe que se lançou para dentro de um rio com o objetivo o objetivo de salvar o filho que estava sendo levado pela correnteza sem ao menos saber nadar. Embora este exemplo represente uma sensação extrema, foi com ele que consegui uma melhor formalização da ideia de que as nossas ações são realmente tomadas conforme nossas paixões e não pela razão.

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  72. David Hume, em seu livro “Tratado da Natureza Humana”, discute as diferenças entre razão e emoção. Partindo de análises fundamentadas nas decisões cotidianas do homem, Hume argumenta que as ações humanas (ou as afecções) estão fundamentadas e guiadas na emoção, sempre visando uma busca pelo prazer, sendo assim, Hume conclui que a moral é conduzida pela preferência do ser humano por aquilo que lhe garante mais prazer, ou, menos dor.

    Tais argumentos implicam, inevitavelmente, numa separação entre moral e razão. Considerando que os seres humanos buscam agir de forma moral, logo, são movidos por suas paixões – uma busca pelo prazer - podemos considerar que a moral produz/evita ações, podendo ela ser considerada um princípio ativo. Já a razão é incapaz de conduzir as pessoas a uma prática qualquer, sendo assim, a razão é considerado um princípio inativo.

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  73. Jessica Mayumi Tomigawa21 de maio de 2013 às 22:18

    Para Hume, a moral excita as paixões e pode resultar em ações ou não. A razão, para ele, não exerce influência nesse aspecto. As regras morais, portanto, não são conclusões da razão, já que a mesma não dita nossas ações e paixões.

    A razão, filosoficamente falando, influenciaria em dois casos. O primeiro é quando excita uma paixão, informando da existência de algo próprio dela. E o segundo é o descobrimento das relações causa-efeito que nos proporcione exercer uma paixão.

    O autor ainda afirma que a virtude, definida pelo prazer e o vício, definido pela dor relacionam-se com a ação, pois levam a um sentimento que nos proporciona pelo mero exame e consideração de tal ação “virtuosa”.

    Portanto, as distinções morais relacionam-se com esses sentimentos que, de certa forma, são contrários e instintivos que são o prazer e a dor. Nós, enquanto seres humanos, nos guiamos pelo que nos dá prazer, pois a dor, para Hume, é imoral e, assim, moldamos nossa moral que é moldada pelas nossas paixões, vícios e virtudes.

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  74. Segundo Hume , o apreço por conhecer a moral deriva do fato de essa influenciar nossas ações ; as quais podem ser consideradas , pelos juízos morais , como boas ou más. Para Hume, esse julgamento se inicia com um processo de percepção que levará o indivíduo a aprovar ou condenar uma determinada ação. Essa percepção pode ser de dois tipos : impressões e idéias, sendo essas últimas baseadas puramente na razão, a qual não pode sozinha ter influência sobre as ações ; isso é o que defende Hume.
    Para ele, são nossas emoções e desejos que influenciam o agir humano. Hume apresenta algumas justificativas a fim de comprovar essa teoria; uma dessas é o fato de , para ele, a razão ser um conceito inativo e inato e , portanto, não pode definir uma ação.
    Em decorrência disso, a razão não pode ser usada para distinguir o bem e o mal; uma vez que , essa separação influencia as ações humanas; mas como definir o bem e o mal ? . De forma simplista, podemos dizer que o mal é aquilo que distorce a moral, sendo classificado, portanto, como imoral ; já o bem seria aquilo que concerne à moral. Partindo-se desse pressuposto, pode-se dizer que as condutas ' erradas ' são imorais ; essa seria uma visão racional; entretanto, nem todos os erros se aplicam nessa concepção, pois muitos ocorrem de forma involuntária e sem conhecimento acerca da questão ; não há, portanto, culpabilização ao sujeito que pratica a ação 'distorcida'.
    Diante do que foi exposto anteriormente, torna-se também relevante determinar quais são as qualidades morais dentro da dualidade : vícios x virtudes . Dentro de uma abordagem empirista, vê-se contraditoriamente, uma visão racional, que defende a demonstração das relações entre os vícios e as virtudes.
    Partindo-se para uma visão de Hume, os vícios e virtudes só podem ser relacionados através das impressões ( sentidos ) ; sendo os vícios associados â dor e as virtudes ao prazer. Visto isso, conclui-se em Hume que a moral é mais sentida do que julgada racionalmente.

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  75. No trecho estudado da obra O Tratado da Natureza Humana, Hume discorre sobre a relação entre Moral e Razão e da relação de ambas com ações de afecções. A Ação, quanto a suas definições, é apresentada por Hume basicamente como passíveis de elogios ou de censura, e não como racionais ou irracionais, de forma que uma ação não pode ser racional. Dessa forma, uma ação moralmente elogiável não coincidirá necessariamente com aquilo que é racional.
    A Moral, um princípio ativo, influencia diretamente ações e afecções, ao passo que nos impede ou incentiva a praticar determinadas ações, já a Razão, um princípio inativo em sua essência, é colocada como indevida e incapaz de guiar tais decisões. Dessa forma, Hume conclui que, uma vez que um princípio ativo não pode ser originado a partir de um princípio inativo, a Moral não é resultado direto da Razão.

    Por fim, Hume apresenta os dois princípios da Razão que podem influenciar nossas ações e decisões:
    1. quando age como excitadora da paixão, dando-nos consciência do objeto dessa paixão e;
    2. revelando a relação causa-efeito que nos torna capaz de praticar tal paixão.
    Hume ressalta que essas são as duas únicas situações em que a razão pode nos levar a determinadas condutas, embora essas não sejam necessariamente corretas e sim, geralmente, erradas.

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  76. A moral é para Hume, algo que é motivado pelas paixões. Sendo assim, vem da emoção.

    Ela vem da emoção justamente porque a razão é algo incapaz de ser agente ativo no processo de realização de uma ação. É importante ressaltar que a moral, para Hume, é algo que se mantém inativo. E, a moral sendo algo motivado por uma paixão, se torna distante da razão.

    Hume conceitua que razão é a descoberta da verdade ou da falsidade. E em sua obra, Hume esclarece que essa descoberta de verdade ou falsidade seria o acordo ou desacordo à existência e aos fatos reais. O que não é suscetível de uma análise de verdadeiro ou falso, é incapaz de pertencer à razão. Uma paixão não é algo que pode ser definido como verdadeiro ou falso, sendo assim, a paixão, que motiva a moral , dá a máxima de que a moral deriva da nossa emoção.

    Ao que cabe a razão dentro deste plano, é apenas despertar uma paixão e descobrir as relações de causa de efeito.

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    2. "É importante ressaltar que a moral, para Hume, é algo que se mantém inativo."

      Na verdade é "a RAZÃO, para Hume, é algo que se mantém inativo."

      Escrevi errado.

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  77. Arthur El Reda Martins
    RA: 11002610

    No seu livro Hume defende que as ações do homem são movidas pelo impulso, as paixões e emoções e não pela razão, que é um meio secundário para entendermos a causalidade.
    De acordo com ele distinguimos o que é certo ou errado pela nossa moral, que faz com que percebamos o que é bom ou mau na nossa realidade.
    Mas em que baseamos essa moralidade? Hume explica que ela é baseada na busca pelo prazer e na fuga da dor, "todas as impressões sempre precedem as ideias e toda ideia contida na imaginação apareceu primeiro em uma impressão correspondente".
    O ponto interessante de tudo isso é que como somos guiados pelos nossos impulsos e paixões, não agimos de forma objetiva, e isso invalida a análise racional, apesar dela ser útil para podermos conectar os sentimentos e percepções provindos do ato emocional.

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  78. Para Hume, nossas ações provêm de nossas paixões, ou seja, nossas emoções e, que a partir delas seriamos motivado a agir de determinado modo. Portanto, a razão não exerceria influência em nossa atuação, ela seria inativa, não podendo interferir em uma ação, elas apenas seriam um instrumento de análise sobre as consequências do agir humano, ou seja, avaliar a verdade e falsidade .Assim, nossas impressões morais, a paixão, nos proporcionaria a distinção entre o bem e o mal.
    Segundo ele, nós humanos tentamos nos dirigir ao bem, isso porque esta está presente em nossa própria existência como humanos, e que nossa moralidade é baseada na experiência.
    Como o homem busca a felicidade, prefere não se sujeitar à dor e, portanto, a moralidade também estaria relacionada à intenção de se obter o prazer, e este se sucede a partir dos sentimentos.

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  79. Em "Tratado da Natureza Humana", afirma-se que é "impossível que a distinção entre o bem e o mal morais possa ser feita pela razão, já que essa distinção influencia nossas ações, coisa de que a razão por si só é incapaz."
    Logo, a moralidade não é um objeto da razão.
    Hume apresenta sua visão quanto aos moldes que damos a moral; para ele, esta é moldada pelas paixões humanas. Sendo assim, a moralidade reflete-se no objetivo de se concretizar o prazer. Nós tomamos decisões e adotamos posturas buscando saciar nossos desejos e, consequentemente, evitar a dor. Ele acredita que esse molde nada mais é do que uma maneira de indicar o caminho da moralidade, já que o estímulo daquilo que se anseia nos conduziria a repensar e refletir sobre nossas ações. Enfim, a moral está na conduta mais universal, a qual a maioria das pessoas aprova, e que tende a prover aos seres humanos o prazer.

    Paula Endriukaitis

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  81. Hume afirmará que a moral advém das paixões, rompendo, dessa forma, com filósofos anteriores que tratavam do mesmo tema, como Kant e Descartes, estes diziam que a razão era base de nossas ações e deveres. Empirista, o filósofo dará grande importancia a experiencia, considerando como "experiencia" da moral a ideia e as impressões e, embora rompa com a ideia de conformidade com a razão, este não a exclui de participação na sua moral, apenas a apresenta como passiva das paixões.

    A moral vai ser guiada pelas paixões, e são estas que tem influencia sobre as nossas ações e afetos. Enquanto a paixão gera comportamento e conduta, a razão irá apenas gerar reflexão e pensamento, não sendo base para as nossas ações, ele apenas vai permitir a compreensão do que é verdadeiro ou falso, mas não do que é correto ou incorreto, este último estando a cargo da paixão, determinante da nossa vontade.
    Para Hume, paixão e razão não são opostas, e sim estão unidas por uma relação de complementariedade, pois enquanto a primeira vai determinar as nossas vontades e ações, a segunda oferece meios para realizar a vontade.

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  82. A moral esta associada aos traços de caráter que pode ser virtuoso ou vicioso.Hume afirma que alguns traços de caráter são instintivos ou naturais, como a benevolência, e outros são adquiridos ou artificiais, tais como a justiça.
    Está é a exemplificação da teoria de Hume e existem alguns pontos que devem ser mencionados. Um deles seria a dificuldade em se determinar se o traço de caráter motivante de um agente que prática uma ação é natural ou artificial, portanto, Hume decide que este é uma virtude. Para Hume as virtudes naturais são constituídas por: humildade, benevolência, caridade e generosidade. Já as virtudes artificiais, por sua vez, são constituídas por: justiça, cumprimento de promessas e lealdade. Hume classifica as virtudes artificiais como as mais necessárias e deixa as naturais com o posto de desnecessárias.
    Hume começa a parte 1 do livro III considerando se as distinções morais são derivadas da razão, ou seja, diz respeito a se a nossa aprovação moral resulta de uma análise racional dos fatos ou se é apenas derivada de nossas reações emotivas. Hume afirma que esse juízo moral é proveniente da emoção e defende sua posição apresentando uma critica a abordagem racionalista da moral de Samuel Clarke, a qual afirma que analisamos racionalmente a adequação e inadequação de nossas ações tendo como parâmetro relações morais eternizadas. Hume também afirma que avaliação da moral não é um juízos a partir do empirismo, uma vez que, qualquer ação moral examinada nunca poderá ser descoberta como um ‘’vício’’. Por meio disso, Hume conclui que não podemos elaborar enunciados de obrigações que devem ser cumpridas por conta da repetição de fatos. A aprovação moral não é um juízo racional, portanto ela é uma reação emotiva ( Hume)
    Na parte II do mesmo livro, Hume analisa a natureza da justiça e da injustiça. Ele afirma que a justiça é uma virtude artificial, considerando que para Hume as virtudes são os motivos que levam um agente a agir. Ao se analisar o que nos leva a agir de determinados modos ( consequentemente analisar a virtude ) pode-se concluir se a mesma é natural ou artificial. Hume considera relevante algumas motivações naturais para a justiça, como: o interesse público, amor-próprio e benevolência, mas essas explicações são consideradas falhas como exemplificações, então Hume conclui que a nossa concepção de justiça não é adquirida naturalmente mas sim artificialmente, uma vez que a mesma é proveniente da educação e de padrões convencionais humanos.

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  83. David Hume foi um empirista, preocupava-se bastante com evidências, na contramão de outros filósofos, que obtiam suas conclusões simplesmente usando a luz natural da razão.
    Para este pensador a moralidade é baseada em sentimentos, em vez de razão. Chegou a essa conclusão depois que desenvolveu sua teoria do conhecimento que afirma que tudo o que podia saber era perceptível pelos sentidos.
    Ele defende que quando você observa um ato imoral, você não acha a situação certa nem errada se levar em consideração apenas os objetos envolvidos na ação. Apenas quando você se enxerga na situação e tem um sentimento de desaprovação, passa a criar um juízo sobre aquela ação.
    O homem age guiado por suas emoções e paixões, almeja o prazer e a sobrevivência.
    Portanto, para Hume, a moralidade não é algo da nossa razão.

    Rosangela F. de Paula
    RA 21069412

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  84. O objetivo deste tratado é descobrir a 'verdadeira origem da moral', segundo o método experimental: a partir da observação dos fatos, a estima - ou o desprezo - que os seres humanos concedem à certas qualidades dos espírito, Hume estabelece um catálogo das virtudes para analisar seus princípios gerais.
    A justiça, definida como 'respeito geral pelas posses ou bens de outrem', diferentemente da benevolência, não provém diretamente da natureza humana: é uma ferramenta, inventada pelos seres humanos, para superar os inconvenientes de sua condição natural.
    Esta, não corresponde à ficção poética de uma 'era de ouro harmoniosa', nem à ficção do Estado de Natureza de Hobbes (conflitos do egoísmo); mas se caracteriza pela desordem que provém da tendência das paixões - o egoísmo e a simpatia - à parcialidade. Compreendendo as vantagens da vida social, pela experiência e pela reflexão, os seres humanos concordam sobre as regras de justiça que as tornam possíveis. Essas convenções, fundadas na utilidade pública, permitem a satisfação e a harmonização das paixões, devido à ampliação de seu horizonte: elas realizam a passagem do ponto de vista particular para o ponto de vista geral, e a integração dos interesses individuais aos interesses comuns.

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  85. Ana Paula Grenzi Antonio21 de maio de 2013 às 23:28

    Essa é a primeira vez que leio algo sobre David Humes e sinto-me na obrigação de dizer que fui surpreendida com o que encontrei. Achei superinteressante o ponto de vista dele, embora tenha uma pitada de exagero e aversão em relação à razão. Mas me identifico com quem defende os sentimentos acima da razão, por algum motivo que ainda me é desconhecido.
    Ao contrário do racionalismo moral, que se baseia na razão como motivo de distinções morais e motivadora de ações, Hume alega que a razão não é a base dos nossos julgamentos morais.
    Hume se indagava se as intuições ou distinções morais se geravam através de ideias ou impressões. Segundo ele, há somente dois tipos de percepções, que são ideias e impressões; Uma impressão seriam sensações e experiências que são fortes e ficam gravadas na alma, por assim dizer. Ideias seriam reflexos mais fracos dessas impressões, onde ele diz que ideias simples derivam de impressões simples.
    Ele defende em relação a vícios e virtudes que nossa aprovação moral é proveniente de um conjunto de impressões, o que tende para o lado emotivo, ao invés de ser proveniente de ideias, o que seria mais racional e é justamente o que ele critica.
    Hume cita a passividade da razão e bate na tecla que a motivação humana vem da vontade e a razão não tem a força para impulsionar sozinha a ação humana e que a mesma vem das paixões. Diz que a moralidade vem da prática e seria uma coisa dinâmica e jamais poderia derivar-se de uma coisa inerte como a razão.
    A moralidade seria um fruto de paixões, vontades, desejos e ações, e segundo Hume, não sendo ideias e sim impressões, são completas em si mesmas e não podem ser consideradas verdadeiras ou falsas. Como a razão se preocupa com o que é verdadeiro e o que é falso, não poderia ser objeto da razão.
    Ele também fala que se nossos juízos morais fossem independentes de sentimentos, seriamos levados ao absurdo e exemplifica esse argumento com o caso da arvore jovem que se desenvolve mais que a sua genitora e acaba por matá-la, e que se fosse o caso das distinções morais derivarem de ideias, tomaríamos o caso como o de um filho que mata a mãe. E ainda sobre julgamentos morais, ele alega que se Deus existe, não teríamos como saber se ele aprovaria os mesmos traços de caráter que nós aprovamos, pois depende da estrutura humana e psicologia, que no caso Deus não apresentaria.
    Pude notar que através desses argumentos, ele tem uma forte posição empírica e cética, não levando em conta a fé junto com as paixões. Em geral, ele alega que não é através da razão ou de ideias que reconhecemos virtudes ou vícios, e que deve ser por impressões ou sentimentos, que conseguimos distinguir, sendo que um nos causa sensação agradável enquanto o outro nos causa uma sensação desagradável. Assim sendo, nossos juízos morais vem de paixões, com sentimentos de aprovação ou desaprovação, dependendo se ela traz felicidade ou prazer, ou causa dor ou uma sensação desagradável.



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  86. Antigamente todos vivíamos em uma ética cósmica,onde cada um tinha seu lugar pré determinada,depois passamos a viver uma ética religiosa,onde todos somos iguais perante a um DEUS,ate chegarmos ao iluminismo onde a ética da razão toma o lugar,e por fim no século passado onde entramos no século da desconstrução,onde os principais filósofos são postos de lado,e o homem fica sem um norte,isto é , desnorteado.
    As ações podem ser elogiáveis ou censuráveis, mas não podem ser racionais ou irracionais,portanto dizer que uma ação é preferível não significa que ela seja racionalmente justificada.
    Torna-se notável as diferenças que a razão causa na moral,que Hume expõe na sua obra,e essas diferenças influenciarão futuros filósofos.

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  87. Hume em o Tratado da natureza humana, revela numa visão subjetivista ou sentimentalista que a ação humana "certa" ou "errada" seria determinado pelo sentimento da aprovação e desaprovação.
    Sua filosofia é denominada por alguns de meta-ética, na qual segundo ele os nossos juízos morais expressam nossos sentimentos, ou seja, os nossos juízos morais são expressões dos nossos sentimentos.
    Portanto, as ações humanas frequentemente são frutos das nossas inclinações naturais. Isso se dá devido a intensidade pela qual damos as impressões, ideias e crenças que temos. Nossas impressões ou sentimentos por sua vez, que são as sensações inegociáveis e intensas, produzem muitas vezes nossas ideias - as quais ficam mais fortes, e a associação das mesmas nos faz ter um contínuo imagístico.
    Sendo assim, percebe-se que para Hume o subjetivismo é o que nos faz distinguir aquilo que é moral ou imoral.

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  88. Bruno Euzébio Cont

    O fato de a moral não pertencer ao domínio da razão, para Hume, é uma consequência lógica do seu sistema filosófico presente no "Tratado da Natureza Humana", o qual trata, entre outras coisas, das formas pelas quais podemos conhecer as coisas. Para o filósofo, para que possamos conhecê-las, é necessário que passem obrigatoriamente pelo domínio sensorial, pois somente percebemos as coisas presentes no mundo através de suas relações, sendo estas percebidas apenas através da experiência. Além disso, as formas como sentimos o mundo se dão de duas maneiras: Através apenas do sentidos, e dos sentidos junto à razão. Em relação à moral, a partir de uma argumentação rígida que busca enquadrá-la como um tema concernente à razão, a única conclusão foi a de que não é nesse domínio que conseguiremos respostas em relação ao que é considerado certo ou errado. Um dos motivos, dentre os vários apresentados para demonstrar esta incompatibilidade, é o fato de a razão ser hábil a fazer apenas afirmações de verdade e falsidade, o que não é aplicável às nossas ações, as quais são justamente o campo de atuação da moral.
    Logo, a moral não é racional, mas não deixa de ser uma forma de sentirmos o mundo. Por esse motivo, a moral se dá no campo das paixões, pois é um tipo de julgamento que se dá a partir das ações, as quais não são avaliadas pelos homens em termos de verdade ou falsidade, mas de prazer ou repulsa.

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  89. No livro terceiro, parte primeira de “a virtude e o vício em geral”, do livro “Tratado da Natureza Humana”, David Hume intitula seu capítulo de “As distinções morais não se derivam da razão”, e é exatamente sobre essa proposição que ele tece a maioria de seus argumentos neste capítulo.

    Ele começa afirmando que ser capaz de distinguir entre o “certo” e o “errado” – questões tão clássicas do estudo da ética – não é uma habilidade que se constrói através da razão humana. Isso porque, assim como ele conclui seu capítulo, haveria muito da moralidade que seria herdada ou teria seu gênesis na “natureza” humana, ou seja, seria inerente ao ser humano saber distinguir entre ações consideradas “boas” e ações consideradas “ruins”, muito embora o próprio Hume admita que não há como prever em que medida todas as ações seriam naturais – e não artificiais, portanto fruto da razão -, ou em que medida é sequer possível quantificar esse “balanço”. Em suas palavras: “É impossível, por conseguinte, que o caráter natural e o não-natural possa, seja no sentido que for, determinar os limites do vício [ações más] e da virtude [ações boas]”.

    E Hume exemplifica o motivo pelo qual haveria essa “origem” natural da maior parte dos julgamentos éticos/morais nos seres humanos: eles seriam derivados do fato de que ações boas seriam capazes de produzir “prazer” e “realização” nas pessoas, bem como as más produziriam o oposto, o desprazer, a dor. Esses “sentimentos” que surgiriam naturalmente ao se realizar devidas ações seria o princípio norteador dos julgamentos e distinções que fazemos sobre o que consideramos moral e imoral, correto e incorreto.

    Continuando, antes de chegar a tal conclusão, Hume tece uma série de justificativas para sua tese. De início, diz que por mais que possa refletir e que tantos filósofos também já o fizeram, a ética constitui um objeto de estudo de tamanha complexidade que quaisquer conclusões tornam-se praticamente inalcançáveis, no entanto “a moralidade é um assunto que nos interessa mais do que nenhum outro” – ele alega que ainda possui “esperanças” de que ela seja aperfeiçoada cada vez mais e que paradigmas e dogmas possam ser superados, uma vez que a construção das reflexões sobre moral sejam demasiado importantes devido ao seu caráter crucial de sobrevivência em sociedade.

    Hume diz constantemente que todas as questões que tratam do “espírito” humano – ou seja, da natureza humana – tornam-se automaticamente de grande importância de compreensão, tanto para que tal “espírito” possa evoluir e desenvolver-se no assunto em questão; muito embora ele enfatize que especificamente os juízos pessoais acerca de cada ação não sejam de maior relevância, mas sim o conhecimento de cada conceito, de “bondade” e “maldade”, justamente no sentido de permitir o aperfeiçoamento de tais juízos.

    Ele endossa que as percepções que possuímos podem dividir-se em duas “categorias”: as impressões e as ideias. A partir desse conceito, coloca em questão: em qual das duas a ética estaria mais presente, à qual seus debates se adaptariam melhor? Qual categoria seria a melhor para se discutir sobre virtudes e vícios?

    (continua)

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    1. ... É nesse ponto que ele começa sua crítica ao argumento racionalista da ética: ele critica os “sistemas” que defendem que a moral estaria apoiada e dependente exclusivamente da razão humana, e que consequentemente seria “universais” e comuns à todos os homens; além de eternas. E começa argumentando que os assuntos acerca da moral não são meramente especulações e motivos para discussões e reflexões filosóficas, mas sim que estariam diretamente relacionados à prática – uma vez que seriam eles exatamente os princípios norteadores das ações; ou seja, a todo momento que agimos, tomamos decisões que levam em consideração nossos valores e princípios morais – enquanto a razão, por sua vez, seria IMPOTENTE no artifício de controlar as ações humanas. Dessa forma, seria exatamente por esse motivo que a moralidade de nada – ou quase nada – seria controlada pela razão; mas sim pelos ímpetos valorativos com os quais estamos adaptados e os quais construímos também – Hume os chama de “paixões” humanas. Não seria possível julgar uma ação como “racional” ou “irracional”, mas tão somente como “elogiável” ou “censurável”. A razão somente indiretamente – através de estímulos à paixão – seria capaz de controlar as ações humanas.

      Hume ainda admite que, no entanto, as pessoas estão passíveis à equívocos quanto ao julgamento das ações; e é nesse caminho que questiona constantemente se um “feito” errado, quando involuntário, pode ser considerado completamente imoral ou se os “direitos” relacionados às pessoas seriam os responsáveis pelo julgamento de determinadas condutas comportamentais. Em primeira instância, devido ao fato de que qualquer ação pode eventualmente ser mal interpretada e por conseguinte julgada de maneira errada; quando na realidade possuía diferentes intenções.

      Assim como no texto do tema anterior, Hume também afirma que a ética não é um tema que possa ser analisado através de metodologia científica, como o faz a álgebra e a geometria por exemplo; o que obviamente não anula seu mérito – somente a torna talvez um pouco mais complicada.

      Hume argumenta que as dificuldades só crescem: é praticamente impossível demonstrar as relações que abarcam a distinção moral, e também se estas relações efetivamente existirem, não se é possível provar que elas seriam verdadeiramente universais e mandatórias ou não. Um novo argumento também apresentado contra o racionalismo é o que diz respeito à comparação que constantemente se faz com as condutas dos demais animais: não se pode justificar suas atitudes – condenáveis nas sociedades humanas, por exemplo – pelo fato deles não possuírem razão suficientemente desenvolvida. Na realidade, se uma ação for condenada, ela deve ser condenada por completo, em qualquer circunstância – devido à “essência” de tal ação e, sendo assim, a razão serviria tão somente para “esclarecer” em certa maneira as características inerentes à cada ação.

      Como dito, “a moralidade, por conseguinte, é mais propriamente sentida do que julgada”, entretanto é fato que muitas vezes a confundimos com ideias, devido à sua possível aproximação significativa. Todavia, uma importante questão a se levar em consideração consiste em descobrir em que medida determinadas ações são provenientes de aspectos naturais ou não, e de que maneira elas agem sobre nós. Além disso, verifica-se crucial também analisar em que medida algo que consideramos “prazeroso” é realmente correto – ou somente fruto de um interesse/desejo -, assim como o oposto é válido – em que medida julgar maleficamente uma ação demonstra fidedignidade à sua essência – ou somente não vai de acordo com o que desejamos ou acreditamos.

      Sendo assim, podemos concluir que por mais que os julgamentos morais estejam muito conectados à natureza humana, nós podemos acabar por nos revelar potencialmente falhos nessa tarefa, considerando a complexidade do sistema ético e também as limitações humanas.

      kamila.star.p@hotmail.com

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  90. Após a leitura do texto de Hume foi possível ver que ele baseia-se no pensamento onde as ações humanas são produto dos nossos sentimentos humanos, é fruto do impulso, de desejos e paixões, não da razão. Sendo assim, a razão seria apenas um mecanismo que mede as consequências de nossas ações. A razão condiciona o comportamento humano quando algum tipo de sentimento relacionado a paixão é incitado. Ao contrario de Kant e Descartes, Hume afirma que a paixão determina nossos desejos, as ações necessárias para satisfaze-los, são determinadas pela razão.

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  91. De acordo com Hume, o que nos guia, nos leva a agir é a pura e simples emoção.A razão por si mesma não é capaz de nos conduzir ,pois aspectos morais (bem e o mal) não derivam dela.
    O Ser Humano é claro : busca felicidade e foge da dor.É justamente aí que a moral se baseia, na experiência. Fato que a razão depois só trataria de refletir. Ou seja a racionalidade fica em segundo plano.

    Diogo P. Prando

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  92. Pelo que entendi, para Hume as distinções éticas não vêm da razão, mas dos sentimentos, que podem ser de aprovação ou reprovação de quem está vendo ou recebendo a ação. Ou seja, as ações serão moralmente boas ou aceitas de acordo com o julgamento de quem observa a ação, e não de quem pratica. A razão é apenas a descoberta de que algo é verdadeiro ou falso, que por sua vez são concordâncias ou discordâncias de relações entre idéias ou pela existência do real e dos fatos. Hume também diz que não é a razão que nos faz agir; o que faz o homem agir ou deixar de agir são as nossas opiniões (obrigações). Esse pensamento bate de frente com o "pensamento racionalista", que entende que os princípios morais são descobertos pela razão, e tudo que é moralmente bom está de acordo com a razão.
    Ass.: Helder Aires da Silva

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  93. Hume argumenta que os homens vivem em função da busca pelo prazer, guiados pela força de suas paixões. Essa busca tem valor moral positivo, pois, como o próprio Hume diz, a dor e o sofrimento são imorais, e o ato de se distanciar desses sentimentos negativos em busca de seu prazer, de sua felicidade, é um ato moral. Sendo assim, alcançamos a moral orientados por nossas paixões. Nesse ponto, discorda de Kant que afirmava que nossa moral tinha bases racionais.

    Os nossos atos são frutos de nossas paixões, e a razão é a nossa reflexão sobre estes atos, e graças a ela atribuímos valores de validade ou falsidade ao que pertence a nosso plano de existência. A razão então, para Hume, possui um papel passivo.

    Mesmo sendo passiva e inativa, a razão não é sobreposta pelas paixões: ela pode influenciar aspectos constituintes da moral.

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  94. David Hume em sua obra o "Tratado da Natureza Humana" disserta de que modo a razão e a moral se distinguem, sendo a moral ligada as emoções, afeições, enquanto a razão não deve ser influenciada por estas mesmas características. A moralidade ocorre de modo a produzir e/ou evitar ações, portanto sendo ligadas a emoções não se pode dizer que a moral é uma conclusão da razão.
    No sentido filosófico a razão pode se comportar de duas maneiras, podendo estimular uma paixão mostrando-nos, como diz Hume, "objetos próprios dela".Ou então, descobre meios que fazem exercer a paixão.No entanto estes juízos podem ser falsos ou errôneos. E então surge a dúvida:
    Estes erros são a fonte da imoralidade? - Mas se as questões morais fossem baseadas no valor verdade/falsidade destes dois juízos, o fato de a questão se aplicar a pequenas ou grandes situações ou se foi inevitável ou não, são características que não deveriam importar. Por isso, o valor de verdade e falsidade não são conceitos necessariamente conectados a virtude e vício , tendo em vista que as ações - que sofrem este julgamento de valor verdade - são passíveis de aprovação e reprovação.

    Raquel Ribeiro Rios

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  95. Para Hume não é possível ser feita, a partir da razão, a distinção entre o que é bom ou mal na moralidade, pois a razão seria um meio de pensar sobre as ações e essa distinção afeta nossas ações.
    Para ele a moral nasce no homem e as ações humanas têm apoio em nossas emoções. Para ele também, as paixões do homem motivam as suas ações. Fazendo assim, o homem buscar aquilo que lhe é agradável e considerar como morais as ações que lhe são agradáveis.

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  96. Bárbara da Silva Miranda22 de maio de 2013 às 14:03

    David Hume, logo no início do capítulo, passa a ideia de que as distinções morais que somos capazes de fazer, não advém da razão. Isso se dá pelo fato de que a moral influencía nossas ações, o próprio autor coloca que "A moral desperta paixões, e produz ou impede ações".
    Posteriormente nos é exposto que a filosofia se divide em especulativa e prática, e é aqui que encontro a conxão com o audio disponível no segundo link. Roberto Bolzani Filho inicia colocando que Hume se propõe a resolver o problema da Metafísica, que afirma ser possível conhecer as causas últimas, porém essas estão além da experiência. Aqui vemos a presença das Teorias Especulativas.
    Teoria Prática, é nesta que temos interesse, pois aqui se inclui a moral. Para essa Teoria, nós estamos limitados somente àquilo que a experiência nos dá, tanto a causa quanto o efeito só são conhecidos pelas experiências que já tivemos. Bonzani também deixa claro que antes de termos as experiências estamos no domínio dos raciocínios à priori, aqueles que são anteriores à elas, e sem este auxilio deles nós podemos ter diferentes ideias do que pode acontecer.
    Retornando ao livro Tratado da Natureza Humana e concluindo o pensamento, faço a última conexão entre os materiais disponíveis. Toda ação tem causa e efeito, e estes advém da experiência. Isso mostra que a moral, tendo finalidade na ação, está ligada à Teoria prática, igualmente se opondo à Metafísica.

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  97. Hume propõe que a moral é dissociada da razão, diferente de outros sistemas que propunham que assim como a virtude esta seria derivada da razão, pois a moral tem influência direta em nossas ações, diferente da razão. A razão consiste na descoberta do verdadeiro e falso e nossas paixões não podem ser encaixadas em verdadeiro e falso. Hume também é contra a ideia de que a moralidade pode ser demonstrada, e que a virtude e vicio são relações. As ações podem ser louváveis ou censuráveis, mas não racionais ou irracionais, a moralidade atua sobre isso, em ser louvável ou censurável, não em ser racional. Os juízos morais são fornecidos pelas emoções, e não pela razão.

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  98. Para David Hume, a origem da ideia de moral veio de uma impressão, de um sentimento, não da razão, moral ou imoral nasceram de prazeroso ou doloroso.
    As paixões dos homens os levam à buscas, a busca por saciar os desejos que suas paixões lhe provocam, e essa busca, causando o prazer de alcançar a realização de uma paixão traria uma impressão boa, junto com ela a ideia de que tal ato fora moral.
    A ideia de moral não estaria associada à razão, porque caso fossemos analisar à moral somente à luz da razão, jamais chegaríamos à mesma conclusão, uma vez que é necessário partir do mesmo lugar que se partiu para chegar ao mesmo lugar em que se chegou, assim sendo Hume afirma que a moral e a razão são coisas distintas.

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  99. Ana Jacqueline O. R. Nunes - 2106791222 de maio de 2013 às 17:43

    Em seu livro, "O Tratado da Natureza Humana", o filósofo David Hume explicita que a razão não é motivadora das ações humanas, mas sim as paixões e suas percepções de moralidade, deixando para razão apenas a análise das consequências de nossos atos, dizendo se as coisas são falsas ou verdadeiras. Buscar pelos prazeres e evitar as dores são os fatores que direcionam nossas atitudes. Hume também enumera duas categorias de percepções: as "ideias", que ele qualifica como mais fracas e as "impressões" que são percepções mais vivas, sendo que as ideias derivam das impressões (dando explicação às relações de causalidade). Ambas tem origem no campo sensível.
    Assim, o que é moralmente bom, para Hume é o que é aprovado pela maioria das pessoas (mesmo que cada uma tenha uma percepção diferente dos fatos) e também traz o maior bem para si próprio.

    O processo empirista também está presente no livro, quando Hume tenta introduzir o método experimental de raciocínio moral - como sugere o título completo da obra, já que poderíamos construir nossa moralidade através das experiências que tivemos.

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  100. David Hume é de extrema importância para o pensamento utilitarista. Sendo considerado muitas vezes como um pré-utilitarista, foi o primeiro à abordar a questão da moral de uma forma empirista, e seu "Tratado da Natureza Humana". Diferente da maioria de sua época que ainda tinha uma ligação bastante forte com a metafísica ao adentrar neste assunto.
    David Hume discorre da importância das afecções na moralidade humana, que vai além do limite da razão como único sujeito ativo na discussão da moralidade, até então.
    Mas não ignora totalmente a razão dentro deste processo. Ela se daria como uma forma de instrumento durante a avaliação da moral, pela qual passaria por avaliação todos os sentimentos humanos.
    Para Hume, todos os seres humanos seriam benevolentes, e sempre tenderiam ao escolher o que seria mais útil na hora da avaliação da moral, dividindo-as em virtudes e vícios e, a partir disso, avaliar o resultado da ação moral frente ao bem estar humano e da sociedade.
    É uma forma mais simples de lidar com a questão da moral, que, apesar de deixar de lado muitas questões, influências institucionais na moral da época, provocou uma profunda mudança á um certo patamar de abordagem.

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  101. No texto, Hume acredita que a moralidade não é inteiramente baseada na razão, e sim nas emoções (paixão), deixando a crer que a lógica não é o único caminho moral. A razão está dentro das emoções quando existem formas de ser ligada à paixão. A moral acompanha as paixões, manipulando nossas ações e relacionamentos. A razão difere das emoções pois não cria nenhum pensamento lógico, já a paixão gera um exemplo a ser seguido.
    O significado da moral então, partindo desses pressuposto de Hume, é causar prazer e emoções naqueles que a praticam, fazendo com que a razão e lógica fiquem ao lado, já que provocam apenas uma reflexão e não um sentimento.

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  102. No texto, Hume discute sobre a razão, que esta não passaria de um descobrimento da verdade e da falsidade, sendo que essas definições consistem na concordância e na discordância das relações reais que aplicamos em nosso cotidiano, contextualizando o como distinções morais e também o autor parte para outra variável, a influência também por meio do sentimento, ele apresenta ideias concisas sobre o tema e proporciona uma ampla visão de definição do termo de ética e moralidade.
    Podemos tomar como suporte o seguinte trecho acerca do assunto, onde ele exemplifica bem suas definições, dizendo de como é fundamentado, de acordo com suas conclusões a razão e a questão da moralidade:
    "A aprovação de qualidades morais com toda a certeza não
    é derivada da razão, ou de qualquer comparação de idéias,
    mas procede inteiramente de um gosto moral, e de certos
    sentimentos de prazer ou desgosto que surgem com a contemplação e a observação de qualidades ou caracteres particulares.
    4
    (HUME 4)
    Portanto, podemos confirmar então uma relatividade quanto ao assunto, considerando as variáveis que podemos atribuir, independente da aplicação d razão nesse contexto de moralidade, que é moldado de acordo com sentimentos ou prazeres pessoais.

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  103. Concordo com a ideia de Hume, de que a moral humana é inata, não depende da sua razão, não inteiramente. As paixões são muito mais importantes no desenvolvimento de uma moral individual do que o raciocínio lógico. É possível concluir que o significado de moral para Hume, é um conjunto de estímulos emocionais (paixões)e pensamento racional (esse ultimo tem muito menor influência) que culminam numa ação e em maioria,esses estímulos emocionais determinam a bondade ou maldade da ação. Como visto anteriormente, a moral inata dos animais parecidos com o homem, funciona tão bem quanto a humana, então é bastante aceitável a ideia de moral de Hume.Mas não deixando de lado a importância da racionalidade humana.

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  104. Hume é um filósofo que se apresenta no contexto do Iluminismo, na Grã Bretanha. Seguindo a tradição do Iluminismo de quebrar com a tradição medieval, Hume apresenta a moralidade de uma maneira que não recorre ao sobrenatural para explica-la, no entanto, ele apresenta um diferencial diante das teorias iluminista da época, onde expõe que a razão e a moral não possuem relações de causalidade, onde a primeira não é o pressuposto da outra.
    A razão não pode ser a origem dos julgamentos morais, pois ela apenas é capaz de entender sucessões de fatos, que podem dar origem ao conhecimento científico, porém em relação ao conhecimento e julgamento moral a razão é limitada, uma vez que a moral precisa de relações de necessariedade, coisa que só as afecções são capazes de promover, e a razão apenas promove relações de causalidade, que diante da moral, de nada servem.
    A moralidade e o juízos morais para Hume nascem das afecções, que são sentimentos inatos, que julgam e nos impõe um ímpeto de ação. É importante ressaltar a diferença do sentimento de afecção dos demais sentimentos, a medida em que os demais sentimento não impõe uma ação, podem ser passivos, já a afecção não, necessariamente ela é ativa. Por exemplo, quando a afecção julga uma ação como imoral, imediatamente há o ímpeto de agir diante dessa situação, desaprovando-a e até agindo para repreender tal ato.
    No entanto, Hume não despreza completamente a razão diante da moralidade, apesar de não poder determina-la, o exercício da razão pode fazer com que novas afecções se relevem a nós ou até mesmo pode mostrar como algo que tomamos por afecções podem não ser-la, e pode também, mostrar relações de causa e efeito para que o caminho de exercer novas afecções possa ser seguido.
    É importante ressaltar que a dificuldade de se entender a moralidade vem do fato de que a nossa razão só pode compreender a moralidade das duas maneiras acima expostas e que a moralidade é um sistema maior do que isso, porém as limitações da razão nos impedem de racionalizar o sistema moral.
    Para concluir, diante da teoria proposta por Hume, apresentam-se dois desafios para a compreensão da moralidade e seu estudo. Primeiro é que apesar da existência universal das afecções em cada um, elas podem ser e são diferentes para cada pessoa, assim o julgamento do bem e do mal fica difícil e até mesmo relativo. A segunda dificuldade é a de que convencionalmente, atualmente, tomamos a racionalidade como meio para compreender tudo no mundo, e como já foi exposto, ela é limitada para compreender a moralidade, qual então é o meio para se entender a moralidade ? Esses são os questionamentos que ficam após considerar as teorias de Hume sobre a moralidade.

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  105. Hume deixa claro em seu texto que há um dissociação entre Razão e Moral. Diferente do que outras linhas de pensamento alegam, Hume diz que a moral não provem da razão e sim das emoções (paixões) dos homens e essas paixões acabam nos levando a uma busca insaciável pelos nossos desejos.
    Hume em complemento, propõe que não só a moral provém das emoções como também os juízos morais são oriundos da mesma, diferentemente do que outras linhas de pensamento diriam.

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  106. A moral é um tema que nos interessa, por que ele é capaz de determinar, ou acreditamos que é de trazer a paz da sociedade, a partir de duas preposições o bem ou o mal, categorizamos, pessoas e atitudes, e por meio de nossas ideias ou impressões que distinguimos entre o vício e a virtude, e declaramos se uma ação é condenável ou louvável.
    Há sistemas que afirmam que a virtude não passa de uma conformidade com a razão, mas será que é possível, pela simples razão, distinguir entre o bem e o mal morais, ou será que é necessários outros mecanismos de distinção?
    A importância na moralidade é perceptível, quando ela está estritamente ligada com as nossas paixões e ações humanas, a moral e um ato prático da vida, para além dos juízos calmos.
    A moral não pode ser derivada da razão, porque a razão sozinha, não pode influencias nossas paixões, sem um dedução racional preliminar.A razão é a descoberta da verdade ou da falsidade, a partir de um acordo, sem esse acordo, o objeto nunca poderá ser de nossa razão, como é o caso das nossas ações e paixões.
    O mérito e o desmérito das ações freqüentemente contradizem as propensões naturais. A razão é totalmente inativa, não podendo ser a consequência para a moral.
    Cabe agora saber se a verdade ou falsidade pode ser fonte de moral. Podemos tomar como ideia inicial o fato de que se a moral for derivada da falsidade ou da verdade, logo, teríamos que toda vez fazer o julgamento de uma atitude, seja ela comprar uma banana, ou até bater em alguém.Assim, colocaríamos todas as virtudes e vícios no mesmo patamar.O que levanta a dúvida se tais erros são a fonte da imoralidade.
    Hume, acredita, e nesse ponto estamos completamente de acordo, que um erro de fato não seja um crime, mas, um erro de direito freqüentemente é, que talvez esse último seja a fonte da imoralidade, por supor a existência de um certo e errado, antes de um juízo, que sempre tem como caráter prejudicar o outro.No limite nossas ações e vícios, produzem em nós uma certa satisfação ou desconforto, e a partir disso aprovamos ou não uma atitude moral.

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  107. Para Hume, a ética não deriva da razão, e sim de um "sentimento moral".
    Se a ética derivasse da razão, ela deveria ser um conceito universal para todo ser racional. Mas a ética nada mais é do que a percepção de uma ação, que sentimos como boa ou ruim.
    Por isso, Hume acredita que devemos buscar a ética não ao nosso redor, no que as pessoas julgam como certo ou errado, mas sim dentro de nós, ver nossas paixões e vontades e usá-las como guia.

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  108. Diferente de muitos filósofos em sua época, David Hume não acreditava que as ações morais se derivam da razão. A razão sozinha, por exemplo, não é capaz de despertar paixões ou produzir e impedir ações, características estas presentes na moral. Podemos dizer também que a razão é a descoberta da verdade ou falsidade, mas quando falamos sobre moral esta ideia não está presente da mesma forma que na razão, é “substituída” pela ideia de bem ou mal morais. Assim, a razão é apenas uma ferramenta para análise das consequências de nossas ações morais.

    O que realmente motiva as ações morais dos seres humanos para Hume são as paixões e emoções. “A moralidade é mais propriamente sentida do que julgada”. Costumamos considerar coisas que são prazerosas para nós como boas, e aquelas que nos trazem dor como más. Diferenciamos as ações morais da mesma forma: consideramos como ações virtuosas aquelas que nos trazem bem estar, e como “vícios” as que nos deixam desconfortáveis. No entanto, por mais que derivadas de nossas paixões, Hume acha absurda a ideia de que a percepção do que é moral e imoral possa mudar drasticamente de um indivíduo para outro. As ações consideradas morais são aquelas aceitas pela maioria das pessoas, ou seja, aquelas que trazem prazer para a maior parte dos seres humanos, e o mesmo ocorre com as ações imorais.

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  109. Para Hume a moral não vem da razão, mas dos sentimentos/sensações que implicam/aplicam uma ação, ou seja, afecções.
    A moral excita as paixões e produz ou evita as ações. Já a razão se ocupa do descobrimento da verdade e da falsidade, que consistem na concordância ou discordância com as ações. Ao contrário da moral, a razão não tem influência sobre as paixões e ações, pois não pode evitar ou produzir uma ação de imediato quando concorda ou não com ela. Por isso “as ações podem ser louváveis ou censuráveis, mas não podem ser racionais ou irracionais”.
    Mas a Razão pode ter influência sobre nossas ações na medida em que pode estimular as afecções ou nos informar sobre sua existência ou ainda nos mostrar como coisas que julgamos como afecções não o são. E pode também descobrir as relações de causa e efeito que nos proporcionam meios para exercer uma afecção. Entretanto, nos diz Hume, esses juízos, exatamente por serem derivados da razão, podem ser falsos.

    Não podendo ser fruto da razão, as decisões morais/ juízos morais são frutos das percepções e afecções. As percepções se dividem em duas: Impressões (sentimentos/sensações causados pelos sentidos) e Ideias (lembrança/memória das impressões). É através das percepções que julgamos as ações como virtuosas ou viciosas, boas ou más.

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  110. Gustavo de Campos Pinheiro da Silveira

    Ao ler o texto de David Hume sobre a moralidade fiquei irresoluto. Tudo me levou a crer que o seu sistema moral assentado na paixão implicou num relativismo. Hume expõe diversos argumentos refutando as teorias sobre a prática humana que concebem à razão o princípio da moralidade. Segundo ele, a razão é incapaz de determinar imediatamente uma ação na medida em que ela é inativa. Essa inatividade da razão pode ser explicada pela epistemologia de Hume pautada no axioma de que todo o conhecimento é restritamente empírico, sendo assim atribuído a ela somente tarefas com intuitos reguladores, como por exemplo a matemática. Em sua teoria moral, as paixões ocupam um lugar de primazia, sendo a causa das ações. Por sua vez, a razão ocupa um papel intermediário, tendo restritamente duas funções: 1) mostrar a existência de alguma coisa que é objeto da paixão; 2) apontar meios para atingir uma finalidade. Em suma, enquanto os sentimentos são o combustível que leva a prática de uma ação, a razão é um instrumento para essa realização. Dessa maneira, a razão precisa necessariamente estar em consonância com as paixões na medida em que ela se encontra na posição de utensílio.
    O princípio do juízo moral é o ponto principal causa de minha perplexidade. Apesar de estar evidente que os sentimentos são a base do juízo moral, Hume não deixa claro de que forma isso ocorre. Da maneira que pude entender, virtuosa é a ação que causa prazer e viciosa é a ação que causa desprazer, implicando assim um relativismo. Dessa forma, as ações dependeriam do sentimentos subjetivos dos indivíduos, impedindo a formulação de uma teoria moral suscetível a generalização.

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  111. Thaís Alves Villalobos27 de maio de 2013 às 14:33

    A partir dos textos e áudios propostos, pode-se dizer que Hume defende como ideia central que, no referente a questões éticas e morais, os sentimentos humanos regem as ações humanas. Para ele, a razão, regida pelo princípio de causalidade, só confirma a decisão tomada pelos sentimentos. Assim, a moral nos permitiria diferenciar o bem do mal, a partir do sentimento despertado.
    Uma vez que o que é moralmente aceito é quase um consenso, a distinção moral seria algo dado a todos. A fuga da dor e a busca pelo prazer são a base da moralidade, ou seja, o prazer seria o bem e a dor o mal, sendo que as ações que resultariam nesse bem ou mal são analisadas pela razão.
    Dessa forma, nossas ações independem da razão. Agimos de certa forma na busca do prazer. A moralidade está em agir de forma a alcançar prazer e a razão é ferramenta usada na distinção entre as várias opções de ação que nos trarão prazer, levando à escolha que é moral.
    Assim, a obra de Hume abrange a investigação do entendimento humano com base na ampliação do prazer e diminuição da dor. Além disso, a razão, para ele, tem uma razão secundária, sendo apenas uma ferramenta para se alcançar conhecimentos sobre a natureza e os objetos.

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  112. Para Hume, qualquer ação exercida pela mente pode ser compreendida de acordo com o termo percepção, que se reduzem a dois tipos, impressões e ideias. As duas se distinguem de acordo com o grau de realidade de cada uma, sendo a primeira mais real (coisas que de fato conhecemos) e a segunda mais imaginária (coisas que não conhecemos de fato, apenas imaginamos como são).

    Para melhor exemplificar tal distinção, basta pensar no exemplo de uma estrela cadente. Aquelas pessoas que já viram uma estrela cadente com seus próprios olhos tem a impressão desse maravilhoso fenômeno. Já aquelas que nunca viram a viram pessoalmente, mas sabem como ela é, qual seu funcionamento, tem apenas a ideia do que seja uma estrela cadente.

    Hume defende que não é possível que a distinção entre o bem e o mal seja feita através da razão, uma vez que tal diferenciação influencia nossas ações. E, de acordo com o que o autor alega, a razão por si só não é capaz de tal feito. Portanto, para Hume, a moralidade não é objeto da razão.
    Ainda segundo Hume, as ações humanas eram motivadas pelas paixões (não pela racionalidade). Dessa maneira, a escolha do comportamento do homem é baseado naquilo que nos trará prazer e nos livrará da dor. A racionalidade só influencia nas ações humanas quando esta é capaz de estimular uma paixão ou de ditar os meios para que se alcance algo que se considere bom.

    Portanto, a razão só é capaz de avaliar nossas ações, apontando suas consequências (se serão boas ou ruins) de acordo com os objetivos que conseguiram alcançar (prazer ou dor), mas não é capaz de motivá-las.

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  113. Segundo Hume as ações humanas são motivadas, pelas emoções, ou como dito pelo autor, pelas “Paixões humanas”, diferentemente dos filósofos Kant e Descartes que diziam que a razão era a base de nossas ações e deveres, e é através de tais paixões que diferenciamos o bem do mal, sendo assim, para Hume, a moralidade não é um objeto da razão.

    É relatado por Hume que todas as ações humanas são realizadas em busca da felicidade, do prazer e se algo nos proporciona dor, isso não será considerado moral, portanto uma ação considerada moral é aquela que tem uma aprovação por grande parte da humanidade.

    Ao ouvir o material do youtube ficou evidente que a razão nos mostra as causas e efeitos de nossas condutas, podendo examinar nossas ações, sendo assim apenas um avaliador da importância de nossas paixões, prevendo apenas o que é verdade ou falsidade, e não impondo o que é bom ou ruim, diferentemente de nossas paixões que motivam as nossas ações e nos mostram o que é bom ou ruim.

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  114. A essência da teoria sobre ética de Hume é que a moral não deriva da razão. A razão determina apenas o verdadeiro e o falso, e em si não é influência para agirmos ou não. Quem move nossas ações são nossas paixões.

    Um ótimo exemplo que ilustra a diferença entre como a razão e a paixão movem nossos atos é dado no vídeo linkado acima. A razão nos diz que beber café nos deixa acordados, mas bebemos café pela vontade, pelo desejo de ficarmos acordados.

    Assim, a razão atua apenas de duas formas em nossas escolhas: nos dando a motivação para algum desejo qualquer e mostrando a conexão de causa e efeito entre os atos - a razão nos mostra, por exemplo, que nos sentimos bem toda vez que praticamos um gesto bom (relação causa-efeito); mas o motivo de praticarmos o gesto bom é a busca pelo sentimento bom que ele causa em nós. Quanto as ações morais, a razão é, desse modo, subordinada às paixões e sentimentos humanos.
    Nada nos preocupa mais do que nossos sentimentos de prazer ou mau-estar, e é neles que baseamos todas as nossas ações.

    Hume atenta para o fato de que a maioria das teorias éticas (inclusive as de justiça) liga a moral estritamente a razão. Mas que deveríamos pensar de outro modo, que deveríamos olharmos para nós mesmos e notar como somos movidos e por que fazemos o que fazemos. Para ele, a ética deve centrar-se em discussões deste tipo, indagando-se, entre muitas coisas, porquê nós valorizamos a felicidade e porquê ela é o motivo de nossas ações.

    email: gyelli@uol.com.br

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  115. A partir da leitura do trecho sugerido de O Tratado da Natureza Humana, de David Hume, é possível observar que a ideia central do autor é mostrar que as ações humanas são orientadas pelos sentimentos e não pela razão. Os sentimentos, ditos por Hume "paixões", são os princípios ativos , nos quais esses predominam sobre nossas vontades, tornando o humano um ser mais sentimental do que racional.
    Nossas paixões são os pilares das ações, que estão sempre em função da busca pelo prazer e pela satisfação, visando a fuga da dor. Partindo disso, fazemos o discernimento entre o bem e o mal. O papel da razão torna-se presente nas nossas atitudes com a função de relacionar e examinar os efeitos das nossas condutas. Desse modo, a razão tem pouca ou nenhuma influência no fundamento das ações humanas.

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  116. Segundo Hume em "O Tratado da Natureza Humana", a moral e suas regras não podem derivar da razão. O mais importante são os sentimentos, as sensações externas do que propriamente a razão.
    Querendo ou não nós sofremos influências do meio externo e as sentimos, mas a criação do significado, sua tradução racional necessita de atividade.
    A moral excita as paixões, criando ou evitando ações a partir dela, enquanto a razão só pode influenciar a conduta humana de dois modos: quando causa uma paixão, nos informando qual é o objeto causador da ação; ou quando descobre as relações de causa e efeito que nos dá a possibilidade de exercer uma paixão.
    Como a moral deriva das sensações, suas ações consequentes não podem ser consideradas racionais ou irracionais, mas sim aceitáveis ou não perante a sociedade.

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  117. “Não é contrário à razão eu preferir a destruição do mundo inteiro a um arranhão em meu dedo. Não é contrário à razão que eu escolha minha total destruição só para evitar o menor desconforto de um índio ou de uma pessoa que me é inteiramente desconhecida. Tampouco é contrário à razão eu referir aquilo que reconheço ser para mim um bem menor a um maior, ou sentir afeição mais forte pelo primeiro que pelo segundo. Um bem trivial pode, graças a certas circunstâncias, produzir um desejo superior ao que resulta do prazer mais intenso e valioso. E não há nisto nada mais extraordinário que ver, em mecânica, um peso de uma livra suspender outro de cem livras, pela vantagem da situação. Em suma, uma paixão tem de ser acompanha de algum juízo falso para ser contrário à razão; e mesmo então, não é propriamente a paixão que é contrária à razão, mas o juízo.” (HUME, D.; Tratado da Natureza Humana, Livro 2, parte 3, seção 3: Dos motivos que influenciam a vontade)

    David Hume apresenta um sistema ético diferente dos sistemas propostos até então. Baseado mais nos sentimentos, paixões e vontades do que na razão, ele exclui a participação da razão na avaliação moral. O principal ponto apresentado por ele é este, o de que a razão não é capaz de fazer o homem agir.

    Essencialmente, a ética se aplica às situações em quanto ações e o juízo que fazemos destas ações não depende de uma avaliação racional delas. Para Hume, a razão pode servir apenas de ferramenta (como a matemática o é para várias das nossas ciências). Mas o juízo e o que nos faz agir é essencialmente um tipo de senso moral, que nos faz julgar determinadas ações boas ou ruins.

    Excluindo a razão, muitas das nossas atitudes se excluem de uma justificativa e se exclui também a ideia de dever, como se a moralidade fosse algo que se impõe sobre o indivíduo. Hume argumentará que não há um ‘dever moral’, como propõe Kant (por exemplo), mas que a moralidade se encontra no tipo de impressão que retiramos das experiências. Uma atitude é virtuosa quando nos causa um bem, mas quando ela nos causa um mal, é fonte de vício, e portanto, é imoral.

    A humanização Humeana me parece um dos pontos mais fortes. Ao valorizar o que os homens sentem e não o que eles possam considerar, através de algumas divagações metafísicas ou de complexos sistemas de normas, correto, há uma primazia do bem e da felicidade humana.

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  118. Hum sugere que a natureza das ações das pessoas são resultantes basicamente de suas feições, ou o que ele descreve como paixões. A racionalidade é apenas utilizada como uma ferramenta que possa calcular através de que meios poderemos maximizar nosso prazer, felicidade. Surgem então questionamentos do tipo: "Mas porque trabalhamos, um vez que o ser humano tende a preferir o descanso?". Ele sugere que através da razão, calculamos e maximizamos cada ação que seja revertida em maior prazer possível, portanto o trabalho de agora resultará em maior prazer, mesmo que futuro, do que o descanso.
    Então o que nos faria diferenciar o bem do mal seria nosso sentimento moral, a razão é regida pelo principio de causalidade. Essa distinção moral seria algo dado a todos, já que uma ação moralmente aceita é quase um consenso, sendo aceitas por grande parte da humanidade.
    Até porque a moralidade se baseia na busca pelo prazer e fuga da dor.
    Se discute também o quanto os limites dos desejos podem ser considerados éticos acerca do que devemos fazer. As emoções errôneas ou desejos imorais podem ser mais prazerosos levando um individuo a cometer atitudes absurdas, com isso as pessoas que se levam do discurso da emoção para se chegar a atitudes éticas concisas precisariam levar em conta a razão para controlar suas “emoções imorais”.

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  119. Gustavo Siqueira

    A Razão, para Hume é o resultado das combinações de nossas ações motivadas por paixões ou por lógicas pessoais, consideradas corretas dentro de um universo individual. Por isso, as regras individuais não formam uma razão universal, obviamente, e sim uma razão individualizada e contida em atos morais que tornam evidentes as ações passionais e modera certas ações. Dessa forma, a razão individual filtra os atos de um indivíduo, de maneira que ele cria uma ética baseada nos seus costumes morais contidos em sua esfera individual. Tudo isso, coerentemente aliado a uma coerção social imposta pelo meio em que vivemos. Para Hume, a abstração de um conceito moral é algo desconsiderável, sendo a razão um princípio inativo, e mesmo assim sendo resultado numa moral, que é algo ativo. Então é incoerente ter um princípio inativo como aliado a um princípio moral ativo. Dessa maneira, também não se mediriam atos racionais, já que certas ações pertencem a um contexto que pode ser julgado de ínfimas formas, sendo considerado válido ou não, porém, não deve ser considerado correto ou incorreto. A causalidade e a ação por meio das paixões são "testes"da nossa Razão individual. De forma que o elemento social esteja submetido a certas situações causais que lhe trarão consequências. Sendo assim, constroe-se uma moral individual baseada no temor de uma consequencia drástica de um ato. Tal ato, considerado então, imoral. Na obra "Tratado sobre a Natureza Humana", Hume apresenta sua posição em relação a "experiência", tendo de antemão o conceito de que nossos atos morais estão dentro de nossa mente. Para o autor, o conceito é altamente individualizado e contido numa esfera moral obtida pelo conhecimento das causas, e também das consequências. E tal experiência designa uma moral que fará margem ã conduta do individuo, para que ele busque seus prazeres e paixões de uma forma que meça a consequências de seus atos e consiga ter causas que lhe tragam bons resultados morais.

    gustavo.siqueira0@gmail.com

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  120. Caroline den Hartog Batagini31 de maio de 2013 às 03:17

    RA: 21024712

    O Tratado da Natureza Humana, de Hume, parece um divisor de águas do percurso dos estudos sobre ética que estamos desenvolvendo. Pelo menos para mim, o marcante desse ponto específico do curso é a afirmação de que a razão não possui mais um papel decisório dos juízos morais.
    Causa estranhamento num primeiro momento pensar nossos julgamentos morais como "irracionais".
    Ora, mas se a razão não dá mais conta de explicar nossas escolhas pelo que é correto, o que então explica nosso senso moral? Para Hume, o princípio moral de DEVER nos é concedido por um tipo de sentimento chamado de afecção que é, ao mesmo tempo, ativo e passivo, de modo que nos impulsiona a praticar uma ação com a sensação de que o motivo pelo qual a praticamos é não racional, e sim algo maior do que nossa reflexão pode alcançar.
    No entanto, não posso deixar de registar o quanto fiquei intrigada ao notar o fato de Hume desqualificar a influência da razão nas distinções morais quando, na verdade, parece recorrer a ela para explicar parte do seu argumento na medida em que lhe atribui o papel de apontar meios para uma finalidade moral, como o bem. Por hora, parece existir uma contradição acerca da razão dentro do sistema moral de Hume,já que essa é ainda imprescindível para a realização de ações morais.
    Em função da insatisfação de entendimento acerca do papel da afecção e da razão quanto às nossas concepções morais, procurei ler um pouco mais acerca das teorias adeptas ao sentimentalismo moral e parte de minha inquietação foi sanada ao entender que, a maioria dos teóricos ligados a essa corrente procura não excluir totalmente a razão do domínio moral, mas sim, apresenta uma primazia pelo sentimento, de modo que, de acordo com Hume, o sentimento é quem dá a “sentença final”.
    Porém, resta ainda a dúvida que Hume não explica: de onde vêm as afecções? Somente respondendo a essa pergunta é possível concluir se o sentimento moral individual que todos possuímos é falível ou não na pretensão de estabelecer uma moralidade que possa ser universalizada.

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  121. Hume defende que as ações humanas seriam motivadas essencialmente por nossas paixões, as quais definiriam a moralidade dessas ações.

    Ele considera que todas as pessoas tem uma distinção moral semelhante e que todo homem age de modo a obter prazer como resultado de uma ação praticada. Assim, se algo nos leva ao prazer, é considerado moralmente bom, da mesma forma que será moralmente ruim se nos levar à dor.
    Desse modo, haveria uma grande aceitação e um consenso em relação aquilo que fosse considerado bom ou mau.

    Como afirma em 'Uma Investigação Sobre os Princípios da Moral', ao ser perguntado por que pratica exercícios, um homem responderá que deseja manter a saúde e, caso seja perguntado de seus motivos novamente, será levado a responder que evita assim ficar doente (o que o levaria à dor) e que ela é necessária para continuar exercendo suas atividades e ocupações, as quais o trazem dinheiro (e, logo, prazer).

    Seguindo esse encadeamento de ideias, perguntamos: e a razão, como estaria ela relacionada a moralidade para Hume?

    A razão seria somente capaz de explicar o porquê de determinado ato. Ao analisar o exemplo exposto acima, fica claro que pela razão podemos entender o motivo pelo qual somos levados a agir de determinada maneira, mas a grande motivação dessa ação serão nossas paixões. A razão é, como várias vezes citado por Hume, inerte. “Um princípio ativo nunca pode estar fundado em um princípio inativo; e se a razão é em si mesma inativa, terá de permanecer assim em todas as suas formas e aparências” (em Tratado da Natureza Humana - livro 3, parte 1, seção 1).

    Há, porém, duas situações em que a razão teria alguma influência sobre nossas ações: excitando alguma paixão ao nos informar da existência de algum objeto inerente a essa paixão ou descobrindo a conexão das causas e efeitos para que possamos exercer uma certa paixão. Mesmo admitindo que nossa conduta poderia ser influenciada ou motivada por esses dois tipos de juízos, Hume logo afirma que eles podem ser frequentemente errôneos e falsos, o que não pode ser considerada a fonte de toda imoralidade, visto que são cometidos de forma 'inocente', sem poder trazer culpa a quem os cometeu.

    Danielle C. Bello de Carvalho
    danielle.bello@live.com

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  122. Acho totalmente desacordável que nossa razão não tenha influência nenhuma na nossa moral só porque ela afeta as ações e afecções por dois motivos:

    - A razão não é algo inativo: embora nem sempre ela seja a primeira a "tomar a iniciativa" por algo, ela pode sim ser algo que nos desperte de imediato para uma ou outra ação em específico que nossos instintos não tenham sido "excitados".
    - Se as ações não são racionalmente justificáveis, acaba-se abrindo um perigoso caminho no qual as maiores atrocidades poderiam ser justificadas por terem sido "afecções pelo bem", sem nenhum tipo de condenação moral.

    Sem a razão para nos conferir discernimento do que é uma boa ou uma má ação, ficamos ao jugo dos instintos, que pelo próprio nome são irracionais e não tem um discernimento confiável de bem ou mal. É necessário ter uma mistura adequada dos dois para cada caso.

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  123. Em Hume, temos como premissa básica que a moral não é derivada da razão e sim de sentimentos e sensações que podem influenciar nas ações (morais). Justifica a sua teoria, tentando provar que a razão pura não é capaz de despertar paixões ou impedir ações, pois a razão teria como "função" a descoberta do valor-verdade das ações, ou seja, concordar ou discordar das ações. A razão também não seria capaz de produzir uma ação imediata, por sempre estar correlacionada com a análise do que é verdade ou mentira o que resultaria ações a "longo prazo". Ou apenas uma ferramenta para avaliar as consequências das ações. Entretanto, a razão não é desprezada, ela adquire valores na medida em que pode servir como estímulos básicos da implicação de uma ação; informar que a razão existe e está presente nos juízos de valores; reproduzir ações e informar a forma de julgamento dos atos morais; ressaltar a importância da relação causa e efeito que ajudam na análise das ações. Entretanto, não se pode dizer que um ato moral esteja pautado na razão, e que seja racional ou irracional, segundo Hume.
    A moral, entretanto, é motivada pelas paixões e emoções das percepções humanas. As percepções podem ser divididas como impressões ou ideias. Sendo as impressões diretamente ligadas pelos sentidos sensoriais e os sentimentos causados por este, enquanto as ideias estão correlacionadas as experiências e lembranças que é possível adquirir ao longo da vida. Assim, as paixões podem ser entendidas como as impressões que se tem das ideias. Podem ser (re)partilhadas também como ações virtuosas - que trazem prazer - e "vícios" - ações que carregam desconforto. Assim, as ações virtuosas são as necessárias para construir uma moral de cunho bondoso e que deveria ser adotada como verdade, enquanto os vícios são os julgamentos que podem dar a ações "amorais", segundo as percepções humanas.
    Hume apresenta uma teoria muito consistente com o que já apresentado durante o curso, a distinção da Direito e Ética, as implicações das impressões sobre as ideias, e de que não há muitas distinções entre o valor da moralidade entre os seres mesmo que a noções de bondade variem, o que leva gradativamente há um valor comum a uma sociedade, por exemplo. Todos os conceitos do livro corroboram para uma interpretação "abstrata" e que distanciam a metafísica da ciência.

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  124. Para Hume, nossa razão não trabalha com a ideia de "causa", mas sim de "sucessão" e não nos leva a praticar uma ação, mas sim apenas a ter ciência do que a sucederá, segundo a experiência. O sentimento moral pede uma intervenção, um senso de dever chamado de afecção, que nos predispõe a certas práticas, mas, assim como a razão, não nos leva exatamente a praticar a ação.
    As paixões variam de pessoa para pessoa, pois embora todos busquem o bem, o raciocínio nem sempre permite a percepção correta das próprias afecções.
    A razão, portanto, pode ser auxiliadora das afecções na prática das ações, mas não causadora das mesmas ações e afecções. O que nos leva a praticar a ação X não é o saber que o resultado da ação X será Y, mas sim a paixão pelo resultado Y.

    Na minha opinião, a filosofia de Hume é perfeitamente cabível e honestamente, não vejo ainda falhas nesse ponto de vista. Percebo o quanto essas ideias fazem sentido ao analisar experiências pessoais mesmo e algumas mais distantes. Por exemplo, eu gosto muito de conversar com um senhor do meu bairro, que não é meu parente, nem meu vizinho, nem conheço profundamente sua família. Não tenho muitos motivos racionais para executar a ação, já que não creio que "fazer o bem traz o bem" e não ganho nada concreto com isso. Apenas sei que ele gostaria de conversar, então vou até ele e emprego a ação. Esse motivo seria o mais racional, no entanto, não creio que isso me leve a fazer a ação e quem sabe seja apenas um argumento criado por mim para justificar minha paixão pela ação.
    Outro exemplo vem da ficção: no filme "Senhor das Armas", o protagonista, um traficante internacional de armas, acredita que se ele mesmo não fizer aquilo, outro alguém fará, e portanto o efeito prático de 'não traficar armas' será nulo para outras pessoas. No entanto, durante o filme fica clara a paixão da personagem pelo dinheiro e pelo poder. Acredito que ele, como eu, apenas justifica sua paixão através de argumentos racionais, mas não tem na racionalidade o verdadeiro pilar de sua ação.

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  125. O significado do mundo é dado pelo criador de tudo. Há um sentido no mundo, mas buscar entendê-lo é desnecessário, pois vem de algo extraterrestre. Essa era a justificativa na idade média para não haverem investigações morais. Quando Hume publica o tratado da natureza humana, institui um divisor de águas entre o pensamento ético da idade média e o pensamento ético renascentista. O mundo tem um sentido que o ser humano pode captar, mas ainda não conseguiu. A razão é um instrumento confiável para entender o mundo, mas Hume aponta que a maneira com que a razão é interpretada deixa uma parte dela esquecida. A razão produz um conhecimento experimental, ou seja, só com as experiências e sensações é possível construir o conhecimento. Hume ressalta que nessa construção do conhecimento fica de lado a causalidade das experiências. Nossas experiências tem uma relação de sucessão e não de causalidade. A razão é indispensável para poder construir a ética, porém ela sozinha é inativa, na dá conta de dizer o que se pode ou não fazer. Quando a razão está unida ao sentimento, consegue compreender aspectos morais. Só que não é qualquer sentimento que deve estar unido a razão e sim a afecção. Um sentimento diferente dos outros sentimentos humanos que origina a moralidade e sua expressão moral fundamental é a benevolência.
    Para Hume a razão e a emoção, funcionam separas, mas quando se trata da natureza humana e sua moralidade, é indispensável que razão e emoção estejam juntas.

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  126. Jonatas Silveira de Souza
    RA: 21040912

    OBS: Perdão pelo atraso, mas gostaria de fazer esse comentário, assim como nos foi indicado, dando um tempo necessário para poder analisar a teoria do autor em questão e ler os textos solicitados com a atenção devida.

    Abrangendo o nosso conceito sobre Ética, além do construído pela religião e pelas teorias filosóficas anteriores ao filósofo em questão, a filosofia de Hume nos leva a desafiar o papel da razão na construção da mesma.

    O autor nos traz uma visão que rompe com o pensamento de que seria a Razão que nos levaria a ‘declarações de fato’, ou seja, a maneira como as escolas filosóficas interpretavam o mundo, fazendo com que a razão e os fatos nos levassem a interpretações das coisas. As crenças filosóficas nos mostravam até então que dado certa crença de como o mundo é (dada pela razão), ou deveria ser e até como nós deveríamos agir moralmente dentro deste mundo.

    Para Hume não poderíamos alcançar declarações de valor, ou de cunho moral com base na Racionalidade. Hume argumenta que a construção da nossa moral é dada pelas nossas "Affections" ou as nossas paixões que podem ser consideradas as nossas propensões para a prática de certas ações morais. Temos em relação à construção do nosso parecer sobre as coisas uma lógica de sucessão e não de causalidade (exemplo do jogo de sinuca).

    Creio que a teoria Huminiana traz um elemento explicativo para as nossas ações morais, mas, creio que existem coisas que podem ser dadas pela razão, ou pela indução. O problema da indução não elimina de vez o fato de até hoje usarmos a indução para chegarmos a juízos de fato. A construção da ciência moderna, que tem a sua base epistemológica na teoria Cartesiana usa a indução, e até hoje se mostra algo válido para de alguma maneira explicar o desenvolvimento da ciência. Existe um bom senso ao dizermos que o sol irá nascer amanhã, pode ser algo falseável como demonstra Hume, mas não elimina o fato de que na maioria das vezes o sol nasceu até então, e que colheitas foram planejadas e métodos de agricultura foral feitos e que se demonstraram bem sucedidos. Ou seja, há sim, algo na ciência indutiva, que até hoje nos ajuda a planejar as nossas ações.


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  127. Carolina Carinhato Sampaio2 de junho de 2013 às 15:26

    Para Hume, a razão é algo limitado – ela é, em si mesma, um princípio inativo. Logo, como ele mesmo diz na sua obra “Tratado da Natureza Humana”, “Um princípio ativo não pode se fundar jamais em um inativo” – e, neste caso, o princípio ativo seria a moralidade.
    A razão não pode nos induzir ações éticas; e o certo e o errado são ditados por nossos sentimentos, contradizendo muitos defensores da Moral a partir da razão. As distinções morais não se derivam dela.
    A moral, como defende Hume, é, ao nosso ver, um assunto que está diretamente ligado com a paz na sociedade, e por isso é importante discuti-la e analisá-la. O que guia a Moral é, na realidade, os sentimentos e afecções do indivíduo.
    A afecção é algo que nos motiva além da razão para agirmos de determinada forma – é uma espécie de voz da consciência que nos diz o que fazer em um determinado caso – mas que não nos obriga a fazê-lo. E para explicar a relação entre razão e afecção/ desejos e sentimentos, nos é proposta essa situação: sabemos que tomar café nos mantém acordados; porém apenas isso não nos fará necessariamente beber o café – agora, se sabemos que é preciso ficarmos acordados, tomaremos o café.
    Mas por que uma ação ou sentimento é virtuoso ou vicioso? Porque a sua consideração causa um prazer ou dor de um gênero particular. A aprovação ou desaprovação de uma ação é baseada numa aprovação desse efeito que os sentimentos têm nas pessoas. E um sentimento, diferente da razão, não pode ser classificado de acordo com a concordância e discordância a partir de uma análise dos feitos e de experiências – e é impossível refutar um sistema que nunca foi exposto, como é o caso da própria Moral – e mesmo assim a sua importância se equipara àquela dada à matemática e à lógica.
    A razão ou a ciência não é nada mais que a comparação das ideias e o descobrimento das suas relações – e se as mesmas relações têm diferentes propriedades, a razão não é a única a desvendar essa questão. A análise da moralidade é mais propriamente sentida do que julgada. E isso é algo que é suscetível à diferenças entre cada pessoa.

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  128. Lívia Maria Cianciulli
    RA: 21012612




    Primeiramente, peço desculpas pelo atraso do comentário. Não pude, por motivos pessoais, o fazer antes do prazo.

    As Ideias não são inatas para Hume, posto isto, quebra-se uma linha de pensamento racionalista, de onde este conceito possa surgir independentemente de fatores empíricos. Segundo o autor, há dois tipos de fenomenos mentais: as impressões, que se derivam de experiências com a realidade tátil, e as ideias, que são cópias pálidas de nossas impressões, ou seja, pensamentos e reflexões. Existe uma lacuna no que se refere à questão de ‘’causa e efeito’’ para Hume, visto que mesmo fatos empíricos, por exemplo o nascimento diário do Sol, podem ser sempre postos à prova sem que esta dúvida acerca da possibilidade de que o Sol venha a nascer novamente amanhã seja, em si, uma contradição racional. Em linhas gerais, para Hume, a mera evidência empírica não é uma confirmação de que um evento é aquele e ocorre por tais e tais motivos, uma vez que estes motivos podem ser sempre duvidados. Nunca há base racional para inferir causa e feito seguindo esta lógica.

    Nossas pretensões ao conhecimento são resultados das impressões vividas no presente guiadas pelo hábito cotidiano, a razão estaria fora desta explicação. Introduzir a Ética neste contexto é algo muito diferente da noção de ética intrínseca e universal proposta, por exemplo, por Kant.

    Sendo assim, há, nos objetos e argumentos morais, uma carga muito pessoal e, talvez subjetiva, para que sejam guiadas as ações de acordo com os juízos morais de quem as pratica. Nossas paixões são levadas em conta ao decidirmos nossos caminhos ou escolhas, e não supostos imperativos transcendentes. A escolha daquilo que é ou não moral depende de quão boas sejam as conseqüências dessa decisão. Não há ação boa em si, mas, sim, ações adequadas. É óbvio que Hume não renega o fenômeno da indução, que fora tão usado por Kant, mas sugere que ele não se faz suficiente para que seja aplicado às questões que envolvem fatores múltiplos e dependentes.

    Não somos levados a praticar ações porque elas são boas, mas sim por elas nos serem convenientes. A Ética, segundo Hume, só a é quando as ações que sejam cerceadas por ela sejam aquelas cujas conseqüências possam trazer o máximo de prazer e o mínimo de ‘’dor’’.

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  129. David Hume propõe em seu pensamento que a razão não é motivadora das ações humanas. Para Hume a moral nada tem a ver com a razão, isso torna para ele as ações humanas derivadas de nossas emoções.
    É algo muito complicado contrariarmos ou colocarmos à prova os pensamentos e ideias de um pensador como Hume, sua teoria para a moralidade e as ações humanas, em minha opinião se aplica a inúmeras situações presentes em nosso cotidiano, mas vejo a tomada de decisões levadas pela emoção como algo mais individual e alguns casos egoísta. Por exemplo, em um relacionamento entre um casal, muitas vezes os indivíduos tomam decisões imorais como trair ou mentir, mesmo quando possivelmente já se tenha sentido algo semelhante, eventualmente do mesmo parceiro em questão, e é sabido por esse indivíduo que caso o parceiro descubra, isso o afetará fortemente. Porém se tomarmos decisões sem o uso da razão em uma guerra por exemplo, isso afetará inúmeros indivíduos, indivíduos esses que nem conhecemos, com isso, fica claro para mim que certas medidas não podem ser tomadas sem o uso da razão.
    Observando alguns pontos ao longo de leituras e pensamentos de autores, vejo que as emoções são sim motivadoras de ações humanas, assim como a razão, contudo, as chances de cometermos atos imorais, ao meu ver, são muito maiores, com o uso de nossas emoções.

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  130. “... razão e sentimento confluem em quase todas as decisões e conclusões morais".
    A visão de David Hume sobre ética é muito interessante. Hume propõe uma ética empírica - baseada na experiência humana, onde tanto a razão quanto o sentimento moral (afecções) são fundamentais na determinação da moralidade das ações. A princípio, nossas ações são baseadas nos nossos sentimentos morais, seguimos nossas afecções. A razão entra com o papel de dar uma base racional para essas afecções, para refiná-las pode-se assim dizer. Um exemplo que o próprio Hume dá em seu livro "An Enquiry About the Principles of Morals and Legislation" e que eu gosto muito é o das belas artes - ao ver uma obra estranha a nossa experiência podemos a princípio não gostar dela, mas se nos forem apresentados seus conceitos, sua técnica e suas características, podemos vir a aprecia-la. A razão, portanto, tem um papel fundamental na construção do comportamento moral.
    De começo podemos pensar então a ética de Hume como uma ética individual, que parte do indivíduo. Mas então como entender o comportamento do ser humano em sociedade? Segundo Hume o ser humano é naturalmente benevolente e justamente por esse motivo tende a aprovar ações que trazem o bem estar a si próprio e as pessoas ao seu redor e reprovar ações que não o fazem. Nós não ficamos felizes com a "maldade gratuita", mas a felicidade (individual e coletiva) nos é naturalmente agradável. É por esse motivo que ações como a benevolência e a justiça são bem vistas, por que nos trazem bem estar, nos são úteis.
    Aqui entramos em um dos pontos principais da ética de Hume, a utilidade. As ações que normalmente tendemos a aprovar de forma geral são aquelas que nos são de alguma forma úteis: úteis para nosso bem-estar ou úteis para o bem-estar da sociedade. Alguns podem argumentar que essa é uma visão egoísta, mas para Hume a utilidade aqui não tem nada haver com egoísmo - podemos simpatizar ou não com ações que não nos afetam - de tempos diferentes ou lugares distantes. A utilidade tem a ver com o princípio humanitário em cada um de nós.
    Poderíamos ficar um bom tempo discutido Hume, mas não vou me prolongar muito mais - gosto da ética de Hume por ela buscar ser flexível e atemporal - Hume entende que cada sociedade e cada época pode ter visões diferente de utilidade.

    -

    Desculpe-me pela demora!

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  131. No “Tratado da natureza humana”, Hume insere sua teoria acerca a gênese moral, afirmando ela não se originar da razão, por assim dizer. A moralidade ganha então um ar passional, sobrepondo-se ao que antes era afirmado, da razão ser o guia nas ações e juízos morais. A razão nos é útil para descobrir a verdade, ou seja, se algo tem valor verdadeiro ou falso, o que não cabe na hora de decidir se algo é certo ou errado.
    Sendo assim, o motivador das ações, para Hume, seria algo que ele denomina de afecções, algo além da reflexão, que faz com que ajamos dessa ou daquela forma, e de maneira irracional. A afecção é formada por um princípio ativo e um inativo, sendo a moralidade a parte ativa.
    Na minha opinião, Hume peca ao atribuir valor absoluto à emoção, excluindo a razão dos juízos morais. A razão, em equilíbrio com a emoção, torna o homem capaz de distinguir o certo do errado e o verdadeiro do falso, levando-o a agir da forma que achar mais conveniente, moralmente ou não. Achei que a interpretação que fiz da moral humeana em “Investigação sobre os princípios da moral” ficou um tanto quanto diferente, sendo que no Tratado, Hume se mostra inflexível quanto à origem da moralidade e ás vezes até confuso sobre o papel da razão e emoção, e na Investigação, se mostra mais maleável quanto à parcela da razão nas afecções e juízos morais.

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  132. Nome: Gabriela Petherson Sampaio
    RA: 21035812


    Ao focar a análise no terceiro livro de Hume, observamos que ele não diz respeito a um outro lado da natureza humana. Este consiste numa teoria dos princípios da ética, que se fundamenta nos seus panoramas sobre o entendimento e as paixões. Pode-de evidenciar a hipótese de que não é pela razão que podemos distinguir ou reconhecer a virtude e o vício. Estas distinções morais resultam antes de sentimentos harmoniosos ou penosos desencadeados por uma certa ‘simpatia’, a capacidade de nos identificarmos com o próximo, participando do seu prazer ou dor.
    A liberdade de operação de processos irreprimíveis da imaginação dentro da teoria das paixões de Hume parece ser uma questão central abordada nesse livro em particular.
    Em suma, podemos afirmar que as ‘paixões’ por Hume analisadas, são as principais sustentações que nos guiam em nossas própras ações. Nos permitindo assim afirmar que a razão quando equiparada a esta outra vertente analisada, perde sua valia.

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  133. Guilherme Bocalini
    RA: 21033512

    Primeiramente me desculpo pelo atraso, por falta de organização e por fazer questão de dar a devida atenção ao texto de Hume só pude elaborar o comentário neste momento.

    O elemento principal da ética de Hume é provar que a moral não pode ser determinada pela razão. Para isso é usada um conjunto de argumentos que abrangem da ideia do que move uma ação, até qual a verdadeira fonte do comportamento moral.

    Ações não provem da razão, pois esta é inativa, e algo que é inativo não pode exercer influencia sobre algo ativo. A partir deste raciocínio podemos começar a desenvolver a ideia que Hume tem da moral.

    A moral é claramente um campo prático da filosofia, portanto segundo a premissa anteriormente apresentada não pode ser determinada pela razão. Embora a razão não seja determinante para nossas condutas, ela pode influenciá-las, segundo Hume de duas maneiras: “despertando uma paixão ao nos informar sobre a existência de alguma coisa que é objeto próprio dessa paixão, ou descobrindo a conexão de causas e efeitos, de modo a nos dar meios de exercer uma paixão qualquer.”

    Por isso a moral não é pautada na racionalidade ou irracionalidade das ações, esses conceitos são diferentes de condutas louváveis ou condenáveis. Mas então o que determina se uma ação é condenável ou louvável, se não a razão? Tudo o que está presente em nossa mente são percepções, assim fica evidente que a aprovação ou condenação moral também é uma percepção. Sendo as percepções vindas da razão ou das paixões, e a razão descartada como o princípio da moral pelos argumentos já apresentados, a moral só pode ser julgada, ou melhor, sentida pelas paixões.

    Assim um vício ou virtude é definido como um ou outro através das paixões. Sendo as paixões que indicam o desprazer ou satisfação é exatamente esta a distinção que julga (sente) o comportamento moral.

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  134. Este comentário foi removido pelo autor.

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  135. Para Hume, tudo o que é realizado pela mente humana se dá à luz do que ele chama de "percepções" - que se dividem em impressões e ideias - até mesmo os julgamentos da moralidade de uma determinada conduta. Mas há no seu estudo sobre a moral uma questão central: nossos julgamentos se dariam através das impressões ou das ideias, das paixões ou da razão?

    Segundo o filósofo escocês, as ações humanas são conduzidas de maneira a otimizar o prazer e evitar a dor, e são essas impressões (de prazer e dor) que nos torna capazes de conhecer e distinguir o bem e o mal morais. "(…) segue-se que, em todas as investigações acerca dessas distinções morais, bastará mostrar os princípios que nos fazem sentir uma satisfação ou um mal-estar ao considerar um certo caráter para nos convencer por que esse caráter é louvável ou censurável."

    Posto que a distinção entre o bem e o mal influencia nossas ações, a moral não pode derivar da razão, pois esta não é capaz de incentivar ou impedir ações. A razão entende apenas o que está em acordo ou desacordo no campo das ideias; o que não for suscetível às atribuições de verdade ou falsidade não pode ser objeto da razão. Dito isto, conclui-se que nossas ações só podem ser motivadas pelas paixões.

    "A moralidade, portanto, é mais propriamente sentida do que julgada, embora essa sensação ou sentimento seja em geral tão brando e suave que tendemos a confundi-lo com uma ideia, de acordo com nosso costume corrente de considerar tudo que é muito semelhante como se fosse uma coisa só."


    Camila Almeida A. de Souza
    almeidap.camila@gmail.com; ccamila@aluno.ufabc.edu.br

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    Respostas
    1. Obs.: professor, acredito que o segundo link do material a ser estudado não está mais disponível. Não consegui acessá-lo.

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  136. As proposições de Hume acerca da construção da razão e das regras da moral, certamente modificou paradigmas acerca das discussões éticas e da natureza humana, visto que basearam-se nele e influenciaram-se por ele, muitas formas de pensar e construções utilitaristas. Hume inaugurou um pensamento ceticista acerca das construções filosóficas que era diferente dos pensamentos anteriores.
    A razão para Hume o poder de atribuição de verdade ou falsidade, incapaz de influenciar ações humanas e paixões, podendo no limite, informar relações de causa e efeito que nos deem meios de exercer alguma paixão. Assim a moral não pode derivar da razão, pois se fosse, seria impossível atribuir caráter de bondade ou maldade às ações. Os juízos das razões são frequentemente errôneos ou falsos, e com isso não podem ser condenáveis. Assim ele propõe que a moral é construída através de um “sentimento moral” que é desperto quando nos deparamos com situações que são passíveis de julgamento moral, chamando a isto algo como “afecções”. E é através deste desde mecanismo, o sentimento moral que nos leva à ação, diferentemente da razão que através da proposição de Hume, é impotente neste quesito.
    Ele estabeleceu uma forma de propensão às atitudes, que levava em conta as consequências das atitudes, de uma forma a que se poderia escapar da dor ou chegar ao prazer das ações. Ainda acerca das consequências, ele afirma que mesmo se houverem consequências negativas de juízos falsos ou afecções incompatíveis que o objetivo último de todas ações é a benevolência.

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  137. Para Hume a razão e a moral são diferentes. Uma pessoa não comete uma ação somente por causa da razão, ela precisa de desejos para isso. A razão nos mostra os fatos, mas são os nossos desejos que nos guiam e decidem o caminho que vamos seguir. Dessa forma ele diz que a razão não consegue criar uma moral. Por outro lado, a moral é dependente do sentimento, pois nossos julgamentos e ações serão resultados das nossas emoções e paixões.
    Acredito que podemos notar isso analisando nossas ações, pois consideramos como certo aquilo que nos faz sentir bem e como ruim aquilo que não nos dá uma boa sensação. Entretando, mesmo que nosso julgamento de moral e imoral seja relativo com nossos sentimentos, Hume não acredita que isso possa mudar abruptamente de uma pessoa para outra.

    Maria Laura Ribeiro dos Santos RA: 21019312

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  138. Na concepção de Hume,o homem segue suas paixões, suas preferências, o que o encaminha para a “verdade” e leva a repulsão do que poderia prejudicá-lo,como por exemplo a busca pelo prazer ao invés da dor.
    Deste modo o autor faz uma sobreposição, na qual, as emoções que nos levam a nossos juízos morais e não a razão, já que está não tem o poder de despertar desejos produzindo ou impedindo ações. Assim podemos separar o que é moral do que não é moral seguindo está visão.

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  139. Victor Pinho de Souza10 de junho de 2013 às 20:00

    Hume afirma que nossa natureza passional resulta e interfere em ações. A razão é inerte, não influencia. As regras morais, portanto, não são conclusões da razão. “A razão, em um sentido filosófico, pode ter uma influência sobre a nossa conduta somente de dois modos: 1. quando excita uma paixão, informando-nos da existência de algo que é um objeto próprio dessa paixão; 2. descobrindo as relações de causa e efeito de tal forma que nos proporcione os meios para exercer uma paixão”.
    Assim, nossas ações e diferenciações morais são guiados por sentimentos distintos, o prazer e a dor. Os homens guiam suas ações buscando o prazer, pois suas ações morais sofrem influências das nossas afecções (por isso, não deriva da razão).

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  140. Marcus Vinicius Innocenti Oscar
    Na visão de Hume, a motivação para a conduta humana seria inata, as ações humanas estariam totalmente focadas na obtenção de prazer. Com isso em mente classificamos o homem como um ser mais sensitivo do que meramente racional onde as ações são resultados de suas feições e vontades sendo influenciadas pela sua moralidade.
    No tratado da Natureza humana Hume demonstra uma visão subjetiva ou até mesmo sentimentalista da ação humana, na sua visão para que possamos entender é necessário passar pelos sentidos, já a moral é influenciada pelo entendimento da consciência, sua ética empírica baseada na experiência humana onde as ações são inerentes aos nossos sentimentos.

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  141. A partir dos princípios estabelecidos por Hume, ele tira da razão o papel principal no julgamento da moralidade humana. Relembrando o funcionamento da razão ele tenta descobrir se a mesma é capaz de fazer esse julgamento, primeiro ele lembra que a razão é incapaz de influenciar as emoções e ações humanas e vê que a moralidade precisa necessariamente influenciar as mesmas para que assim seja útil, e já aqui percebe que uma não pode vir da outra, já que “um princípio inativo nunca pode estar fundado em um inativo”.
    Outro argumento é o fato de que para ser um objeto da razão é preciso que seja sujeito ao acordo ou desacordo em relações seja de ideias ou de causa e efeito, como as ações, as paixões e as volições não estão sujeitos a estes acordos ou desacordos as mesmas não teriam como ser objetos das mesmas já que são completos em si mesmos. Assim do único lugar que poderia vir este julgamento seria das impressões, já que as percepções ou são ideias ou impressões.
    Essa impressão que teríamos nos indicaria se uma atitude é moralmente correta se causa-se uma certa , especifica, agradável e o contrario desagradável, apesar de ter tirado da razão o papel principal ela continua sendo importante, definindo o objeto para que esse sentimento possa julgar se moral ou imoral, já que o erro dessa definição poderia causar um erro de julgamento, já que este sentimento moral não teria o objeto correto

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  142. Victor Milani 21044012

    Hume não aceita a ideia que os efeitos empíricos tenham uma "causa" pois o conceito de causa é uma abstração de algo não empírico, para Hume essa ideia deviria ser substituída pela ideia de sucessão.
    Tratando agora sobre a ideia de moralidade para o autor o mesmo diz que a moral não deve derivar da razão pois a mesma sofre influencia de afecções. para ele um principio ativo não pode fundamentar-se em um inativo. A razão é inativa por si mesma e deve permanecer sendo assim em todas as suas formas e aparências seja em assuntos naturais ou outros. As ações podem ser elogiáveis ou censuráveis podem não podem ser racionais, ou irracionais, nesses sentido não existem ações racionais e portanto dizer que uma ação é normalmente preferível não significa que ela seja racionalmente justificada.
    Hume resume a moral como o desejo do bem para todos e o sentimento moral como algo que te leva a fazer algo porém não é você mesmo que o cria é algo inato a pessoa.

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  143. Bruno Pestana Macedo
    RA: 21049312

    O homem busca a maximização do prazer e a fuga da dor, ou seja, seus atos são resultantes de suas paixões. O individuo utiliza a racionalidade sob essa mesma perspectiva de maximização do prazer, como por exemplo o trade-off enfrentado pelos estudantes: estudar ou ir à festa?
    Uma vez que a moral excita as paixões, com isso produzindo ou evitando ações, e que os atos dos
    homens são provenientes das paixões, conclui-se que as regras da moralidade não são conclusões
    da razão.
    Em outras palavras e resumidamente, a moral, para David Hume, é a conduta aprovada pela maioria
    dos indivíduos, sendo essa a que proporciona maior prazer ao indivíduo. Então, torna-se evidente,
    que a moral precede a razão humana

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  144. Hume para mostrar como se da o julgamento moral primeiramente verifica se este é possível somente a partir da razão, como os demais sistemas filosóficos afirmavam.

    Para tal relembra que tudo que se da na mente são percepções, e estas se dividem em impressões e ideias e para que este julgamento possa ser feita pela razão teria que ser feita apenas pelo uso das ideias. Seu primeiro argumento se baseia no fato de que a moral precisa necessariamente influenciar nossas ações, e então mostra que a razão não tem essa capacidade e assim a moral não poderia vir da mesma. Também lembra que para ser objeto da razão é preciso poder ser considerado real ou falso, e como nossas ações, volições e paixões são fatos reais em si mesmos não poderiam ser objeto da razão.

    Assim ele conclui que o julgamento moral é não verdade uma impressão ou sentimento, este sentimento ao presenciar uma ação pode nos causar uma satisfação, se for moral, e uma insatisfação, se for imoral, assim a moralidade é julgada por este sentimento, mas com o auxílio da razão.

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  145. Hume, na juventude ao passar alguns anos na França, compõe sua obra mais importante Tratado da natureza humana, na qual desenvolve uma moral do sentimento; a obra apresenta ideias divergentes das concepções tradicionais. Para ele, as paixões são as maiores determinantes da vontade e não a razão. Sendo assim, faz os atos morais condizer aos sentimentos de aprovação ou desaprovação deles (nossos atos), para as sensações de agrado e prazer ou de remorso resultantes. Ou seja, enquanto a razão se ocupa com o que é verdadeiro ou falso (fazendo julgamento de realidades), os atos morais requerem juízos de valor, que nos ajudam a identificar nossas ações como boas ou más, como virtude ou vício.
    O filósofo escocês abraçou o empirismo radical, o que o levou a assumir uma postura cética, criticou a tradição de destacou-se por ter provocado em Kant a reflexão sobre os limites do nosso conhecimento.

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  146. David Hume irá nos falar sobre o sentimento moral e a razão.
    Para Hume a razão não dá conta de falar e não entende o que é necessário. A moral sofreria influencias das nossas percepções e não da razão, esta seria impotente sobre as práticas de nossas ações e para explicar os sentimentos morais. O exercício racional é apenas parte da construção da imoralidade. Não existem ações racionais, dizer que uma ação é moralmente aceita não diz que ela é racionalmente justificada.
    Para Hume o sentimento moral, a afecção é a origem da moralidade. A afecção é um sentimento especial, possui um lado passivo mas também é ativo, impeto de intervenção. Ela seria quase intuitiva/instintiva, como um senso de dever. Para Hume a moral sobre influências de nossas afecções, esta é determinante em nossas ações, então devemos entender as afecções para assim compreender a moralidade. A afecção de benevolência é a mesma para todos, a diferença das ações está na razão, e as condutas que forem tomadas.
    Esses dois gêneros é que irá definir nossas ações.

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  147. Após observar o material indicado podemos tecer algumas considerações sobre a teoria ética humeniana.
    David Hume expõe em sua obra "O Tratado da Natureza Humana" que todo o conhecimento é restritamente empírico, sendo assim a razão algo inativo, pois não podemos através destas gerar juízos sobre as coisas quais ainda não vivenciamos. Não seria então a razão qual nos daria a possibilidade de prever aquilo que é moral ou imoral. Aquilo que toma lugar fundamental em nossas decisões sobre oque é moral e imoral seriam as afecções, quais seriam sentimentos de prazer ou repulsa sobre tal ação, sendo essa afecção que nos leva a agirmos moralmente, pois segundo a epistemologia humeniana aquilo que é o bom, o certo, é aquilo que nos gera prazer, sacia nossas paixões por tal ação, fim ou objeto e visa a fuga da dor e sofrimento. A busca pela satisfação desse impeto é a ação moral, fazendo então que a razão não tenha papel algum em criar levar-nos a ações morais. A razão então desempenha apenas o papel de mostrar a existência de alguma coisa que é objeto da paixão e apontar-nos um meio ou forma para atingirmos determinado fim, qual seria ditado pelo nosso "sentimento moral". Mesmo assim há espaço para um debate moral,no momento que Hume sugere que através da razão podemos calcular e maximizar nosso prazer, pensando (através da memoria de algo que já foi experimentado) cada ação que possa ser revertida em maior prazer possível, e essa construção racional é de fato a tentativa de justificar essa nossa afecção moral, então podemos através do debate racional mostrar que aquela ação qual o outro considera a ação aquela vai gerar mais prazer no momento é errada, não pela afecção, pois essa é aquela que nos move a moralidade, mas pela compreensão da razão, mostrando esse meio mostrado pela razão não é aquele que, no final, cumpre em saciar da melhor forma nossos ímpetos. Como exemplo podemos mostrar duas pessoas o afecção de ajudar o próximo, que as leva ao ímpeto da ação de fornecer uma ajuda financeira a um colega, mas no debate pode-se mostrar que a ação de entregar dinheiro ao amigo em más condições financeiras não é a ação que realiza essa afecção, ou que essa não é a mais adequada ao momento.

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  148. Em “O Tratado da Natureza Humana”, David Hume busca mostrar como se dá o julgamento da moral e, para isso, recorre à razão a fim de verificar se isto é possível somente através dela, como afirmavam as demais correntes filosóficas.

    Para ele, tudo que é realizado na mente humana, principalmente o julgamento acerca da moralidade de uma determinada conduta, se dá à luz das percepções – que se dividem entre impressões e ideias. As ações humanas são conduzidas pelo anseio de se maximizar o prazer e evitar a dor e são essas impressões (prazer e dor) que nos capacitam a distinguir e o bem e o mal morais (ações louváveis ou censuráveis).

    O primeiro argumento apresentado diz que se é a distinção entre o bem e o mal morais que nos guiam em nossas condutas, o julgamento moral não pode ser realizado pela razão, já que essa não é suficiente para incentivar ou impedir ações. O autor também afirma que para que algo seja objeto da razão é preciso que seja possível atribuí-lo valor de verdade ou falsidade. Sendo assim, nossas ações só podem ser motivadas pelas nossas paixões.

    Para concluir, Hume afirma que o julgamento moral se trata de uma impressão ou um sentimento e este, ao presenciar uma determinada ação, pode causar-nos satisfação – considerando-a moral – ou insatisfação – considerando-a imoral.

    Andrezza Gonçalves

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  149. Denis Henrique de Miranda25 de junho de 2013 às 14:33

    David Hume considera a moral como algo aprovado pela maioria. Porém isso tem sua implicação negativa: a opinião do indivíduo pode ser deixada de lado nessa concepção. Aparentemente, Hume espera que tomemos nossas decisões "morais" de acordo com o que a sociedade espera, mas será que propor uma nova forma de pensar não é imoral, utilizando essa concepção?

    Devemos, então, analisar as duas possibilidades, porém a análise fica mais completa se for feita em conjunto. A primeira parte do pressuposto que o pensamento ou a suposição não afeta o outro. Ora, será que alguém se sentiria incomodado se a esse alguém fosse apenas proposto algo considerado imoral a ele? A imagem que se formaria em sua cabeça seria o suficiente para causar algum desconforto (ou até um colapso, por que não?) na pessoa? Creio ser muito provável que sim, porém se perco o direito de ao menos propor um novo pensamento, me privo como indivíduo e caminho com os outros, sem ao menos questionar.

    Mas e se não se incomodássemos tanto com o novo? É possível que todos pensemos certas coisas a respeito de condutas e normas aceitas pela sociedade, porém todos têm receio de ao menos propor essa nova teoria pelo medo de causar grande desconforto nos outros. O silêncio nos mantém em harmonia, porém remove por completo nossa individualidade, a particularidade de cada um.

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  150. Hume diferentemente de outros filósofos, acreditava que a moral era derivada dos sentimentos, mas somente os sentimentos chamados de “percepções” é que possuem alguma influência nos juízos morais. De acordo com Hume, as percepções são sentimentos mais fortes e vívidos que temos em nossa experiência, e podem ser divididas em dois tipos: as “impressões” e as idéias.
    Para Hume, a moralidade é uma relação emotiva que nos faz aprovar ou desaprovar uma determinada conduta, isso é derivado de um conjunto de impressões distintas, chamadas de sentimentos morais.
    Acredito que a moralidade não pode derivar unicamente dos sentimentos, ou “percepções”, porque acredito que a razão deve ter algum papel na moralidade humana.

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  151. David Hume se desprendendo da moral religiosa que busca uma interpretação divina das capacidades humanas coloca a razão como o principal ponto a ser discutido. Assim como outros pensadores de sua época, Iluminismo, ele tentou arranjar um espaço para a razão dentro dos juízos morais, então, assim como um cientista tentava explicar fenômenos naturais através de experimentos, Hume talvez tenha tentado compreender de que forma nossa ação (ética) também poderia ser explicada dessa forma.

    A fórmula básica para se compreender a moralidade em Hume é: moralidade=razão+afecção. Hume não considerava a razão como a causa principal de nossas ações, pois para ele a razão é inativa por si mesma, é inerte, incapaz de provocar qualquer ação ou afeto. “É somente através de nossas idéias ou impressões que distinguimos entre o vício e a virtude, e declaramos que uma ação é condenável ou louvável”, aponta Hume.

    Em ética falamos sobre necessidade, determinada ação deve ser praticada, devemos ser honestos. Falar sobre razão é falar em sucessões de fatos e não em necessidade (exemplo: um giz cai porque sempre cai e não porque necessita cair), portanto as regras de nossa moralidade não são conclusões de nossa razão, mas são um combinado de nossa razão e nossa afecção (aquele sentimento necessário fundamental).

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  152. O pensamento de Hume faz uma importante contribuição para a filosofia moral ao romper com o dogmatismo racionalista, abordando a moralidade a partir de uma perspectiva naturalista. Hume faz uma investigação à semelhança do método empírico utilizado nas ciências naturais para tentar compreender o que move os seres humanos a agir, que tipos de ações consideramos aceitáveis e quais são condenáveis, bem como o que essas ações tem em comum. Hume observa que mesmo quando refletimos sobre nossas ações e pensamos ter claro em nossa mente quais são moralmente corretas e quais não são, muitas vezes acabamos agindo de forma contrária à razão. Para ele, esse é um dos indícios de que a razão não tem poder sobre as ações humanas. Seriamos na verdade movidos por nossas “paixões” e afecções, que buscam sempre obter prazer e minimizar a dor. O papel da razão se limita, nesse caso, à julgar quais ações são mais eficazes para alcançar os fins desejados e medir suas consequências.

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  153. No "Tratado da Natureza Humana" de David Hume nos é apresentada uma teoria ética que busca mostrar que não é razão a base da moralidade, e ela é apenas um dos meios de como se pode analisar os juízos morais e nossas ações dentro de uma discussão ética.

    Para Hume, a origem da moralidade está no sentido moral, a afecção. A afecção é um sentimento de dois lados, sendo um passivo e outro ativo, este ativo sendo responsável pela capacidade de intervenções (por exemplo um senso de dever sobre as ações que julga imorais).

    Hume é um filósofo empirista, assim irá dar importância a experiência. Mostrando que o conhecimento ocorrerá depois da exposição à experiência.

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  154. Gustavo de Souza Bruschi1 de julho de 2013 às 15:00

    **CORREÇÃO DO COMENTÁRIO ACIMA**
    **O nome do aluno foi escrito errado**

    No "Tratado da Natureza Humana" de David Hume nos é apresentada uma teoria ética que busca mostrar que não é razão a base da moralidade, e ela é apenas um dos meios de como se pode analisar os juízos morais e nossas ações dentro de uma discussão ética.

    Para Hume, a origem da moralidade está no sentido moral, a afecção. A afecção é um sentimento de dois lados, sendo um passivo e outro ativo, este ativo sendo responsável pela capacidade de intervenções (por exemplo um senso de dever sobre as ações que julga imorais).

    Hume é um filósofo empirista, assim irá dar importância a experiência. Mostrando que o conhecimento ocorrerá depois da exposição à experiência.

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  155. Este comentário foi removido pelo autor.

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  156. Segundo o filósofo, o homem tem a necessidade natural de fazer o bem, de se sentir bom, portanto, as ações sempre serão tomadas buscando esses sentimentos.

    Para Hume, as sensações tem papel mais importante na tomada de ações dos seres humanos do que a própria razão. Isso porque é possível usarmos a razão para nos orientarmos a respeito do que é verdadeiro e falso, concreto e abstrato, avaliar as consequências de nossas ações, mas não mais do que isso.

    A razão não distingue ou determina o que é bom e/ou ruim, papel das sensações, dos sentimentos, das paixões. Estes sim, nos motivam a tomar decisões e agir, mostrando que a razão está presente na tomada de decisões humanas antes da razão.

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  157. Matheus de Almeida Rodrigues3 de julho de 2013 às 15:34

    A premissa fundamental que alicerça a obra acerca da moralidade de David Hume admite que o ser humano está fadado à constante busca pelo prazer e por aquilo que o proporciona uma certa felicidade, de forma a evitar a dor e o sofrimento a qualquer custo sempre que possível.
    Partindo deste argumento, Hume acreditava que as ações e afecções humanas eram motivadas pelas paixões, e são através destas que o ser humano pode discernir ações boas de ruins. Segundo o filósofo escocês, a razão exerce influência apenas para a análise de causa-efeito das consequências que podem resultar dos atos e das afecções que praticamos, porém nunca exercerá influência sobre a decisão dos mesmos, pois esta [razão] não nos nutre de juízos morais, somente nos possibilita avaliá-las posteriormente tendo em vista o prazer ou a dor.
    Hume defende também que uma ação moral é aquela que é aceita por grande parte dos seres humanos, e, tão logo, o filósofo concluiu que as pessoas possuem distinções morais semelhantes. Portanto, em suma, é possível deduzir que todos os seres humanos seguem visam a maximização do prazer e, tão logo, sentem a necessidade de praticar ações boas.

    Matheus de Almeida Rodrigues - 21039712

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  158. Lendo o trecho proposto de “O Tratado da Natureza Humana”, fica claro que, para Hume, a moral que influencia nossas ações é derivada de nossas emoções, chamadas por ele de “paixões” e que nesse sentido as nossas atitudes teriam por objetivo atingir o prazer e fugir de tudo aquilo que possa gerar a dor, ou alguma sensação que não seja prazerosa.
    Sendo assim,a razão não teria influeência sobre nossas ações, ela seria apenas uma ferramenta utilizada para refletir a respeito das conseqüências de nossas ações, não o que as motivaria.

    Marina Müller Gonçalves

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  159. O texto trás a visão de David Hume sobre o julgamento da moral.
    Segundo Hume as ações humanas tencionam sempre o bem e o prazer próprio, sendo assim as ações são éticas e perfeitas quando buscam essas coisas. Assim a capacidade de distinguir o bem do mal esta baseado nessa idéia, ou seja, o que traz boas sensações para o homem é o bem e o que traz dor é o mal.
    Essa vontade do bem próprio vem das sensações, melhor falando das “percepções” e isso meio que leva para uma conclusão comum entre a maioria das pessoas. Resumindo, para Hume as escolhas vêm das percepções do mundo e levam a maioria da sociedade para o mesmo caminho que é na maioria das vezes a procura do prazer.
    Ainda para Hume a moralidade é essa sensação comum mencionada anteriormente que faz a pessoa aprovar ou não as atitudes de terceiros.

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  160. As observações feitas por Hume sobre razão e moral tem como finalidade torna-las coisas bem distintas entre si. O autor em sua obra, Tratado da natureza humana, considera que as condutas morais não são frutos da razão pura e simples, como alguns outros filósofos acreditavam ser, e sim resultado dos sentimentos, gostar ou não gostar de algo. Para Hume os juízos morais são influenciados pela forma como sentimos a respeito de qualquer situação, e a razão não poderia em momento algum ser utilizada para direcionar nossas escolhas morais, já que para ele o hábito tem sido mais eficiente nas inferências causais. Hume era um cético que buscava mostrar através de seus escritos que não havia espaço para ciência, pois todo conteúdo da mente seria apenas uma percepção.

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  161. Para Hume, os indivíduos são movidos a partir de paixões, ou seja, impulsos que levam a realização de uma ação ou não. As paixões são motivadas pelos pensamentos de forma muitas vezes inconsciente para o ser, ideias movidas por situações anteriores que já foram armazenado e processado pelo intelecto.
    Não é a razão que guia o ser humano, mas sim as emoções conforme dito acima, a definição do que é moral parte dessas paixões, os juízos morais são reflexos dos nossos sentimentos. O Homem já teria pré-concebido que o bem traz o sentimento de prazer e o mal de sofrimento.
    Entretanto, nem sempre o que será considerado moral seja racionalmente certo na definição aplicada aos comentários anteriores a esse (temas passados no blog); não há decisões para o autor, racionais ou irracionais, já que a razão não decide o caminho a ser tomado. Há atitudes preferíveis as não tão preferíveis. O papel dado à razão é de avaliar as consequências dos atos tomados pelas nossas emoções. Efeito de causalidade
    Resumindo o pensamento de forma bem sucinta seria: “Não tomo ações baseadas nos coletivos, ajo a partir das minhas ideias e paixões e assim contribuo indiretamente para o bem geral”.

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  162. Para HUme a base do conhecimento consiste em percepções, pela impressão e ideias. Assim o homem pode ser considerado mais sensitivo do que racional.

    Ele vai afirmar que todas as ciências são compreensíveis pela ciências da natureza humana. Também vai dizer que a lógica tem como objetivo explicar as operações e os princípis da capacidade humana.

    Hume tinha a idéia de que o pensamento sobre os fatos advinham da experiência. E essa seria algo necessário e indispensável para prever o efeito de uma ação.

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  163. Leonardo Borges Bezerra Teixeira 210047115 de julho de 2013 às 18:55

    Segundo a análise de tal excerto de Hume, fica claro seu empirismo. O autor evidencia que as ações não são, de fato, totalmente movidas pela racionalidade, e sim por nossas paixões. Todo o nosso conjunto de manifestações são definidos pelas percepções que tomamos a respeito do assunto. Há um questionamento no ponto do confronto entre crer que apenas a razão é suficiente para se concluir que algo é bom ou ruim. A moral criada por um ser vai de acordo com suas preferências a afeições, e não só pelo concreto. A razão se faz presente para expôr possibilidades sobre veracidade ou falsidade do fator em questão, baseados no conhecimento que já existe naturalmente sobre este fator. As paixões que nos movem não podem ser postas em cheque e julgadas como certas ou erradas, são apenas caminhos que temos vontade de seguir. Podem ser apenas bem quistas ou não pelos olhos alheios. Além do mais, Hume considera o prazer e a dor importantes para a constução de um ser psicológico, já que o balanceamento entre tais sentidos fazem com que cheguemos a um ponto de equilíbrio sobre que decisão tomar e seguir. A partir do controle e medição do quanto de prazer e do quanto de dor que se utilizará é que tomamos as ações como morais ou imorais.

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  164. Humes coloca o empirismo como proeminente em relação ao racionalismo quanto ao domínio do campo ético e a subjetividade como dominante, tendo a razão papel secundário na tomada de decisões; sendo a emoção o gatilho emocional e a razão um mero utensílio, usado para refletir a respeito do que já fora feito; nada mais que um observador

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  165. AQUI TEM INÍCIO OS COMENTÁRIOS DOS ALUNOS DO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2014.

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  166. Este comentário foi removido pelo autor.

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  167. A análise do texto de Hume tem de ser feita levando em consideração o contexto no qual foi feita. Fica claro em sua leitura o empirismo utilizado pelo autor, o que condiz com o período iluminista no qual foi contemporâneo. A percepção humana tem um papel fundamental na determinação da moralidade segundo o autor, nesse argumento, ele relativiza o carater das ações, nas quais é dificil definir em generalizações e julgamentos se estão certas ou erradas. Tendo relativizando o poder da razão na determinação da moralidade e enfatizado a natureza sensitiva do ser humano, através da fuga do que nos trás dor e da busca das nossas paixões, Hume tem um pensamento próximo da teoria utilitarista econômica de Jevons, na qual o objetivo do ser é eliminar a dor e a busca pelo prazer. Teoria essa que influencia o pensamento economico Neoclássico, atualmente dominante na academia.
    João 21056212

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  168. Pessoal, encontrei o link do vídeo que o professor pediu sobre David Hume.

    http://www.youtube.com/watch?v=PwzuU1_BUIA

    Abs!

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  169. "Da virtude e do vício em geral" em português: https://drive.google.com/file/d/0B5yPLXHZCimLRnBKaklrR19oS3M/edit?usp=sharing

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  170. Luize Gonçalves Fernandes14 de abril de 2014 às 21:30

    David Hume, filósofo escocês do século XVIII, e sua crítica feita à filosofia dogmática convergem com algumas ideias do chamado ceticismo grego. Os céticos pirrônicos negam assentimento a proposições não imediatamente evidentes e permanecem num estado de indagação perpétua.Afirmam que uma falta de provas não constitui prova do oposto e também questionam o saber estabelecido.

    Os limites do conhecimento humano, a capacidade humana para conhecer o mundo, na visão de Hume, não ultrapassam do domínio da experiência. Basicamente, estamos limitados àquilo que a experiência transmite. A mente humana, ao tentar ultrapassar essa barreira do empirismo, fala sobre o vazio; seus discursos não são fundamentados.

    Hume propõe resolver o problema da metafísica, esta que aposta na tentativa de elaborar uma ciência sobre causas e poderes ocultos das coisas. A razão aparecia como a solução para esses poderes ocultos, apresentando resultados seguros. Entretanto, como já visto, a razão ultrapassaria do domínio da experiência. Ele propõe então que a metafísica não é uma ciência e que deve haver uma "limpeza" na filosofia. Além de ser afastada do empirismo, a metafísica deve ser denunciada pois apoia a superstição, esta que estaria por trás de diversas verdades pré-estabelecidas. Hume coloca-se, neste contexto, como um severo crítico da instituição religiosa.

    Hume irá dizer que não pode-se pretender um discurso científico que nos dê causas últimas e conexão necessária das coisas - termos significantes para a metafísica. Ele resolverá isso com o conceito de "causalidade", ou seja, para David Hume, todos os fatos que pensamos e raciocinamos são feitos de maneira a lê-los pela relação de causa e efeito (por exemplo, bebe-se água porque se está com sede (causa), sabendo que a ação futura dessa água será a de matar a sede (efeito)). Enfim, para o autor toda relação de causa e efeito são dadas pela experiência. O raciocínio à priori, sem nunca ter havido experiência, pode depreender em inúmeros efeitos para uma causa e nenhum deles é menos cabível ou razoável que o outro. A partir desse momento, Hume surge com a teoria de que a experiência é necessária para inferir um efeito de uma causa e vice-versa.

    Ele dirá que não existem fatos contraditórios no domínio dos fatos, há apenas no domínio da ciência matemática. Não fosse a experiência comprovando, por exemplo, que canetas ao serem soltas caem, poder-se-ia crer, sem cair em contradição, que a caneta subiria. Ao dizer isso, Hume pensará a respeito das causas últimas da metafísica, essas que pode-se conhecer, mas que ultrapassam os limites da experiência. Ou seja, ele concluirá que é impossível chegar a qualquer conclusão a respeito das causas última da metafísica, tendo em vista que o conhecimento humano esbarra na barreira do domínio da experiência. Ainda para o autor, existe um conceito fundamental: o de causas gerais. A gravidade é um exemplo de causa geral que foi obtida a partir da observação/experimentação.

    Sobre o empirismo de Hume, leva a concluir a impossibilidade do conhecimento de poderes secretos dos objetos, pois há uma limitação a aquilo que é dado na experiência. Ou seja, o entendimento humano e a ciência humana não devem falar de causas que vão além do conhecimento dado pela experiência.

    Em relação à moral, o elemento principal da ética de Hume é provar que a moral não pode ser determinada pela razão. Embora isso ocorra, ou seja, apesar da razão não poder incentivar ou impedir ações, ela pode influenciá-las. A partir disso, ele conclui que o julgamento moral é na verdade feito a partir de percepções e sentido pelas paixões.

    Com isso, vícios e virtudes são definidos como um ou outro por meio das paixões que se sente. Estas que indicam se haverá satisfação ou não, julgando o comportamento moral.

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  171. Hume desenvolve uma moral do sentimento; a obra apresenta ideias divergentes das concepções tradicionais. Para ele, as paixões são as maiores determinantes da vontade e não a razão. Sendo assim, faz os atos morais condizer aos sentimentos de aprovação ou desaprovação deles (nossos atos), para as sensações de agrado e prazer ou de remorso resultantes. Ou seja, enquanto a razão se ocupa com o que é verdadeiro ou falso (fazendo julgamento de realidades), os atos morais requerem juízos de valor, que nos ajudam a identificar nossas ações como boas ou más, como virtude ou vício onde nem sempre o que será considerado moral seja racionalmente certo ; não há decisões para o autor, racionais ou irracionais, já que a razão não decide o caminho a ser tomado. Há atitudes preferíveis as não tão preferíveis. O papel dado à razão é de avaliar as consequências dos atos tomados pelas nossas emoções. Efeito de causalidade
    Concluindo de forma bem sucinta seria: “Não tomo ações baseadas nos coletivos, ajo a partir das minhas ideias e paixões e assim contribuo indiretamente para o bem geral”.

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  172. Sara A. de Paula RA: 21041713

    Nesta parte do texto, Hume coloca que ao abandonar a teoria e verificar a vida diária, há um grande interesse por se estudar a moralidade, pois ela influencia muitas coisas, como por exemplo, as decisões tomadas. Tomar uma decisão produz consequências no todo, e uma sociedade viver em paz depende disso.
    As paixões nos movem nisso, fazendo com que sigamos diferentes caminhos e tomemos diferentes decisões. Porém também temos muitas dúvidas de como agir, diferenciando bem e mal. Em conjunto com as paixões estão nossas percepções e elas estão acima das nossas ações de ouvir, ver, amar, por exemplo. E isso se aplica aos juízos de bem ou mal, e a percepção depende de cada um.
    As percepções dividem-se em impressões e ideias. E através de sistemas de estudos, pode-se acabar acreditando que a “verdade” provém da razão. Porém distinguir “bem” ou “mal” é mais complexo do que se parece. As nossas percepções fazem parte da nossa mente e ditam “as regras de decisão e moralidade”, mas não quer dizer que ela s sejam regidas pela razão.
    E este é um dos intuitos do texto, mostrar que nossas virtudes, pensamentos sobre moralidade, e distinção do bem e do mal não provêm da nossa razão, mas sim das nossas percepções e sentimentos.

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  173. No texto e no material exposto pelo professor podemos ver as posições de Hume, o qual consiste em que o homem é um ser mais sensitivo do que racional colocando dessa forma a sensibilidade frente a racionalidade já que o homem age com sua emoção mas e reflete (se reflete) com sua razão. Esse sentimento citados por Hume guiaram e guiam até hoje a história da humanidade, podemos citar o nacionalismo alemão no regime hitlerista onde o se mostra um exemplo claro do sentimento em detrimento a racionalidade. Dessa forma é fato as constatações de Hume já que muito das condutas humanas as quais permeiam a ética não provem da nossa razão e sim de algo mais subjetivo como os sentimentos, ou seja Hume alega que estamos acorrentados as nossas paixões e e fadados a nos movermos e tomarmos decisões com sentimento.

    Felipe Trevisan RA:21041013

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  174. Jonathan Leite RA: 21073313

    As proposições de Hume acerca da construção da razão e das regras da moral, certamente modificou paradigmas acerca das discussões éticas e da natureza humana, visto que basearam-se nele e influenciaram-se por ele, muitas formas de pensar e construções utilitaristas. Hume inaugurou um pensamento ceticista acerca das construções filosóficas que era diferente dos pensamentos anteriores.
    A razão para Hume o poder de atribuição de verdade ou falsidade, incapaz de influenciar ações humanas e paixões, podendo no limite, informar relações de causa e efeito que nos deem meios de exercer alguma paixão. Assim a moral não pode derivar da razão, pois se fosse, seria impossível atribuir caráter de bondade ou maldade às ações. Os juízos das razões são frequentemente errôneos ou falsos, e com isso não podem ser condenáveis. Assim ele propõe que a moral é construída através de um “sentimento moral” que é desperto quando nos deparamos com situações que são passíveis de julgamento moral, chamando a isto algo como “afecções”. E é através deste desde mecanismo, o sentimento moral que nos leva à ação, diferentemente da razão que através da proposição de Hume, é impotente neste quesito.
    Ele estabeleceu uma forma de propensão às atitudes, que levava em conta as consequências das atitudes, de uma forma a que se poderia escapar da dor ou chegar ao prazer das ações. Ainda acerca das consequências, ele afirma que mesmo se houverem consequências negativas de juízos falsos ou afecções incompatíveis que o objetivo último de todas ações é a benevolência.

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  175. No texto de Hume, afirma-se primeiramente que, quando um raciocínio não é compreendido e não foi contestado, é necessário um estudo profundo para testar sua força. Com esta introdução, nota-se que David Hume está muito a frente do próprio século em que viveu, pois a maioria dos homens parecia não se dedicar uma leitura crítica e reflexiva.

    O grande debate do autor gira em torno da moral e sua influência sobre as paixões a ações humanas. O autor assume sua posição em favor do que se afirma, ao contrário do que pensam alguns sistemas. Para ele, a moral não deriva da razão, pois esta não impede ou produz ações. Partindo dessa linha de raciocínio, entendi que a razão é incapaz de formar juízos morais, de distinguir o bem e o mal, já que isto influencia a nossa ação e não está ao alcance daquela. Porém, não é negado que a ela pode ter sido encarregada a causa de uma ação.

    Os vícios e as virtudes também não podem ser descobertos somente pela razão, é necessário que se consulte outras fontes que complementem o pensamento racional acerca de determinado assunto, como impressões e sentimentos. A natureza destas impressões é o próximo debate de Hume: para ele, o que nos dá prazer está relacionado com a virtude, enquanto os desprazeres são consequências do vício.

    Sendo assim, segundo o autor nossas ações são impulsionadas principalmente por sentimentos e impressões, e, portanto, são regidas segundo aspectos da moralidade, e não determinadas por meio da razão.

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  176. Em relação ao texto, Hume diz que qualquer ação exercida pela mente pode ser compreendida sob o termo “percepção”; esta se reduz a dois tipos: impressões e ideias. A moralidade, como a verdade, é discernida por meio das ideias. A moral influencia nossas paixões, e produz ou impede ações, indo além do entendimento. Logo, não pode ser derivada da razão, porque esta nunca poderia ter tal influência: ela é impotente neste aspecto.
    Debate-se, depois, sobre princípios ativos e inativos. O princípio ativo não pode estar fundado em um princípio inativo e, se a razão é em si mesma, inativa, terá de permanecer assim em todas as formas e aparências, nos assuntos morais ou naturais.
    A razão é a descoberta da verdade ou da falsidade. No entanto, não é possível validar as paixões e ações nesse nível, pois são fatos e realidades, e não é possível ser contrária ou conforme a razão. Como a razão não pode impedir ou produzir uma ação, tampouco pode ser fonte da distinção entre bem e o mal morais. As ações podem ser louváveis ou condenáveis, mas não podem ser racionais ou irracionais. As distinções morais, portanto, não são frutos da razão. A razão é totalmente inativa, e nunca poderia ser a fonte de um princípio ativo como a consciência ou sentido moral.
    As razões e o juízo podem ser a causa de uma ação, mas não podemos afirmar que um juízo seja acompanhado, em sua verdade ou falsidade, de virtude ou de vício. Quanto aos juízos causados por nossas ações, eles são ainda menos capazes de conferir essas qualidades morais às ações que são suas causas.

    Vícios e virtudes são definidos por meio das paixões; estas indicam se haverá satisfação ou não, julgando o comportamento moral.
    Enquanto a razão se ocupa com o que é verdadeiro ou falso ao julgar a realidade, os atos morais requerem juízos de valor, que nos ajudam a identificar nossas ações como boas ou más, como virtude ou vício, e nem sempre o que é considerado moral, é racionalmente certo.
    Em relação ao vídeo, fala-se sobre a Investigação sobre o Entendimento Humano, de Hume, em que ele relaciona o ceticismo e o empirismo. Fala-se sobre os limites do conhecimento humano, até onde nossa capacidade de conhecer o mundo pode chegar.
    Hume propõe que a mente humana e suas capacidades de conhecimento não estão capacitadas para entender algo que ultrapasse o domínio da experiência; quando ultrapassa, passa-se para discursos vazios.
    Hume crítica a metafísica no século XVIII, separando o que é passível de conhecimento pelo conhecimento humano daquilo que o conhecimento humano não deve mais tentar entender e buscar, reconhecendo sua modéstia. Esta deveria explicar as coisas através de suas causas, e assim poderíamos descobrir com as coisas se dão; ela pretende entender o que é necessário para que os eventos ocorram da maneira como ocorrem (conexão necessária). A maneira como Hume debate isso pode ser considerada Empirista, nos levando a uma forma Positiva ou no Ceticismo.
    Hume diz que quando raciocinamos a respeito de fatos, estamos fazendo uma leitura a partir relações de causa e efeito. Diz que nenhum tipo de conhecimento de causa e efeito é dado sem ser pela experiência.
    Fala-se do Raciocínio a Priori, que caso nunca tenhamos passado pela experiência, estamos usando o raciocínio antes da experiência. Não existem fatos contraditórios, eles sempre são pensáveis, concebíveis. A razão não pode nos dar conhecimento sem experiência. A causalidade é a conjunção constante da experiência de causa e efeito.
    O ceticismo de Hume consiste no pretenso conhecimento, e que a ciência humana não deve pretender mais do que conhece.
    Hume se contrapõe as ideias cartesianas, pois a matemática não fornece métodos de descoberta, mas uma linguagem adequada para formular as leis que a experiência nos dá.
    Somos naturalmente dotados por um instinto do hábito a perceber a repetição e projetá-la para o futuro. A consciência de nossa ignorância é Positiva, e ela impede que a superstição se instale na ciência.

    RA: 21019613

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  177. Tatiane dos Santos Moura15 de abril de 2014 às 22:22

    No vídeo, mostra-se que, na visão de Hume, a mente humana não esta capacitada para alcançar conhecimentos que ultrapassem o domínio da experiência, nós estamos limitados ao que a experiência nos dá. E quando se tenta falar sobre um assunto que ultrapassa o conhecimento que possuímos, se fala sobre o vazio (discursos sem fundamento).
    Hume mostra que a razão humana não alcança verdades que ultrapassam o entendimento humano, e dessa forma elabora uma investigação sobre o entendimento humano, uma análise sobre a capacidade do homem de conhecer o mundo.
    Aponta que não podemos pretender um discurso científico a respeito do mundo que nos dê expressões de causas últimas e conexão necessária. E que descobrindo quais são as causas últimas, podemos descobrir como as coisas se dão.
    Aborda também o conceito de causalidade, que diz que quando pensamos a respeito de fatos, estamos fazendo uma leitura desses fatos a partir da relação de causa ou efeito. Ele visa mostrar que não é possível nenhum tipo de conhecimento de causa e efeito que não seja dado pela experiência, pois todo e qualquer caso, sem experiência, não poderia inferir um efeito de uma causa. Quando se sabe o efeito de algo, isso foi possível porque as coisas já se deram na experiência, nos sentidos. E quando não se tem experiência, se esta no domínio do raciocínio/razão a priori (antes da experiência), então não podemos dizer quais são os efeitos de fato. E assim, Hume mostra que a experiência é condição necessária para inferir um efeito a partir de uma causa e vice-versa. Ou seja, não podemos fazer afirmações a respeito de experiências que nunca tivemos.
    Diz também que não há fatos contraditórios, que não faz sentido imaginar que uma afirmação sobre fatos seja uma contradição. Volta a abordar que as causas últimas podem ser conhecidas, mas estão além da nossa experiência; e as causas gerais, que também podemos conhecer, como a gravidade.
    Conclui que de causas que aparecem semelhantes, esperam-se efeitos semelhantes. E que na verdade, o que faz esperar que o futuro será semelhante ao passado, não é a razão, e sim o hábito. Somos naturalmente dotados, pelo instinto do hábito, a captar a repetição.
    Já no decorrer do texto, aborda que o que está na mente são nossas percepções, e tais percepções são qualquer ação exercida pela mente. Que a moralidade tem influência sobre as paixões e ações humanas, e que ela vai além dos juízos calmos e impassíveis do entendimento. E assim, não pode ser derivada da razão, pois a razão sozinha não pode ter tal influência. A racionalidade é apenas utilizada como uma ferramenta de reflexão para nossas escolhas, visando atingir o prazer (assumindo assim um papel secundário). O que nos faria diferenciar o bem do mal seria nosso sentimento moral.
    Hume analisa também que não tomamos conhecimento dos nossos vícios e virtudes (que dizem respeito ao que percebemos como positivo ou negativo) através da razão, mas através de sentimentos (isso porque a razão é inativa por si mesmo).

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  178. A obra 'Tratado da natureza humana" estuda natureza humana, de acordo com o Hume esse estudo seria o único fundamento sólido para a compreensão das demais ciências, para ele, o principal fundamento da investigação científica está na experiência e na observação. Hume formula uma crítica à ideia de causalidade.

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  179. Para David Hume a moralidade não deve ser tratada como objeto da razão, a moral por si só visa diferenciar o “bem” e o “mal”, mas essa diferenciação do que é certo e do que é errado é influenciada por nossas ações e, portanto não pode ser explicada pela razão.
    Hume afirmava que as ações humanas eram movidas pela paixão (sentimentos) e essas ações seriam responsáveis pela moralidade de nossos atos. Consequentemente, a moral como já foi dito não poderia ser explicada pela razão e seria explicada pelas emoções.
    Para este filósofo, as pessoas agem de forma a evitar a dor e maximizar o prazer, a partir disso o ser humano distingue o bem e o mal, pois apenas o que é bom levara ao prazer e o que é ruim levará somente a dor, neste quesito fica claro que a razão é impotente e as emoções se sobressaem sobre ela. Quando analisamos nossas atitudes e nossa opinião sobre fatos cotidianos parece que fica ainda mais claro como consideramos moral aquilo que nos faz bem e achamos certo, opostamente aquilo que não gostamos ou nos parece aversivo consideramos imoral. Por fim para Hume o julgamento moral é feito através de uma impressão ou um sentimento, que dependendo da reação que nos causa, nos faz capaz de dizer se algo é moral ou não.

    Guilherme Allan RA:11131211

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  180. Na parte do texto de David Hume, “Tratado da Natureza Humana” indicado pelo Professor para esta semana, pode-se concluir, em suma, que para o autor as regras da moralidade não se derivam de nossa razão, ou seja, as regras da moralidade não são conclusões da razão, como apontado pelo Prof. Peluso.

    De acordo com Hume, as ações humanas são movidas por nossas paixões e não por nossa razão, que seria um princípio inativo, algo que não é racional, deste modo, a razão por ela mesma não influencia em nossos atos. Contudo, existem situações que a razão exerce influência em nossas ações, e isto ocorre quando esta estaria ligada a paixão e quando se descobre as relações de causa e efeito de tal forma que nos proporcione os meios para exercer uma paixão, mesmo assim nestes dois casos, a razão seria apenas um instrumento para a paixão – o verdadeiro princípio de nossos juízos morais.

    As paixões motivam os atos dos seres humanos, elas nos fazem buscar a felicidade e o prazer e assim considerar isto como sendo “bem moral”. Hume completa que para uma ação ser considerada moral ela deve ser aprovada como prazerosa por grande parte da humanidade, o que se pode ver muito hoje em dia já que consideramos como moral aquilo que outras pessoas que conhecemos consideram como moral, e isto é difundido em grande parte do mundo. Contudo, a meu ver, isto pode ser criticado, pois não se deve impor “valores universais” como bons ou ruins mediante a opinião de várias pessoas.

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  181. David Hume inicia seu texto nos mostrando argumentos que chegam a conclusão que as ações que são tomadas pelos indivíduos são na verdade motivadas pelas paixões dos seres humanos. Para o individuo a moral é definida pelas ações dos homens, tanto para o bem como para o mal. Estas ações boas são aquelas que trazem prazer aos homens, consideradas ações morais. Já as ações más não trazem prazer aos homens, consideradas então ações não morais, Evidenciando que a emoção seja elemento necessário para a tomada de alguma decisão, esquecendo-se da razão.

    A razão, segundo Hume nada mais serve para servir como o avaliador de determinadas condutas, mas nem chega a importância das nossas paixões como moderadoras de nossas ações, mostrando claramente que o indivíduo é movido por paixões, e para entender os indivíduos é necessário entender suas paixões.

    GABRIEL HOLTSMANN FALCHI
    RA:21081113

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  182. Wanderson Coelho Pinheiro16 de abril de 2014 às 14:44

    Segundo David Hume em seu “Tratado da Natureza Humana” as regras e condutas morais dos seres humanos não são motivadas ou construídas através da lógica, pois não derivam da razão dos homens. Segundo o autor os homens são movidos pelas suas paixões e não pela razão. As paixões seriam princípio inerente ao homem, inseparável do seu ser, portanto não podendo ser guiados por princípios de racionalidade.
    Sendo assim, a moral não pode ser o objeto da razão, visto que as pessoas agem pela paixão, visam obter satisfação, não sentir dor, ou seja, agem pelos sentimentos. Estes sentimentos, expectativas e emoções seriam as verdadeiras fontes de nossos conceitos morais.
    Desta forma a razão só influenciaria nossas ações quando esta está vinculada as nossas paixões, descobrindo-se relações de causa e efeito que nos permita exercer a paixão, neste caso, porém, a razão funcionaria apenas como uma auxiliar, um instrumento de exercermos as próprias paixões, sendo esta o verdadeiro sentido de nossas ações e o princípio que regula nossas conclusões morais.
    Desta forma as ações morais seriam aquelas que nos proporcionam o máximo de prazer, de satisfação e que são compreendidas assim pela maior parte das pessoas.

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  183. Jacqueline Mendes 11038112

    Hume defende que os juízos morais dependem de um sentimento moral. Para ele, ao presenciarmos uma ação suscetível de julgamento ético, existe certa inclinação natural para aprovarmos ou desaprovarmos tal ação.
    Hume parte da seguinte questão: como as pessoas constroem seus juízos morais? Segundo ele, a razão não teria um papel mais importante do que outros fatores no processo. O sentimento de aprovação ou desaprovação, de julgar uma ação como boa ou má, estaria relacionado com a razão, mas não a teria como base. Assim, nossas ações estariam relacionadas com nossas paixões ou vontades e consequentemente essas ações não poderiam ser julgadas como racionais ou irracionais.
    Essa “afecção” que Hume aponta seria um sentimento moral que sempre está inclinado a aprovar ações boas e repudiar ações más. Surge então a pergunta: se todos os seres humanos possuem tal inclinação para aprovar aquilo que é bom, como que questões éticas importantes (como a pena de morte ou o aborto) despertam juízos morais diferentes em diferentes pessoas? É nesse ponto que a razão entra. A razão estabelece a relação entre uma conduta e a afecção. Desse modo, afecção e razão moldam simultaneamente o julgamento moral. Assim, não existem diferenças entre a afecção de um ou de outro indivíduo, o que existem são diferentes interpretações dessas afecções e dos conceitos relacionados ao objeto de julgamento. A razão seria um instrumento para esclarecer as afecções, para elucidar questões importantes referentes às ações julgadas.
    É possível fazer uma conexão do pensamento de Hume com o experimento com macacos mostrado em sala (onde um macaco recebe uma recompensa melhor do que o outro, sendo que ambos realizaram a mesma tarefa). Essa inclinação àquilo que é bom também estaria presente em certos animais até certo ponto. O experimento demonstra que os juízos morais não dependem exclusivamente da razão.

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  184. Paulo Henrique de Moura Queiroz, RA 21045613

    Hume argumenta que tudo que está presente na mente são percepções, e que estas também estão presentes quando se analisa se algo é bom ou ruim. As percepções englobam impressões e ideias .
    O autor discorre sobre sistemas que consideram que a razão é considerada o meio pelo qual se considera uma ação louvável ou não, é que as ações imorais e morais são permanentes no tempo, imutáveis, que apenas as ideais servem para a analise. O autor também salienta que os homens nem sempre cumprem as regras por sua própria vontade, existem regras que devem ser cumpridas, ele concordando ou não. Hume não concorda que apenas a razão sirva para avaliar a moralidade das coisas, já que a moral afeta o ser afetivamente e sentimentalmente, e a razão não tem condições de avaliar isto. A razão é um princípio inativo, enquanto a moral é um princípio ativo.
    Seguindo sua explanação, Hume diz que a razão diz respeito a verdade e a falsidade das coisas, e que as paixões e ações não podem ser enquadradas nesta dualidade, assim mostrando que a razão não pode ser usada para definir o que é bom ou mal na questão moral.
    Para o autor, a razão pode ser usada no sentido de despertar emoções que vão nos mostrar o verdadeiro objeto de nossas paixões e descobrir a relação de causas e efeitos, entretanto esses juízos podem ser falsos ou errôneos. Esses erros não são necessariamente a causa de uma imoralidade, já que podem ser inocentes e suas causas podem não serem relevantes. Se a moral fosse tomada pelo lado da razão, um simples erro de juízo seria considerado imoral. Hume argumenta que nossas ações apenas causam a formando de juízos nas outras pessoas, não em nós mesmos. Para que a razão fosse a única maneira de analisar a moralidade das coisas, seria necessário supor que esta é uma relação entre objetos. Os filósofos que acreditam que a moral pode ser analisada como uma ciência exata, e que é passível de demonstração acreditam nesta asserção, que é refutado pro Hume.
    Para Hume, o bem e o mal se relacionam apenas com a mente. Essa relação existe apenas entre o objeto interno e um outro exterior, se descartando a relação entre dois objetos internamente, nem apenas no interior de um dele. Se fosse consideradas apenas o interior de um objeto para dissertar sobre sua moralidade, poderíamos ser culpados por crimes que acontece em nós mesmos.
    Hume continua explicando que para a moral ser considerada imutável, ela deveria se aplicar a todos os seres, o que não é mostrado no mundo real, pois enquanto o incesto é considerado imoral para os humanos, não o é para os cachorros.
    O autor conclui o texto dizendo que o vício e a virtude não podem ser descobertos unicamente pela razão, e sim por alguma impressão ou sentimento.
    Um outro problema destacado por Hume, é o porque de termos sentimentos agradáveis diante de determinadas ações, considerando-as morais, e desagradáveis perante outras, considerando-as imorais. Mas existem exemplos em que pode ocorrer uma inversão, como por exemplo, uma pessoa apesar de virtuosa, é nossa inimiga, e consideraremos ela de maneira negativa, devido a nossos interesses.
    A pergunta que Hume faz já quase ao final do texto é, de onde viriam essas impressões que formamos diante das coisas, e que tal pergunta pode ser respondida olhando-se a natureza dela, o que constitui uma dificuldade, ou negando-se a naturalidade desses sentimentos, a pergunta tem de ser buscada em cada um de nós.

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  185. No texto, Hume deixa claro que a mente humana não está capacitada para chegar a um conhecimento que ultrapasse o domínio da experiência (aquilo que ela pode alcançar). A racionalidade assume um papel muito reduzido (e em alguns casos não poussi participação), como no entendimento de que o futuro será semelhante ao passado. Alguns podem achar que essa suposição estaria baseada na razão, entretando ela se baseia no hábito que tem a capacidade de projetar os fatos e a partir da sucessão ter a idéia de que posta a causa, segue-se o efeito,sendo que este tipo de pensamente é tido como a relação de causalidade (causa e efeito; conjunção que a experiência me dá sobre dois eventos). Hume defende no texto que para causas semelhantes os efeitos serão semelhantes, além disso, sem o auxílio (presença) da experiência podemos imaginar infinitos casos, mas depois da experiência só imaginamos um. O exemplo dado no video do youtube é o da caneta: sem ter a experiência de que quando soltada de uma certa altura em relação ao solo, a caneta ‘cai’ em direção à ele, eu poderia imaginar infinitas possibilidades para a caneta (desde ficar parada à sair para algum lado fazendo um movimento giratório anti-horário), mas depois de ter a experiência de que a caneta ‘cai’ para o solo quando soltada de uma certa altura, só posso imaginar esse caso.

    Os juízos morais são importantes no pensamente de Hume, uma vez que eles determinam as condutas (posta a partir da relação de necessidade), sendo que estas condutas levarão a afecção (propensão à prática de alguma ação). A importância desses juízos está no fato que são eles que guiarão as ações dos indivíduos, que tendem a ser ações aprovadas como morais ou éticas, afim de garantir o bom convívio das pessoas na sociedade. Neste ponto a racionalidade é tida como uma ferramenta que refletirá sobre as decisões e escolhas que fazemos a todo momento.

    Hume também argumenta que a moral não pode derivar-se da razão, pois esta não deve interferir sobre as nossas ações e afecções (ambas tendo influência da moralidade). Todavia, a razão pode ter influência sobre a nossa conduta, quando relacionada a paixão: seja quando excita uma paixão e quando descobre as relações de causa e efeito de tal forma que proporciona os meios para exercer uma paixão.

    Outro ponto importante é que o entendimento humano assim como a ciência não deve conhecer as causas últimas dos objetos para não falar sem base, uma vez que estas causas últimas ultrapassam a esfera que a nossa percepção pode alcançar.

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  186. Após a visualização e leitura do material proposto, posso fazer algumas considerações sobre tema e o autor em questão. O vídeo “Empirismo e Ceticismo- David Hume” apresentado pelo professor Roberto Bolzani Filho traz uma reflexão sobre partes de obras de David Hume. Roberto destaca a obra “Investigação sobre o Entendimento Humano”. Nela há uma análise das capacidades do homem de conhecer o mundo. Nesta obra a questão dos limites do conhecimento é discutida. Outro ponto destacado é que Hume busca nela resolver o problema da metafísica (‘ciência’ sobre causas ocultas das coisas) e provar que esta não é bem uma ciência. Ele afirma que ela é abstrata, distante da experiência, com uma roupagem para as superstições. É debatido o conceito de Geografia Mental, também relacionado aos limites do conhecimento humano, como territórios e fronteiras de conhecimento. Nesta obra há a análise das Causas Últimas e a Conexão Necessária, dois temas/conceitos discutidos por Hume. Há a afirmação de que no empirismo, estamos limitados àquilo que a experiência dos dá, e que este pode ser aproximado de uma visão positiva e ceticista. A partir disso, é discutido o conceito de causalidade, de relações de causa e efeito e afirma-se a partir disso que é necessário a experiência para inferir um efeito de uma causa.
    Hume afirma que nós estamos no domínio do raciocínio sem a experiência (‘Raciocínio a Priori’), que todo evento com causa e efeito exige a experiência como condição para fazer uma inferência que determinado efeito decorrerá de determinada causa. Com isso, Hume começa a desmitificar a metafísica, detecta o limite do entendimento humano, este não deve ir além da experiência, não conhecer as causas últimas, que a ciência humana não deve pretender mais do que conhecimento humano é capaz de conhecer, mostra a ignorância humana, afim de evitar a instalação da superstição e da metafísica (fada à arbitrariedade). E com isso há o destaque à física de Newton, que não precisa da metafísica para se explicar.
    Com a leitura e a exposição em aula, faço minhas considerações. No Tratado da Natureza Humana, há uma abordagem sobre os “caminhos” para lidar/tratar o mundo que vivemos. Na primeira parte do texto, o mundo é avaliado por mim mesmo, sob o critério do conhecimento humano (por verdades e falsidades). Na segunda etapa são abordadas as percepções do mundo, sob um critério sensível (como o belo e o feio) e na terceira etapa, sob o critério de bondade e maldade, nosso conhecimento do mundo como objeto de bondade e maldade, possível através da afecção moral (pulsão de aprovar ou reprovar coisas).
    Pude entender também a abordagem sobre a moral colocada por Hume. Para ele, a moral sofre influência das nossas afecções e por isso não pode derivar da razão. O autor afirma que a razão possui como conclusões as relações causais e estas não são “necessárias”. A relação de causa e efeito é uma relação de causalidade e não de necessidade. As conclusões racionais são hipotéticas. Afirma também que a razão é inativa por si mesma, já que um princípio ativo não pode fundamentar-se num inativo. A razão não determina uma conduta, ela trabalha a afecção, o pensar sobre o sentimento moral, avalia relações de causa e efeito para exercer a paixão.
    Posso concluir que o homem é muito mais sensitivo do que racional, pois suas ações resultam muito mais das paixões do que da razão. Percebi também que a racionalidade pode servir para uma reflexão das nossas escolhas na busca pelo prazer e que é pela paixão/prazer que conseguimos diferencias bem do mal. Quanto à moralidade e suas teorias morais (explicação do que acontece conosco quando emitimos juízos morais) concluo que o que é moral é a conduta aprovada pelo homem em geral e que proporciona ao ser humano um certo prazer. Com isso, podemos entender o porque da moral humana preceder a razão, segundo as ideias de David Hume.


    Lothar Schlagenhaufer

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  187. A teoria de David Hume baseia-se nas nossas paixões, isto é, desejos - ou, segundo Hume , como “afecções” - como motivadoras ou inibidoras de nossas ações. Vale ressaltar que nossas afecções são de fato experiências, ou seja, impressões, coisas que estão diante da mente e que são diferentes dela. Já as ideias são as reflexões que temos acerca destas impressões.
    Quando concebemos o mundo como objeto do conhecimento, a razão é fundamental para o entendimento do mundo, pois só com ela conseguimos atribuir o valor de falsidade ou verdade aos fatos. Ademais, a razão é a descoberta da verdade ou da falsidade.
    Posto isto acima, Hume argumenta que aquilo que não pode ser suscetível de acordo ou desacordo, não pode ser capaz de ser verdadeiro ou falso. E segundo o próprio autor, na conduta humana ou ações, não é possível atribuir valor verdade ou falsidade.
    Contudo, a razão tem um caráter subsidiário (como foi dito pelo professor na sala de aula), pois ela ainda tem alguma influência sobre as nossas condutas. Ela pode informar-nos o objeto do qual nossa paixão deriva ou até mesmo descobrir as relações de causa e efeito de um jeito que a nos proporcionar meios para exercer determinada paixão. Portanto, a razão pode esclarecer alguns significados, mas jamais premeditará os agentes das nossas práticas, pois, segundo próprio Hume, a razão é inata.
    Para reforçar, Hume usa o exemplo em que ele está cortejando uma mulher casada e cuja vizinha está a observá-lo pela janela. Lá, fica evidente que uma conclusão falsa, isto é, a tendência a causar o erro não implica à imoralidade. Se implicasse, bastaria Hume ter cortejado a mulher de janelas fechadas, pois desta forma a vizinha não os veria e não haveria a tendência de causar uma falsa conclusão, e por conseguinte não seria uma imoralidade.

    Nome: Gustavo de Lima Escudeiro RA:21050613

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  188. Na obra “Tratado da Natureza Humana” de Hume, é introduzido o conceito de que a razão que não detêm o domínio sobre as ações ou nos princípios de um início de uma ação, mas sim a moral. As ações dos homens são movidas pelas emoções e paixões, os quais seriam dirigidos pelas sensações de prazer e dor, a procura pela felicidade e a tentativa de fuga da dor, e que portanto definiriam o comportamento moral .
    A razão não pode fazer a distinção entre o bem e o mal, pois esta é inativa por si mesma, ela não consegue instigar a fazer a ação, por fim a razão seria apenas um meio para raciocinar sobre as ações.
    Luiz Fernando Biscardi Ferreira Lima
    RA: 21035313

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  189. Brenda Dantas Lopes Bela - RA: 21036513

    Hume inicia seu texto dialogando sobre um tipo de raciocínio, o raciocínio obscuro, confuso, de difícil compreensão. Com ele há uma grande facilidade de silenciar o antagonista mas existe a mesma dificuldade em tentar explica-lo. O autor continua mostrando que quando o assunto para nós é indiferente, não damos muito valor a ele, porém quando algo nos atinge não o ignoramos, e ao passo que a nossa paixão se envolve acreditamos que a questão é humana e se ela não está envolvida, temos dúvida se é ou não humana. Toda ação que a mente exerce é denominada ‘percepção’ isso incluí distinguir o bem e o mal moral, aprovar ou desaprovar uma atitude são apenas percepções diferentes. Estas percepções se restringem a dois tipos: impressões e ideias; Esta restrição nos leva a uma questão: ‘Será por meio de nossas ideias ou impressões que distinguimos entre o vício e a virtude, e declaramos que uma ação é condenável ou louvável?’ Hume explica que alguns sistemas concordam que a moralidade, assim como a verdade, é explicada por meio de suas ideias, justaposições e comparações. Para julgar esses sistemas ou distinguimos o bem e o mal moral ou nos capacitamos com outros princípios que nos ajudem a fazer esta distinção.
    Para o autor a moralidade está ligada diretamente com as paixões e ações humanas, onde vemos com grande frequência que os homens são governados por desejos e deveres, deixando de fazer determinadas ações por acharem injustas e sentindo-se impelidos a outras por concluírem que trata-se de uma obrigação. Diferente da razão, a moral tem grande influência sobre as ações levando a conclusão que as regras da moral não são conclusões de nossas ações. Hume apresenta um argumento que confirma isso expondo que a razão é a descoberta da verdade ou da falsidade, aquilo que não poderá ser julgado verdadeiro ou falso nunca será objeto da nossa razão (totalmente inativa e que nunca poderia ser fonte de um princípio ativo como o sentido moral). A razão pode ter alguma influência sobre nossos atos apenas se ela excita uma paixão, mostrando a nós a existência de algo próprio dessa paixão ou quando descobre relações de causa e efeito nos proporcionando meios para exercer uma paixão, porém devemos considerar que esses juízos podem ser, muitas vezes, falsos e errôneos. Caso as distinções morais fossem derivadas da verdade ou da falsidade dos juízos (efeitos da nossas ações) tomados em determinada situação, elas teriam de ocorrer toda vez que os formássemos, não tendo diferença alguma entre a situação. Aqui está supondo-se que a essência da moralidade consiste em um acordo ou desacordo com a razão levando a situação de que jamais poderíamos atribuir a uma ação o caráter de virtuosa ou viciosa, sendo assim, tudo seria igual. Porém Hume afirma que um erro jamais pode ser fonte da imoralidade pois supõe a existência do certo e do errado, ou seja, a existência real de uma distinção moral independente desses juízos.
    Hume afirma que no seu juízo moral é apresentado um sentimento de aprovação ou negação o qual você compara com a ação que está sendo julgada, nós podemos discutir os argumentos usados para defender ou falsear essa ação porém os sentimentos morais estão incrustados, propensos ou como ele afirma ‘aficionados’. Os filósofos e autores que acreditam que a moral pode ser examinada como algo exato, passível demonstração são refutados por Hume, ele acredita que existe a relação apenas entre o objeto externo e um outro interno, ou seja, se considerássemos o que acontece no interior de um objeto poderíamos ser culpados por atos que acontece dentre de nós. Para o autor, a moral contrário aquela que Kant acredita, ela é do concreto para o abstrato. Hume concluí seu texto afirmando que o vício e a virtude não podem ser, unicamente, descobertos pela razão mas sim pelo conjunto de sentimentos e ações.
    Continua..

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  190. Continuação...

    O vídeo Empirismo e Ceticismo, o professor doutor Roberto Bolzani Filho, mostra que Hume acredita que nós estamos limitados ao que experiência científica nos dá, quando abordamos assuntos dos quais não há experiências nos é apresentado discursos sem fundamentos. Com isso, Hume elabora uma análise sobre a capacidade do homem em conhecer o ‘mundo’ após ele mostra que a experiência é uma condição que se faz necessária para inferir um efeito a partir de uma causa, e inferir uma causa a partir de um efeito querendo dizer que não há possibilidade de fazer afirmações a respeito de experiências que nunca tivemos. Para Hume as causas que aparecem ser semelhantes terão efeitos semelhantes, o que faz esperar que o nosso futuro será igual ao passado é o nosso hábito, somos dotados pelo hábito ou seja, pela repetição.

    Brenda Dantas Lopes Bela - RA: 21036513

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  191. A moralidade e o discernimento de bem ou mal morais tem influência das paixões e ações humanas que são louváveis ou não louváveis, por isso não pode estar relacionada a razão que é a descoberta da verdade ou da falsidade. A razão encontra os deveres morais mas não os produz. As ações são efeitos das nossas ações e estes não causam juízos em nós apenas nos outros mesmo que seja falso, este não é acompanhado de virtude ou vício que são fatores como semelhança, contrariedade, proporções de quantidade e número e graus de qualidade, consequentemente não há moralidade.
    Sozinha nenhuma relação causa ação, não é possível que causa e efeito sejam descobertas sem a experiência que nos traga a certeza dessa relação, os seres são independentes e apenas podemos propor alguma tese do que acontecerá e nenhuma será menos válida do que outra.
    A moralidade é sentida e pouco julgada, por isso dizemos que a impressão de virtude é agradável, traz sensação de prazer, já a impressão de vício é desagradável e dá sensação de dor, porém, ambas são sensações particulares de cada ser. Assim, distinguimos o bem o e o mal moral pela sensação louvável ou censurável que temos.
    A partir disto, com Hume há necessidade de uma mudança na filosofia, devemos reconhecer os limites do pensamento humano, a tentativa de descobrir causas e efeitos ocultos na metafísica nos leva a falar do vazio, e assim deixa essas explicações para a religião, embarca, então, na geografia humana que é o que o entendimento humano pode alcançar.
    Hume critica o racionalismo pois a razão não leva a uma associação de fatos, apenas a experiência faz isso, porém, por outro lado há a ciência newtoniana que não precisa da metafísica e pode chegar a causas, leis gerais como a gravidade, porém se tentar explicar a causa da gravidade estaria se aproximando a metafísica e perde seu caráter racional e cético baseado na ciência e conhecimento. Explica ainda, que as representações matemáticas são apenas uma demonstração e não demonstra se está é verdade ou não, apesar de existir contradições de representações podemos deixar claro que não há contradições nos fatos.
    Para contrapor o ceticismo, introduz o empirismo, que está relacionado ao conhecimento que as experiências nos dão. Não é possível relacionar causa e efeito se não pela razão, a causalidade nos mostra que se um evento A acontece um evento B acontecerá também e vice-versa, e quanto mais acontecer podemos considerar essa relação uma conjunção constante.

    Thaís Fidelis Schaffer RA:21070713

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